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Houve a redução de 2.295 postos de trabalho na RMPA em abril de 2016, o que representa redução percentual de 0,20% sobre o estoque de empregos do mês anterior. O Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, publica, abaixo, a “Carta do Mercado de Trabalho”, elaborada pelo Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas, tendo como referência os dados do mês de abril de 2016.

Eis a carta.

A carta do mercado de trabalho produzida pelo Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas, apresenta os dados do mês de abril de 2016 divulgados no dia 25 maio de 2016, do mercado de trabalho formal no Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre e no município de Canoas, e tem como fonte os registros administrativos do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED) disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Os setores econômicos são aqueles definidos pelo IBGE. O conceito de admitidos engloba o início de vínculo empregatício por motivo de primeiro emprego, reemprego início de contrato por prazo determinado, reintegração ou transferência. A noção de desligados indica o fim do vínculo empregatício por motivo de dispensa com justa causa, dispensa sem justa causa, dispensa espontânea, fim de contrato por prazo determinado, término de contrato, aposentadoria, morte, ou transferência.

A diferença entre os admitidos e desligados é o saldo, que sendo positivo indica a criação de novos postos de trabalho e quando negativo indica a extinção de postos de trabalho. Estas definições e conceitos são definidos pelo MTE e são aplicadas as tabelas 01, 02, 03 e 04.

Verifica-se na tabela 01 que o mercado de trabalho formal brasileiro registrou, entre admissões e demissões, saldo negativo no mês de abril de 2016, com 62.844 postos de trabalho com carteira assinada o que representa uma queda de 0,16% sobre o estoque de empregos do mês anterior. O setor da Agropecuária (8.051) foi o setor que mais abriu postos de trabalho enquanto o setor do Comércio (30.507) foi o setor que mais fechou postos de trabalho. No ano foram fechados 378.481 postos de trabalho com carteira assinada.

Observa-se na tabela 02 que o mercado de trabalho formal rio-grandense no mês de abril de 2016 registrou saldo negativo, resultado entre as admissões e demissões, de 7.383 postos de trabalho o que representa uma queda de 0,28% sobre o estoque de empregos do mês anterior. O setor da Administração Pública (40) foi o que mais abriu postos de trabalho e a Indústria de Transformação (9.988) foi o setor que mais fechou vagas no mercado formal de trabalho. No estado este ano foi aberto 11.437 vagas com carteira assinada.

Percebe-se na tabela 03 que o mercado de trabalho formal na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) no mês de abril de 2016 apresentou um decréscimo de 2.295 postos de trabalho com carteira assinada, uma redução de 0,20% sobre o estoque de empregos do mês anterior. O setor da Construção Civil (141) foi o único que ampliou os postos de trabalho ao mesmo tempo em que a Indústria de Transformação (1.655) no mês foi o setor que mais fechou postos de trabalho com carteira assinada. No ano foram fechadas 3.536 vagas de trabalho com carteira assinada.

Nota-se na tabela 04 que o mercado de trabalho formal no município de Canoas registrou saldo líquido positivo, entre admissões e demissões, no mês de abril de 2016, com a ampliação de 70 postos de trabalho com carteira assinada. O setor da Construção Civil (451) foi o que mais abriu postos de trabalho e a Indústria de Transformação foi a que mais fechou vagas com 185 postos de trabalho. No ano o município ampliou 94 vagas de trabalho com carteira assinada.

De 2004 a 2014, a valorização do salário mínimo e a baixa taxa de desemprego contribuíram para a diminuição da desigualdade de renda na Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA, mas o desemprego crescente, a partir de 2015, pode reverter este processo. O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, compartilha a nota publicada pela Fundação de Economia e Estatística - FEE.

Eis o texto.

O desempenho negativo do mercado de trabalho em 2015 interrompeu uma longa trajetória de avanços: redução do desemprego, aumento do rendimento médio real e redução das desigualdades de renda do trabalho.

Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), a taxa de desemprego reduziu-se de 15,9% em 2004 para 5,9% em 2014, voltando a subir, em 2015, para 8,7% da População Economicamente Ativa (PEA). Já o rendimento médio real dos ocupados cresceu 21,5% de 2004 a 2014 e reduziu-se 7,5% em 2015. Ao analisar o comportamento do rendimento médio real dos ocupados por escolaridade, percebe-se que os indivíduos com menor nível de instrução foram os mais beneficiados com o ciclo de recuperação da renda iniciado em 2004 (Gráfico). Entre 2004 e 2014, os indivíduos com o ensino fundamental incompleto tiveram aumento de 35,6%, e aqueles com o ensino fundamental completo, de 19,6%, enquanto os trabalhadores com o ensino médio completo e ensino superior registraram crescimento de 9,1% e 1,1% respectivamente.

Essa recuperação dos rendimentos médios, sobretudo entre aqueles que estão na base da estrutura salarial, parece ter sido influenciada, em grande medida, pela valorização do salário mínimo, cujo crescimento real foi de 60,2%, no mesmo período, mas também pelo padrão de crescimento da economia brasileira, baseado no consumo das famílias, ampliado pelo crédito e pela política de transferência de renda em um cenário externo favorável. O economista polonês Michael Kalecki, com base na Teoria da Dinâmica Econômica, demonstrou que a distribuição da renda a favor dos trabalhadores (principalmente daqueles que possuem os menores salários e, consequentemente, maior propensão ao consumo) possui efeito positivo sobre a demanda agregada, a produção e o emprego. Nesse sentido, o desempenho favorável do mercado de trabalho brasileiro, nesse período, refletiu, em alguma medida, essa dinâmica, formando um ciclo econômico virtuoso com avanços sociais. Contudo esse processo foi interrompido, em 2015, frente ao aumento do desemprego e à queda da renda.

Destaca-se que o fato de a recuperação do rendimento médio, de 2004 a 2014, ter sido mais intensa entre os menos escolarizados, que também são os que recebem os menores salários, proporcionou uma melhora nos indicadores de desigualdade de renda do trabalho na RMPA. Em 2004, o rendimento médio real de um trabalhador com o ensino fundamental incompleto correspondia a 24,5% do rendimento de outro, com ensino superior, tendo registrado sucessivos aumentos, até atingir 32,9% em 2014, valor que foi levemente reduzido para 32,4% em 2015. Aqueles com o ensino fundamental completo recebiam o equivalente a 28,4% do rendimento do trabalhador com o ensino superior em 2004, tendo aumentado para 33,6% em 2014 e 33,8% em 2015. O Índice de Gini (que calcula a desigualdade de renda) para o rendimento-hora dos ocupados na RMPA apresentou tendência de declínio, exceto em 2009, quando se observou uma pequena elevação. O Índice de Gini, que era de 0,470 em 2004, reduziu-se para 0,399 em 2014 e manteve-se relativamente estável em 0,400 no último ano. Observa-se que a retração do rendimento médio real, em 2015, ocorreu em todos os níveis de escolaridade, sendo de 6,3% para ensino fundamental incompleto, 4,5% para ensino fundamental completo, 9,4% para ensino médio completo e 5,1% para ensino superior completo.

Em síntese, o desempenho favorável do mercado de trabalho na RMPA, ao longo desses 11 anos, refletiu e, ao mesmo tempo, retroalimentou a dinâmica econômica do Brasil entre 2004 e 2014, da mesma forma que o desempenho negativo de 2015 foi condicionado pelo ambiente de recessão econômica frente à retração de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil (IBGE) e de 3,4% do PIB do Rio Grande do Sul (FEE). Já a redução das desigualdades de renda do trabalho deveu-se ao efeito da valorização do salário mínimo sobre a base da estrutura salarial e ao fato de o aumento do rendimento médio real ter sido mais intenso entre os menos escolarizados, até 2014.

Na terça-feira, dia 07-06-2016, ocorreu a Oficina: Indicadores do Trabalho e dos Trabalhadores. Esta Oficina foi ministrada pelo professor Moisés Waismann e teve intuito de apresentar as principais bases de dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social, que reúne dados do trabalho formal no Brasil desde o ano de 1965.

Moisés é coordenador do Observatório Trabalho, Gestão e Políticas Públicas, assim como professor da UnilaSalle, que observa a realidade do trabalho na Região Metropolitana e do município de Canoas. Ele também tem doutorado em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Professor Moisés e o Observatório do Trabalho participam da Rede de Observatórios Sociais, juntamente com o ObservaSinos e outros Observatórios do estado do RS.


