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A Igreja corpo de Cristo: síntese da eclesiologia de Santo Agostinho

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17 Novembro 2021

 

"Concordamos com o autor quando ao concluir esta pesquisa (p. 125-128), diz que 'estudar uma personalidade como Agostinho é, para qualquer pesquisador, uma grande responsabilidade e, de certo modo, um trabalho não muito fácil, dada a quantidade dos seus escritos e vastidão dos seus argumentos. Contudo, (...) nos deparamos com a grandeza do construto intelectual e pastoral deste homem que fez da causa de Cristo e sua Igreja a sua causa' (p. 128). Temos em mãos um livro muito oportuno.  'Agostiniamente orientado' (p. 10), o leitor 'tem a honra de ser convidado a pensar a Igreja como corpo de Cristo sob a luz de Santo Agostinho, mas não sem antes o esclarecimento das raízes históricas do movimento donatista' (p. 7), 'demonstrando a atualidade de sua doutrina, que ainda hoje é referencial na abordagem da temática na teologia' (p. 12)", escreve Eliseu Wisniewski, presbítero da Congregação da Missão (padres vicentinos) Província do Sul e mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), ao comentar o livro A Igreja corpo de Cristo: síntese da eclesiologia de Santo Agostinho (Paulus, 2021, 144p.), de autoria de Charles Lamartine.

 

Eis o artigo.

 

O pensamento eclesiológico de Santo Agostinho (354-430) merece um estudo amplo e profundo. Isso, porque, ao longo de sua vida como pastor e teólogo da Igreja, esse grande gênio da patrologia latina enfrentou, sobretudo, três grandes controvérsias: o maniqueísmo, o donatismo e o pelagianismo -, “o segundo componente [o donatismo], é cronologicamente anterior e posterior à sua biografia. Quando ele nasceu, em 354, muitos fatos já tinham marcado a discussão entre a Igreja católica e o partido donatista (...). A ação antidonatista de nosso autor [Agostinho] durou quase cinquenta anos” (p. 48).  Frente a isso, Charles Lamartine no livro: A Igreja corpo de Cristo: síntese da eclesiologia de Santo Agostinho (Paulus, 2021, 144p.), estudo de natureza fundamentalmente eclesiológica, ocupa-se com o movimento donatista, buscando esclarecer como Agostinho “elaborou sua defesa católica frente às teses teológicas dos cismáticos, abordando enfaticamente este argumento: onde está a verdadeira Igreja de Jesus Cristo?” (p. 14). O tema da Igreja na reflexão agostiniana leva-nos a identificar uma estreita “união deste com seu pensamento cristológico” (p. 99), ou seja, “o mistério de Cristo e o da Igreja são inseparáveis na doutrina teológica do Doutor de Hipona” (p. 99).

 

“Em uma simbiose de dados históricos e teológicos bem concatenados, o autor [Lamartine] analisa a defesa agostiniana contra o ‘partido’ de Donato, a partir do conceito da Igreja corpo de Cristo, fortemente utilizado por Agostinho ao defender a Igreja católica do cisma donatista que marcou profundamente a Igreja africana” (p. 11).  Lamartine esclarece que o donatismo, considerado como uma questão caracteristicamente eclesiológica, foi um grande movimento cismático que floresceu no século IV e tomou amplas proporções sobre parte da Igreja na África. Suas ideologias e práticas ferem em profundo a tradição católica, gerando na vida eclesial africana um grande desgaste e, consequentemente, a ruptura da paz religiosa no catolicismo ali vivente. No confronto com os cismáticos, o adversário mais significativo foi, sem dúvida, Agostinho de Hipona, que buscou com metodologia própria, combater as teses da corrente adversária. A campanha contra a seita ocupou grande parte da atividade pastoral e literária do hiponense, levando-o a dar uma importante contribuição no campo teológico da Igreja católica, sobretudo a eclesiologia e a teologia dos sacramentos (p. 13-15). Tenha-se, em consideração, que a “ação agostiniana frente ao cisma não se resume a escritos fixos, de caráter puramente intelectual, mas constituem-se, também, como fruto do seu árduo exercício pastoral. Certamente, o Bispo de Hipona não teria dedicado tamanha atenção e grande parte da sua atividade literária ao donatismo se este não tivesse sido tão difícil de ser superado” (p. 126).

