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Ecofeira Unisinos vai até você

Sexta, 20 de Outubro de 2017

Há mais de um ano a  Ecofeira Unisinos compõe o cenário da Unisinos São Leopoldo, oferecendo produtos agroecológicos à comunidade da Universidade e da vizinhança. A partir da próxima semana ela terá uma nova ação: a ECOFEIRA VAI ATÉ VOCÊ, que consiste no abastecimento dos produtos da Feita a partir de encomenda prévia. Na quarta-feira as encomendas serão entregues às pessoas que realizaram a encomenda. Este projeto iniciará sendo implementado na Escola de Saúde. A lista de produtos e valores das mercadorias estarão disponíveis no posto de atendimento da escola de saúde da Unisinos.

Os pedidos deverão ser feitos até a segunda-feira e na quarta-feira os produtos serão entregues no intervalo da manhã, no início da tarde e no horário do intervalo da tarde. A mostra da Ecofeira acontece todas às quartas-feiras, das 10 às 18h, no corredor central da Unisinos São Leopoldo, em frente ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. As atividades culturais têm sido um outro espaço importante de in-formação da Ecofeira. Todas as quartas às 12h30min são oferecidas atividades como oficinas, cine-vídeo, círculo cultural. Clique aqui para conferir a programação da Ecofeira Unisinos.

No dia três de outubro foi realizado na Unisinos São Leopoldo o Ciclo de Debates: Trabalho, Emprego e Renda no Vale do Sinos, com a exibição de dados e indicadores a respeito da temática, que revelou a complexa realidade em torno da garantia destes direitos pela grande maioria da população. Moisés Waismann, doutor em educação, apresentou reflexões sobre o trabalho, traçando uma linha do tempo entre a revolução industrial e os tempos de hoje. Problematizou o contexto atual, cujo modo de produção libera assalariados e o Estado de um protagonismo. “Estamos vivendo com um novo modo de produção, liberando assalariados e empreendedores. Eu faço um esforço para compreender este outro modo, que, diferente de antigamente, não precisa mais do Estado Nacional e se vê livre do trabalho.”

Com o objetivo de dar vistas à realidade e promover o debate em vista da avaliação das políticas públicas, o Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, sistematizou os dados mais recentes da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, para a comparação dos vínculos ativos no ano de 2015 com a movimentação do mercado de trabalho no Vale do Sinos durante o ano de 2016.

A partir dos cinco grandes setores da economia, segmentados em grau de instrução e faixa salarial média dos trabalhadores, observou-se que em 2015 no Vale dos Sinos, 39,9% dos trabalhadores tinham até o ensino médio incompleto e 40,8% tinham o ensino médio completo, concentrando juntos aproximadamente 80% do total de trabalhadores.

Sobre a perspectiva de rendimentos do trabalho, 3 em cada 4 trabalhadores recebem mensalmente até 3,00 salários mínimos (27,1% recebem até 1,5 e 48,6% recebem de 1,51 a 3,00).

No ciclo, os dados alimentaram o debate sobre o perfil do desemprego causado pela diminuição dos postos no Vale do Sinos: “Nós poderíamos voltar a 2010 e 2012, onde as empresas estavam crescendo e contratando. A partir dos próximos anos as empresas vão crescer e não vão mais contratar, pois os postos de trabalho estão fechando e não serão mais abertos”, diz Moisés.

Se analisada a movimentação do emprego em 2016 no Vale do Sinos pelos cinco grandes setores da economia, a indústria teve um saldo de 2.330 postos de trabalho fechados; a construção civil, 1.261; o comércio, 472; e o setor de serviços teve perda de 54 postos de trabalho. Apenas o setor Agropecuário, extrativo vegetal, caça e pesca criou empregos ao longo do ano no Vale do Sinos (+43), de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED

Pode-se resumir o maior fechamento de postos de trabalho entre trabalhadores com ensino fundamental completo (-2250) e com 6º a 9º ano do fundamental (-1968). Aqueles com ensino superior completo aparecem em seguida, com 632; depois, os com ensino médio incompleto, com 501; e os com o 5º ano do fundamental completo, com a perda de 425 postos. Trabalhadores com os menores graus de instrução também enfrentaram perdas: 42 para os com até o 5º do fundamental e 11 postos a menos para os analfabetos

Em 2016, foi observada criação de postos de trabalho apenas para trabalhadores com ensino médio completo (+1753) e com ensino superior completo (+2). Por escolaridade do trabalhador, para aqueles com ensino médio completo o setor que mais absorveu foi o de serviços, com 938 postos criados; o de comércio, com 811 postos criados; e o industrial, com 269 postos criados. O comércio também foi o único com saldo positivo para trabalhadores com ensino superior incompleto ou completo, totalizando 211 postos adicionais em 2016.

Sobre o salário mínimo, Moisés também expressou a sua opinião: “Muitas pessoas não têm condições de conseguir seu próprio sustento. A partir deste panorama, temos noção de como os brasileiros sobrevivem com o salário mínimo ou recebendo subsídios do governo.”

Concluindo, a concentração das admissões nas faixas salariais mais baixas e de trabalhadores com maior qualificação reflete na reconfiguração contemporânea do mercado de trabalho. Em conjunto, a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência corroboram com a flexibilização da jornada e do trabalho, redução da oferta de emprego e sobrecarga dos que permanecem formalmente empregados. Encontramo-nos no desafio de construir um novo significado para o trabalho – que não o de dignificar o homem – enquanto planejamos uma alternativa de renda.

O Instituto Humanitas Unisinos – IHU, em parceria com o Centro de Direitos Econômicos e Sociais – CDES e ACESSO Cidadania e Direitos Humanos, iniciou o Ciclo de Debates: Gentrificação, Direitos Humanos e as cidades. A primeira parte do evento ocorreu na segunda-feira (02/10), na Unisinos Campus Porto Alegre e trouxe como convidados o sociólogo Brian Mier, conselheiro do Conselho de Assuntos Hemisféricos, e a geógrafa Nola Patrícia Gamalho, da Universidade Federal do Pampa – Unipampa. O objetivo da atividade é analisar e debater os processos de transformação das cidades impostos pelo capitalismo contemporâneo, com destaque para a gentrificação à luz dos direitos humanos.

Clique aqui para conferir a gravação do evento no canal do IHU no Youtube.

O evento começou com Mier abordando conceitos e definições referentes à gentrificação e também sua relação com os direitos humanos. “Quando a gente fala sobre direitos humanos, pelo ponto de vista da gentrificação, nós falamos sobre o direito às cidades”, diz. De acordo com o sociólogo, este é um direito básico humano, que teve seu conceito criado nos anos 60 e inexiste no sistema capitalista. Ele também afirma que o direito às cidades é poder modificar a cidade na forma que a população ache melhor e que atenda as necessidades.

