Apesar da perseguição governamental, 11 jesuítas permanecem na Nicarágua

León Department, Nicarágua. (Foto: Hermes Rivera | Unsplash)

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01 Setembro 2023

Depois de o governo da Nicarágua ter declarado, na semana passada, que a Companhia de Jesus é ilegal no país e ordenado que fossem confiscadas todas as suas propriedades, há 11 jesuítas que decidiram permanecer no país centro-americano, com o firme propósito de continuar o trabalho da ordem religiosa, apesar dos elevados riscos de expulsão ou detenção que enfrentam.

A reportagem é publicada por 7 Margens, 31-08-2023.

A informação é dada pela revista America – detida pela congregação – com base em declarações de José Maria Tojeira, SJ, porta-voz da Província Centro-Americana da Companhia de Jesus em El Salvador.

“Dada a ausência praticamente total do Estado de direito na Nicarágua, tudo pode acontecer”, disse o padre José Tojeira, respondendo a perguntas enviadas por e-mail pela America. “Mas os jesuítas continuam no seu trabalho no meio destas dificuldades”.

A residência jesuíta perto da Universidade Centro-Americana (UCA), confiada aos jesuítas, e outra residência para estudantes bolsistas da UCA, já foram confiscadas, segundo Tojeira. Mas três outras entidades jesuítas registadas no governo da Nicarágua permanecem ativas, informou: duas escolas e o centro Fé e Alegria, uma iniciativa jesuíta de educação para os alunos do ensino primário em maior situação de risco.

O porta-voz parece confiante de que, aconteça o que acontecer a seguir na Nicarágua, a presença jesuíta no país manter-se-á. “Continuaremos a trabalhar por uma verdadeira democracia – participativa, inclusiva, que defenda os direitos humanos, que ajude a escapar da pobreza e da injustiça”, assegurou, sugerindo que a contribuição da ordem para a sociedade nicaraguense provavelmente irá tornar-se mais importante após a aceleração do autoritarismo arquitetado pelo regime do casal Ortega-Murillo.

“Estamos estudando possíveis reclamações perante organizações internacionais, as Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos, que zelam pelos direitos humanos, dada a impossibilidade de fazer reivindicações ou demandas legais dentro da Nicarágua”, adiantou ainda o padre José Tojeira.

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