Blog da ObservaSinos - ObservaSinos

Motivado a sistematizar e publicizar dados acerca dos temas que envolvem a formulação, execução e monitoramento das políticas públicas, o Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, coletou informações do mês de maio de 2019 no sistema Geopresídios, uma radiografia do Sistema Prisional brasileiro apresentada pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ. Neste banco de dados, observa-se que tanto o país quanto o estado e a região apresentam déficit de vagas em seus estabelecimentos. O Rio Grande do Sul, por exemplo, registrou um déficit de 11.894 vagas e a Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA possuía 4.268 presos a mais do que a capacidade existente.

Brasil

O país possuía mais de 700 mil pessoas no sistema prisional em maio de 2019. Deste total, 48% estão presos em regime fechado, 16% estão presos em regime semiaberto, 1,3% em regime aberto e 35% estão presos provisoriamente. Contudo, os 2.617 estabelecimentos espalhados pelo Brasil possuem capacidade para 418.832 pessoas, resultando num déficit de 281.210 vagas.

InfográficoPopulação sob algum tipo de pena de reclusão no Brasil (maio/2019)

InfográficoNúmero de vagas e presos no Brasil (maio/2019)

Rio Grande do Sul

O estado registrou, em maio deste ano, 98 estabelecimentos que comportam 21.707 vagas. Com uma população de 34.756 presos, observa-se que as instalações estão com 160% de sua capacidade utilizada, isto é, contabilizando um déficit de 11.894 vagas.

InfográficoNúmero de vagas e presos no Rio Grande do Sul (maio/2019)

Do número total de presos, 45% estão em regime fechado, 35% em regime de prisão provisória e 16% em regime semiaberto. É importante destacar que o estado possui 17.409 pessoas em prisão domiciliar, 100 presos estrangeiros e 5.433 presos em monitoramento eletrônico.

InfográficoNúmero de presos no Rio Grande do Sul por tipo de regime (maio/2019)

Região Metropolitana de Porto Alegre

A região possuía, no quinto mês deste ano, 24 estabelecimentos com vagas para 9.457 pessoas, porém a população de presos é de aproximadamente 13.515, gerando um déficit de 4.268 pessoas. Deste total, 5.726 ou 42% estavam presos sob regime provisório e 5.499 ou 41% sob regime fechado. 

InfográficoNúmero de vagas e presos da RMPA (maio/2019)

As comarcas da região, isto é, a divisão baseada na área territorial onde um juiz de primeiro grau irá exercer sua jurisdição e que, neste caso, possui estabelecimentos prisionais, são Canoas, Charqueadas, Gravataí, Guaíba, Novo Hamburgo, Porto Alegre e São Jerônimo. Estas comarcas podem abranger um ou mais municípios e estabelecimentos, conforme observado no infográfico a seguir:

InfográficoComarcas e seus respectivos estabelecimentos na RMPA

O Presídio Central de Porto Alegre acolheu aproximadamente 32% do total da população carcerária da região. Em maio deste ano o presídio possuía 4.326 presos para 1.905 vagas, registrando um déficit de 2.421. Em seguida, a Penitenciária Estadual do Jacuí acolheu 19% do total de presos, ou seja, 2.590 pessoas para 1.422 vagas, contabilizando um déficit de 1.168.

InfográficoNúmero de vagas e presos por regime de reclusão na RMPA(maio/2019)

Políticas públicas e o sistema prisional no Brasil

Estes dados necessitam ser analisados e confrontados, especialmente em sua relação com as políticas públicas. Seguem aqui algumas pontualizações, que foram referenciadas em entrevistas e notícias publicadas pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU:

“10 medidas para o sistema prisional. Propostas estruturais na política penitenciária brasileira”

O Instituto Humanitas apresentou matérias importantes em relação ao sistema prisional nacional e o trato com as políticas públicas vinculadas a este assunto. Cabe citar a relevância da matéria de janeiro de 2017, intitulada “10 medidas para o sistema prisional. Propostas estruturais na política penitenciária brasileira”. Nela, é apresentado um documento de dez propostas engendradas pelo ministro da justiça Alexandre de Moraes com o objetivo de estimular uma nova forma de pensar o encarceramento e o sistema punitivo nacional. Citam-se alguns trechos dignos de discussão:

“A estratégia de prender mais, portanto, não tem sido capaz de reduzir a criminalidade. Ao contrário: falido, o sistema tem ajudado a reproduzir a violência e as violações de direitos humanos. É necessário reduzir o fluxo de entrada no sistema prisional e aumentar o fluxo de saída”.