Mier revela que essa questão é diretamente relacionada com a gentrificação. “A gentrificação é uma forma de alterar o espaço urbano, mas para privilegiar as elites”, afirma. A gentrificação é o processo de transformar uma região ou um bairro, através de mudanças de pontos comerciais ou prédios antigos, para novos modelos, o que, de acordo com Mier, acaba afetando também a cultura da população moradora destes locais. 

Em geral, esse método é praticado em bairros operários, onde é feita uma especulação imobiliária. Investidores compram diversos imóveis a um preço baixo e não os utilizam, para que eles acabem sofrendo as ações do tempo. Com isso, eles alugam os imóveis a preços baratos, mas investem nos comércios e pontos culturais do bairro, para atrair a classe artística e popularizar o bairro. Como o lugar se torna atrativo e barato, muitas pessoas acabam indo morar ali, mas como Mier informa, após 10 a 15 anos dessa popularização dos bairros, os valores dos imóveis aumentam absurdamente e essas pessoas acabam sendo expulsas, pois não têm condições financeiras de continuar morando no bairro.

A exposição foi ilustrada com fotos das experiências que vão se construindo no mundo (Foto: Arquivo/Brian Mier)

Mier também cita outras estratégias de gentrificação, além do modelo principal que é o da atração da classe artística. Outro sistema utilizado pelos especuladores é se apropriar de bairros que não tenham uma identidade cultural fortalecida e criar a própria identidade conforme os interesses dos investidores. Ele também cita o método do “megaprojeto”, que investe em grandes prédios, mesclando com alguns antigos, como em universidades ou parques tecnológicos. Geralmente esses projetos são feitos junto com o poder público e para aumentar os preços dos imóveis no bairro.

Como resultado da gentrificação nos bairros ou regiões, Mier explica que os valores dos aluguéis aumentam, expulsando as pessoas que não têm condições de pagar. As empresas também sofrem com os novos valores, mudando de lugar e prejudicando seus trabalhadores ou causando muitas demissões. Outro problema são os estelionatários, que se aproveitam da situação das pessoas que estão devendo e não têm condições de pagar o aluguel, e oferecem um valor de compra do imóvel muito abaixo do real.

Ao dizer que a gentrificação é a “privação dos direitos às cidades”, Mier cita algumas estratégias para combater este método, algo que ele adquiriu ao longo da sua experiência e de seus estudos. Mier relata que o protesto direto contra a venda de prédios, por exemplo, faz com que as pessoas que estejam se mobilizando sejam vistas como “antiprogresso” ou “antidesenvolvimento” da cidade, o que pode dificultar na luta contra a gentrificação. 

O sociólogo afirma que uma das soluções é organizar a associação de moradores do bairro para que eles (em conjunto com a população) lutem pela permanência ou criação de imóveis com preços sociais. Outro método citado por Mier é o congelamento do IPTU para moradores históricos dos bairros ou a redução dos impostos para as empresas mais antigas que querem se manter nessas regiões. Ele também traz o chamado “controle de aluguel”, ou seja, que, independente dos aumentos em razão da gentrificação, 15% a 20% dos aluguéis daquele bairro sejam subsidiados pela prefeitura. Por último – e o método que Mier considera mais importante – é argumentar que lutar contra a gentrificação não é ir contra o progresso, mas mostrar que não existe a necessidade de acelerar o processo do mercado, principalmente por serem usados recursos públicos para isso.

A doutora em Geografia, Nola Patrícia Gamalho, deu continuidade aos debates, afirmando que ela não lida diretamente com gentrificação, mas suas ideias vêm de seus lugares epistemológicos e aproximações à temática. Nola entende que o tema é complexo, difícil e influencia diretamente a vida das pessoas e que o debate é importante para pensar cidades mais humanas.

Para dar vistas ao debate, Nola trouxe algumas narrativas de representantes de povos indígenas e moradores de comunidades das cidades que sofreram com o processo da gentrificação. Os relatos, em sua maioria, trazem uma crítica à forma com que essas pessoas foram tratadas e o questionamento de como o processo de “evolução” das cidades pode impactar tão negativamente para a vida destas populações, que se veem sem saída ou apoio na hora de lutar por suas residências. “A apropriação é o oposto de propriedade, assim ela é desconstruída cotidianamente, de forma a não resistir. Então os espaços de encontro, os espaços de prática na cidade devem ocorrer nos espaços intermediários para isso. As ruas perdem força”, afirma.

 


A exposição foi ilustrada com fotos das experiências que vão se construindo no mundo (Foto: Arquivo/Brian Mier)

Nola também identifica que as populações que são afetadas pelo processo de gentrificação acabam sofrendo com preconceitos e se tornando estigmatizadas. “Quando há os processos de remoções, as pessoas são associadas a patologias, a doenças ou a desajustes. As nossas juventudes periféricas são constantemente associadas ao desajuste e ao problema social”, revela.

Como forma de resistência à gentrificação, Nola cita as manifestações culturais, através da música, dança, poesia, pois por meio disso as populações se apropriam dos espaços e criam uma identificação e uma raiz muito mais forte com os bairros ou regiões, fazendo com que a luta pela permanência se fortaleça e crie visibilidade.

O segundo dia do Ciclo de Debates ocorrerá no dia 24/10, com a conferência “Podem as cidades existir sem os direitos humanos?”. As palestras serão apresentadas pelo representante da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos, Jacques Távora Alfonsin, e pelo representante do Movimento Nacional de Luta pela Moradia Ocupa Prefeitura de Porto Alegre – MNLM, Ezequiel Morais. O evento ocorre na Unisinos Campus Porto Alegre, das 19h30min às 22h. Clique aqui para se inscrever no segundo dia do evento.



Depois do acidente, a obra foi interditada e segue interrompida (Foto: Lucas Schardong/IHU)

Se uma tragédia pudesse ser descrita em números, a que trataremos nesse texto poderia ser resumida assim: há mais de 50 dias uma marquise, com aproximadamente 15 metros de comprimento, despencou de pouco mais de quase três metros de altura, matando dois operários e deixando outros três feridos. Contudo, uma tragédia não é possível de ser explicada nem reduzida a números. Os trabalhadores Jairo Rodrigues Cavallari, 26 anos, e Lautiere Müller Kulba, 30 anos, morreram no dia 27 de julho após uma marquise de concreto cair em cima de cinco trabalhadores, na cidade de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Depois de ter virado notícia na imprensa local, o assunto caiu no ostracismo. Enquanto a vegetação cresce no pátio da obra, o silêncio solitário do local ecoa o abandono dos órgãos fiscalizadores em relação à defesa dos direitos dos trabalhadores. Embargada pelo Ministério do Trabalho, a construção ainda está sob análise da Segurança do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul, sediada em Porto Alegre. No Rio Grande do Sul, os dados mais recentes são de 2015 e revelam o número de 146 trabalhadores mortos, somente naquele ano. Além disso, mais de 52 mil operários sofreram acidentes de trabalho, conforme dados do Ministério da Previdência Social.

