O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, acessou as bases de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED com o intuito de apresentar as movimentações do mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre do mês de março e do primeiro trimestre. O destaque vai para o setor da construção civil, que registrou uma movimentação de 797 postos de trabalho a menos. Confira abaixo o texto com as informações mais detalhadas:
A Região Metropolitana de Porto Alegre fechou o mês de março com mais pessoas demitidas do que contratadas. Em termos absolutos, foram 40.164 contratações contra 40.545 demissões, resultando em um saldo negativo de 381 postos de trabalho. Em fevereiro, o quadro de contratação foi melhor se comparado com março, pois aquele mês registrou um saldo positivo de 5.425 trabalhadores.
Os municípios de Porto Alegre e Canoas recebem destaque pelos maiores saldos negativos do mês de março, sendo 1.459 e 282 pessoas, respectivamente. Por outro lado, São Leopoldo contratou 220 trabalhadores a mais em comparação aos demitidos, bem como Eldorado do Sul e Campo Bom, com 176 e 213 admissões a mais, respectivamente.
Infográfico: Admitidos e desligados na RMPA em março de 2019
Do total de 40.164 contratações, 53% foram de trabalhadores homens, isto é, mais de 2 mil homens foram admitidos no mês de março se comparados com o número de mulheres. Todavia, assim como no mês anterior, o maior número de demissões recaiu sobre os trabalhadores do sexo masculino: 22.387 desligamentos ou 55% do total registrado.
Sapiranga, Montenegro, Parobé, São Leopoldo e Porto Alegre foram municípios onde contrataram mais trabalhadores do sexo feminino no mês de março. A capital, por exemplo, absorveu 9.607 mulheres e 9.428 homens no mercado de trabalho formal.
Infográfico: Admitidos e desligados por sexo na RMPA em março de 2019
Infográfico: Saldo de trabalhadores na RMPA em março de 2019
O destaque do mês de março vai para o setor da construção civil. Este setor apresentou uma movimentação de 797 postos de trabalho a menos. Os serviços industriais de Utilidade Pública também demitiram mais do que contrataram, registrando um saldo de -114. O setor de serviços também acompanhou esta tendência, contabilizando -35 postos de trabalho. Por outro lado, a indústria da transformação admitiu 515 trabalhadores a mais e o comércio também apresentou um saldo positivo de 33 contratados.
Infográfico: Número de admissões e demissões por setor na RMPA em março de 2019
O primeiro trimestre deste ano fechou com um total de 124.141 contratações e 118.263 demissões, resultando em um saldo positivo de 5.878 postos de trabalho. Os trabalhadores com idade entre 17 e 29 anos apresentaram saldo positivo, ou seja, houve mais contratados que demitidos. Entretanto, trabalhadores de 50 a 64 anos registraram 2.474 demissões a mais, bem como os cidadãos com mais de 65 anos, que registraram um saldo negativo de 670 postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano. Outro destaque vai para empregados com faixa etária entre 30 e 39 anos, representando 27% do total de contratações e 29% do total de demissões.
Infográfico: Saldo de trabalhadores na RMPA no primeiro trimestre de 2019
Infográfico: Número de contratações e demissões por município na RMPA no primeiro trimestre de 2019
O município de São Leopoldo fechou o período analisado com 1.138 contratações a mais, seguido de Novo Hamburgo, com 1.055 admissões. Canoas e Porto Alegre, por outro lado, fecharam o semestre com saldo negativo de -292 e -1.738, respectivamente.
Infográfico: Número de contratações e demissões por faixa etária na RMPA no primeiro trimestre
O setor de serviços representou, no primeiro trimestre deste ano, 48% do total de admitidos e demitidos. O comércio, em seguida, foi responsável por 23% das contratações e 25% das demissões. A indústria da transformação fechou os primeiros três meses com um saldo positivo de 4.738. Por outro lado, a construção civil registrou –595 postos de trabalho.
