80 anos do assassinato de Dietrich Bonhoeffer: ver os grandes eventos da história mundial da perspectiva dos rejeitados é uma experiência de valor incomparável

Em 09-04-1945, o teólogo alemão era enforcado pelo regime nazista

Arte: Marcelo Zanotti | IHU

Por: Patricia Fachin | 09 Abril 2025

Bonhoeffer lutou contra a estreiteza de espírito, a opressão e a exclusão ao longo de sua vida". Essa afirmação de membros da família do teólogo alemão faz parte de declarações dadas à imprensa no fim do ano passado, quando o legado de Dietrich Bonhoeffer passou a ser reivindicado para justificar e apoiar nacionalismos políticos que nada têm em comum com o pensamento do teólogo. A família também manifestou preocupação em relação ao modo como o pastor da igreja confessante, uma das resistências ao nazismo nas décadas de 1930 e 1940, foi apresentado no controverso filme “Bonhoeffer: Pastor. Spy. Assassin” (Angel Studios, 2024), e criticou o biógrafo do teólogo, Eric Metaxas. Para a família, Metaxas "manipulou a história de Bonhoeffer para apoiar o nacionalismo cristão”. Entretanto, asseguram os familiares, “nunca Bonhoeffer se veria associado a movimentos violentos de extrema-direita, como os nacionalistas cristãos e outros que estão tentando se apropriar dele hoje. Pelo contrário, ele teria condenado forte e ruidosamente essas atitudes".

Há exatos 80 anos, em 09-04-1945, Dietrich Bonhoeffer foi assassinado pelo regime nazista um mês antes do fim da Segunda Guerra Mundial. Oito décadas depois das atrocidades cometidas pelo autoritarismo do Terceiro Reich, homens sombrios continuam reivindicando nacionalismos excessivos em vários cantos do mundo. O Estado serve de modo subserviente aos interesses de grupos dominantes e a religião continua sendo instrumentalizada para fins políticos. Nesse contexto, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU dedica esta página especial à memória do teólogo que negou declarar fidelidade a Hitler e optou pela radicalidade do Evangelho.

Seguidor comprometido

Mas o que significa dedicar a vida à radicalidade do Evangelho? Ou, como formulou o teólogo Tom Faletti, estudioso das sagradas escrituras, “o que significa ser um seguidor totalmente comprometido de Jesus Cristo?” Para Faletti, essa foi a questão para a qual Bonhoeffer dedicou a vida – tanto na teoria quanto na prática. “Embora sua resposta tenha mudado ao longo do tempo, sua devoção a Cristo nunca vacilou e ele finalmente desistiu de sua vida por causa de sua fé”, sublinha.

Bonhoeffer cursou Teologia na Universidade de Tübingen e doutorou-se na mesma área pela Universidade de Berlim, com tese doutoral sobre a comunhão dos santos. Segundo Wilhelm Sell, pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Bonhoeffer desenvolveu uma teologia cristocêntrica. “Para Bonhoeffer, a encarnação, morte e ressurreição, enquanto intenso movimento de Deus na história, confirma a natureza do que é ser humano. Jesus Cristo é aquele que mostrou que ele ‘só’ está aí para o outro. A palavrinha ‘só’ representa um exagero proposital usado por Bonhoeffer. (…) Jesus Cristo é Deus que vem ao encontro e se encarna na realidade como servo sofredor. Enquanto o ser humano tenta superar sua própria condição, Deus se torna humano para que toda a humanidade se torne realmente humana. Enquanto as pessoas se distinguem umas das outras por parâmetros como piedosos e ímpios / bons e maus, na encarnação Deus assume a identidade corpórea humana, para que os seres humanos se tornem reais e vivam em liberdade. Deus assume assim, o que é seu: a humanidade e toda sua criação”, explica. 

