Na última quarta-feira, dia 20 de junho, muitos profissionais e estudantes da área da educação se reuniram no Instituto Humanitas Unisinos - IHU para dar seguimento às discussões sobre os indicadores educacionais.
No início da tarde, Ricardo Ferreira Vitelli e Tatiane de Fátima Kovalski Martins, mestrandos pelo PPG de Educação da Unisinos, apresentaram um estudo que relaciona as taxas de repetência e abandono nas escolas da rede municipal de São Leopoldo com a distorção idade-série dos alunos. .
Os indicadores revelaram que os alunos que não apresentam uma distorção idade-série têm uma chance de aprovação aumentada em 148% no primeiro ano do Ensino Médio, 133,7% no 2º e 45,6% no 3º. Estes dados também apontaram que 84,42% dos alunos que abandonaram o Ensino Médio estavam em distorção idade-série.
Em seguida as professoras da rede pública de São Leopoldo Miria Maria de Souza Roos, Tânia Regina Pinto Ferreira e Wanda Helena Mondadori Duarte apresentaram uma reflexão sobre o uso de indicadores educacionais na prática profissional. Como resultado das ações tomadas na escola, a partir do estudo de seus indicadores, em 2010 foi constituída uma turma de 6ª série com alunos em distorção idade-série e o aproveitamento foi de 76%.
Jesus R. Borges, doutorando pelo PPG de Educação da Unisinos, trouxe ao debate os indicadores de infraestrutura das escolas que são conhecidos a partir do Levantamento da Situação Escolar (LSE). Esse levantamento tem como objetivo montar uma base de dados que evidencie as carências da rede pública de ensino. Essas deficiências devem ser atendidas para que se atinjam os Padrões Mínimos de Funcionamento da Escola – PMFE.
Infelizmente, apenas a rede municipal possui subsídios para realizar esse levantamento. Nenhuma escola da rede estadual pôde iniciar o processo.
Confira um vídeo com os depoimentos de alguns dos participantes do evento.
Por Ricardo Traub Fries