Infográfico: Número de contratações e demissões por setor na RMPA no primeiro trimestre
Os dados desta publicação são complementares à Carta do Mercado de Trabalho produzida pelo Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas, a qual contempla dados acerca do mercado de trabalho formal no Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre e no município de Canoas referentes ao mês de março de 2019.
Com o propósito de fornecer subsídios e informações atualizadas para análises e proposições de políticas públicas, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea e a Fundação João Pinheiro - FJP organizaram o Radar IDHM: estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, que permite atualizar as informações disponibilizadas pelo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.
Além do Índice de Desenvolvimento Humano - IDHM e das suas desagregações por sexo e cor para os anos 2016 e 2017, o Radar IDHM também disponibiliza os resultados dos três subíndices: educação, longevidade e renda. O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, apresenta a síntese dos indicadores para a Região Metropolitana de Porto Alegre.
Eis o texto.
De 2016 a 2017, o IDHM do Brasil cresceu de 0,776 para 0,778, ou seja, quanto mais próximo de 1,000, melhor o índice de desenvolvimento humano. O crescimento ocorreu mesmo com a queda no valor do índice da dimensão renda de 0,748 para 0,747. Segundo o PNUD, esse percentual reflete uma queda de 0,92% no valor da renda per capita, que passou de R$ 842,04 para R$ 834,31.
Por outro lado, apesar da queda na renda, o IDHM foi puxado pelos índices das dimensões longevidade de 0,845 para 0,850, significando o crescimento da esperança de vida de 75,72 anos para 75,99 anos.
O índice de educação cresceu um pouco, de 0,739 para 0,742 entre 2016 e 2017. No caso do último ano, o PNUD destaca que seu crescimento se deveu ao aumento do subíndice de frequência escolar, uma vez que o subíndice de escolaridade da população adulta brasileira permaneceu praticamente constante.
No IDHM dos estados brasileiros, em 2017, quatro aparecem com médio desenvolvimento humano, sendo todos estados do Nordeste, vinte aparecem na faixa de alto desenvolvimento humano e três estão na faixa de muito alto desenvolvimento humano. São eles: Distrito Federal (0,850), São Paulo (0,826) e Santa Catarina (0,808).
Dentre os 27 estados, seis apresentaram redução no IDHM entre os anos de 2016 e 2017. Acre (-0,010) e Roraima (-0,006) registraram as maiores quedas no índice, seguidos por Rio Grande do Norte (-0,005), São Paulo (-0,005) e Distrito Federal (-0,004). Alagoas e Paraná mantiveram os valores inalterados entre 2016 e 2017. As maiores tendências de avanços foram no Amazonas (0,017) e na Paraíba (0,013).
O IDHM da Região Metropolitana de Porto Alegre passou de 0,788 para 0,795 entre 2016 e 2017. As maiores tendências de aumento foram observadas na Região Metropolitana de João Pessoa (0,021), na de Manaus (0,019) e na Grande Teresina (0,018). Oito registraram redução no índice entre os dois anos analisados, com destaque para as Regiões Metropolitanas de Natal (-0,017), Cuiabá (-0,010) e São Paulo (-0,007). Vitória (0,002) e Rio de Janeiro (0,001) apresentaram os menores avanços. A Região Metropolitana de Aracaju não apresentou alteração nesse período.
Ao abrir o IDHM de 0,795 da Região Metropolitana de Porto Alegre, houve aumento no índice de longevidade (0,823), educação (0,754) e renda (0,811). No entanto, o IDHM dos brancos foi de 0,811 em 2017, enquanto dos negros foi de 0,731, abaixo da média da própria Região Metropolitana de Porto Alegre. Segundo os dados da PNUD, as maiores desigualdades entre brancos e negros são encontradas nas regiões metropolitanas de Maceió, Salvador e Porto Alegre.
Em relação ao IDHM educação, a Região Metropolitana de Maceió é a que apresenta a maior diferença entre brancos e negros, seguida da Região Metropolitana de Porto Alegre, ou seja, o IDHM educação foi de 0,779 para os brancos e 0,669 para os negros. O índice de longevidade foi de 0,829 para os brancos e 0,805 para os negros e o índice de renda foi de 0,826 para os brancos e 0,726 para os negros.