“Um dos mais importantes sinais da falência do sistema carcerário brasileiro é o número de prisões provisórias (conforme observado nos dados mencionados para a RMPA). Em geral, são pessoas com restrito acesso à Justiça que respondem por crimes sem violência e poderiam aguardar julgamento fora da prisão – o que, de uma só vez, melhoraria o acesso à defesa e desobstruiria o sistema”.

“O aumento substancial na quantidade de pessoas atrás das grades (da ordem de 575% entre 1990 e 2014) não foi acompanhado por uma melhora nos canais de acesso à Justiça”.

“Aproximadamente 85% das mulheres presas no Brasil respondem por crimes decorrentes de sua vulnerabilidade social, ou seja, crimes patrimoniais e relacionados a entorpecentes”. Este cenário demanda tratamento digno às mulheres encarceradas.

“Políticas públicas para egressos: apesar de constituírem instrumentos fundamentais para a interrupção do ciclo de violência e encarceramento, as políticas públicas para a reinserção de egressos ainda são limitadas. ”

“O quadro do acesso à saúde é grave no sistema prisional brasileiro. Hoje, os serviços são administrados pelas secretarias estaduais responsáveis pela administração penitenciária, e não pelo SUS. ” Esta situação demanda a efetivação do direito à saúde.

Fracasso do sistema prisional: “Dos juízes espera-se mais do que uma atuação burocrática e formal”, pontua Haroldo Caetano da Silva, membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Criminais – GEPeC em entrevista para IHU On-line. O entrevistado mostra que a superlotação dos presídios brasileiros demonstra que a “prisão é utilizada como um recurso de contenção social”, que não “ataca as causas da violência”. Segundo o estudioso, a solução para resolver o excesso de detentos nos cárceres depende da “aplicação de outras modalidades de sanção penal, não privativas da liberdade. A prisão, de regra geral, deveria passar a ser excepcional. A legislação já dispõe de um arcabouço razoável de penas não privativas da liberdade. Falta aplicá-las”.

A violência do país não será resolvida com o aprisionamento de adolescentes e jovens. Por fim, é pertinente comentar que o sistema prisional não é o único a enfrentar problemas de implementação de políticas públicas adequadas e coerentes com as diretrizes da Constituição de 1988 e dos Direitos Humanos. Uma nota realizada pelo Observasinos em dezembro de 2018 mostra que o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo também pode sofrer alterações com a PEC 33/2012, em especial com a proposição da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Em entrevista ao Observatório, a Profa. Dra Rosangela Barbiani enfatiza que “o encarceramento de adolescentes e jovens não solucionará a violência do país, cujas raízes encontram-se na histórica desigualdade social que aniquila com as possibilidades de vida digna e ascensão social da maioria da população brasileira, sobretudo a jovem. ”

Leia mais

Ocorreu dia 28 de maio mais um Sarau cultural promovido pela EcoFeira, que também acontece todas as quartas-feiras, no corredor central da Unisinos. Estiveram presentes nesta edição a professora Rosana Kirsch e Agda Santos, participantes do Grupo Araçá de Consumo Responsável. O grupo faz mediação com mais de vinte produtores, de diferentes cidades da região, proporcionando que as mercadorias sejam distribuídas em São Leopoldo, Novo Hamburgo e Campo Bom

Nessas três cidades, já existem núcleos de distribuição, e um dos tópicos do encontro dessa quarta foi a ideia de constituir um núcleo na Unisinos São Leopoldo. Conforme sugestão das ministrantes, depois de um período de experiência, pode-se criar um núcleo fixo na universidade, facilitando a aproximação dos alunos com os produtos. Para esse encontro, foi promovida uma pequena capacitação sobre o uso do site do Grupo Araçá, onde ficam disponíveis os produtos para os pedidos, e informações sobre os produtores. Os pedidos são feitos uma vez por mês, com datas fornecidas no site, para que os alimentos tenham tempo de serem produzidos naturalmente.

O Grupo Araçá realiza reuniões semestrais para organização de questões importantes e reuniões mensais em que estejam presentes, no mínimo, um membro de cada núcleo. Todas as decisões e balanços são comunitários e promovem a participação da comunidade, que se reconhece no coletivo como agente de cidadania para o local onde vivem. Um dos diferenciais dessas práticas é, justamente, começar a pensar toda a rede de produçãovendaconsumo como parte de um mesmo ciclo que precisa estar em equilíbrio. Utilizar insumos disponíveis dentro dessa rede fortalece as relações interdependentes das comunidades.

Na próxima quarta-feira, acontece uma exibição de Cine-vídeo, além da feira de produtos no corredor central. Acompanhe aqui a programação completa da EcoFeira Unisinos para o primeiro semestre de 2019.