De acordo com o chefe do Setor de Inspeção do Trabalho Gerência Regional de Novo Hamburgo, Rafael Jassen de Araujo, a obra “foi embargada e deve permanecer paralisada até que providências de segurança permitam a retomada do trabalho no local”. Ele também afirma que o responsável pela construção foi notificado para apresentação de documentos trabalhistas e da área de saúde e segurança do trabalhador, que serão verificados pelos auditores designados para a fiscalização.

Rafael também informa que a empresa responsável entrou com um levantamento de embargo. A partir disso, a documentação será analisada e, caso seja satisfatória, o local da obra sofrerá fiscalização. Caso as normas de segurança estiverem de acordo com a legislação, a empresa poderá dar continuidade aos trabalhos.

Nenhum dos proprietários ou engenheiros da Mavel Engenharia e Construções, empresa responsável pela obra, quis conversar com a reportagem da IHU On–Line. Durante contato telefônico, a resposta da empresa, dada por uma atendente, que se negou a se identificar, foi que não forneceriam nenhuma informação sobre o assunto, e que aguardavam o resultado da perícia para se pronunciarem.

Órgãos públicos

Na época, a prefeitura de São Leopoldo, por meio de uma nota, lamentou a tragédia e informou que a “obra foi devidamente licenciada e conta com seus próprios responsáveis técnicos tanto pelo projeto quanto pela execução". A reportagem entrou em contato com o órgão municipal novamente, através da Diretoria de Urbanismo, que está diretamente ligada à Secretaria de Gestão e Governo. A resposta, contudo, foi que o auto de embargo já havia sido apresentado por falta de segurança e que estavam no aguardo do laudo fiscal realizado pela perícia para tomar as medidas cabíveis. Já a Procuradoria Geral do Município também informou que os procuradores de São Leopoldo não receberam nenhuma ocorrência ou ofício relacionado ao incidente.

O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – Cerest de Canoas, que atua no Vale do Sinos e é responsável pela investigação dos acidentes de trabalho com óbito, afirmou ter feito contato com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul – Crea–RS e com o Sindicato da Construção Civil para se munir de mais informações. De acordo com o Cerest, ainda é muito cedo para se chegar a qualquer conclusão, e estão aguardando os laudos técnicos do acidente.

 



Depois do acidente, a obra foi interditada e segue interrompida (Foto: Lucas Schardong/IHU)

O Crea–RS, por sua vez, afirma que fez a fiscalização de todos os profissionais e empresas responsáveis pelas atividades técnicas da obra, incluindo a parte de projetos e dos responsáveis pela segurança da construção. Além disso, está averiguando todos os pontos que poderiam ter levado ao incidente, para, a partir disso, enviar os relatórios preliminares para laudo técnico ao Ministério do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho – MPT. Entretanto, até o fechamento desta reportagem, ninguém havia sido responsabilizado e sequer se sabiam, exatamente, as causas do acidente. Enquanto as autoridades investigam o caso, a impunidade cresce verde e reluzente, como o capim que verte entre os vãos do concreto de uma obra abandonada.

Gráfico do número de mortes e acidentes dos trabalhadores no Rio Grande do Sul e Vale do Sinos



Arte: Nadine Steffen

Fundação de Economia e Estatística – FEE publicou ontem, 27-09, a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre – PED-RMPA para o mês de agosto de 2017. Os dados apontam para uma relativa estabilidade da taxa de desemprego.

Eis o texto: 

O número total de desempregados em agosto na Região Metropolitana de Porto Alegre foi estimado em 188 mil pessoas, 2 mil a menos em relação ao mês anterior. Esse dado corresponde de desemprego total com relativa estabilidade, passando de 10,4% da População Economicamente Ativa (PEA) em julho para 10,3% em agosto de 2017. 

De acordo com os pesquisadores esse resultado deveu-se às pequenas variações no contingente de ocupados (mais 3 mil, ou 0,2%) e na força de trabalho (mais 1 mil, ou 0,1%).

O nível ocupacional na Região Metropolitana de Porto AlegreRMPA ficou relativamente estável (mais 3 mil, ou 0,2%), sendo estimado um contingente de 1.636 mil ocupados. Houve aumento na indústria de transformação (mais 6 mil ocupados, ou 2,2%), no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (mais 4 mil, ou 1,2%) e na construção (mais 3 mil, ou 2,7%). O resultado negativo se deu no setor de serviços (menos 7 mil ocupados, ou -0,8%).

O total de assalariados teve aumento de 1,3% (mais 15 mil), tanto no setor privado (mais 7 mil, ou 0,7%), quanto no setor público (mais 8 mil, ou 5,0%). No setor privado, houve relativa estabilidade do emprego com carteira (menos 2 mil, ou -0,2%) e aumento do sem carteira (mais 9 mil, ou 13,2%). Em relação aos demais contingentes analisados, houve aumento de empregados domésticos (mais 5 mil, ou 5,4%) e diminuição de trabalhadores autônomos (menos 12 mil, ou -4,7%).

De junho para julho de 2017, o rendimento médio real aumentou para todos seguimentos: ocupados (2,2%), assalariados (1,3%) e trabalhadores autônomos (1,3%),correspondendo a R$ 1.943, R$ 1.967 e R$ 1.596, respectivamente.

Entre agosto de 2016 e agosto de 2017, a taxa de desemprego total diminuiu de 10,7% para 10,3% da PEA na Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA. No mesmo período, a taxa de desemprego aberto decresceu de 9,6% para 9,2%.

Para a economista da FEE, Cecília Hoff, a análise do momento revela melhora, mas a recuperação é lenta. “A notícia boa é que o nível de ocupação que havia subido em julho se manteve em agosto. Ou seja, se manteve em um nível mais alto. A notícia nem tão boa é que os setores que tiveram aumento são os sem carteira assinada e os autônomos, trabalhadores em situação mais precária. O crescimento econômico tem sido dado por fatores pontuais, não há um movimento sustentado na economia como um todo. Como a recuperação tende a ser lenta e a recuperação do emprego normalmente atrasa, é mais lenta ainda”, aponta.

Para a coordenadora da PED na FEE, economista Iracema Castelo Branco, o cenário indica que já foi feito o ajuste no mercado de trabalho. “Desde 2015 tínhamos um aumento nas taxas de desemprego. Pela primeira vez registramos dois meses seguidos com movimento de redução. Mas, ao mesmo tempo, a tendência revela redução dos postos de trabalho com melhor qualidade”, alerta.

Outro dado significativo apontado pela pesquisa é a média de tempo na procura pelo emprego: 39 semanas.

Acesse aqui a PED-RMPA.