Bonhoeffer em 1944 (Foto: Reprodução Musée Protestant)

Diferentemente do que se afirma ou se vive, Sell diz que a confissão de fé não impede o diálogo respeitoso com pessoas de outras confissões religiosas ou até mesmo com não crentes. “A religião é um dos elementos que faz parte da liberdade humana. O ser humano busca se re-ligar àquilo que se sente pertencente, mas está alienado. Nessa direção, o sistema religioso se torna um desdobramento da realidade pós-lapsária na qual toda a humanidade está inserida. A fé cristã vai entender que na sua experiência religiosa surge a revelação de um Deus que se movimenta em direção da criação e a redime. O foco de sua ação e toda boa obra passa a ser o próximo, aquele que, como disse Lutero, precisa delas. Por isso, o poder da ação cristã está no amor que serve e se sacrifica, pois é assim que Deus se movimenta em direção da humanidade”, pontua.

Uso político do legado de Bonhoeffer

A imagem do teólogo alemão tem sido apropriada por grupos que agem em causa própria em meio às reações da eleição presidencial de Donald Trump nos EUA, à emergência de discursos religiosos dissociados do Evangelho e ao lançamento do filme “Bonhoeffer: Pastor. Spy. Assassin”. Em contrapartida, salienta Faletti, "poucos querem abraçar seu compromisso total com Cristo”. 

O filme, comenta, “conta uma história emocionante da vida e execução de Bonhoeffer em um campo de concentração nazista em 09-04-1945, mas fornece pouca iluminação sobre a fé que esse pastor alemão expressou tão poderosamente em seus escritos e ensinamentos. No centro da vida de Bonhoeffer estava um compromisso com todo o evangelho e um desejo radical de viver plenamente para Cristo. A maioria dos cristãos alemães na época não reconhecia o quão incompatível a fé cristã era com os ódios, objetivos e métodos de Hitler. Bonhoeffer viu o problema desde o início e buscou manter Cristo no centro da identidade da igreja”. Segundo Faletti, os ensinamentos de Bonhoeffer podem ser entendidos em três etapas: discipulado, responsabilidade e transformação. "Em cada fase de sua história, ele nos desafia a colocar nossa fé no centro de nossas vidas”, complementa.

Na avaliação de Faletti, o filme apresenta uma visão unilateral do teólogo protestante, sem expressar a complexidade de seus pensamentos e posições, como a decisão de entregar a própria vida para manter-se fiel à fé em Cristo. “O filme nos conta que o pacifista Dietrich Bonhoeffer escolheu se envolver em uma conspiração para assassinar Hitler, mas faz pouco para explorar os sentimentos conflitantes que Bonhoeffer tinha. Ele viu riscos espirituais claros nessa decisão e procurou permanecer fiel ao Cristo sofredor”, pontua. 

A carta de Bonhoeffer, endereçada da prisão ao amigo Eberhard Bethge, exemplifica não só a complexidade do pensamento do teólogo, como a carga existencial da opção por Cristo: 

“Eu pensei que eu mesmo poderia aprender a ter fé tentando viver algo como uma vida santa. Suponho que escrevi Nachfolge (Discipulado) no final deste caminho. Hoje vejo claramente os perigos daquele livro, embora eu o defenda. Mais tarde descobri, e ainda estou descobrindo até hoje, que só se aprende a ter fé vivendo em toda a mundanidade da vida. (...) [A] pessoa se joga completamente nos braços de Deus, e é isso que eu chamo de mundanidade: viver plenamente em meio às tarefas da vida, perguntas, sucessos e fracassos, experiências e perplexidades – então não se leva mais a sério os próprios sofrimentos, mas sim o sofrimento de Deus no mundo. Então se permanece acordado com Cristo no Getsêmani. E eu acho que isso é fé; isso é metanoia.” (Letters and Papers from Prison, p. 472)

A reflexão de Dietrich Bonhoeffer sobre a própria vida numa caminhada de fé é bastante diferente dos pronunciamentos públicos de políticos que evocam o nome de Deus para serem seguidos por multidões ou para legitimarem as próprias ações. No discurso de posse, o presidente Trump mencionou Deus quatro vezes: “Há apenas alguns meses, em um lindo campo da Pensilvânia, uma bala de um assassino atravessou minha orelha, mas eu senti, e acredito ainda mais agora, que minha vida foi salva por uma razão: fui salvo por Deus para tornar a América grande novamente”; “Não esqueceremos nosso país, não esqueceremos nossa Constituição e não esqueceremos nosso Deus”; “Somos um povo, uma família e uma nação gloriosa sob Deus”; “O futuro é nosso e nossa era de ouro apenas começou. Obrigado, Deus abençoe a América. Obrigado a todos, obrigado”. 

