- Justin Welby abraçou ontem o Patriarca Teófilo III, “meu irmão em horror e dor”, e o Arcebispo Anglicano de Jerusalém, Hosam Nauom. Ele é o primeiro líder religioso mundial a chegar à Terra Santa desde o início da guerra em Gaza.
- No cerne da fé cristã está a ideia de que a Igreja é um só corpo. Quando uma parte do corpo sofre, todos nós sofremos. Estar junto com nossos irmãos cristãos para ouvir, compartilhar e apoiar é fundamental para a nossa fé. Rezamos constantemente por todos aqueles que sofrem na Terra Santa”.
- É inconcebível que a ajuda seja impedida de chegar a crianças e adultos que não são combatentes nesta guerra.
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 21-10-2023.
O Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, abraçou-se ontem com o Patriarca Teófilo III, “meu irmão de horror e dor”, e com o Arcebispo Anglicano de Jerusalém, Hosam Nauom. Ele é o primeiro líder religioso mundial a chegar à Terra Santa desde o início da guerra em Gaza. Uma viagem para ver em primeira mão a destruição e as perspectivas futuras numa terra onde os palestinos cristãos já viram a igreja de São Porfírio ou o hospital anglicano em Gaza destruídos.
Um gesto que vai além das palavras, mas que poderia ter continuação, num grande apelo ecumênico, que segue aquele lançado pelos líderes cristãos da Terra Santa. E, como sugere a RNS, cresce a especulação sobre a possibilidade de Welby, o Papa Francisco e o Patriarca Ecumênico Bartolomeu emitirem conjuntamente uma declaração apelando a um cessar-fogo. Na verdade, a sua visita é interpretada como uma viagem de todo o mundo cristão ao centro do terror, a cidade três vezes santa e tantas vezes martirizada.
“Este é um momento crucial para todos nós mostrarmos solidariedade e cuidado com as pessoas afetadas por esta guerra”, disse o porta-voz do Palácio de Lambeth. "No cerne da fé cristã está a ideia de que a Igreja é um só corpo. Quando uma parte do corpo sofre, todos nós sofremos. Estar junto com nossos irmãos cristãos para ouvir, compartilhar e apoiar é fundamental para a nossa fé. Oramos constantemente por todos aqueles que sofrem na Terra Santa".
“É inconcebível que a ajuda seja impedida de chegar a crianças e adultos que não são combatentes nesta guerra”, disse Welby na quarta-feira passada, após o ataque ao hospital anglicano, cuja responsabilidade ainda não foi definida. "É indefensável que hospitais, escolas e campos de refugiados sejam atacados. É ultrajante que o Hamas mantenha reféns. O derramamento de sangue, a matança e o sofrimento de pessoas inocentes de todos os lados devem acabar".
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