Foto: Jonathan Camargo

O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, realizou a oficina com o propósito de subsidiar a formação dos acadêmicos, pesquisadores, trabalhadores e gestores sobre o acesso, sistematização e análise sobre a realidade do trabalho, com intuito de promover o debate da conjuntura do trabalho, emprego e desemprego no Vale do Sinos.

O professor iniciou a oficina caracterizando o mercado formal e o mercado informal. Segundo Moisés, “o mercado significa de transações, o contexto de trocas e intercâmbios entre aqueles que oferecem um serviço ou produto e aqueles que procuram um produto ou serviço”. Existem duas modalidades dentro dessa realidade. A primeira é do mercado formal marcado por relações reguladas com base nas leis. E a segunda, é do mercado informal caracterizado por empregadores sem vínculos estabelecidos pelas normas da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT e pelas políticas de trabalho e emprego.

CAGED e RAIS Em seguida, Moisés apresentou o Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho – PDET, que tem como objetivo divulgar os dados da RAIS e do CAGED. O CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Previdência é uma base de dados que acompanha e fiscaliza o processo de admissão e dispensa do empregado. Subsidia as medidas contra desemprego e assistência aos desempregados, a fiscalização do trabalho, viabiliza pagamento do seguro-desemprego, atende a reciclagem profissional e a recolocação no mercado de trabalho e também, compõe o Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS. Além disso, tem um papel importante para subsidiar a definição de políticas públicas, gerar dados sobre a conjuntura do mercado formal e fornecer informações que ajudem no debate. As informações são disponibilizadas mensalmente.

Já a RAIS – Relação Anual de Informação Social, é uma base com dados anuais que visa subsidiar as políticas de formação de mão-de-obra e a política salarial, além de fornecer informação do mercado formal brasileiro. Ainda busca contribuir com o controle da nacionalização do trabalho conforme as leis, prestar serviço ao controle relativo ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e à Previdência Social e viabilizar o pagamento do Abono Salarial. Também compõe o CNIS.

As informações dessas bases de dados podem servir para o acompanhamento do nível, flutuação e caracterização do emprego, como também a política e evolução salarial, traçar o perfil de empregados e desempregados, a implantação de projetos e estudos e pesquisas no geral. Moisés, apontou a importância da disponibilidade dos dados para que todos tenham acesso. Destacou ainda a importância das Comissões Municipais e Estaduais de Emprego e Trabalho no acesso e análise a estes dados, em vista do seu compromisso com o planejamento, monitoramento e avaliação das políticas municipais e estaduais de emprego e desemprego.

A oficina oportunizou ainda o exercício de acesso e manuseio dos dados aos participantes. Disponibilizou informações a partir das Cartas Mensais do Trabalho elaboradas, assim como a Carta Anual sobre o trabalho das Mulheres elaboradas por Moisés.

Os slides apresentados pelo professor na Oficina estão disponíveis aqui. Esta oficina foi transmitida ao vivo pelo canal do IHU no Youtube e está disponível online.

Por Carolina Lima e Marilene Maia

Em 2015 o Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, abriu edital para publicação de trabalhos que aprofundassem as realidades da Região do Vale do Rio dos Sinos e da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Neste semestre está aberta a II Apresentação de trabalhos para publicação pelo ObservaSinos/IHU. Esta é uma atividade que propõe a participação de interessados em contribuir com a sistematização de análises das realidades do Vale do Rio dos Sinos e da Região Metropolitana de Porto Alegre. Pretende-se disseminar a produção de pesquisas e de trabalhos realizados por acadêmicos, professores e profissionais comprometidos com os municípios e região nos quais a Unisinos está inserida. Os cursos de Ciências Econômicas, Comunicação Social, Serviço social, Pedagogia e Administração são copromotores desta atividade.