Em uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2017, já era possível verificar o grau de desigualdades na Região Metropolitana de Porto Alegre em termos de renda. Os dados da PNAD ainda possibilitam saber a desigualdade por cor e raça no ano de 2017. A diferença do rendimento médio recebido entre brancos e pretos e pardos foi acima da média nacional regional: 55,11%, em valores, uma diferença de R$ 2.292,26 dos rendimentos dos pretos e pardos.
O nível de desenvolvimento humano é desigual também entre homens e mulheres na Região Metropolitana de Porto Alegre. O IDHM das mulheres foi de 0,791 e dos homens de 0,798. Embora o IDHM educação das mulheres seja de 0,774 e dos homens de 0,734, e o IDHM longevidade de 0,790 para os homens e 0,865 para as mulheres, o IDHM renda das mulheres é de 0,739 e dos homens é de 0,876. Em 2017, segundo o IBGE, nos municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, a diferença salarial foi maior: 28,62% entre homens e mulheres, representando uma diferença de R$ 1.224,70.
Na última terça-feira, a Unisinos São Leopoldo recebeu a oficina “Introdução à Metodologia de Análise de Conteúdo”, ministrada pela MS Bibiana Martins dos Santos. A atividade foi promovida pelo Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU.
O encontro tem como objetivo contribuir para a qualificação dos métodos e técnicas de análise de conteúdo, que constituem os processos de pesquisa necessários para melhor refletir e intervir nas realidades. A oficina foi desenvolvida a partir dos estudos das obras dos autores Laurence Bardin (1977) e Roque Moraes (1998; 1999) sobre o tema.
Bibiana começa a atividade retomando a história da análise de conteúdo, que iniciou com o estudo de textos sagrados. Depois, a ministrante passou para as principais diferenças entre as metodologias de pesquisa de análise de conteúdo e análise de discurso, que são comumente confundidas. Tanto uma quanto a outra tratam sobre o estudo de comunicações, mas analisam partes diferentes dentro do processo de comunicação.
Após as definições teóricas do que é a análise de conteúdo, suas técnicas e diferenciações com outras metodologias, Bibiana passou para a parte prática da oficina, levando a turma a fazer uma análise de conteúdo interagindo com o meio em que estavam inseridos. Durante o evento, alunos dos cursos de Economia, Serviço Social e Jornalismo puderam pôr em prática toda a explicação da professora Bibiana Martins dos Santos a partir da técnica de análise temática.
No dia 9 de maio, quinta-feira, o ObservaSinos levará a oficina “Introdução à Metodologia de Análise de Conteúdo” para o campus da Unisinos em Porto Alegre. A atividade segue com a apresentação da MS Bibiana Martins dos Santos e acontece às 16h30min na sala TEDU 305. Inscreva-se aqui.
A Ecofeira Unisinos foi idealizada para a promoção de práticas sociais, ambientais e ecológicas, possibilitando o diálogo dentro da universidade sobre temas tão pertinentes à nossa realidade, como cidadania, políticas públicas e meio ambiente. Toda quarta-feira, feirantes da região reúnem-se no corredor em frente ao Instituto Humanitas Unisinos - IHU para a mostra e venda de seus produtos. Assim, o intuito da feira é também valorizar o produtor e o desenvolvimento a partir da produção local.
Paralelo às atividades de mostra e comercialização de produtos naturais, sustentáveis e orgânicos, semanalmente a EcoFeira Unisinos promove atividades culturais que fomentam o diálogo de ensinagens no ambiente acadêmico. Na última quarta-feira, dia 24 de abril, o evento oportunizou, em parceria com o Grupo Araçá de Consumo Responsável, uma roda de conversa sobre consumo consciente.
O Grupo Araçá trabalha na região do Vale do Rio dos Sinos justamente como um grupo de consumo consciente. A equipe conecta o produtor agroecológico ao consumidor que tem buscado produtos com menor impacto ambiental. As encomendas são realizadas on-line, pelo site www.araca.eco.br, e entregues pelo grupo em núcleos do Araçá. Hoje, cerca de 150 pessoas participam do coletivo de compras e aproximadamente 40 produtores fornecem sua produção a cinco núcleos da equipe espalhados na região.