A realidade dos jovens do Vale do Sinos e as políticas públicas voltadas para este público foram tema de debate promovido pelo Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU. O seminário “Realidades e Políticas Públicas para as Juventudes no Vale do Sinos”, que ocorreu na terça-feira (19/09), contou com diversas atividades para fomentar a busca por melhorias nas práticas direcionadas aos jovens

Cerca de 70 pessoas estiveram no evento, sendo o público composto por pessoas atuantes na causa das juventudes, tanto dentro da universidade como em projetos de diversos municípios do Vale do Sinos e também representantes do poder público. A abertura do evento se deu com o projeto “Slam das Minas”, que apresentou declamações de poesias, abordando temas como machismo, preconceito e os problemas enfrentados pelas mulheres jovens.
 


Apresentação do Slam das Minas(Foto: Lucas Schardong)

As palestras começaram com o professor e pesquisador do Observatório Juvenil do Vale, José Silon, que apontou a relação dos jovens com a política. Segundo os dados expostos, somente 15% participam de grupos de jovens e 80% nunca participaram de partidos políticos, representando um baixo envolvimento dos jovens com o tema. Em Porto Alegre, dos 40.923 jovens apenas 3.657 (7%), e em São Leopoldo, dos 7.223 jovens somente 963 (11%) se alistaram para a emissão do título de eleitor. “O que os dados indicam, como tendência geral, é que a atuação política de parte dos jovens não se resume ao apoio às instituições democráticas ou ao jogo eleitoral, mas à busca de uma participação não convencional e extrainstitucional, estando eles nas ruas, em ações diretas”, informa. 



José Silon aborda o perfil do jovem do Vale do Sinos (Foto: Lucas Schardong)

Para dar vistas ao debate, o ObservaSinos trouxe dados elaborados sobre as diferentes realidades dos jovens do Vale do Sinos, nas áreas de pesquisa e atuação do Observatório. A promoção do debate coletivo e dialógico sobre os limites e possibilidades das políticas públicas implementadas junto às juventudes nos municípios e região do Vale do Sinos proporcionaram o conhecimento e contextualização do tema. Segundo dados levantados através da Fundação de Economia e Estatística - FEE, dos 382.091 jovens do Vale do Sinos, 32,90% têm entre 15 e 19 anos, 33,61% têm entre 20 e 24 anos e 33,49% têm entre 25 e 29 anos. Conforme o Censo Escolar 2016, 174.150 jovens estão matriculados no ensino fundamental, 44.893 estão matriculados no ensino médio, sendo que 19% têm mais de 18 anos, e 14.958 estão matriculados na Educação de jovens e adultos - EJA.

Informações sobre trabalho na juventude mostram que jovens de 17 a 29 anos representam 49,8% das admissões no primeiro semestre; a faixa de 18 a 24 anos representa o maior número de admissões no Vale do Sinos: 27,7% ou pelo menos 1 em cada 4 admissões. Além disso, foram demonstrados dados sobre óbitos por causas externas, óbitos decorrentes do HIV, crianças e adolescentes chefes de família e participação dos jovens na vida política.

O coordenador do PPG em Ciências Sociais da Unisinos, Carlos Gadea, seguiu as apresentações com a exibição do tema “A cidade dos jovens em tempos de vulnerabilidade - Entre a proximidade e o distanciamento social”. O estudo veio através das realidades juvenis e da violência intersubjetiva em bairros de Porto Alegre. Apresentando contextos, situações e perspectivas, o diagnóstico trouxe a análise do contexto socioespacial dos jovens, sociabilidade juvenil e a sua relação com a violência nos “territórios da paz” em Porto Alegre.

Outro tema abordado por Gadea foi a defasagem escolar, que afeta diretamente os índices de educação dos jovens. “A quinta e a sexta série apresentam os maiores índices de defasagem escolar”, conta. O pesquisador explica que a defasagem escolar, a qual constitui a taxa de distorção idade-série, é a diferença de, no mínimo, dois anos da idade em que o aluno deveria estar matriculado em dada série/ano. Para ele, este é um produto da repetência e também do abandono escolar



Carlos Gadea apresenta dados respectivos a defasagem escolar dos jovens (Foto: Lucas Schardong)

E se o Jovem tiver vez e voz, como será?

“Se tu sabe o que é certo, tu também sabe o que é errado, qualquer um tem o direito de ser tratado por igual” – essa foi a fala de uma das integrantes do Projeto “Tipo Assim”, de Novo Hamburgo. Seguidas por aplausos, as meninas trouxeram a indagação sobre o que é ser jovem no bairro onde vivem. Entre as reclamações mais comuns estão a falta de incentivos de políticas e o enfrentamento da realidade imposta aos jovens que se veem expostos à venda de drogas, à violência e ao preconceito.

O espaço aberto para os jovens dialogarem e expressaram suas experiências e angústias deu voz também ao Proame, Projeto que atende adolescentes e jovens de São Leopoldo. As adolescentes apresentaram suas percepções sobre os problemas que precisam enfrentar enquanto jovens, como a invisibilidade com que são tratadas em espaços decisórios de questões que afetam suas vidas, pois não recebem credibilidade e poder de escolha. “Dizem que o jovem não tem cabeça para nada, mas a gente tem”, relata.

O Proame também realizou uma parceria com o ObservaSinos para fortalecer o protagonismo dos jovens do Vale do Sinos. Durante a semana ficou em exposição, no corredor central da Unisinos, a mostra fotográfica “Adolescentes e jovens em cena: reflexão e ação”. As fotos foram realizadas por jovens que participam de um projeto do Proame com o mesmo nome da exposição. As fotografias estiveram expostas em oito banners e tiveram como objetivo buscar novos olhares e reflexões dos próprios jovens, em relação ao contexto de violência e vulnerabilidade em que estão envolvidos.

A ONG Trilha Cidadã, em São Leopoldo, realiza clipagem de jornais, separando notícias em que os jovens são retratados. Débora, uma das participantes da ONG, revelou que a maioria das notícias que retratam jovens se encontra nas páginas policiais: “quando o jovem não é vítima, ele é autor da violência, e é essa a realidade que queremos ver”?, questiona.

A co-promoção do evento pelo ObservaSinos, pelos cursos de Graduação em Serviço Social e de Pós-Graduação em Ciências Sociais, assim como com a organização das Missionárias de Cristo Ressuscitado e do Observatório Juvenil do Vale do Sinos - Unisinos.

O abandono escolar, a falta de professores e as taxas de reprovação, são alguns dos fatores que interferem na formação educacional. A temática “alternativas de enfrentamento da defasagem idade-série na região do Vale dos Sinos”, foi o objeto de estudo da doutoranda Tatiane Martins, que resultou em um debate promovido no dia 13 de setembro, quarta-feira, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos. A discussão que teve como compromisso contribuir para a resolução de problemas sociais e fomentar o debate acadêmico, contou com a presença de professores, coordenadores e representantes dos municípios de Parobé e Rolante.