Leia mais

O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, acessou as bases de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED, bem como  da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD Contínua, com o intuito de apresentar as movimentações do mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre do mês de abril e do primeiro trimestre deste ano. Confira abaixo o texto completo.

Primeiro trimestre de 2019

As informações captadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD Contínua, para o primeiro trimestre de 2019, mostram estagnação na taxa de desemprego em relação ao último trimestre de 2018 na Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA. A taxa da PNAD Contínua considera desocupada a pessoa com mais de 14 anos que procurou emprego e não encontrou na semana da realização da pesquisa.

InfográficoTaxa de desocupação na RMPA (2012-2019)

A investigação ainda mostra que a taxa de desocupação das mulheres segue sendo uma das mais altas da série histórica iniciada no ano de 2012. Além disso, revela uma diferença salarial de R$ 1.017,00 em relação aos homens. No que se refere à taxa de desocupação dos jovens, entre aqueles de 14 a 17 anos diminuiu para 38,6% no terceiro trimestre de 2019, enquanto entre os de 18 a 24 anos aumentou para 26,6%, em relação ao último trimestre de 2018. 

InfográficoTaxa de desocupação por sexo na RMPA (2012-2019)

InfográficoRendimento médio do trabalho por sexo na RMPA (2012-2019)

InfográficoTaxa de desocupação por idade na RMPA (2012-2019)

Abril de 2019

Geração e gênero

O mercado formal de trabalho da RMPA fechou abril deste ano com um saldo positivo de 650 postos de trabalho. Em termos absolutos, o quarto mês de 2019 registrou 41.077 admissões e 40.427 demissões. Municípios como Novo Hamburgo, Campo Bom e Canoas também apresentaram saldos positivos, sendo 190, 167 e 165 contratados a mais, respectivamente. Por outro lado, Porto Alegre registrou 265 demissões a mais, Charqueadas -118 postos de trabalho e Sapiranga fechou o mês de abril com um saldo de -101 trabalhadores.

InfográficoNúmero de admitidos e desligados na RMPA (abril/2019)

Os trabalhadores entre 50 e 64 anos contabilizaram o maior saldo negativo dentre as demais faixas etárias: foram 965 demitidos a mais do que admitidos. Em seguida, cidadãos entre 30 e 39 anos registraram um saldo de -553 postos de trabalho. Todavia, houve maior contratação de trabalhadores jovens. Foram registradas, por exemplo, 2.096 admissões a mais de pessoas entre 18 e 24 anos, bem como 1.201 jovens com até 17 anos de idade entraram para o mercado de trabalho formal no mês de abril.

InfográficoSaldo de trabalhadores por faixa etária na RMPA (abril/2019)

Enquanto trabalhadores do sexo masculino contabilizaram um saldo de -748 postos de trabalho, empregados do sexo feminino registraram um saldo positivo de 1.398 contratações. Entretanto, em termos absolutos, mais homens foram contratados no mês de abril se comparado com as mulheres, sendo 21.296 e 18.383 admissões, respectivamente. 

InfográficoNúmero de contratados e admitidos por sexo na RMPA (abril/2019)

Eldorado apresentou um dos maiores saldos positivos em relação aos trabalhadores do sexo feminino, formando 104 postos de trabalho, perdendo apenas para Porto Alegre, com 610 contratações a mais. Por outro lado, os municípios de Novo Hamburgo e Gravataí registraram os maiores saldos positivos referentes a trabalhadores homens, sendo 139 e 113, respectivamente.

Renda

O mês de abril de 2019 contratou mais pessoas que recebem um salário entre 0,5 e 1,5 salários mínimos. Desta forma, se analisados os saldos, percebe-se que houve mais demissões de pessoas que ganham acima de 1,5 salários mínimos. Para ilustrar esta movimentação, observa-se que foram registradas 4.131 admissões e 2.939 demissões de pessoas que ganham de 0,51 a 1 salário mínimo, contabilizando um saldo positivo de 1.192 postos de trabalho. Em contrapartida, a faixa salarial de trabalhadores que recebem de 2,01 a 3 salários mínimos apresentou 2.988 contratações e 3.824 desligamentos, registrando um saldo de -836 pessoas.

InfográficoSaldo de trabalhadores por faixa salarial na RMPA (abril/2019)

Setores

O setor de serviços criou 1.308 postos de trabalho a mais, apresentando o maior saldo positivo do mês de abril. Em seguida, o setor de comércio contabilizou um saldo de +538 empregados. Todavia, a construção civil e a indústria da transformação fecharam o mês com um saldo de -744 e -332, respectivamente.

