Bispos luteranos tomam posição: Trump é “uma perigosa ameaça”

Donald Trump | Foto: Gage Skidmore / Flickr

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01 Abril 2025

Uma das muitas dezenas de “ordens executivas” decretadas por Donald Trump desde que tomou posse está a gerar descontentamento entre setores luteranos e de outras igrejas cristãs dos Estados Unidos, tendo levado vários bispos a considerar que o Presidente constitui “uma perigosa ameaça”.

A reportagem é publicada por 7margens, 28-03-2025.

A medida em questão, publicada em 6 de fevereiro último, visa, alegadamente, “erradicar o preconceito anticristão” no país. Uma task force foi incumbida de dar cumprimento à ordem presidencial, cabendo-lhe “identificar quaisquer políticas, práticas ou condutas anticristãs ilegais”.

A ordem executiva foi, de imediato, saudada por lideres religiosos que estão de alma e coração com Trump e, aparentemente, parecia que ninguém se atreveria a contestar o esforço de erradicar preconceitos contra os cristãos.

Não é isso que entendem três bispos e uma bispa das dioceses do Wisconsin e Michigan, pertencentes à Igreja Evangélica Luterana na América (ELCA, na sigla em inglês).

“Acreditamos – dizem eles, numa tomada de posição conjunta – que essa ordem executiva é uma ameaça ao pluralismo religioso consagrado na Constituição e, de fato, não protege os cristãos”. “Em vez disso, essa ordem alinha o governo federal com o nacionalismo cristão, uma perigosa confusão de cristianismo fundamentalista, política conservadora e patriotismo feroz, que distorce o que significa ser um cidadão americano e um cristão comprometido na sociedade”, alertam os responsáveis da ELCA.

Os bispos explicam, num abaixo-assinado interconfessional que lançaram recentemente, já subscrito por mais de três centenas de pessoas, porque é que a medida tomada pelo presidente dos EUA representa “uma ameaça perigosa” à liberdade religiosa: “o governo federal deu a si mesmo a autoridade para definir o que pode ser considerado ‘anticristão’ e, portanto, também a autoridade para definir o que é cristão — um poder que pertence somente à Igreja, não ao governo federal”.

É por isso que a ordem executiva, além de violar a liberdade religiosa, “corrompe a separação entre Igreja e Estado e cria um ambiente mais hostil para os cristãos e todos os cidadãos que acreditam de forma diferente da administração atual e seus conselheiros religiosos”.

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