O interesse pelo tema e a curiosidade de conhecer o que está sendo produzido dentro da universidade, levou a Promotora Regional de Educação, Luciana Casarotto, contatar a doutoranda. A agente do Ministério Público iniciou os trabalhos levantando questões sobre motivos e consequências da defasagem, gerando assim problematizações para a discussão da tese. Liderados pela professora Flávia Werle, a conversação começou por Tatiane, que expressou a ideia de seu estudo.

O projeto, que desencadeou o debate, pretende descrever as diferentes políticas educacionais vigentes nos municípios da região do Vale dos Sinos que se referem à defasagem idade-série na educação básica 1° a 4° serie ou 1° ao 5° ano. Tatiane analisou os processos de políticas públicas nos municípios de Lindolfo Collor, Morro Reuter, Presidente Lucena, Ivoti, Campo Bom, Dois Irmãos, Nova Hartz, Estância Velha, Araricá, Sapiranga, Novo Hamburgo e São Leopoldo. Conforme análise as cidades de Novo Hamburgo e São Leopoldo, que detêm a maior rede de ensino da região, possuem ações de enfrentamento à problemática em andamento, juntamente com os outros municípios estudados, que visam a melhoria da qualidade da educação

Segundo Tatiane Martins a defasagem idade-série é um dos problemas educacionais mais significativos quanto ao comprometimento da qualidade da educação. As observações analisadas, permitiram afirmar que embora haja, por parte das administrações municipais, o empenho em organizar-se enquanto associações de cidades, ainda não há direcionamento para ações no campo educacional. 

Na reunião o Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - Observasinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, apresentou dados sobre os investimentos em educação na região. O levantamento mostra que mais da metade das escolas do Vale do Sinos não possui quadra de esportes e 55% dos professores atuavam 40 horas-aula ou mais semanalmente no Vale do Sinos em 2011.

Classificação das etapas escolares

O sistema educacional brasileiro é dividido em Educação Básica e Ensino Superior. A Educação Básica, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - 9.394/96), passou a ser estruturada por etapas e modalidades de ensino, englobando a Educação Infantil, o Ensino Fundamental obrigatório de nove anos e o Ensino Médio.

A educação básica é o primeiro nível do ensino escolar no Brasil compreendendo três etapas: a educação infantil, para crianças com até cinco anos de idade; o ensino fundamental, para alunos de seis a 14 anos de idade; e o ensino médio, para alunos de 15 a 17 anos de idade. A primeira etapa inclui creche, até 3 anos de idade e pré-escola, de 4 a 5 anos de idade; e a segunda etapa inclui anos iniciais de 6 a 10 anos de idade (5 anos de duração) e anos finais de 11 a 14 anos de idade (4 anos de duração). A partir de 2006, a duração do ensino fundamental passou de oito para nove anos.

Municípios e estados devem trabalhar de forma articulada para oferecer o ensino fundamental, já o ensino médio, com duração de três anos, é de responsabilidade dos estados, segundo o Ministério da Educação.

A realidade da educação no Vale dos Sinos

Nesse sentido, o ObservaSinos buscou sistematizar os dados do Censo Escolar de 2016 para os municípios do Vale do Sinos, analisando a defasagem idade-série através do número de matrículas registradas por etapa escolar e faixa etária. Para complementar a análise, é apresentada a taxa de atendimento da educação infantil.

Segundo a estimativa populacional de 2016 da Fundação de Economia e Estatística – FEE para o COREDE Vale dos Sinos, de 1.377.755 habitantes, 20,84% ou 287.098 destes estariam matriculados em alguma etapa escolar no mesmo ano. Do total de matrículas, 33,3% eram nos anos iniciais e 27,3% nos anos finais do ensino fundamental, totalizando 60,6% de participação das duas etapas. O ensino médio representou 15,6% e a pré-escola 10,6% do total de matrículas no Vale dos Sinos.

A defasagem entre a idade do aluno e a idade recomendada para a série que ele está cursando é representada pelo valor da distorção, calculada em anos. O aluno é considerado em situação de distorção ou defasagem idade-série quando a diferença entre a sua idade e a idade prevista para a série é de dois anos ou mais.

No Vale dos Sinos, mais de 90% dos alunos da educação infantil estão matriculados de acordo com a idade prevista. Se observados os anos iniciais do ensino fundamental, 88,5% das matrículas correspondem a idade prevista de 6 a 10 anos de idade, porém há um gargalo de 10,8% de matriculados com 11 a 14 anos de idade. 

A partir do 6º ano, iniciada a etapa dos anos finais do ensino fundamental, o aluno deixa de ter um só professor como referência e passa a ter disciplinas específicas com diferentes educadores, motivando o ponto máximo de repetências e abandono escolar e, explicando a maior taxa de distorção a partir dessa etapa educacional. No Vale dos Sinos em 2016, 82,1% dos alunos matriculados estavam na idade prevista e ao menos 17% tinham idades além de 14 anos.

O ensino médio tem como carga a distorção da etapa anterior, sendo 14,6% dos matriculados de idades entre 18 e 19 anos, 3% de 20 a 24 anos e 1,4% de 25 anos ou mais. Pode-se dizer que ao menos um em cada cinco matriculados no ensino médio no Vale dos Sinos em 2016 estava em situação de defasagem idade-série de acordo com o pressuposto (considerando que possam haver erros no registro).

Por fim, a vontade de voltar a estudar realizada na Educação de Jovens e Adultos – EJA é mais intensa na idade de 15 a 17 anos (34,2%), seguida de 20 a 24 anos (18,9%), de 18 a 19 anos (18,5%) e de 40 anos ou mais (10,4%)

 

Na educação infantil, Canoas tem 15,7% da matriculas em creches do Vale dos Sinos, Novo Hamburgo tem 14,4% e São Leopoldo tem 16%; e na pré-escola, tais municípios tem, respectivamente, 20,1%, 17,8% e 20,8% de participação, somando 58,6% do total de municípios. No ensino fundamental, Canoas tem em média 26,7% das matrículas do Vale dos Sinos, Novo Hamburgo tem 16,4% e São Leopoldo tem 17,1%, estando 60,2% das matrículas do Vale dos Sinos concentradas nos três municípios.

Das matrículas no ensino médio, a repartição é bastante parecida: Canoas tem 26,2%, Novo Hamburgo tem 19,1% e São Leopoldo tem 13,7%. Já no EJA, 64% das matrículas do Vale dos Sinos estão nos três municípios, sendo 25,8% em Canoas, 18,9% em Novo Hamburgo, e 19,4% em São Leopoldo.

Pode-se observar que na educação infantil, São Leopoldo absorve mais alunos que Novo Hamburgo e Canoas, mesmo esse último município sendo o mais populoso do Vale dos Sinos. No ensino fundamental, a participação de São Leopoldo continua superior a de Novo Hamburgo, o que se reverte nas matrículas do ensino médio.