Uma vez por mês são realizados os pedidos, que são entregues na semana seguinte nos núcleos do grupo ou pela equipe do Bicicletar – voluntários que entregam de bicicleta os produtos na região. O pedido mínimo é de R$ 30,00 e há uma taxa de contribuição de R$ 10,00 mensais para os participantes. Essa contribuição mensal é utilizada para cobrir as despesas como o combustível dos voluntários que se prontificam a fazer o transporte das mercadorias.
A roda de conversa faz parte dos encontros do Círculo Cultural, que integra a programação da Ecofeira, ocorrendo uma vez por mês nos corredores da Unisinos. O prof. Telmo Adams, do PPG de Educação da Unisinos, mediou a conversa sobre consumo consciente, retomando o último encontro do Círculo, que discutiu as mazelas da fome a partir do documentário “Histórias da Fome no Brasil”, de Camilo Tavares.
A fome e o consumo consciente são temas que estão intimamente ligados e devem ser igualmente debatidos. O estímulo à economia solidária é um dos caminhos para que o desperdício das grandes produções diminua, incentivando assim a produção local. Consumindo do produtor regional, busca-se uma melhor qualidade nos alimentos por um preço que seja justo e acessível à comunidade. “É uma questão de resistência. De descentralizar essas grandes empresas, essas grandes multinacionais que são donas de outras pequenas empresas”, explica Rafael Santos, do Grupo Araçá.
Durante o encontro, foi debatida a possibilidade de a Unisinos tornar-se também um núcleo do grupo, com a compra de produtos não perecíveis. A compra de frutas, legumes, verduras ou hortaliças no campus continuará sendo realizada semanalmente com os expositores da EcoFeira. Assim, ficou acordado que o Núcleo Unisinos iniciará as atividades no mês de maio e os produtos serão entregues na AduniSinos, que fica no corredor central da universidade.
Contatos podem ser feitos com a Adunisinos, pelos telefones (51) 35908500 (ramal 5500) ou (51) 989547487 (Fabrício) e pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
A Carta do Mercado de Trabalho produzida pelo Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas contempla dados acerca do mercado de trabalho formal no Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre e no município de Canoas referentes ao mês de março de 2019. O documento apresenta informações que englobam a evolução do emprego por setor de atividade econômica e respectivos números de admitidos e desligados.
As fontes dos dados partem dos registros administrativos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os setores econômicos são aqueles definidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
O mercado de trabalho formal brasileiro registrou, entre admissões e demissões, saldo negativo no mês de março deste ano, com 43.196 postos de trabalho com carteira assinada o que representa uma redução de 0,11% sobre o estoque de empregos do mês anterior. Já o mercado de trabalho formal rio-grandense no mês de março de 2019 registrou saldo positivo, resultado entre as admissões e demissões, de 2.439 postos de trabalho o que representa um acréscimo de 0,10% sobre o estoque de empregos do mês anterior. Por fim, a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) apresentou um recuo em 381 postos de trabalho com carteira assinada, uma redução de 0,03% sobre o estoque de empregos do mês anterior.
Confira a análise completa aqui.
Na última quarta-feira, a programação cultural da EcoFeira Unisinos contou com a apresentação da oficina “Plantas Alimentícias Não Convencionais – Parte II”, ministrada pela bióloga Daiani Fraporti dos Santos, que integra a equipe do Programa de Ação Socioeducativa na Comunidade - PASEC. A oficina é a segunda parte de uma série de quatro encontros que abordam desde a identificação até a aplicação das plantas alimentícias não convencionais - PANCS. Daiani iniciou o encontro retomando com a turma o conceito de PANCS e um pouco do conteúdo visto na primeira oficina.
