Nicarágua. As Irmãs de Madre Teresa de Calcutá acusadas pelo governo Ortega de “não respeitar as leis contra o terrorismo e a proliferação de armas de destruição em massa” (sic)

Missionárias da Caridade (Foto: Reprodução YouTube)

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30 Junho 2022

 

A decisão, embora incrível e repugnante, é do governo da ditadura Daniel Ortega - Rosario Murillo, marido e mulher, presidente e vice-presidente da Nicarágua: o instituto religioso das Missionárias da Caridade, fundado e localizado em Manágua em 1986 pela Madre santa Teresa de Calcutá, deve deixar o país porque não respeitou as leis sobre "el lavado de activos, el finanziamento al terrorismo y el financiamiento a la proliferación de armas de destrucción de masas".

 

A reportagem é publicada por Il Sismografo, 29-06-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Manágua, capital da Nicarágua

Essa é a justificação apresentada pela Direção-Geral do Registro e Controle das Organizações Sem Fins Lucrativos do Ministério do Interior, ou seja, o mesmo argumento singular utilizado para cancelar centenas de entidades jurídicas de ONG mal vistas pelo governo por serem consideradas possíveis canais para fazer circular informações estratégicas para a segurança nacional.

 

Pode parecer incrível, beirando uma 'fake news', mas infelizmente é assim e não é a primeira vez nos dois períodos em que Ortega governou (1985-1990 e depois de 2007 até hoje).

 

O Ministério do Interior, no caso das Missionárias da Caridade, acrescenta que a Congregação religiosa atua em um setor e atividade em que não teve as devidas autorizações do Ministério da Família, Educação Pública e Saúde e, a esse respeito, cita creches, centros de assistência para a infância e para idosos ou adultos com deficiência e também para situações de acompanhamento em casos de dificuldades de aprendizagem. Além disso, são todas atividades financiadas pelas Missionários e pelos benfeitores espalhados em vários países americanos e europeus.

 

Até agora, a Conferência Episcopal da Nicarágua não se pronunciou e talvez a razão seja justificada: aguarda a resolução final do Parlamento, que por duas vezes adiou o debate para uma data a ser confirmada. Dos mais de 100 cancelamentos de entidades jurídicas solicitados pelo Ministro do Interior, foram aprovados mais de 80. Entre aquelas que aguardam um veredicto estão as Missionários da Caridade, sobre cujos fundos o governo provavelmente gostaria de colocar as mãos.

 

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