Nesse sentido, se analisado o percentual de alunos matriculados no ensino médio nos municípios que tem idades a partir de 18 anos, Sapucaia do Sul apresenta 22,1%, Canoas 21,8% e Nova Santa Rita 21,4%, com as taxas mais altas do Vale dos Sinos. Além desses, Araricá, Novo Hamburgo, Esteio e São Leopoldo tem as taxas ente 20% e 21%, e, todos os demais municípios abaixo de 15%. Em Campo Bom a defasagem idade-série no ensino médio é a menor do COREDE: 8,3% das matrículas são de idades a partir de 18 anos; seguido de Ivoti com 8,9%.

Clique aqui para visualizar a tabela completa com os dados de educação no Vale do Sinos.

Ponto de partida: educação infantil

A etapa inicial da educação acontece na infância, fazendo com que a importância da frequência e da qualidade da educação infantil seja uma das determinantes da educação futura, recaindo a responsabilidade da escola pública sobre os municípios.

De tal maneira, o Plano Nacional de Educação – PNE estabelece a meta de atender 50% da creche e 100% da pré-escola. Segundo dados de 2015 do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul – TCE/RS o único município do Vale dos Sinos que cumpre e até supera a meta da pré-escola é Araricá, que atende em 127,94%, com vagas nas escolas para crianças de outros municípios.

De acordo com a tabela acima que diz respeito a taxa de atendimento da educação infantil agregada, oito municípios tem a taxa superior a do estado, que é de 53,92%, fazendo da média do Vale dos Sinos de 58,83%. Canoas, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão e Sapucaia do Sul atendem menos da metade das crianças na educação infantil.

Nesse ponto se configura um desafio: a falta de estrutura nos municípios que levam à carência de vagas na educação infantil e a necessidade de se construir a cultura de frequência escolar desde a etapa inicial como ferramenta de formação e informação da criança e espaço de interação social e relacional. É nas crianças de hoje que se desenham os jovens e adultos do amanhã, nelas se deposita a esperança de um futuro, que pode ser diferente e melhor se houver educação e se esta for prioridade das políticas públicas e incentivada pelo círculo familiar.

Em um cenário de apresentação de baixo crescimento econômico e populacional, principalmente no Rio Grande do Sul, com reforma trabalhista e previdência afetando a vida dos trabalhadores e trabalhadoras, o Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - Observasinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, buscou analisar a estimativa populacional nos municípios do Vale do Rio dos Sinos. As estimativas populacionais são referenciais para a elaboração, o controle e o planejamento das políticas públicas. 

Eis o texto

Entre os 5.570 municípios brasileiros, 24,70% ou 1.378 apresentaram redução populacional. Apenas 4,6% do total de municípios do país tiveram crescimento da população igual ou superior a 2,00%, enquanto mais da metade dos municípios (53,60%) tiveram taxas de crescimento inferior a 1,00%. 

Os dados fazem parte das estimativas populacionais realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e têm como data de referência 1º de julho de 2017. O estudo ainda releva que o Brasil tem 207,7 milhões de habitantes e uma taxa de crescimento populacional de 0,77% em relação ao ano passado (206,1 milhões). O Rio Grande do Sul, que ficou abaixo da média nacional, obteve um crescimento populacional de 0,32%. Isso deve-se ao fato de o estado estar em uma fase mais avançada de envelhecimento populacional e de crescimento demográfico entre os demais estados brasileiros.

Confira o vídeo sobre Estimativas populacionais do Rio Grande do Sul, produzido pela Fundação de Economia e EstatísticaFEE.

A região do Vale do Sinos apresentou um crescimento populacional de 0,44%; embora esteja acima da média do estado, a região também fica abaixo da média nacional. Os municípios de Nova Santa Rita e Ivoti foram os únicos que apresentaram taxas de crescimento populacional acima de 1,00%. Os municípios de Esteio e Novo Hamburgo foram os que apresentaram as menores taxas de crescimento populacional do Vale do Sinos, respectivamente 0,15% e 0,16%.

A Fundação de Economia e Estatística - FEE também divulgou recentemente a estimativa populacional dos municípios do Rio Grande do Sul. Os dados apresentados compreendem o ano de 2016, por faixa etária e sexo. Os dados da FEE mostram que as mulheres são a maioria da população no Rio Grande do Sul, assim como no Vale do Sinos. Apenas em Portão e Estância Velha a população de homens é superior à de mulheres na região.

O Rio Grande do Sul possui uma população idosa (de 60 ou acima de 60 anos, conforme definido pelo Estatuto do Idoso) de 16,06%, enquanto no Vale do Sinos a população idosa é de 13,08%. Esse dado desvenda que a população idosa no estado está envelhecendo mais rápido no Vale do Sinos. A faixa etária entre 0 e 29 anos (conforme definido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto da Juventude) representa 39,81% no Rio Grande do Sul e 44,51% no Vale do Sinos. A faixa intermediária de 30 a 59 anos representa 41,47% da população no estado e 42,42% no Vale do Sinos. Esse dado também aponta que a região tem uma população mais nova ao comparar com o estado.

Assim como no Rio Grande do Sul, os homens são a maioria nas faixas entre 0 e 29 anos de idade, as mulheres são a maioria nas faixas de 30 a acima de 80 anos de idade. Esse dado confirma que uma reforma da Previdência Social pode prejudicar mais as mulheres do que os homens. Os dados revelam que as mulheres contribuíram mais para previdência do que os homens. Do percentual de mulheres que não contribuíram, 51,60% possuem idade acima dos 40 anos de idade. Outra informação também alarmante: 53,30% das mulheres que trabalham como autônomas não contribuem para previdência no Brasil.

Os dados da população do Rio Grande do Sul podem ser acessados no aplicativo PopVis. A ferramenta oferece a possibilidade de construir pirâmides etárias de todos os municípios gaúchos; visualizar mapas, população bruta, percentual de população e variação populacional; analisar a representação de cada região (municípios, Coredes e Regiões Funcionais) no Estado por gênero ou grupo etário; e realizar download de tabelas com dados de estimativas e projeções.

O aplicativo PopVis pode ser acessado aqui.

A Fundação de Economia e Estatística – FEE divulgou, no dia 14/09, a Carta de Conjuntura do mês de setembro. A publicação tem como objetivo discutir a conjuntura econômica mundial, nacional e regional. 

O Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, compartilha a pesquisa desenvolvida pela economista da FEE, Cristina dos Reis Martins para Carta de Conjuntura. 

Eis o texto

No período 2007-16, ocorreu uma significativa expansão nos projetos de investimento em infraestrutura e habitação de interesse social na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) via financiamento governamental, fundamentados principalmente nos recursos provenientes de operações de crédito e repasses do Orçamento Geral da União (OGU) e da Caixa Econômica Federal (CEF). Conforme os dados sobre as operações contratadas por meio de programas e ações gerenciados pela CEF, nesse período as propostas de operações nas áreas de infraestrutura na RMPA somavam R$ 9,3 bilhões, em mais de 1.200 propostas, sendo que, desse total, 92,3% eram projetos e obras nas áreas de habitação, mobilidade urbana e saneamento. Observa-se que o montante de recursos proposto para a RMPA nesse período correspondia a 53,4% do proposto para o RS, sendo que os recursos propostos para o Estado perfaziam 4,6% do total das operações propostas para o Brasil em 2006-17.