As plantas alimentícias não convencionais são comumente associadas a plantas daninhas, invasoras, nocivas e a inços, mas muitas espécies são ricas em nutrientes e podem ser utilizadas para enriquecer nossa alimentação. “A biodiversidade no Brasil é enorme. Hoje existem cerca de 3.000 espécies de PANCS catalogadas no país e a gente não conhece”, observa Daiani.
A bióloga explica que nossa alimentação acaba sendo muito homogênea e limitada, pois utilizamos sempre os mesmos alimentos em nossas refeições. Por causa disso, a demanda nas plantações é muito grande e o tempo que o solo leva para se recuperar entre uma plantação e outra não é respeitado. Assim, os alimentos chegam a nossas mesas com poucos nutrientes, já que o solo do plantio é prejudicado pelo manejo dos agricultores.
Durante a oficina foram vistas as plantas popularmente conhecidas como beldroega, capuchinha, caruru, peixinho e ora-pro-nóbis, assim como sua identificação e preparo. Daiani também alertou para o cuidado na hora da identificação das PANCS, pois sempre há muitos nomes populares para cada planta, dependendo da região, e isso pode causar confusão para reconhecê-las. O mais seguro é buscar pelo nome científico de cada hortaliça antes de manejá-la.
As PANCS têm se popularizado entre a população, que tem buscado mais variedade de alimentos em sua dieta. Por isso, a procura pelas plantas alimentícias não convencionais tem sido cada vez maior nas feiras. Daiani explica que, pelo aumento dessa procura, a produção de PANCS também aumenta e cada vez mais produtores têm visto que essas plantas são comerciáveis e benéficas. Apesar de não serem muito conhecidas, tudo caminha para que essas hortaliças venham a ser cotidianas em nossa alimentação.
A terceira parte da Oficina “Plantas Alimentícias Não Convencionais” será realizada no dia 22 de maio, às 12h30min, na sala Ignácio Ellacuría e Companheiros - IHU, na Unisinos São Leopoldo. Além dessas oficinas, toda quarta-feira a EcoFeira Unisinos promove atividades culturais que disseminam e fomentam discussões sobre o conhecimento ecológico e também sobre políticas públicas. Clique aqui para acompanhar a programação completa do semestre.
Toda quarta-feira acontece a EcoFeira Unisinos, em frente ao Instituto Humanitas Unisinos - IHU. A feira reúne produtores locais que atraem toda a comunidade acadêmica com seus produtos frescos e ecológicos. Semanalmente, a feira também promove atividades culturais que complementam sua programação. Nesta semana, o evento promovido é a “Oficina Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCS) – Parte II”, realizada pela equipe do Programa de Ação Socioeducativa na Comunidade - PASEC.
Como o nome já diz, as PANCS são plantas alimentícias que não costumam fazer parte do nosso cardápio. O objetivo da oficina é justamente ensinar a aplicação das PANCS na culinária e também seus benefícios. A primeira parte da série de oficinas foi ministrada pela bióloga Daiani Fraporti dos Santos e contou com a participação da comunidade acadêmica da Unisinos e também da comunidade em geral. A atividade desta semana será na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros – IHU, às 12h30min.
Confira a programação completa da EcoFeira Unisinos aqui.
O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, está promovendo diversas oficinas para o ano de 2019. Até aqui, três oficinas foram promovidas pelo programa: a “Oficina de Dados e Análises sobre a Região Metropolitana de Porto Alegre”, realizada em duas datas, e a “Oficina de SPSS - Statistical Package for the Social Sciences”.
A “Oficina de Dados e Análises sobre a Região Metropolitana de Porto Alegre” foi primeiramente realizada no dia 26 de março no campus da Unisinos em Porto Alegre e ministrada pelos acadêmicos de economia Guilherme Tenher e João Santos Conceição, que integram a equipe do ObservaSinos. Durante a atividade, que reuniu estudantes de diversas universidades, foram vistos os dados das realidades da Região Metropolitana de Porto Alegre e sua sistematização.
O segundo encontro da oficina foi também ministrado por Guilherme Tenher e João Santos Conceição e aconteceu no dia 16 de abril. A atividade seguiu o modelo de sua primeira apresentação e viu como se dá a análise e a sistematização de dados a partir do panorama da Região Metropolitana de Porto Alegre, mostrando os caminhos para chegar até eles, quais bases de dados utilizar como fontes de pesquisa etc.