Em 2015, foram publicados trabalhos que exploraram a qualidade de vida das Vila Labirinto e São Jorge do município de São Leopoldo, como o artigo elaborado pelas acadêmicas Emanuelle Carraro e Isadora Bresciani, que demonstrou que são territórios desprovidos de instalações adequadas para o acesso a serviços básicos. Também houve trabalhos que problematizaram a expansão das cidades e os impactos nas drenagens, como o caso do artigo da Professora Izabele Colusso e da aluna de Especialização em Cidades, Regina Sebastião. Este e outros trabalhos estão disponíveis na página do ObservaSinos. Foram recebidos e publicados trabalhos de áreas como Arquitetura e Urbanismo, Economia, entre outros focados nos eixos temáticos do ObservaSinos/IHU: ambiente, educação, mobilidade, moradia, população, proteção social, saúde, segurança, renda e trabalho.

Para participar da II Apresentação de trabalhos para publicação pelo ObservaSinos/IHU acesse aqui.

As inscrições estão abertas até dia 4 de setembro de 2016 e os trabalhos podem ser apresentados em forma de texto, artigos, notas em conjunto de fotos, gráficos e infográficos. Para a leitura do edital de convocação de trabalhos acesse aqui. Os trabalhos aprovados serão publicados nas Notícias do Dia do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

Por Carolina Lima e Marilene Maia

Para saber mais:

A atividade ocorreu na quarta-feira, dia 08-06-2016, das 10h às 15h, e teve ampla participação da comunidade acadêmica.

As feiras agroecológicas têm sido uma iniciativa de incentivo para uma alimentação mais saudável. Segundo o Projeto Tenda Viva, na Região Metropolitana de Porto Alegre ocorrem cerca de 14 feiras orgânicas pelas cidades de Novo Hamburgo, Porto Alegre, Canoas e agora São Leopoldo. A Ecofeira Unisinos teve seu lançamento no dia 08-06-2016 e contou com a participação de três grupos de agricultores que têm trajetórias diferentes. O sítio Camila Kauer, de São Leopoldo, que tem à frente a Camila, trabalhadora que decidiu abandonar o vínculo com a cidade e está investindo na agricultura e no alimento orgânico; o sítio Francisco Klein, de São Leopoldo, que segue dedicado à implementação da agricultura familiar; e o Sítio Eco Muller, de Novo Hamburgo, que já recebeu certificação pela produção orgânica e participa de outra associação com articulação em vista da cadeia da produção agroecológica.

A diversidade entre os feirantes demonstra as possibilidades dos cultivos de alimentos orgânicos. A agricultura familiar é a atividade do campo que consiste em envolver as famílias no cultivo de alimentos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, cerca de 70% dos alimentos consumidos por brasileiros provêm da agricultura familiar. Isso demonstra a importância em valorizar os espaços do campo. O último censo agropecuário também aponta que próximo de 85% das propriedades rurais no Brasil seguem os moldes de agricultura familiar. Porém, ao mesmo tempo, em territorialidade, as fazendas e sítios ocupam menos de 25% em área rural.

Durante a feira, alunos do Curso de Gastronomia e Nutrição realizaram a experimentação de alimentos. A degustação de alimentos regionais serviu aos participantes creme de aipim e moranga. Em seguida, a segunda atividade de degustação explorou as Plantas Alimentícias Não Convencionais – PANC’S, servindo creme de confeiteiro de extrato de amendoim com flores de capuchinha. Por fim, a turma coordenada pela profa. Signorá Konrad ofereceu a degustação de espécies nativas da Região Sul com receitas de Butiá.

Outra atividade do dia, que marcou o seu propósito de formação, foi a Oficina de Plantas Medicinais com a pesquisadora Denise Schnorr, do Instituto Anchietano. A oficina oportunizou a aproximação com algumas plantas do grupo da estação e da sua ação junto às doenças da época. Foram apresentadas, caracterizadas e indicadas formas de sua utilização. Foi feita a aproximação com a tanchagem/tansagem, hortelã, malva entre outras. Na próxima quarta, às 13h, na sala Ignacio Ellacuría - IHU haverá outra Oficina sobre plantas medicinais, em que se abordará um novo grupo de plantas.

Ainda como atividade simultânea, ocorreu o cine/vídeo com a obra “Alimentos Orgânicos”. A ação foi coordenada pela professora Raquel Chesini, do Curso de Gastronomia. O filme apresenta a produção orgânica e os conceitos, com depoimentos de produtores e consumidores do Brasil, com destaque para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O esforço de fazer atividades simultâneas à feira apresenta-se com o sentido de incentivar a formação sobre a agricultura orgânica e suas implicações com o desenvolvimento. Afirmamos com isso o propósito da Feira, que é constituir-se num espaço semanal de mostra da produção agroecológica da região do Vale do Rio dos Sinos, de comercialização justa e de consumo consciente, articulando as experiências de informação e formação dos produtores, da comunidade acadêmica e comunidade local para uma alimentação saudável e desenvolvimento afirmador da sociedade sustentável.

