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Genocídio de mulheres e crianças marca a “guerra esquecida” na República Democrática do Congo

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14 Março 2025

Doutor em sociologia, Bas’llele Malomalo explica como o conflito está entrelaçado às dinâmicas de poder que sustentam o mundo atual

A reportagem é de Carla Castanho, publicada por Jornal GGN, 12-03-2025.

A crise humanitária na República Democrática do Congo (RDC) figura entre as mais devastadoras do continente africano. Conflitos armados incessantes, deslocamentos forçados em massa e o espólio sistemático das riquezas naturais do país compõem o cenário de uma tragédia que se prolonga há décadas, sob a cumplicidade – e, em muitos casos, o patrocínio – de interesses de potenciais globais. O termo que define o cenário atual é genocídio.

Em entrevista ao canal TVGGN, o doutor em sociologia pela UNESP, Bas’llele Malomalo, professor do Instituto de Humanidade e Letras da Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), detalhou o cenário de guerra esquecida, intensificado desde dezembro de 2024. “Estamos falando de um genocídio que data de 1996, com a matança de crianças e mulheres que persiste, e o deslocamento de milhões de pessoas”, afirmou Malomalo.

A situação no leste da RDC é particularmente crítica, com a atuação de grupos armados como o M23 e a presença militar de Ruanda. Malomalo apontou ainda a tragédia do alistamento forçado de crianças pelos rebeldes, prática que começou no início da crise e perdura até hoje. “A alistamento de crianças pelos rebeldes é uma tragédia que já ocorreu e se repete agora”, declarou.

A disputa geopolítica na região envolve interesses de múltiplos atores, tanto internos quanto externos. A justificativa da presença militar de Ruanda no Congo é a alegação de ameaça de grupos hutus que fugiram para o país após o genocídio de 1994. No entanto, de acordo com Malomalo, “essa narrativa não se sustenta, pois a ONU já desarmou a maioria desses grupos, e muitos combatentes já retornaram a Ruanda”.

O real interesse, segundo Malomalo, está nos recursos naturais da RDC, como coltan, cobalto, diamantes e ouro, essenciais para a produção de dispositivos eletrônicos e outros produtos da indústria global. “O que está em jogo são os recursos naturais do Congo”.

Durante a entrevista concedida ao jornalista Luis Nassif, Malomalo fez um apelo ao Brasil, destacando a conexão histórica com os países africanos. “Quando falamos de Congo e Angola, estamos falando de uma parcela da população que ajudou a formar a identidade nacional brasileira”.

Ele ressaltou ainda a importância de ampliar o debate sobre a África e seu impacto na história brasileira, e criticou a escassa cobertura midiática sobre os problemas enfrentados pelo continente, especialmente em relação à RDC. “É fundamental expandir a discussão sobre a África e o impacto que ela teve e tem na formação da identidade brasileira”, afirmou.

As raízes da crise

A crise tem raízes no período colonial belga, que foi marcado pela exploração brutal da população local. Sob o governo de Leopoldo II, os congoleses foram forçados a trabalhar nas plantações de borracha, e aqueles que resistiam eram torturados ou mortos. Estima-se que entre 10 e 20 milhões de pessoas tenham sido mortas durante o período colonial. Essa exploração brutal dos recursos naturais do país e a violência estrutural estabelecida na época ainda influenciam o contexto atual.

Após a independência em 1960, o Congo passou por uma série de transformações políticas e violentos conflitos internos. Patrice Lumumba, o primeiro líder independente do país, foi assassinado em 1961, após um golpe apoiado pela CIA, e seu aliado Laurent Kabila liderou uma rebelião que depôs o ditador Mobutu Sese Seko em 1996, com apoio de Ruanda e Uganda.

“Estamos falando também do bojo do capitalismo no Ocidente, onde, quando há necessidade de matérias-primas e mão de obra, a África e a Ásia se tornam essenciais do ponto de vista dos recursos naturais e da exploração do trabalho”, ilustrou Malomalo.

Alguns anos depois, a intervenção militar de Ruanda e Uganda logo se transformou em uma exploração das riquezas minerais da RDC. Após a morte de Laurent Kabila em 2001, seu filho, Joseph Kabila, assumiu a presidência e conduziu uma transição política que culminou nas eleições de 2006, mas os conflitos armados e a instabilidade persistiram, especialmente no leste do país, onde grupos armados lutam pelo controle de recursos, com o apoio dos EUA e do Reino Unido aos ocupantes ruandeses.

“Mas todo mundo sabe desse contexto, nós estamos falando da Guerra Fria, estamos falando de imperialismo norte-americano, francês, belga. É a mesma coisa que acontece na América Latina, no Brasil, são processos de ditadura”, compara.

A crise na RDC é um reflexo do que o sociólogo Frantz Fanon descreveu como a perpetuação das estruturas coloniais sob novas roupagens. O controle estrangeiro sobre os recursos congoleses, a manipulação política interna e o silêncio da comunidade internacional demonstram que a África segue sendo o epicentro de um sistema de exploração globalizado. Enquanto isso, a guerra no Congo segue sendo tratada como um “conflito distante”, quando, na verdade, está profundamente entrelaçada às dinâmicas de poder que sustentam o mundo contemporâneo.

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