Já a “Oficina de SPSS – Statistical Package for the Social Sciences”, ministrada pela professora Dra. Patrícia Sorgatto Kuyven, foi uma aula introdutória de como utilizar este software. O SPSS - Statistical Package for the Social Sciences, que significa pacote estatístico para as ciências sociais, auxilia na sistematização e organização de informações quantitativas e qualitativas feitas nas mais variadas pesquisas.
A oficina começou com uma breve apresentação e reconhecimento do software. Com o acompanhamento constante da professora, os alunos aprenderam a importar os dados para o software e usar as ferramentas de análise estatística por meio da geração de tabelas e gráficos.
MAIO
14 de maio
14h30min às 17h – Oficina de base de dados educacionais.
Local: Sala de Informática B09 009 (Escola de Humanidades) – Unisinos São Leopoldo.
JUNHO
04 de junho
14h30min às 17h – Oficina das bases de dados do DataSUS.
Local: Sala de Informática B09 009 (Escola de Humanidades) – Unisinos São Leopoldo.
O segundo mês de 2019 registrou movimentações importantes acerca do mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA: mais homens foram contratados (e demitidos) do que mulheres, houve maior admissão de jovens e desligamento de pessoas acima de 50 anos, metade dos trabalhadores empregados possuía o ensino médio completo e os setores de comércio e serviços representaram mais de 70% das contratações. O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, acessou as bases de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED. Confira abaixo informações mais detalhadas:
O mês de fevereiro fechou com saldo positivo de 5.425 trabalhadores na Região Metropolitana de Porto Alegre. Foram 44.266 contratações contra 38.841 demissões. Deste total, 53% dos admitidos, assim como 55% dos desligados, eram homens. Todas as cidades da região, exceto Capela de Santana, contrataram menos mulheres se comparado com os trabalhadores do sexo masculino.
Infográfico: Número de admissões e demissões na RMPA em fevereiro/2019
Porto Alegre, São Leopoldo e Novo Hamburgo foram os municípios que apresentaram maior saldo de contratados, sendo 1.221, 609 e 476, respectivamente. Por outro lado, Capela de Santana registrou um saldo de -22 trabalhadores, e São Jerônimo também demitiu mais do que contratou, contabilizando -42 empregados.
Infográfico: Saldo de trabalhadores por faixa etária na RMPA em fevereiro/2019
Trabalhadores entre 18 e 24 anos representaram o maior saldo em fevereiro deste ano: foram 3.003 contratações a mais. Jovens com até 17 anos registraram um saldo positivo de 1.376, seguido de pessoas entre 30 e 39 anos, com um saldo de 820. Por outro lado, empregados com idade entre 50 e 64 anos contabilizaram o mês com 436 demissões a mais, bem como pessoas de 65 anos ou mais também representaram um saldo negativo de 198.
Infográfico: Número de admissões e demissões por faixa etária na RMPA em fevereiro/2019
Das 44.266 admissões do mês de fevereiro na região, 50% eram de trabalhadores com ensino médio completo (22.146), seguido de 5.037 empregados com ensino médio incompleto (11,3%), 4.958 com ensino superior completo (11,2%) e 4.681 com fundamental completo (10,6%).
Da mesma forma, estes níveis de escolaridade se destacam ao analisar o número de demitidos: 19.880 com ensino médio completo, representando 51% do total, 4.779 com fundamental completo (12,3%) e 3.921 desligados com ensino médio incompleto (10,1%).
Infográfico: Número de admissões e demissões por grau de instrução na RMPA em fevereiro/2019
Em termos relativos, o município de Santo Antônio da Patrulha contratou, dentre os demais, o maior número de empregados com nível de instrução até o quinto ano do ensino fundamental, representando 4% das contratações do município. Arroio dos Ratos e Sapiranga se destacam por possuírem 26% dos contratados com ensino fundamental completo. Ademais, 29% dos contratados em Capela de Santana tinham o ensino médio incompleto. Triunfo se destacou por possuir 77% dos empregados com ensino médio completo em fevereiro. São Jerônimo tinha o maior percentual relativo de trabalhadores com ensino superior incompleto, representando 18% do total de contratados do município. Por fim, do total de contratações em Taquara, 18% delas eram relativas a pessoas com ensino superior completo.