Campo Bom recebe destaque por contratar 155 pessoas a mais no setor da indústria da transformação. Em termos absolutos, foram 579 admissões contra 424 demissões. Cachoeirinha contratou 496 e demitiu 405 pessoas no comércio, registrando o maior saldo positivo da região (91). Por fim, São Leopoldo admitiu 1.112 no setor de serviços, registrando um saldo de 152 postos de trabalho a mais se descontado o número de desligamentos.

InfográficoSaldo de trabalhadores por setor na RMPA (abril/2019)

Leia mais

Ocorreu, na quarta-feira, dia 22 de maio, a terceira etapa das oficinas sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais - PANCS, realizada pela EcoFeira Unisinos, com participação da bióloga Daiani Fraporti dos Santos, integrante do Programa de Ação Socioeducativa na Comunidade - PASEC

A ministrante iniciou a oficina relembrando algumas plantas mencionadas nas edições anteriores e fez uma explicação sobre o que se entende por PANCs. Elas são, como o nome diz, plantas alimentícias não convencionais, geralmente tradicionais e regionais, que anteriormente foram usadas como alimento, mas a homogeneização do comércio fez diminuir o consumo. São ervas comestíveis espontâneas que nascem nos jardins, nas hortas, campos e matas, também mais fáceis de cultivar, livres de agrotóxicos e, por conseguinte, mais frescas.

Daiani explicou ainda que, pela necessidade de se produzir mais alimento e cada vez mais rápido, as plantas comercializadas acabam adquirindo menos nutrientes do solo. Já as PANCs nascem no seu tempo e são uma rica fonte de ferro, vitaminas e fibras. Muitas delas, inclusive, têm valor medicinal como chás ou no próprio consumo in natura.

Juntamente com os alunos participantes dos cursos de Jornalismo, Psicologia e Economia, foi debatida a exigência de pesquisadores conhecidos ou bases acadêmicas reconhecidas para que essa sabedoria e informações sejam aceitas. Como se trata de um assunto que apenas agora, aos poucos, começa a ter a atenção de pesquisadores, fica mais difícil validar estudos práticos de comunidades ou produtores. 

A EcoFeira acontece todas as quartas-feiras, no corredor central da universidade. Também ocorre uma atividade cultural relacionada à sustentabilidadealimentação e cidadania, promovida pela EcoFeira e com participação gratuita para alunos e pessoas da comunidade.

Leia mais

Na esteira das análises de dados, na terça-feira, dia 14 de maio, aconteceu a oficina sobre a Base de Dados Educacionais, ministrada pelo Professor Doutor Ricardo Ferreira Vitelli. Promovida pelo Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – Observasinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, a oficina contou ainda com a presença de professores de Institutos Federais, da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, membros do Sindicato dos Metalúrgicos e pesquisadores das Ciências Sociais.

Mestre e doutor em Educação, o professor Vitelli apresentou os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, Censo Demográfico e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD e as possibilidades de trabalho e análises disponíveis com esses números. 

Indicadores são medidas geralmente quantitativas dotadas de valor substantivo, usados para mensurar e quantificar aspectos da realidade social. Os indicadores podem ser simples, como a taxa de evasão escolar, em que é analisada apenas uma variável; ou podem ser compostos, como a taxa de fracasso escolar, em que duas ou mais variáveis são analisadas. Essas variáveis foram observadas pelo ministrante, evidenciando a importância do contexto dos indicadores sociais e o recorte da época e as mudanças que influenciam nesses pontos.

Em pesquisas sobre a taxa de evasão, a taxa de abandono escolar e a defasagem na idade dos alunos e o ano que frequentam, esses indicadores não costumam ser questionados. No entanto, vêm acompanhados de todos os fatores externos que influenciam escolas de regiões próximas, como número de professores, espaço físico adequado, material e disponibilidade de áreas de crescimento para os alunos. Essas variantes qualificam os dados como qualitativos, enquanto os dados numéricos correspondem a indicadores quantitativos.

Esses indicadores servem, por exemplo, para visualizar as realidades, com base nos números quantitativos e qualificação da subjetividade, e compreender as comunidades. Servem, também, como indicadores de qualidade das comunidades escolares.

A oficina seguiu com a discussão de experiências dos professores, mediada pelo professor Vitelli, e o debate abordou vários aspectos das políticas de educação e dificuldades do ensino nas escolas, tanto públicas quanto privadas, da região metropolitana, onde os presentes atuam ou atuaram na trajetória docente. A discussão também seguiu sobre a dificuldade da filtragem de dados disponíveis em grandes plataformas e a importância de serem traçadas metodologias que alcancem os professores e pesquisadores.