Destaca-se que, nesse mesmo período, as obras de infraestrutura urbana de menor vulto (pavimentação, passeio público, sinalização, dentre outras) somaram em torno de R$ 100 milhões. Também foram contratadas obras nas áreas de infraestrutura de turismo, saúde, segurança, cultura, esporte e assistência social, assim como projetos de infraestrutura rural, que somavam R$ 600 milhões, distribuídos entre os 34 municípios metropolitanos.

No entanto, na análise das contratações, observa-se que, em cerca de 30% do valor total pretendido para a RMPA, houve a desistência do proponente, ou a seleção foi indeferida ou cancelada. Na área de habitação de interesse social, nota-se que, de 261 propostas, 44 tiveram a seleção indeferida, e, em outras três, houve desistência do proponente, sendo que 27 contratações ainda se encontravam na fase de estudo. Entre as 187 obras iniciadas em 2007-16, 138 delas, que correspondiam a 46,2% dos recursos, foram concluídas.

A maioria dos projetos concluídos no período foi do programa “PAR-Aquisição”, em que os proponentes eram empresas construtoras, cujos prazos para a conclusão das obras eram de no máximo 24 meses. Contudo, 33 obras, que somavam 20,1% dos recursos, encontravam-se atrasadas ou paralisadas, 11 seguiam o trâmite normal e cinco estavam adiantadas. Já na área de mobilidade urbana, seis propostas, que correspondiam a 64,4% dos recursos pretendidos (R$ 2,6 bilhões), tiveram a seleção cancelada. As obras atrasadas e paralisadas somavam 26, correspondendo a quase 30% dos recursos nessa área. Na área de saneamento, 32,5% dos recursos foram realizados em 66 operações. No entanto, 54 contratações encontravam-se atrasadas ou paralisadas, somando cerca de R$ 700 milhões.

As justificativas encontradas no acompanhamento das obras contratadas que estão atrasadas ou paralisadas referem-se a problemas de engenharia, de apresentação dos projetos, problemas operacionais, de licitação, de fiscalização, atrasos nos repasses do órgão executor, dentre outras.

Considerada a distribuição dos recursos entre os municípios da RMPA, observa-se que há uma concentração do total dos contratos nas áreas de habitação, mobilidade e saneamento, no período 2007-16, em apenas cinco municípios: Porto Alegre (39,7%), Canoas (18,6%), São Leopoldo (7%), Gravataí (5,7%) e Novo Hamburgo (5,4%). Na área de habitação, estes cinco municípios também somam mais de 75% do total, porém a distribuição entre eles é mais equilibrada: Porto Alegre (26%), Canoas (15,1%), São Leopoldo (11,9%), Gravataí (9,4%) e Novo Hamburgo (6%). Na mobilidade urbana, 67,7% dos recursos contratados tiveram como destino o Município de Porto Alegre, seguido de Canoas, com 20,9%. Na área de saneamento, 75% dos recursos referem-se a contratações nos Municípios de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Gravataí e Novo Hamburgo. Ressalva-se que o repasse efetivo dos recursos está relacionado ao trâmite do projeto, os quais, em casos de problemas de falhas na execução os recursos, podem ter desembolso adiado ou até mesmo bloqueio ou devolução de recursos já realizados.

Com isso, observa-se que a RMPA segue uma tendência histórica registrada no Brasil quanto ao atraso na conclusão de obras, à escassez de projetos qualificados e à falhas de gestão nos investimentos, que acaba repercutindo no fluxo dos projetos, problemas esses que, em certa medida, podem ser atribuídos à falta de planejamento e à instabilidade regulatória.

Em outro ponto, destaca-se que a execução dos objetivos e das estratégias definidas na estrutura normativa dos programas, ou seja, a implementação das políticas públicas depende em grande parte das características do espaço de execução e da organização dos implementadores nesse espaço. Nesse sentido, salienta-se a importância da capacidade de implementação dos governos locais e da articulação entre as diferentes esferas de governo e atores locais. Somadas à falta de articulação, a rigidez dos regulamentos urbanos, a falta de controle e de monitoramento das normas de desenvolvimento urbano também acabam afetando a efetividade nos programas de infraestrutura e de habitação de interesse social.

Por fim, ainda que os investimentos públicos nas áreas de infraestrutura e habitação estejam relacionados às medidas para estímulo à economia do País, dados os efeitos multiplicadores sobre a renda e o emprego, cabe destacar que esses programas também devem cumprir objetivos sociais e de interesse público, devendo, assim, ser articulados ao planejamento governamental e às diretrizes de uma política habitacional e de desenvolvimento urbano.

Acesse aqui a publicação no site da FEE.

Em um contexto de deliberação de grandes mudanças no país, de ordens distintas e que afetam diretamente a sociedade e as instituições, o Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - Observasinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, buscou verificar a movimentação anual mais recente das organizações representativas e atuantes a serviço do público nos municípios do Vale do Rio dos Sinos e no estado do Rio Grande do Sul. São exemplos as organizações com objetivo no bem comum e não mercantil, sem geração de lucros, tais como Entidades Sem Fins Lucrativos, estabelecimentos de Administração Pública e Cooperativas.

Em 2010, as Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil - FASFIL somavam um total de 556.846 unidades locais e 2.893.854 ocupados assalariados. O Rio Grande do Sul representava 9,6% do número de unidades no Brasil (53.467) e o Vale do Sinos, 6,7% do total de unidades do estado. No Vale do Sinos, 27% das unidades estavam em Novo Hamburgo, 21,2% em Canoas e 20,1% em São Leopoldo. Agora, em termos de pessoal ocupado, os dados são mais significativos: 11,5% dos trabalhadores assalaria-dos de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos do estado estão no Vale do Sinos. 

No Conselho Regional de Desenvolvimento - COREDE, Canoas tem 45,4% de participação, Novo Hamburgo tem 22% e São Leopoldo tem 19,34%, representando, assim, 86,8% do pessoal ocupado do Vale do Sinos apenas nesses três municípios. Mesmo que, comparativamente, Canoas tenha menor número de unidades locais que Novo Hamburgo, o município apresenta um número de pessoal ocupado assalariado bastante superior.

O relatório FASFIL de 2010 exibe ainda dados de salário e outras remunerações deste que é considerado o terceiro setor – o primeiro setor é formado pelo Governo e o segundo setor é formado pelas empresas privadas – e percebe-se que a média de remunerações no Vale do Sinos estava acima das médias estadual e nacional, tanto por pessoal ocupado quanto por unidades locais. 