À palavra Deus, por si só, é possível atribuir inúmeros predicados que não correspondem à realidade daquele que é evocado. Como pontuou o jornalista Juan Aries em outra ocasião, “a questão que se coloca” é justamente a pergunta sobre Deus. Isto é, de que Deus se trata? "O dos desamparados, dos migrantes, dos marginalizados, dos esquecidos pelo capitalismo desenfreado, ou do Deus dos vencedores, daqueles que podem pagar tudo porque estão predestinados?” Essa pergunta pouco tem sido feita e refeita diante da emergência de nacionalismos e polarizações políticas que encontram respaldo no fervor religioso.

Em entrevista ao portal espanhol El Confidencial na semana passada, o historiador Massimo Faggioli, professor da Villanova University, na Filadélfia, afirmou que o Papa Francisco e a equipe de Trump, incluindo nominalmente Vance e Musk, “personificam visões diferentes, se não opostas, do mundo, da família humana e da religião”. Segundo Faggioli, “o presidente, em seu segundo mandato, sabe disso muito bem. Ele costumava se abster de falar sobre suas crenças religiosas até entender que elas poderiam servir aos seus propósitos. A tentativa de assassinato em um comício foi o sinal de que ele estava desaparecido. ‘Deus me salvou para tornar a América grande novamente’, disse Trump em seu segundo discurso de posse, lembrando um novo messias, inaugurando outra dimensão na política dos EUA”.

Na entrevista, o historiador comenta a cena que circulou no mundo todo, de Trump e seus conselheiros rezando na Casa Branca. "Naquela foto, há pessoas que estão lá para ganho pessoal, para promover a si mesmas e seus negócios. Mas também é uma imagem que nos diz que a política americana atual é uma mistura de velho conservadorismo religioso, secularização e pós-secularismo idólatra, no qual a conexão entre fé e razão, entre verdade e revelação de Deus, foi quebrada”.  

 Oração por Donald Trump (Arte: Marcelo Zanotti | IHU)

 

Na mesma direção estão os apontamentos de Daniel Horan, foi diretor do Centro de Espiritualidade e professor de Filosofia, Estudos Religiosos e Teologia da Saint Mary’s College, nos Estados Unidos. “Apesar do uso de linguagem que a princípio parece ser 'cristã', a religião que Trump está promovendo e que muitos de seus seguidores estão adotando é meramente um simulacro do cristianismo autêntico”.

Em artigo publicado em abril de 2024, o religioso alertava para o pseudocristianismo em curso. “Ironicamente, o casamento profano entre as forças políticas de Trump e uma cepa já idiossincrática do cristianismo está resultando no que eu caracterizaria como uma religião profundamente secular. Ele pouco tem a ver ou pouco se assemelha com o cristianismo autêntico, além do uso da mesma designação, recurso às Escrituras Sagradas (embora muitas vezes de forma egoísta e eisegética) e invocações litúrgicas e devocionais assustadoramente familiares", esclarece. 