Nesta primeira edição, a Ecofeira contou com ampla participação de professores, alunos e comunidade acadêmica em geral. Com a grande adesão, o término da feira ocorreu por volta das 15h. Os alimentos trazidos pelos produtores acabaram no início da tarde.

No dia 15-06-2016 ocorrerá nova versão da feira, das 10h às 17h, junto às “taquareiras”, ao lado do Bloco B17. Novamente ocorrerão oficinas e atividades simultâneas. O convite é que cada participante traga seu copo, sua sacola e sua colher para degustar os alimentos oferecidos pela feira.

No dia 15 de junho a programação de formação da Feira, que será realizada na Sala Ignacio Ellacuría e companheiros – IHU, será a seguinte:

11h30min – Oficina Plantas alimentícias não convencionais – coordenação Profa. Signorá Konrad.

12h30min – Cine/vídeo: "Repórter Justiça. A produção orgânica no Brasil" – coordenação Profa. Raquel Chesini

13h – Oficina Plantas Medicinais. Coordenação: Pesquisadora Denise Schnorr – Instituto Anchietano

Os organizadores convidam a todos e todas para a próxima quarta, pedindo que tragam também suas ideias e sugestões.

A feira está em construção e, como projeto coletivo, exige a participação de todos os envolvidos no seu monitoramento e avaliação. Para isso foi disponibilizada uma avaliação on-line para a contribuição de todos. Contribua no link: http://goo.gl/forms/todkXrWbWRqbPfr22.

Por Carolina Lima e Marilene Maia

Saiba mais:

No complexo de esporte e lazer da UNISINOS aconteceu a 2º Edição do Seminário Futebol e Desenvolvimento Social promovido pelo PEI – Programa Esporte Integral. O evento realizado nos dias 17 e 18 de maio teve na manhã de sexta-feira uma mesa de discussão sobre a relação dos projetos sociais com a escola e as políticas públicas. O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Sinos – ObservaSinos foi convidado para apresentar alguns dados da realidade de São Leopoldo, que é o município de atuação do PEI. Em um primeiro momento, a profª Marilene Maia, juntamente com Luca Mendes, e Ricardo Traub Fries apresentou o agradecimento pelo convite e valorizou o tema de aprofundamento. Apresentou algumas referências conceituais sobre a realidade, que se coloca como ponto de partida e de chegada, tanto dos projetos sociais quanto das políticas públicas. Apresentou os indicadores socioeconômicos como ferramentas para o conhecimento da realidade e justificou com essas referências a criação do ObservaSinos.

A partir desta introdução, foram apresentados alguns dos indicadores da realidade de São Leopoldo, reunidos especialmente a partir do Censo 2010 e do IBGE. Além disso, foram levantadas algumas questões para o debate sobre a realidade, ou seja, existem crianças e adolescentes em São Leopoldo que são chefe de família. Estamos atentos a esta realidade? O que educadores, projetos sociais, escolas, famílias, crianças e adolescentes dizem sobre os indicadores de repetência e evasão escolar? E a realidade de saúde o que tem a ver com educação?

Em seguida, a psicóloga do PEI, Pricilla Braga apresentou o Conselho Deliberativo Participativo, que se trata de um espaço de participação democrática dos diversos segmentos envolvidos sociais (famílias, educando, funcionários da AABB, educadores, gerentes de agência, escolas e parceiros locais) e de deliberação sobre ações que garantam a efetivação dos princípios e diretrizes do Programa.

Esse conselho foi criado para auxiliar no desenvolvimento da relação comunidade X escola, servindo como um articulador e mediador de seus conflitos institucional e em alguns casos, intervindo quando necessário.

Como se pode imaginar, muitos problemas e desafios que surgiram ao longo das atividades do conselho como, por exemplo, as dificuldades em realizar os processos eletivos, de se comunicar ao público visando à participação de todos e as incompatibilidades de horários de disponibilidade da comunidade e de atendimento da equipe.

