Nicarágua. A curiosa conduta do cardeal Leopoldo Brenes. Qual é o seu jogo diante da ditadura?

O cardeal Leopoldo Brenes (Foto: Reprodução | Vatican News)

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06 Julho 2023

Mais uma vez, ontem, o arcebispo de Manágua, cardeal Leopoldo Brenes, repetiu uma curiosa conduta sua, algo já visto em diversas outras circunstâncias a partir de 2018.

O comentário é publicado por Il Sismógrafo, 06-07-2023.

Na quarta-feira o religioso continuou a repetir aos jornalistas, que ele claramente não suporta, que seu irmão dom Rolando Alvarez estava preso e que os rumores de sua libertação eram apenas "especulações de vocês, jornalistas".

A verdade era outra e todos sabiam, mas o cardeal fingiu cair das estrelas. Dom Rolando Álvarez estava fora da prisão La Modelo desde segunda-feira, protegido e vigiado, para falar com alguns irmãos bispos, parentes e um enviado especial da Secretaria de Estado. Especificamente, queríamos saber a opinião de Rolando Alvarez sobre a proposta de Ortega ao Vaticano, feita por meios indiretos: liberdade para o prelado em troca do exílio.

Dom Rolando Alvarez respondeu negativamente e foi levado de volta para sua cela na prisão La Modelo.

Enquanto isso, o cardeal Leopoldo Brenes continuou dizendo que não sabia de nada, que não via Rolando Álvarez há meses, que ele só recebia visitas de parentes e que não havia negociações em andamento.

Brenes já havia se comportado da mesma forma no passado, dizendo que nada sabia sobre o confisco do dinheiro diocesano guardado em bancos, e antes disso se manteve calado em várias ocasiões em que Ortega ordenou novas ações repressivas contra a igreja local.

Meses atrás, após uma visita ao Vaticano, em plena crise, Brenes afirmou que estava tudo bem e que estava em diálogo com o governo. Dias depois, o ditador Daniel Ortega, que já há 15 meses expulsou o núncio apostólico do país, ordenou a suspensão das relações diplomáticas com o Vaticano.

Em todo caso, para o cardeal Brenes, tudo sempre parece normal.

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