 

Dado o exposto, o  texto está articulado em três partes:

No primeiro capítulo O donatismo na história (p. 17-46), busca-se apresentar, de modo mais aprofundado, em uma perspectiva histórica, como surgiu e se expandiu o donatismo (p. 17-29), “o surgimento do complexo cisma donatista remonta a múltiplas causas, passando tanto pelo contexto geopolítico de uma história, como também social, econômico e cultural, no qual se põe em relevo, sem dúvida, a forte dominação do Império Romano. Quando se fala de donatismo, não podemos entende-lo como um movimento que aponta somente para uma disputa de caráter doutrinal-teológico, mas devemos levá-lo em conta, também, como sendo uma reação permeada de sentimentos de protesto e rebeldia, da parte de uma porção do povo, provocada no norte da África (de língua latina), região submetida a um duro desfrutamento da parte do império” (p. 17). São “precisamente os lapsis e traditores que os donatistas não aceitavam em sua Igreja, considerando que a verdadeira ‘Igreja é a ecclesia martyrum’, uma ‘igreja de mártires’” (p. 8).

 

Em seguida, apresentam-se suas principais teses teológicas: a) a verdadeira Igreja é a ecclesia martyrum -, para o partido do Donato, a verdadeira Igreja era unicamente a africana, que não se reconciliou com os traditores, indignos de uma vida eclesial, mas que, ao contrário, viveu sobre a memória dos que morreram como testemunhas da fé diante dos perseguidores (p. 31-35), b) a Igreja donatista é formada unicamente por santos -, associado à concepção de Ecclesia martyrum, o donatismo se proclamava a comunidade dos homens perfeitos, a Igreja dos santos, limitada geograficamente à África, que diferentemente do resto do mundo, foi a única que não fez comunhão como Ceciliano, preservando-se, assim, de ser apóstata (p. 35-36),  c) a Igreja é o verdadeiro sujeito da ação sacramental -, os donatistas faziam depender da vontade da Igreja os sacramentos. Ela segundo tal visão, era o sujeito imediato da ação sacramental, e nesse caminho somente a Ecclesia puritas (Igreja dos puros) podia administrar sensível e verdadeiramente esses ministérios. A autenticidade da fé acaba sendo ligada à validade Ecclesiae e, em particular, à santidade dos ministros, nesse contexto, dependia muito mais da sua união com a Igreja do que de uma moralidade pessoal. O cismáticos, na defesa da sua comunidade dos puros, não abordavam geralmente discursos sobre o pecado e uma dimensão ética, mas muito mais em uma perspectiva eclesiológica, relacionando, sobretudo, à unidade dentro da seita (p. 37-39).

 

Na última parte são apresentados alguns dos seus principais personagens: Donato de Casae Nigrae (p. 40-41), Parmeniano (p. 41-43), Ticônio (p. 43-45), Petiliano (p. 45-46). Vislumbram-se, sobretudo, os líderes mais famosos e aqueles que se destacaram por sua expressão teológica, olhando particularmente para os que chegaram até nós, graças ao testemunho de Agostinho.

 

No segundo capítulo Agostinho e a questão donatista (p. 47-97), em uma perspectiva biográfica e polêmica, busca-se analisar como se deu a atuação de Agostinho diante do problema donatista (p. 47-51). Para isso, o Lamartine deu uma maior atenção ao método teológico do hiponense no enfrentamento da questão (p. 52-54). Se método “foi, antes de tudo, o da autoridade: ele encontrava na potestade da fé o suporte e o impulso do seu pensamento, servindo esse sentimento até mesmo como estímulo para sua base filosófica. A legitimidade da fé deveu-se ao fato de esta derivar da autoridade divina do próprio Cristo, sua fonte única, firme, suma e verdadeira. Estando ela, portanto, no centro de sua teologia, Agostinho buscou afirmar seu valor gnosiológico e sua compreensão intelectual (intellectus fidei), evitando interpretá-la como um simples ato de crer” (p. 52). Em seguida, Lamartine expõe a utilização dos recursos da Escritura e da Tradição eclesial, o faz, por causa da centralidade que ocupavam no pensamento agostiniano, especialmente na ilustração das soluções diante das controvérsias teológicas, pondo em relevo a eclesiologia dos padres africanos que o antecederam: Tertuliano (p. 69-72), Cipriano (p. 73-78), Optato de Milevi (p. 78-80).