Como grandes conquistas do programa, foram citados o crescimento expressivo da participação das famílias de alunos durante as reuniões do conselho, o processo de estreitamento da comunicação, gerando ações mais articuladas e consistentes e, como se esperava, a resolução dos conflitos mediados pela equipe.

Para saber mais acesse:

www.aabbcomunidade.org.br

A diretora Dinara Margot Boeni da Escola General João Borges Fortes, encerrou o painel apresentando e contextualizando o Programa Mais Educação do governo Federal, que está em implementação em escolas municipais e estaduais do município. Este programa aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas ligadas ás temáticas: acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.

Essa oferta resulta em grandes benefícios à comunidade em situação de vulnerabilidade de cada município participante, uma vez que os alunos podem receber aulas de reforço de uma forma mais lúdica e estimulante, exercitar-se e receber uma alimentação balanceada.

As atividades propostas pelo programa ocorrem sempre no contra turno do estudante, cuja participação é de caráter obrigatório no caso de sua família esta recebendo o auxílio Bolsa Família.

A área de atuação do programa foi demarcada inicialmente para atender, em caráter prioritário, as escolas que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), situadas em capitais e regiões metropolitanas.

Para saber mais acesse o sítio.

O debate com os participantes seguiu as exposições. Uma das questões levantadas para o ObservaSinos foi sobre o impacto que esta exposição de dados tem alcançado junto aos gestores municipais. Em resposta foram pontualizados alguns exemplos de retorno dado pelos gestores, tanto em relação aos espaços de formação proporcionados pelo ObservaSinos, como pelas análises publicadas. Já temos também retorno de alguns conselhos municipais de direitos e políticas sociais, que solicitam informações sobre a realidade para subsidiar seu trabalho de deliberação das políticas. Por outro lado, é importante considerar que ainda é um desafio a aproximação mais direta com a sociedade civil. Algumas organizações têm manifestado seu interesse de aproximação, mas ainda bastante distante é a relação do Observa com a população leopoldense.

Manuseio de indicadores da educação

Quinta, 7 de Junho de 2012

A abordagem da educação a partir de sistemas de ensino encaminha para uma visão de redes de estabelecimentos e conjuntos de escolas as quais estão submetidas a políticas públicas e cada vez mais esquadrinhadas, conceituadas, medidas, por indicadores, em geral expressos quantitativamente.

Oportunizar o acesso e manuseio de indicadores da educação como instrumento para melhor compreender, qualificar e transformar a realidade educacional dos municípios do Vale do Rio dos Sinos. Debater e analisar dados acessados no confronto com a realidade institucional e profissional dos participantes, vivida nos estabelecimentos educacionais da região.

Ocorreu ontem o módulo 1 da Oficina de indicadores educacionais e o segundo módulo ocorrerá no dia 20 de junho. Para acessar mais informações sobre o evento, entre no sítio do IHU.

Indicadores Educacionais – Módulo I

Domingo, 17 de Junho de 2012

O primeiro dos dois módulos da Oficina de indicadores educacionais conseguiu reunir um grande público na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU, no dia 06 de Junho.

A Equipe de Comunicação do IHU gravou depoimentos dos participantes do evento, sobre a importância da realização de uma Oficina de indicadores educacionais. Confira.

A Dra. Flávia Werl deu sua contribuição iniciando o evento com um debate sobre os conceitos e metas envolvidos no uso de indicadores.

Para Ilustrar esse uso, Alenis Andrade e Cleonice Silveira, Doutorandas em Educação, apresentaram uma análise realizada em equipe com Ricardo Vitelli, Mestrando em Educação. Nela foram avaliados os Indicadores de Qualidade da Educação das Séries Iniciais e Finais do Ensino Fundamental das escolas pertencentes à rede municipal de São Leopoldo. Os indicadores analisados eram referentes aos anos de 2005, 2007 e 2009.

Após a breve discussão com os participantes sobre esta análise, tivemos o depoimento das professoras de educação básica de Esteio, Marilan de Carvalho Moreira, Lisandra Schneider Scheffer e Elisane Cristina Kolz Rieth referente às Ações desenvolvidas para apropriação e trabalho qualificador com os indicadores educacionais.