Leia mais

O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, objetiva, através desta nota, apresentar alguns dados sobre a Previdência Social na Região Metropolitana de Porto Alegre e Vale do Sinos, além de dar vistas à discussão acerca da discordância em relação ao cálculo de arrecadação versus distribuição dos benefícios previdenciários.

A Previdência Social é concebida no contexto democrático brasileiro, explicitada na Constituição de 1988 - Constituição Cidadã. Nela estão explicitados os direitos individuais, coletivos, sociais e políticos.

No Artigo 6º estão apresentados os direitos sociais à educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, e assistência aos desamparados. 

Seguridade Social

Segundo o Art. 194, a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Para tanto, são indicadas diretrizes: universalidade da cobertura e do atendimento; uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; irredutibilidade do valor dos benefícios; equidade na forma de participação no custeio; diversidade da base de financiamento; e caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 

Nesta nota será dado destaque à Previdência Social, que está indicada para importantes Reformas.

Previdência Social

Uma publicação realizada por Tadeu Alencar Arrais e Juheina Lacerda Viana intitulada o Pequeno atlas da tragédia previdenciária brasileira apresenta uma informação muito importante a respeito do funcionamento do sistema de previdência no país. Segue o trecho:

“Nosso sistema previdenciário tem três características que não devem ser esquecidas. A primeira é que se trata, no caso do INSS, de um sistema que reúne, por um lado, a previdência social marcada por contribuições regulares de trabalhadores formais, e, por outro, a seguridade social, caracterizada pela preocupação com os mais vulneráveis que, mesmo não contribuindo regularmente, recebem os mínimos sociais para reprodução de suas vidas. A segunda é que se trata de um regime de repartição tripartite, com contribuições dos empregados, dos empregadores e do Estado, que reúnem recursos financeiros para cobrir os benefícios previdenciários e assistenciais. A terceira é que o sistema é solidário, o que significa que as contribuições para os benefícios de aposentadorias e pensões, por exemplo, são recolhidas de trabalhadores que ainda estão na ativa. Dito de forma simples, os trabalhadores de hoje financiam os atuais beneficiários da mesma forma que as gerações futuras financiarão, no momento da velhice, a geração presente”.

Onde podemos coletar estas informações? Quais dados estão disponíveis para a população acompanhar e intervir na veracidade da discussão acerca do futuro da Previdência Social?

Dados estatísticos sobre a Previdência

O Boletim Estatístico Regional da Previdência Social é uma publicação trimestral da Secretaria de Previdência do Ministério da Economia ME, elaborado pela Coordenação-Geral de Estatística, Demografia e Atuária do ME. Nele, há informações sobre o valor distribuído em benefícios previdenciários para cada município do país. Todavia, não há informações sobre o valor arrecadado. Entretanto, algumas informações são subsidiadas pelo Pequeno atlas da tragédia previdenciária brasileira, anteriormente mencionado.

Brasil

Segundo o boletim, o Brasil contabilizou 35 milhões de beneficiários em dezembro de 2018, contabilizando aproximadamente 16% do total da população, e registrou mais de R$ 499 bilhões com o total de benefícios previdenciários todo o ano passado.

InfográficoPequeno atlas da tragédia previdenciária brasileira

InfográficoBenefícios previdenciários por número de beneficiários no Brasil (dez/2018)

InfográficoValor em reais dos benefícios emitidos no Brasil segundo grupos de espécies (2018)

Região Sul

A Região Sul distribuiu R$ 1,3 bilhão em benefícios para 983.229 cidadãos no ano de 2018. O valor nominal médio dos benefícios em 2005 era de R$ 513,51 e em 2018 passou para R$ 1.379,71. 

Todavia, corrigindo o valor de 2005 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, comumente utilizado para captar a inflação, o valor passa para R$ 1.097,79. Desta forma, o valor médio dos benefícios subiu apenas R$ 282.  

InfográficoEvolução dos benefícios concedidos na Região Sul no período 2005-2018

Um ponto importante a ser destacado é a diminuição de beneficiários emitidos para a clientela rural. Em 2005 eram concedidos cerca de 204.833 benefícios, passando para 129.165 em 2018, isto é, uma queda de 37%.

InfográficoEvolução dos benefícios concedidos na Região Sul por quantidade (2005-2018)

Rio Grande do Sul

Cerca de 23% da população do Rio Grande do Sul recebeu benefícios em dezembro de 2018. Contabilizando todo o ano passado, o estado registrou R$ 41 milhões com benefícios previdenciários.

