04 Julho 2024
Várias organizações se empenham para que também as mulheres possam se tornar padres na Igreja Católica. Por isso, escreveram uma carta aberta ao Papa Francisco, na qual pedem que se possa discutir o assunto sem medo.
A reportagem é publicada por DomRadio.de, 24-06-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.
A questão da ordenação feminina na Igreja Católica, até agora proibida, deve ser discutida no Sínodo dos Bispos em curso no Vaticano, pediram na quinta-feira os signatários. Tal debate deve ser aberto ao clero e aos leigos, tanto nos conteúdos como nos resultados. A proposta foi apresentada com "profunda preocupação pela credibilidade e o futuro da Igreja Católica".
Os tempos amadureceram, lê-se. "Um Sínodo Mundial que não se abrisse hoje a um debate sobre o tema do sacerdócio feminino na nossa Igreja falharia em seu próprio objetivo".
A carta insiste que as discussões devem ser possíveis sem medo. "Nos países europeus, a liberdade de expressão tornou-se muito mais fácil nos últimos tempos". Aqueles que hoje declaram fechado o debate sobre a ordenação das mulheres são uma minoria dentro da Igreja.
Ao mesmo tempo, os signatários reconhecem que a situação é diferente em muitos países, especialmente fora da Europa. "Qualquer um que fale abertamente sobre o presbiterado feminino naqueles países, ou mesmo apenas o considere desejável no futuro, deve temer sanções como restrições no trabalho e nos direitos no emprego público".
Os signatários ressaltam que tais "sanções internas contra a livre expressão de opiniões sobre a futura doutrina da Igreja" são inaceitáveis. "O Sínodo Mundial deveria dar um bom exemplo ao conduzir um debate aberto sobre o presbiterado feminino. Ao fazê-lo, a Igreja defenderia ativamente os valores cristãos que continuam a ser gravemente desatendidos por alguns bispos em muitos países".
A carta aberta foi assinada, entre outros, por representantes de Maria 2.0 Deutschland, Wir sind Kirche, Pfarrer-Initiative Deutschland, Ordensfrauen für Menschenwürde e outras organizações da Alemanha, Áustria, Suíça e Reino Unido.
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Carta aberta ao Papa pede a ordenação de mulheres - Instituto Humanitas Unisinos - IHU