É ao uso que a nova direita evangélica tem feito do pensamento de Dietrich Bonhoeffer para causas pessoais que a família do teólogo se opõe, conforme manifesto em carta publicada no ano passado:

“Ficamos consternados ao ver como o legado de Dietrich Bonhoeffer está sendo cada vez mais distorcido e instrumentalizado por antidemocratas, xenófobos e agitadores religiosos de extrema-direita. (…) Tiradas do contexto, degradadas a ditados pietistas e pathos de resistência, as citações de Bonhoeffer são degeneradas em passagens que são usadas por muitos hoje em dia: do Projeto 2025 – a proposta de programa da Heritage Foundation para Trump – ao extremista de direita alemão Höcke, cujas intenções contradizem diametralmente os pensamentos e as ações de Bonhoeffer. (…) Nós, descendentes, podemos falar sobre o espírito transmitido em nossa família. Crescemos ouvindo falar e discutindo muito sobre a resistência ao nacional-socialismo, seus motivos e suas consequências. No cenário de crescimento em nível mundial da intolerância, do antissemitismo, do racismo e da xenofobia, do nacionalismo e das tendências autoritárias, é importante que deixemos claro para o público: durante toda a sua vida, Dietrich Bonhoeffer lutou contra um espírito torpe, contra a falta de liberdade e contra a marginalização. Mas nos dirigimos especialmente aos eleitores estadunidenses: não se deixem enganar, deem uma boa olhada na história, somente juntos e no espírito de liberdade e amor ao próximo resolveremos os nossos problemas. É exatamente isso que Dietrich Bonhoeffer representa.”

Legado de Bonhoeffer

Segundo Tom Faletti, durante a Segunda Guerra Mundial, Bonhoeffer “trabalhou em círculos ecumênicos para tentar alertar a igreja ao redor do mundo que Hitler não era apenas uma ameaça política ou militar; ele era uma ameaça espiritual porque suas exigências o elevaram como um ídolo em oposição a Deus. Bonhoeffer argumenta que, uma vez que Cristo se tornou um conosco na Encarnação, Ele está intimamente envolvido em todos os aspectos de nossas vidas. Em todas as interações que temos com outras pessoas, Cristo está lá. Ele ‘está no centro entre meu próximo e eu’ (p. 112). Uma vez que todas as nossas relações com outras pessoas também incluem Cristo, devemos abraçar o caminho da cruz, o caminho da reconciliação, o caminho do amor até mesmo para o nosso inimigo, em todas as interações. É isso que significa amar os outros como Ele nos ama”.

A carta de Natal que Bonhoeffer enviou aos membros da Resistência com quem trabalhava em 1942 dá dimensão da centralidade da fé e do amor a Cristo em sua vida, manifestos em ações, no mundo real: 

“Continua sendo uma experiência de valor incomparável que nós tenhamos aprendido pela primeira vez a ver os grandes eventos da história mundial de baixo, da perspectiva dos rejeitados, dos suspeitos, dos maltratados, dos impotentes, dos oprimidos e insultados, em suma, da perspectiva do sofrimento. (…) O sofrimento pessoal é uma chave mais útil, um princípio mais frutífero do que a felicidade pessoal para explorar o significado do mundo na contemplação e na ação.” (Dietrich Bonhoeffer, Letters and Papers from Prison, Dietrich Bonhoeffer Works – Reader's Edition, Fortress Press, 2015, p. 20) 

Em setembro do ano passado, durante o Angelus na Praça São Pedro, o Papa Francisco também mencionou um trecho de uma carta de Bonhoeffer escrita na prisão, ao fazer referência a Hersh Goldberg-Polin, jovem americano-israelense de 23 anos, sequestrado e morto pelo Hamas. Contrapondo-se ao genocídio em Gaza, o pontífice clamou novamente pela paz na Ucrânia e o fim das guerras esquecidas pela comunidade internacional em outras partes do mundo. "Acabem com a violência, acabem com o ódio, libertem os reféns, continuem as negociações para que sejam encontradas soluções de paz. Quantas vítimas inocentes! Penso nas mães que perderam seus filhos na guerra. Quantas vidas jovens destruídas!", lamentou. 

Na ocasião, o Papa Francisco recordou o significado da conversão para os cristãos, que está muito além de conhecer a doutrina da Igreja e recitar orações somente com palavras, sem permitir que cheguem ao coração. "Eu sigo Jesus apenas em palavras, mantendo uma mentalidade mundana, ou eu o sigo e permito que o encontro com Ele transforme minha vida? Tudo muda quando se conhece verdadeiramente Jesus", assegura. 