InfográficoNúmero de benefícios de aposentadoria no Rio Grande do Sul (dez/2018)

InfográficoValor em reais dos benefícios emitidos no RS segundo grupos de espécies (2018)

Região Metropolitana de Porto Alegre

Com uma média um pouco abaixo do estado, 20% da população da Região Metropolitana de Porto Alegre recebeu algum tipo de benefício previdenciário em dezembro de 2018. Dos R$ 11 milhões contabilizados em aposentadorias na região considerando os doze meses do ano passado, Porto Alegre foi responsável por 48% (R$ 5 milhões), seguida de Canoas com 7% (R$ 763 mil) e Gravataí com 4% (R$ 481 mil). Em adição, dos 554 mil beneficiários da região, 41% são provenientes da capital (227 mil pessoas).

InfográficoNúmero de benefícios de aposentadoria por município da RMPA (dez/2018)

InfográficoValor em reais dos benefícios emitidos na RMPA segundo grupos de espécies (2018)

Vale do Sinos

Aproximadamente 20% da população do Vale do Sinos recebeu algum tipo de benefício do Regime Geral de Previdência Social. Em termos absolutos, foram 282 mil beneficiados em dezembro de 2018. O valor total de benefícios (além dos previdenciários) para o ano de 2018 no Vale do Sinos foi de aproximadamente R$ 4,9 milhões.

Dos R$ 3,3 bilhões registrados com aposentadoria em 2018, 23% eram provenientes de Canoas (R$ 763 mil); 19% de Novo Hamburgo (R$ 631 mil); e 17% de São Leopoldo (R$ 559 mil).

Dos 180 mil benefícios de aposentadoria registrados no Vale do Sinos em dezembro de 2018, 21% se concentram em Canoas (37 mil), 20% em Novo Hamburgo (35 mil) e 16% em São Leopoldo (28 mil). 

InfográficoNúmero de benefícios de aposentadoria no Vale dos Sinos (dez/2018)

InfográficoValor em reais dos benefícios emitidos no Vale dos Sinos segundo grupos de espécies (2018)

Discussões acerca da Previdência, dados e formulação de políticas públicas

A Previdência Social no Brasil, junto com as novas formas de trabalho, está passando por um impasse técnico-político no que diz respeito à disposição e transparência dos dados e à concordância (ou falta dela) na formulação de políticas públicas. Conforme apresentado antes, a previdência faz parte dos direitos de seguridade social elencados no Art. 194 da Constituição e, dadas as mobilizações para a Reforma da Previdência, a saúde orçamentária do Estado se coloca em detrimento destes direitos. O projeto contempla algumas mudanças na idade mínima e pensão por morte, além de introduzir um sistema de capitalização.

InfográficoReforma da Previdência: alguns pontos a se considerar

Sistema de Capitalização

Em entrevista para IHU Online, a pesquisadora Sonia Fleury, do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, comenta que o sistema de capitalização é uma das medidas do projeto de reforma previdenciária que vão na contramão da proposta de seguridade social. “A capitalização é um modelo oposto ao da seguridade. Não é solidário em nada. Você tem uma conta individual, e vai capitalizá-la durante a vida inteira”, explica.

Entre os muitos dados levantados por Sonia, chama atenção que, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Pnad/IBGE, de 2017, há 30 milhões de pessoas vivendo em famílias nas quais 50% ou mais da renda provêm de aposentadoria ou pensão. Isso significa que a ausência desses recursos representará aumento da pobreza, com impacto direto no mercado interno e redução no crescimento econômico. “O que a população precisa saber é que essa reforma é profundamente injusta e que o dinheiro que se quer economizar vai sair dos mais pobres”, diz a pesquisadora.

Superávit versus Déficit

Outra questão apontada no projeto da Reforma da Previdência é a discussão matemática acerca do déficit ou superávit resultante da razão de arrecadação e distribuição de benefícios.

Conforme publicação do mês de janeiro de 2016 no IHU Online, Denise Gentil já alertava sobre a farsa da crise da Previdência Social no Brasil. Em sua tese de doutorado, a professora e pesquisadora comenta que o superávit da Seguridade Social — que abrange a Saúde, a Assistência Social e a Previdência — foi significativamente maior: R$ 72,2 bilhões. No entanto, boa parte desse excedente vem sendo desviada para cobrir outras despesas, especialmente de ordem financeira. 

“É uma falácia dizer que existe déficit. Em dez anos, entre 2005 e 2015, houve uma sobra de R$ 658 bilhões”, aponta Guilherme Portanova, assessor jurídico da Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas do Brasil - Cobap, em entrevista publicada em abril de 2017 no IHU Online.