Durante essa discussão foram apresentados diversos projetos qualificadores como a exemplo do Programa de Estímulo à Leitura e o Programa Mais Educação e um relato sobre a realidade de uma Escola na qual a professora Lisandra trabalha como supervisora. Ela é uma das responsáveis por manter um trabalho de acompanhamento do rendimento dos alunos através de uma avaliação de cada um dos mesmos, realizada durante uma etapa de pré-conselho escolar e outra de pós-conselho.

A Oficina de Indicadores Educacionais realizada no IHU em conjunto com o ObservaSinos e demais observatórios da região terá seu segundo módulo no dia 20/06/2012 abrindo o debate com o tema "Repetência, Defasagem idade série e abandono: compreendendo realidades escolares".

Por Ricardo Traub Fries

A abordagem da educação a partir de sistemas de ensino encaminha para uma visão de redes de estabelecimentos e conjuntos de escolas as quais estão submetidas a políticas públicas e cada vez mais esquadrinhadas, conceituadas, medidas, por indicadores, em geral expressos quantitativamente.

Com o intuito de compreender realidades escolares, os Mestrandos Ricardo Vitelli e Tatiane de Fátima K. Martins - Unisinos irão debater o tema "Repetência, Defasagem idade série e abandono: compreendendo realidades escolares" no módulo II da Oficina de indicadores educacionais.

Nessa tarde também serão debatidos os "Indicadores de infra-estrutura das escolas: Levantamento Situação Escolar" e as professoras de educação básica de São Leopoldo irão palestrar sobre o uso de indicadores educacionais em sua prática profissional. As professoras convidadas para dar depoimento são Míria Maria de Souza Roos, Wanda Helena Mandadori Duarte, Tânia Regina Pinto Ferreira - Unisinos. . Após as apresentações, serão debatidos os temas com os participantes do evento.

A Oficina é gratuita e alunos de graduação e de pós-graduação, professores, técnicos educacionais, membros de conselhos escolares e conselhos municipais de educação, assessores e técnicos de secretarias de educação, supervisores, diretores de escolas, pais, e demais interessados em assuntos educacionais estão convidados para o debate.

Na última quarta-feira, dia 20 de junho, muitos profissionais e estudantes da área da educação se reuniram no Instituto Humanitas Unisinos - IHU para dar seguimento às discussões sobre os indicadores educacionais.
 
No início da tarde, Ricardo Ferreira Vitelli e Tatiane de Fátima Kovalski Martins, mestrandos pelo PPG de Educação da Unisinos, apresentaram um estudo que relaciona as taxas de repetência e abandono nas escolas da rede municipal de São Leopoldo com a distorção idade-série dos alunos. .
 
Os indicadores revelaram que os alunos que não apresentam uma distorção idade-série têm uma chance de aprovação aumentada em 148% no primeiro ano do Ensino Médio, 133,7% no 2º e 45,6% no 3º. Estes dados também apontaram que 84,42% dos alunos que abandonaram o Ensino Médio estavam em distorção idade-série.
 
 
Em seguida as professoras da rede pública de São Leopoldo Miria Maria de Souza Roos, Tânia Regina Pinto Ferreira e Wanda Helena Mondadori Duarte apresentaram uma reflexão sobre o uso de indicadores educacionais na prática profissional. Como resultado das ações tomadas na escola, a partir do estudo de seus indicadores, em 2010 foi constituída uma turma de 6ª série com alunos em distorção idade-série e o aproveitamento foi de 76%.
 
 
Jesus R. Borges, doutorando pelo PPG de Educação da Unisinos, trouxe ao debate os indicadores de infraestrutura das escolas que são conhecidos a partir do Levantamento da Situação Escolar (LSE). Esse levantamento tem como objetivo montar uma base de dados que evidencie as carências da rede pública de ensino. Essas deficiências devem ser atendidas para que se atinjam os Padrões Mínimos de Funcionamento da Escola – PMFE.
 
Infelizmente, apenas a rede municipal possui subsídios para realizar esse levantamento. Nenhuma escola da rede estadual pôde iniciar o processo.
 
Confira um vídeo com os depoimentos de alguns dos participantes do evento.
Por Ricardo Traub Fries