As Entidades Sem Fins Lucrativos são constituídas sob a forma de associação e fundação, entre outros, e não distribuem patrimônio auferido mediante o exercício de suas atividades sob qualquer denominação (lucros, excedentes operacionais, dividendos, bonificações, participações, etc.), aplicando integralmente os recursos na consecução do respectivo objetivo social, de acordo com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. A Organização Parceiros Voluntários estima que em 2015 o setor sem fins lucrativos repre-sentou 5% do Produto Interno Bruto - PIB do Brasil, contra os 1,4% estimados em 2002 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Número e tamanho dos estabelecimentos privados

Partindo do último FASFIL com dados de 2010, sentiu-se a necessidade de explorar movimentos mais próximos da atualidade, por entender que o período de reformas amplas e a continuidade da recessão econômica redesenham as instituições e organizações sociais e, consequentemente, a participação e a estrutura de serviços. Usou-se a metodologia da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS entre os anos de 2011 e 2015, para analisar as características dos municípios do Vale do Sinos tangentes a número e tamanho de estabelecimentos classificados com natureza jurídica especial de Entidades Sem Fins Lucrativos.

 



Arte: Nadine Steffen

Pode-se perceber que na maioria dos municípios houve queda no número de estabelecimentos de Entidades Sem Fins Lucrativos entre 2011 e 2015, sendo observado aumento apenas em Araricá, Estância Velha, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão e Sapiranga; e nos municípios de Esteio e Nova Hartz, apesar de movimentações no período, o número de estabelecimentos permaneceu igual. Novo Hamburgo apresentou o maior incremento em Entidades Sem Fins Lucrativos, com adição de 20 estabelecimentos ou 5,8% de crescimento.

Entre 2011 e 2015 houve perda de 127 estabelecimentos, enquanto em 2012 o número aumentou; em 2013 viu-se novamente redução e até 2015 o número não voltou ao que era em 2011. O Vale do Sinos encontrou seu pico de Entidades Sem Fins Lucrativos em 2012, com 1.265 estabelecimentos, entrando, em seguida, em uma sutil tendência de queda.

 



Arte: Nadine Steffen

Quanto ao tamanho dos estabelecimentos de Entidades Sem Fins Lucrativos no Vale do Sinos, na média dos cinco anos, 777 ou 63,4% do total tinham de 1 a 4 empregados, 113 tinham de 5 a 9, 101 tinham de 10 a 19 e 100 tinham de 20 a 49. O número de estabelecimentos de 50 a 99 empregados cresceu 35,7%, saindo de 28 em 2011 para 38 em 2015; e o número de estabelecimentos de 100 a 249 empregados cresceu 44,4%, saindo de 18 em 2011 para 26 em 2015.

Em Canoas e Novo Hamburgo estão os estabelecimentos com mais de 500 empregados do Vale do Sinos, que em 2011 foram 13, em 2012 foram 12, em 2013 foram 10, em 2014 foram 9 e em 2015 foram 10. O Vale do Sinos repre-sentou, ao longo dos anos, 6% de participação no número de estabelecimentos de Entidades Sem Fins Lucrativos no Rio Grande do Sul.

No estado do Rio Grande do Sul, o perfil traçado pelo tamanho dos estabele-cimentos no Vale do Sinos é bem parecido: em 2015, 4,6% dos estabelecimen-tos tinham 0 empregados, 71,8% tinham de 1 a 4 empregados, 10,1% tinham de 5 a 9 empregados, 5,6% tinham de 10 a 19 empregados e 4,4% tinham de 20 a 49 empregados, explicando-se, assim, pelas cinco faixas citadas, 96,6% do tamanho dos estabelecimentos. Em comparação, em 2011, 5,5% dos esta-belecimentos tinham 0 empregados, 71,3% tinham de 1 a 4 empregados, 10,5% tinham de 5 a 9 empregados, 5,5% tinham de 10 a 19 empregados e 4,2% tinham de 20 a 49 empregados, explicando-se, assim, pelas cinco faixas citadas, 97% do tamanho dos estabelecimentos.

Número e tamanho dos estabelecimentos de administração pública

Segundo o relatório do Sistema de Contas Nacionais fornecido pelo IBGE, o setor institucional administração pública é constituído por unidades que têm como função principal produzir serviços não mercantis destinados à coletividade e/ou efetuar operações de repartição de renda e de patrimônio. Os serviços são considerados não mercantis quando prestados a preços economicamente não significativos. A principal fonte de recursos do setor é o pagamento obrigatório efetuado pelas demais unidades institucionais na forma de impostos, taxas e contribuições sociais

É composto pelas seguintes unidades institucionais: órgãos governamentais da administração central e entidades descentralizadas (autarquias, fundações e fundos), nos âmbitos federal, estadual e municipal; entidades públicas juridicamente constituídas como empresas com funções típicas de governo e cujos recursos são provenientes, em sua maior parte, de transferências; entidades paraestatais, como instituições produtoras de serviços sociais que têm como principal fonte de receita recursos tributários vinculados arrecadados pelo governo e Conselhos Profissionais, no apoio à regulação das atividades pro-fissionais que têm como principal fonte de recursos contribuições compulsórias; e, fundos de caráter público, como os fundos constitucionais e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP.



Arte: Nadine Steffen

A participação do Vale do Sinos no número de estabelecimentos de administração pública era de 4,2% em 2011, caindo para 3,9% em 2012 e fechando 2015 com 3,8%. Em 2015, Canoas representava 18,2% dos estabelecimentos do Vale do Sinos, seguida de Esteio com 11,4%, de Novo Hamburgo e São Leopoldo, igualmente com 9,1%. 

No Vale do Sinos, o número de estabelecimentos de administração pública cresceu 4,8% de 2011 a 2015 (ponderando as movimentações), e no estado a taxa foi de 13,2%, registrando constante crescimento no período.

Participação de Cooperativas

O município de Novo Hamburgo, ainda em 2015, representava 25% do total de cooperativas do Vale do Sinos, seguido de São Leopoldo, com 17,6%, e Ca-noas, com 14,7%. Quanto ao número de empregados no Vale do Sinos, de 2010 a 2015, em média 27 cooperativas tinham de 1 a 4 empregados ou 38,3%; 11 tinham de 5 a 9 empregados ou 15,1%; e 15 tinham de 10 a 19 empregados ou 21,3%. De 2010 a 2015 o número de cooperativas encolheu 9,3%, passando de 75 no ano inicial para 68 no ano final.

 



Arte: Nadine Steffen

Em 2010, o Vale do Sinos abrigava 3,2% das cooperativas do estado, reduzindo a participação e chegando a 2,8% em 2012, percentual que se manteve até 2015. Nesse mesmo ano, 25,4% das cooperativas do estado tinham de 1 a 4 empregados, 25,2% tinham de 5 a 9 empregados e 22,8% tinham de 10 a 19 empregados. De 2010 a 2015 o número de cooperativas cresceu 2,5%, passando de 2.341 no ano inicial para 2.400 no ano final.