 

Além disso, procura-se mostrar os principais elementos da sua eclesiologia, destacando especialmente sua contribuição para a reflexão das propriedades essenciais da Igreja, que é uma, santa, católica e apostólica. “O grande desafio da eclesiologia antidonatista de Agostinho é evidenciar que a católica é a verdadeira Igreja de Cristo e que somente nela se vive uma autêntica comunhão de fé e de amor. Na busca de demonstrar tal fato, o Bispo de Hipona adentra o estudo das propriedades ou notas fundamentais da Igreja, que correspondem, respectivamente, à sua unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade” (p. 81). Assim, “o elemento da unidade é fundamental para a compreensão e a defesa da integridade católica frente ao cisma. Partindo das Sagradas Escrituras, em seus escritos antidonatistas, o hiponense desenvolve uma relação peculiar entre Cristo e a Igreja, amadurecendo, com base na imagem bíblica da Igreja como corpo de Cristo, sua doutrina do Christus totus. Nessa formulação, Agostinho expressa, de forma profunda, a unidade existente entre o mistério de Cristo e da Igreja, levando a irradiar uma nova luz sobre sua eclesiologia de comunhão” (p. 96-97).

 

No terceiro capítulo A Igreja como corpo de Cristo (p. 99-124), Lamartine procura falar como Agostinho aprofundou sua compreensão do mistério da Igreja diante da controvérsia donatista. Para isso, este capítulo explora sua natureza como comunhão e ilustra através da imagem da Igreja como corpo de Cristo e do Espírito Santo como alma deste. Lamartine destaca que “Agostinho começa seus ensinamentos sobre a Igreja considerando, em primeiro lugar, a pessoa de Cristo. O tema eclesiológico é continuação da reflexão sobre o mistério de Jesus encarnando e redentor, em que a missão da Igreja é dar continuidade à obra de quem a instituiu, comunicando ao mundo a ação redentora do nosso Salvador e operando, pela graça dele, a salvação das almas” (p. 100). Sendo assim, na teologia agostiniana do corpo de Cristo nos “deparamos propriamente com uma eclesiologia cristocêntrica, um caráter teológico do hiponense que ajuda a refletir sua defesa católica frente ao cisma donatista. Com a imagem do corpo, nosso autor [Agostinho] permite uma compreensão ainda maior das propriedades essenciais da Igreja, sobretudo as da universalidade e unidade. Mas o Doutor de Hipona acrescenta mais uma a esse entendimento, dado à sua doutrina eclesiológica, além de um caráter fortemente cristológico, uma dimensão amplamente pneumatológica, inserindo em seus princípios doutrinais o Espírito Santo como alma do corpo de Cristo. Um fundamento que ajudará o hiponense a consolidar sua teologia de comunhão, na reflexão do mistério da unidade na diversidade eclesial” (p. 114).

 

Concordamos com o autor quando ao concluir esta pesquisa (p. 125-128), diz que “estudar uma personalidade como Agostinho é, para qualquer pesquisador, uma grande responsabilidade e, de certo modo, um trabalho não muito fácil, dada a quantidade dos seus escritos e vastidão dos seus argumentos. Contudo, (...) nos deparamos com a grandeza do construto intelectual e pastoral deste homem que fez da causa de Cristo e sua Igreja a sua causa” (p. 128). Temos em mãos um livro muito oportuno. “Agostiniamente orientado” (p. 10), o leitor “tem a honra de ser convidado a pensar a Igreja como corpo de Cristo sob a luz de Santo Agostinho, mas não sem antes o esclarecimento das raízes históricas do movimento donatista” (p. 7), “demonstrando a atualidade de sua doutrina, que ainda hoje é referencial na abordagem da temática na teologia” (p. 12).

 

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