InfográficoMunicípios com déficit e superávit nos Regimes Próprios de Previdência Social, 2017

Leia mais

Você se imagina vivendo com uma renda mensal de R$300,00? É assim que vive a maior parte das 211 famílias moradoras da Ocupação Steigleder, em São Leopoldo. Não bastasse isso, a comunidade está abandonada à própria sorte pelo poder público. O acesso a necessidades básicas como água potável, energia elétrica, assistência social, saúdemoradia e educação, são negados para essas famílias.

A situação que já é crítica na Ocupação Steigleder foi agravada nos últimos tempos. A comunidade fica à beira do Rio dos Sinos em estado de extrema vulnerabilidade social e tem sofrido com as consequências das chuvas e cheias dos meses de abril e maio. É visando a urgente necessidade dessas famílias que surgiu o projeto “Uni-São Leo cidadã – Campanha Comunidade Steigleder Sem Fome”.

A ação, promovida pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, Engenheiros Sem Fronteiras Unisinos – ESF e Apoiadores da Missão Pela Moradia Digna nas Ocupações Urbanas de São Leopoldo, é o pontapé inicial de um conjunto de ações integradas que irão compor o projeto “Uni-São Leo cidadã”. A iniciativa vem de encontro à “Missão Pela Moradia Digna nas Ocupações Urbanas de São Leopoldo” e realizará ações voltadas às necessidades das comunidades acompanhadas pela missão.

Nesta primeira ação, o projeto busca a arrecadação de alimentos e produtos de higiene para a comunidade Steigleder em uma tentativa de suprir os danos causados pelas enchentes, que fizeram com que as famílias perdessem pertences e suprimentos. A campanha inicia no dia 22 de maio e vai até o dia 30 de junho e a coleta será nos postos de atendimento de todas as escolas da Unisinos São Leopoldo, Unisinos Porto Alegre, Centro de Cidadania e Ação Social Unisinos – CCIAS, Engenheiros Sem Fronteiras e também na secretaria do Instituto Humanitas Unisinos.

Os próprios moradores instituíram os itens que são mais necessários na comunidade, sendo eles: feijão, óleo, leite, farinha, arroz, açúcar, material de higiene pessoal e material de limpeza doméstica. A entrega desta partilha será realizada semanalmente pela Unisinos aos líderes da ocupação.

Leia mais

Pensar as realidades que nos cercam e propor diálogos através da democratização da informação. Para esta finalidade que o Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU foi concebido. A partir deste propósito, surgiu a exposição itinerante “Políticas públicas na Região Metropolitana de Porto Alegre”.

A mostra foi idealizada a partir das análises de dados sobre as realidades e políticas públicas da Região Metropolitana de Porto Alegre realizadas pelo ObservaSinos no decorrer do último ano. Temas como trabalho, violência, saúde, proteção social, moradia, mobilidade, eleitorado e educação infantil compõem a exposição.

Durante o mês de abril, a mostra esteve exposta nos espaços da Unisinos Porto Alegre e agora, em maio, compõe os corredores da Unisinos em São Leopoldo, em frente ao IHU. Os banners que integram a exposição buscam fomentar análises e debates dentro dos espaços universitários, despertando entre os estudantes um olhar atento à realidade em que eles estão inseridos.

A exposição ficará em frente ao IHU até o dia 31 de maio e depois seguirá para cada centro das Escolas da Unisinos São Leopoldo.

Leia mais

reforma da Previdência apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro propõe retirar o abono dos trabalhadores formais. O abono é um benefício pago a quem ganha menos de 2 salários mínimos e tem pelo menos 5 anos de cadastro no Programa Integração Social - PIS.

O trabalhador recebe 1/12 do salário mínimo multiplicado pelos meses que trabalhou no ano, caso tenha trabalhado por pelo menos 30 dias no ano-base considerado para apuração. Com a reforma da Previdência, o governo propõe que o benefício seja restrito a quem ganha 1 salário mínimo ou menos.

Em 2017, 26 milhões de trabalhadores brasileiros tinham direito ao abono, significando 47% dos trabalhadores assalariados formais, de acordo com os últimos dados disponibilizados pela Relação Anual de Informações Sociais - RAIS. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, 47,9% dos trabalhadores recebiam até 2 salários mínimos em 2017. Isso, em número absoluto, representa 602.201 trabalhadores.