Infográfico: Número de contratados e demitidos por grau de instrução na RMPA em fevereiro/2019
O setor de serviços representou 48,5% do total de contratados no mês de fevereiro na região, contabilizando um total de 21.476 pessoas. O setor de comércio, em seguida, empregou 9.699 trabalhadores, representando 21,9% do total. A indústria da transformação, o terceiro maior setor contratante, admitiu 9.291 empregados, cerca de 21% do total.
Por outro lado, 91% das 38.841 demissões se concentraram nestes mesmos setores, sendo 18.570 desligados no setor de serviços (47,8% do total), 9.498 desligamentos com atividades relacionadas ao comércio (24,5%) e 7.284 pessoas a menos na indústria (18,8%).
Infográfico: Número de admissões e contratações por setor na RMPA em fevereiro/2019
Todos os setores, salvo as atividades oriundas da agropecuária, com 27 demissões a mais, fecharam o mês de fevereiro com saldo positivo. O setor de serviços e o da indústria da transformação recebem destaque pelos maiores saldos, 2.906 e 2.007, respectivamente. A construção civil se posicionou em terceiro lugar, com um saldo de 212, seguido do comércio, com 201 contratações a mais.
Infográfico: Saldo de trabalhadores por setor na RMPA em fevereiro/2019
Em 2018, quase todos os municípios do Vale do Sinos reduziram investimentos em educação quando comparado com 2017, bem como na área da saúde, entretanto em um número menor de municípios. Além dos cortes nas esferas municipal e estadual, a União congelou os investimentos em saúde, educação e assistência social por 20 anos, além dos indicativos de reformas nestas três áreas.
O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, acessou os dados referentes aos recursos aplicados em educação e saúde nos municípios do Vale do Sinos pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul - TCE/RS.
Desde 2015, tem sido marcada a austeridade no Brasil e no Rio Grande do Sul. Com a ilusão de que os investimentos privados voltassem à economia brasileira e regional, os governos aplicaram medidas de redução de gastos públicos para equilibrar as contas públicas. Em meio a esse processo, houve eleição de novos prefeitos(as) e vereadores(as), contribuindo para o planejamento, monitoramento, avaliação e controle social das políticas públicas.
O direito à educação e à saúde são direitos sociais que estão assegurados no artigo 6º da Constituição Federal, ao lado de alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados.
No tocante à educação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que a União deverá aplicar na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino - MDE durante o ano nunca menos de 18% do conjunto de impostos arrecadados. Os estados da federação, o Distrito Federal e os municípios devem aplicar no mínimo 25% da receita tributária total.
A aplicação em MDE inclui um conjunto de ações dos entes públicos para garantir que as instituições educacionais públicas consigam realizar os seus objetivos. Há bastante divergência sobre quais seriam os objetivos da MDE e da abrangência. Atualmente, são considerados despesas e/ou investimentos relacionados à manutenção e funcionamento das estruturas e instalações de equipamentos necessários ao ensino, remuneração e capacitação dos profissionais ligados à educação, assim como aquisição de materiais didáticos, transporte escolar, entre outros.
No Vale do Sinos, apenas Dois Irmãos e Nova Hartz aumentaram investimentos em educação entre 2017 e 2018. Embora todos os municípios tenham cumprido a legislação em 2018, bem acima dos 20%, Ivoti foi o que mais investiu, sendo que 31,79% da arrecadação foi destinada à educação. Já o município que menos investiu foi Portão, enquanto Campo Bom teve a maior diminuição dos percentuais (-8,2) de redução entre 2017 e 2018.
