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Antes de Deus. Artigo de Raniero La Valle

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22 Mai 2025

"Um papado que abre para um novo começo, que convida a não ficar presos na síndrome do fim. Não um após Deus, mas um antes de Deus, um Deus que é novamente esperado. Não é isso o cristianismo? Uma represa contra o fim, um 'katekon', prelúdio para um novo advento, para uma segunda vinda de Cristo que retorna, independentemente de como isso for imaginado, e se pergunta se ainda encontrará fé na terra", escreve Raniero La Valle, jornalista, ex-senador italiano, em artigo publicado por Prima Loro, 20-05-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Após as primeiras declarações e o início solene do novo “ministério petrino”, pode-se arriscar uma hipótese ou talvez uma intuição sobre o futuro pontificado, e é esta: que a comparação entre o Papa Francisco e o Papa Leão não deve ser feita entre as duas pessoas, no que têm de semelhante ou diferente: na realidade são semelhantes em tudo, ambos são “grandes pessoas”, ambos amados pelas multidões, ambos são migrantes de origem, como afinal o somos todos nós entre a Europa e a América e o seremos cada vez mais, ambos são homens não de poder, mas de serviço, ambos são modelos de santidade, são “dois cristãos no trono de Pedro”, extasiados, como se dizia do Papa João, para expressar sua novidade.

Mas há diferenças, e elas são profundas, e não dizem respeito às pessoas, mas são diferenças de mundos, de identidades sociais, de horizontes filosóficos e teológicos, diferenças que sinalizam uma passagem de fases históricas e até mesmo de épocas (não estamos em uma época de mudança, dizia o Papa Francisco, mas numa mudança de época). Podemos aludir a algumas dessas diferenças que puderam ser percebidas nessas primeiras descrições de si mesmo e de seu pontificado que Leão fez.

E, em primeiro lugar, "Leão", dois nomes, Leão e Francisco, que para um pontificado do século XXI não poderiam ser mais distantes.

E, em segundo lugar, um maior distanciamento, uma distinção mais clara (desambiguação) entre Igreja e mundo, entre fé e história, entre humanidade e povo de Deus:

  • para Francisco, tratava-se de abraçar "todos, todos",
  • para Leão, trata-se de "olhar longe", para ir ao encontro das inquietações e dos desafios do mundo de hoje;
  • para Francisco, era fazer-se servo de muçulmanos, hindus, não crentes, lavando pés sírios, nigerianos, paquistaneses;
  • para Leão, é fazer-se “servo da fé e da alegria” dos crentes da sua Igreja;
  • para Francisco, a Europa era aceita na sua identidade, já não mais confessional, mas ciente dos seus ideais e das suas “raízes cristãs”, que o cristianismo “tinha o dever de regar, mas num espírito de serviço como no lava-pés, isto é, de serviço e de dom da vida” (entrevista ao La Croix);
  • para Leão, trata-se de “pescar a humanidade para a salvar das águas do mal e da morte”;
  • para o Papa Francisco, a Igreja vivia no turbilhão da história, hospital de campanha, projetada em Lampedusa e Gaza;
  • para Leão, é uma Igreja que abre os braços ao mundo e se deixa “inquietar” pela história, invocando, como é obrigatório, a paz desarmada e desarmante a começar por Gaza e pela Ucrânia: um cuidado, mas também uma percepção diferente do drama do tempo;
  • para Francisco, Deus chega primeiro, “primerea”, somos antecipados por Deus, antes mesmo do nosso pecado, antes da nossa oração; por isso, ele imaginava que o inferno estava vazio, mesmo tendo afirmado: “Quem sou eu para julgar?”;
  • para Leão, somos “chamados com o nosso Batismo a construir o edifício de Deus”.

Diferentes ênfases, carismas e dons, mas uma só coisa em Cristo, para usar as palavras de Santo Agostinho e com o lema episcopal do Papa Leão, “in illo uno, unum”.