No último domingo, 06-04-2025, na celebração do Jubileu dos Enfermos, a mensagem do Pontífice foi distribuída aos fiéis. No centro das orações estava o pedido de intercessão pela paz e por todos os atingidos pelas guerras. "Continuemos a rezar pela paz: na atormentada Ucrânia, atingida por atentados que causaram muitas vítimas civis, incluindo muitas crianças. E a mesma coisa está acontecendo em Gaza, onde as pessoas são forçadas a viver em condições inimagináveis, sem abrigo, sem comida, sem água potável. Rezemos pela paz em todo o Oriente Médio; no Sudão e no Sudão do Sul; na República Democrática do Congo; em Mianmar, também severamente testado pelo terremoto; e no Haiti, onde a violência está em alta e matou duas freiras há alguns dias". 

Para conhecer Dietrich Bonhoeffer

Há muitos modos de conhecer o pensamento teológico de Bonhoeffer, mas uma boa forma de conhecer Dietrich Bonhoeffer é por meio das orações, cartas e poemas escritos em condições favoráveis para alimentar o ódio, a discórdia e a divisão. Em vez disso, expressam as inquietudes de alguém que examina a mesmo diante de Deus. Assim é o poema Quem Sou Eu?, publicado na Oração inter-religiosa, na página do IHU, em 2019:

Quem Sou Eu?

Quem sou eu? Seguidamente me dizem
que saio da minha cela
tão sereno, alegre e firme
qual dono de um castelo.

Quem sou eu? Seguidamente me dizem
que da maneira como falo
aos guardas, tão livremente,
como amigo e com clareza
parece que esteja mandando.

Quem sou eu? Também me dizem
que suporto os dias do infortúnio
impassível, sorridente e com orgulho
como alguém que se acostumou a vencer.

Sou mesmo o que os outros dizem de mim?
Ou apenas sou o que sei de mim mesmo?
Inquieto, saudoso, doente,
como um passarinho na gaiola,
sempre lutando por ar, como se me sufocassem,
faminto de cores, de flores, às vezes de pássaros.
Sedento de palavras boas, de proximidade humana,
tremendo de ira a respeito da arbitrariedade
e ofensa mesquinha,
nervoso na espera de grandes coisas,
em angústia impotente pela sorte de amigos distantes,
cansado e vazio até para orar, para pensar, para produzir,
desanimado e pronto para me despedir de tudo?

Quem sou eu? Este ou aquele?
Sou hoje este e amanhã um outro?
Sou porventura tudo ao mesmo tempo?
Perante as pessoas um hipócrita?
E um covarde, miserável diante de mim mesmo?
Ou será que aquilo que ainda em mim perdura,
seja como um exército em derradeira fuga,
à vista da vitória já ganha?

Quem sou eu?
A própria pergunta nesta solidão
de mim parece pretender zombar.
Quem quer que sempre eu seja,
tu me conheces, ó meu Deus,
sou teu.

Assim também é a Oração matutina, de Bonhoeffer, reproduzida na página do IHU em 2014:

Dentro de mim está escuro, mas em ti há luz
eu estou só, mas tu não me abandonas
eu estou desanimado, mas em ti há auxílio
eu estou inquieto, mas em ti há paz
em mim há amargura, mas em ti há paciência
não entendo os teus caminhos, mas tu conheces
o caminho certo para mim.

(Fonte: Oração matutina, 1943 – Resistência e Submissão – Sinodal/EST 2003)

Ou o poema De bons poderes, musicado por Siegfried Fietz, publicado abaixo na versão de Ilson Kayser:

Sobre Bonhoeffer no IHU

Na página eletrônica do IHU estão disponíveis artigos e reportagens sobre o pensamento de Dietrich Bonhoeffer. Entre eles, destacam-se:

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