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05 Fevereiro 2025

"Essa nova página remonta a três anos atrás. Um cessar-fogo que fracassou em meio a acusações mútuas no outono passado. Depois, a blitzkrieg dos rebeldes, ou melhor, das forças especiais de Ruanda. Agora elas patrulham as ruas da cidade, satisfeitas em seus belos uniformes novos, com armamentos high-tech made in USA. Não há mais necessidade de se esconder", escreve Domenico Quirico, jornalista italiano, em artigo publicado por La Stampa, 29-01-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Em cada nome há uma tragédia, coletiva, gigantesca, composta de números com cinco, seis zeros. Kibumba, por exemplo. Ou Kamyoruchinya. Quem já ouviu falar de Kibumba? Vocês não conseguirão encontrá-la no mapa, esse nome não é nem mesmo uma cidade ou um vilarejo. É mais, é pior: são dois dos campos de refugiados em torno de Goma, a maior cidade de Kivu, no Leste do Congo, que acaba de cair nas mãos dos rebeldes do misterioso movimento M23; uma ficção, uma sigla vazia. Na realidade, foi conquistada por soldados da vizinha Ruanda. Aqui, a história é um campo de ruínas, onde ressoam os lamentos sem nome de indivíduos em lágrimas. Aqui, para três milhões de pessoas cujo único trabalho, projeto e identidade é o de refugiado, o sofrimento é a primeira e a última página do mundo. Uma dor explícita e nua que não esconde nada, uma dor sem escapatória, onde até mesmo o lago de safira no qual ela se espelha, o Lago Kivu, brilha apenas como uma estrela morta. Eles não têm o direito de ser indivíduos: o último ultraje ao qual os expomos, ser, coletivamente, de forma anônima, “o maior desastre humanitário” de nosso tempo. O enésimo.

Aborreciam vocês as guerrilhazinhas ferozes, malcheirosas e inconclusivas da África? Agora podem ficar satisfeitos: eis no país que é tragicamente o mais rico e o mais pobre do mundo, uma verdadeira guerra entre nações, sim, daquelas verdadeiras, como entre Rússia e Ucrânia. Ruanda invadiu o Congo. À sua maneira, a história evolui.

Goma tem um milhão de habitantes, nos campos outros tantos vivem, ou melhor, sobrevivem, famintos, com pouca água potável, sem remédios, alimentados por um empenho quase missionário da caridade internacional, todas as noites as mulheres são violentadas, os filhos levados embora (Ah, logo as encontraremos nos exércitos de crianças-soldados). São observados de forma indiferente, indolente, pelos capacetes azuis do contingente que está lá há décadas, um monumento à impotência que nos faz gritar de raiva. A brancura imaculada de seus veículos não reflete o candor das almas daqueles que fingem dirigi-los por trás das vidraças do New York Palace. Com o que foi gasto para mantê-los, um destino diferente teria sido oferecido a todas essas pessoas. Eles viram chegar a guerra, se colocaram de lado: tiveram três mortos, um minúsculo incidente, seu “compromisso” não é atirar, defender, defender-se, é observar!

Quando tudo isso começou, ninguém sabe dizer, eles a chamam de guerra dos trinta anos.

Sabe-se lá. Essa nova página remonta a três anos atrás. Um cessar-fogo que fracassou em meio a acusações mútuas no outono passado. Depois, a blitzkrieg dos rebeldes, ou melhor, das forças especiais de Ruanda. Agora elas patrulham as ruas da cidade, satisfeitas em seus belos uniformes novos, com armamentos high-tech made in USA. Não há mais necessidade de se esconder.

Estive em Goma há dez anos: os mesmos campos, medo, suspeita, esperança, fadiga, cheiro sufocante da miséria, longas filas de homens e mulheres perambulando sem rumo, com o olhar embotado.