Portanto, vale a pena encontrar as fontes dessas identidades e diferenças. Não se deve ignorar quão diferentes são os dois mundos que são a verdadeira origem dos dois papas: a América do Sul, fervilhante em sua miséria e em suas culturas nativas, em seu cristianismo desafiado pelas rudes teologias da Libertação, e os Estados Unidos, crescidos em relativa riqueza, construídos do zero por colonos portadores de experimentadas culturas e de um cristianismo messiânico transbordante de divino, tesouro em saída graças aos bons ofícios dos presidentes estadunidenses pro tempore, que choram “no ombro de Deus” (como Bush) ou salvos por ele (como Trump).

E não se deve ignorar a diversidade entre jesuítas e agostinianos, e as duas épocas que eles idealmente representam. Agostinho está no início de um cristianismo legitimado pelo Império, tem 31 anos quando Teodósio proclama os decretos para a interdição do paganismo e quando, com o Concílio de Constantinopla, a estrutura teológica da fé trinitária e cristã é aperfeiçoada; é no tempo de Agostinho que se inicia o regime constantiniano ou o de cristandade, que só terminará com o Concílio Vaticano II; é no tempo de Agostinho que a ruína do velho mundo humano mostra em toda a sua luminosidade as maravilhas da ansiada agostiniana cidade de Deus. Portanto, estamos num começo.

Não é o mesmo com Inácio e a Companhia de Jesus, que chegam mil anos depois já como testemunhas de um fim, o fim da unidade cristã, devido às guerras entre príncipes cristãos, o fim da unidade da Igreja devido à Reforma Protestante, o fim da liberdade da lei, devido à fúria da Inquisição, e um Deus já consumido que o Concílio de Trento tende a restaurar: ao qual os jesuítas respondem sem rede de segurança com a missão de converter os povos mais distantes, investindo-se da responsabilidade do mundo, com a obediência ao Papa ao extremo; e isso chega até nós, a esta nossa época que se poderia chamar da cultura e talvez da antropologia do fim: os ponteiros do relógio movidos pelos físicos a poucos segundos do massacre nuclear, o fim anunciado por causa da crise climática e do desastre ecológico, o fim da unidade humana dilacerada pela cultura do descarte, e a guerra mundial em pedaços, o antissemitismo suicida de Israel, o genocídio em curso.

Tudo isso foi assumido pelo papa jesuíta, anunciando um Deus que é apenas misericórdia, denunciando a guerra como uma derrota perene, entoando o louvor franciscano da criação, promulgando a "Fratelli tutti" que reporta à sabedoria divina até mesmo o irenismo da pluralidade das religiões. Uma teologia escatológica que se contrapõe à cultura de um mundo que agora joga para suas costas até mesmo a hipótese de Deus, que mesmo a modernidade não havia excluído, a ponto que até mesmo os crentes se dizem pós-teístas, Deus como figura do passado, o mundo do "após Deus".

E é aqui que se perfila a inversão. Um papado que abre para um novo começo, que convida a não ficar presos na síndrome do fim. Não um após Deus, mas um antes de Deus, um Deus que é novamente esperado. Não é isso o cristianismo? Uma represa contra o fim, um "katekon", prelúdio para um novo advento, para uma segunda vinda de Cristo que retorna, independentemente de como isso for imaginado, e se pergunta se ainda encontrará fé na terra.

Bem, ainda existe, como vimos no extraordinário evento de participação popular de massa na dor pela morte de Francisco e na alegria pela eleição de Leão; ela faz ressoar aquela obscura previsão de que "só um Deus pode nos salvar" que os intérpretes da modernidade nos deixaram, como Claudio Napoleoni, que havia "começado a pensar" que, com os recursos então disponíveis, não conseguiríamos alcançar a paz na terra e superar a tecnologia; há uma nova época que talvez esteja começando, não mais aquela do fim, depois de Deus, mas de um novo tempo antes de Deus, esperando por Ele.

E então talvez adquira ainda mais significado aquele “primeiro eles” que dá nome a este site: porque se um genocida ou um guerreiro errar sobre a vontade de Deus, de qualquer forma os pobres, as vítimas, os dispersos da vida, os inimigos, devem ser colocados, como diz o Evangelho, antes Dele.

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