Infográfico: Investimento em educação no Vale do Sinos entre 2010 e 2018
Assim como na área da educação, os dados sobre investimento em saúde são distintos entre os municípios. De certo modo, essa condição limita as informações e análise de comparação com os demais municípios. A Lei Complementar n° 141, de 13 de janeiro de 2012, fixa que ao menos 15% da arrecadação dos impostos e dos recursos devem ser destinados à Ação e Serviço Público de Saúde - ASPS.
Em relação ao percentual exigido, foi cumprido por todos os municípios do Vale do Sinos, assim como o percentual na área da educação. Canoas, Esteio, Ivoti, Nova Santa Rita e Novo Hamburgo foram os únicos municípios que aumentaram investimentos em saúde entre 2017 e 2018, enquanto Nova Santa Rita foi o que menos investiu (16,31%). São Leopoldo foi o que mais reduziu, em pontos percentuais, os investimentos entre 2017 e 2018 (-7,86).
Infográfico: Investimento em saúde no Vale do Sinos entre 2010 e 2018
O ObservaSinos dedicou os primeiros meses deste ano para publicizar dados acerca das mais variadas dimensões da realidade. Para isso, sistematizou informações sobre trabalho, educação, segurança e proteção social, buscando provocar o debate sobre as políticas públicas e seu poder de transformação social.
Uma das primeiras foi o número de vagas a serem criadas na educação infantil. O município de Araricá atendia 96,17% da população entre 0 e 5 anos nas escolas de educação infantil espalhadas pela cidade. Entre 2016 e 2017, a taxa de atendimento cresceu 28 pontos percentuais, passando de 97,6% para 125,60% em 2017. Sendo assim, o município não possui vagas a serem criadas, assim como Campo Bom e Ivoti, que também não precisam criar vagas.
Canoas possui uma baixa taxa de atendimento das crianças com idade entre 0 e 5 anos. Entre os anos de 2013 e 2017, a maior taxa foi de 37,24%, registrada no último ano analisado. Desta forma, apesar da diminuição de 3.525 vagas a criar em cinco anos, o município ainda possui uma demanda para criação de 7.793 vagas em 2017.
Outro panorama escolar foi analisar o perfil dos eleitores que foram às urnas em 2018. Apesar da relativa queda entre o decênio de 2008 e 2018, o ensino fundamental incompleto é o corte que (ainda) possui o maior número de eleitores (maior percentagem de participação do eleitorado) e se torna uma característica comum entre os municípios do Vale do Sinos. Em 2008, 62,98% do eleitorado possuía ensino fundamental incompleto, agora em 2018 são 48,53%.
Na saúde, um dos indicadores mais graves na Região Metropolitana de Porto Alegre são as doenças transmissíveis sexualmente. A região possuía um registro de 167 casos de sífilis congênita no ano de 2008. Em 2017, este número saltou para 1.570 casos. Isso significa que neste período houve um aumento de 840% no número de gestantes com sífilis.
Os municípios de Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Sapucaia do Sul, Alvorada, Viamão e Gravataí registraram 1.280 casos de sífilis congênita no ano de 2017. Esses oito municípios representaram 36% dos casos contabilizados no estado no mesmo ano.
A maior incidência de sífilis para o período de 2008-2017 ocorreu nas gestantes com idade entre 20 e 29 anos, sendo a faixa etária com maior número de casos dentre os municípios analisados. Em seguida, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Sapucaia do Sul apresentaram alto número de pacientes de 30 a 39 anos. Já Porto Alegre, Alvorada, Viamão e Gravataí possuíam mais gestantes com idade entre 15 e 19 anos.
Ainda na saúde, no fim do ano passado o Ministério da Saúde fez um levantamento dos municípios brasileiros que estão em situação de alerta ou risco para o surto de dengue, zika e chikungunya. Constatou-se que, na Região do Sinos, seis municípios estão em situação de alerta para essas doenças, enquanto em outros seis essa situação é muito baixa ou inexistente. Além disso, na Região Metropolitana de Porto Alegre, que inclui o Vale do Sinos, mais de 43 mil pessoas não possuíam esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial no ano de 2017.