Eles caminham sobre a pele enrugada da lava, a memória da última erupção vulcânica catastrófica. É tão dura que não é possível cavar, plantar nada. Os três mil metros desolados do vulcão Nyiragongo estão por toda parte, ameaçando, tirando o fôlego e absorvendo o olhar. Em Kibumba, perto de um antigo cemitério, estão os fugitivos da região de Ruschuro, o vulcão os guiou como uma boia... coragem... em Goma, talvez seja o fim da jornada... Eles saíram da floresta e encontraram diante de si as lonas e os barracos daqueles de guerras e de fugas mais antigas. É isso: como se tivessem diante de si uma imensa cidade de trapos azuis pendurados para secar, seu futuro, seu destino. A Oeste estão os que chegaram de Masisi e os últimos, os fugitivos de Saké, a cidade a vinte e cinco quilômetros de Goma. Os ruandeses a tomaram há cinco dias. Eles fugiram sob os fogos dos morteiros, estão em um canto e você os reconhece porque não têm nada, nem lonas nem comida. Os soldados e oficiais do exército congolês fugiram durante a noite. Os barcos no Lago Kivu iam e voltavam sem parar para a outra margem. Nenhum dos refugiados contava com eles.

Esperar ser defendido por militares a quem ninguém dá um centavo, que sobrevivem de saques... Em 2012, Goma já havia caído e o exército se desmanchou em poucas horas. Mas há aqueles que fugiram antes deles, os mercenários romenos da “força de proteção do Congo”, uma empresa privada de miseráveis empreiteiros para guerras de pobres. Esse também é o Congo. Por que morrer pelo Kivu, por pessoas que pagam tão pouco? Combateram apenas as milícias locais “wazalendo”. Agora estão sentados no chão, em longas e silenciosas filas, no estádio transformado em um campo de prisioneiros.

Se vocês têm dúvidas de que a figura símbolo do terceiro milênio é o fugitivo, se Gaza, Ucrânia, Sudão e o Sahel não são suficientes para vocês, então o Congo os convencerá. Há mais de três milhões de pessoas deslocadas em Kivu. Todos lhes contarão a mesma odisseia: a marcha que não terá nenhuma voz para torná-la uma odisseia trágica e inesquecível, as crianças nos ombros, as mulheres arrastando o que têm - ah, não é muito! uma esteira, algumas panelas, um pouco de comida, na trilha de um lado e do outro exércitos de árvores imponentes, a floresta impenetrável, misteriosa e cruel que se espalha, se cansa e se reduz apenas nas margens do lago.

E as noites nos campos? Quem as conta? Quando a escuridão cai, um silêncio de morte, tiros, tragédias sem nome, homens armados (soldados? desertores? rebeldes? bandidos de um dos cento e trinta grupos armados dessa área? há também o Isis), que vêm buscar os alimentos das ajudas humanitárias e mulheres para violentar. O governo, a três mil quilômetros de distância, não tem nenhum interesse para essa gente. Pelo contrário, usa os refugiados para exigir ajudas que acabam nos bolsos dos politiqueiros de Kinshasa e para poder acusar Ruanda.

Agora as máscaras caíram. Não há mais guerrilheiros de siglas misteriosas. O regime tutsi em Kigali não se esconde mais. Em julho do ano passado, um relatório da ONU falou claramente: é Ruanda que usa e comanda o movimento M23. O Conselho de Segurança reduziu tudo à expressão menos exigente “forças externas...”. Ruanda já se apoderou dos minerais raros nessa parte do Congo e agora passa para a segunda fase, a anexação dos territórios de Kivu. O pretexto é a “segurança”, a razão universal para todo tipo de prepotência: precisamos caçar os grupos armados hutus que se refugiaram em Kivu após a guerra civil e criaram raízes bem armadas lá, temos o direito de nos defender. Os prussianos da África, o astuto e implacável autocrata tutsi Paul Kagame, usam a chantagem do genocídio da década de 1980 para encobrir o imperialismo ganancioso do país mais dinâmico, superpovoado e sem recursos da África dos Grandes Lagos.

O Ocidente, que não fez nada para impedir o massacre de oitocentos mil tutsis, deixa acontecer: tem medo dos remorsos. Uma história que tem amplos ecos. E então: há um vizinho imenso, mas fraco e corrupto, um cofre de riquezas: que o melhor as aproveite! No caos sem regras do mundo pós-Ucrânia e de Trump, também aqui é a hora de acertar as contas, modificar as fronteiras, se apossar.

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