Infográfico: Número de trabalhadores por faixas de salário na Região Metropolitana de Porto Alegre em 2017

Infográfico: Percentual de trabalhadores por faixas de salário na Região Metropolitana de Porto Alegre em 2017

As trabalhadoras mulheres serão as mais afetadas, pois 53,6% delas ganham até 2 salários mínimos mensais na Região Metropolitana de Porto Alegre. Dentre as profissões que mais vão perder com a mudança estão os cozinheiros, trabalhadores de serviços de manutenção, porteiros, vigias, recepcionistas e ajudantes de obras.

Além da mudança no abono ter um importante impacto distributivo negativo, a reforma propõe tirar da economia até R$ 17,6 bilhões por ano, o que tem repercussões no crescimento econômico, já que é dinheiro circulando na mão de uma parcela da população que possui alta propensão a consumir.

Leia mais

A oficina de Direitos do Consumidor ocupou os corredores da Unisinos São Leopoldo na última quarta-feira para discutir sobre os direitos e deveres do/a consumidor/a. A roda de conversa foi orientada por Ana Elisa Schumacher e Ariane Malheiros de Melo, acadêmicas de Direito e Psicologia, respectivamente, e atuantes no Projeto de Apoio às Famílias Superendividadas do Centro de Cidadania e Ação Social - CCIAS.

Ana Elisa e Ariane vieram à EcoFeira para esclarecer dúvidas sobre o consumo e também para apresentar o Projeto de Apoio às Famílias Superendividadas aos participantes. “Estamos sempre consumindo algum produto ou serviço e muitas vezes não sabemos quais são os nossos direitos e garantias, qual o alcance disso nas nossas vidas”, explica Ana. Todas essas garantias estão previstas no Código do Consumidor, vigente desde 1990 e pouco conhecido pela população. 

O código, que foi Instituído pela Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, veio principalmente para a proteção do consumidor, mas também apresenta diversos deveres que a população deve atentar na hora de consumir, sendo eles a preocupação social, a solidariedade, pesquisa, consciência ambiental, honestidade e o cuidado com a nota fiscal, explicam as meninas. No cumprimento do Código do Consumidor, o/a cidadão/ã está amparado por órgãos como o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor - PROCON e também o Projeto de Apoio às Famílias Superendividadas.

Conhecendo o Projeto de Apoio às Famílias Superendividadas

O Projeto de Apoio às Famílias Superendividadas é uma parceria ente o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul e a Unisinos. A partir da realidade de superendividamento dos cidadãos da cidade de São Leopoldo, viu-se a necessidade de um projeto que pudesse auxiliar essa parcela da sociedade a saldar suas dívidas. O superendividamento ocorre quando os gastos das famílias são maiores que sua renda.

Ana Elisa e Ariane percebem que a razão do déficit orçamentário tem se transformado ao longo dos anos. Antes, a maioria das pessoas que buscava o auxílio do projeto possuía dívidas de cartões de crédito, mas agora as dívidas costumam ser com prestadoras de serviços básicos, como água e luz. No debate promovido pela Oficina ficaram evidenciadas as necessidades de contextualizar os cenários geradores destas realidades determinados pelo capitalismo financeiro e de todas as formas de financeirizaçãomercantilização da vida. Desafios se colocam no sentido de não culpabilizar as pessoas e grupos sociais.

Essa mudança no endividamento preocupa, pois percebe-se que as famílias não conseguem dar conta de suprir suas necessidades básicas. A falta de políticas públicas eficazes, o alto índice de desemprego no país e a alarmante situação financeira têm feito com que a população não consiga sair da vulnerabilidade social. E é para isso que o Projeto de Apoio às Famílias Superendividadas trabalha, fazendo mediação entre as pessoas em situação de superendividamento e os credores. 

O projeto dialoga com ambas as partes do processo para que os credores possam receber o valor por seus serviços e o cidadão tenha seu crédito restaurado. Além de mostrar soluções para que esses débitos sejam quitados, um dos principais objetivos do projeto é evitar que essas pessoas voltem a adquirir novas dívidas, com acompanhamento pós-resolução de dívidas.

Todas as terças-feiras, às 13h45min, a equipe do Projeto de Apoio às Famílias Superendividadas recebe a população para acolhimento, na sala 604 do sexto andar do Fórum de São Leopoldo.

EcoFeira

A EcoFeira Unisinos acontece todas as quartas-feiras em frente ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU, no corredor central da universidade. Semanalmente, ocorre também a programação cultural da feira, que cria espaços de diálogo sobre alimentação, sustentabilidadecidadania e políticas públicas, proporcionando troca de saberes entre seus participantes. Os eventos são gratuitos e abertos à população. Confira aqui a programação completa da EcoFeira para o primeiro semestre de 2019.

 Leia mais