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Indicadores do Vale - População

Quinta, 11 de Agosto de 2016

População

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Indicadores do Vale - GINI

Quinta, 11 de Agosto de 2016

Índice de Gini

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Indicadores do Vale - IDESE

Quinta, 11 de Agosto de 2016

Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) Vale do Rio dos Sinos

 2000 até 2009

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Indicadores do Vale - IDH

Quinta, 11 de Agosto de 2016

Índice de Desenvolvimento Humano - IDH

 

  • Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDH. Confira em PDF: 199120002010.

 

     

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Indicadores do Vale

Quinta, 11 de Agosto de 2016

O ObservaSinos tem referenciado a sua atuação na região do Vale do Sinos justificada pela importância de contextualizar, comparar e potencializar a realidade regional, que guarda identidade histórica, geográfica, cultural, econômica e social. Região onde está instalada a sede da Unisinos há mais de 40 anos e que tem como um de seus compromissos o desenvolvimento regional.

O sistema de regionalização definido como referência pelo Observatório é o Conselho Regional de Desenvolvimento - COREDE do Estado do Rio Grande do Sul. Ele foi criado em 1994 com o objetivo principal de formular e executar estratégias regionais para o desenvolvimento, assim como conquistar e estimular a crescente participação social e cidadã na definição dos rumos para a melhoria da qualidade de vida da população.

A equipe do ObservaSinos sistematiza informações de diversos bancos de dados públicos para dar vista aos indicadores socioeconômicos da região do Vale do Sinos.

Esses indicadores estão disponíveis em PDF por temática:  

Comprometido com levantamento, sistematização e análise dos indicadores socioeconômicos do Vale do Rio do Sinos, o Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, apresenta informações do eleitorado da região por sexo, faixa etária, grau de instrução e a situação do título de eleitor dos votantes da região. Entende-se que esses dados podem subsidiar os processos de formação e participação política na vida cotidiana, assim como nos processos eleitorais, que em 2016 terão os municípios como esferas prioritárias.

Mulheres eleitoras e homens eleitos

No Brasil, o voto feminino foi instituído somente no ano de 1932. Apesar do avanço, ainda existia uma série de limitações, apenas mulheres casadas, viúvas e solteiras com renda própria poderiam votar. A partir da Constituição Federal de 1988, o direito ao voto das mulheres foi estendido amplamente. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, nas eleições de 2012, as mulheres representaram 51,90% dos 140 milhões de eleitores, em 2014, os números permaneceram praticamente os mesmos da eleição anterior. Assim como no País e no Rio Grande do Sul, no Vale do Sinos a maioria do eleitorado também são mulheres. A região possui 1.005.442 eleitores, dentre os quais 527.132 são mulheres.

Apesar de as mulheres representarem mais da metade da população brasileira e do eleitorado, essa representatividade não reflete na participação política. Atualmente, a Câmara Federal conta com aproximadamente 10% das mulheres e o Senado Federal com 14%. Já na Assembleia do Rio Grande do Sul, apenas 9 das 55 cadeiras são ocupadas por mulheres, isto é, um pouco mais de 16% de presença das mulheres. Nessa mesma perspectiva, no Vale do Sinos 8,54% ou 14 mulheres foram eleitas para Vereadora no pleito de 2012. Canoas, por exemplo, o município mais populoso da região, não elegeu nenhuma representante mulher para a Câmara Municipal de Vereadores. No executivo da região, 4 dos 14 municípios são administrados por mulheres.

Poucos jovens eleitores, quase nenhum jovem eleito

A tabela 2 apresenta a distribuição do eleitorado dos 14 municípios do Vale do Sinos por faixa etária. A maior parte dos eleitores da região tem entre 45 e 59 anos de idade. Não é por acaso que a maioria dos vereadores(as) e 10 dos 14 prefeitos(as) eleitos da região também estão nessa mesma faixa etária.

Os dados da tabela apontam para a baixa presença dos jovens no processo eleitoral, um pouco mais de 1% dos eleitores entre 16 e 17 anos possuem título de eleitor no Vale do Sinos. Essa realidade é reflexo de outra situação: cerca de 3% dos Deputados Federais e Senadores são jovens. No Vale dos Sinos, nenhum vereador(a) com idade entre 18 e 20 anos foi eleito no último pleito municipal. Contudo, Novo Hamburgo tem 4 vereadores(as) entre 21 e 24 anos de idade. Os municípios de Ivoti e Nova Hartz elegeram em 2012 os prefeitos mais novos da região, tendo entre 35 e 44 anos de idade.

Eleitores e título de eleitor

A tabela 3 apresenta a situação dos eleitores no Vale do Sinos. Antes de uma análise mais detalhada dos dados, se faz necessário fazer dois esclarecimentos. Primeiro, trata-se dos eleitores que são “passíveis de cancelamento” do título de eleitor, isso inclui os eleitores faltosos aos últimos três pleitos que não regularizaram sua situação antes da data de identificação dos faltosos. O segundo ponto a ser esclarecido é os eleitores que tiveram o título de eleitor cancelado posteriormente; segundo o TSE, trata-se dos eleitores que foram cancelados/suspensos por outros motivos, no período entre a identificação dos faltosos e o cancelamento.

É possível averiguar que 11.463 pessoas foram passíveis de cancelamento do título de eleitor no Vale do Sinos. Esse número representou quase três vezes mais o número de eleitores do município de Campo Bom (3.925). Essa situação, em termos percentuais, representa 1,22% dos 904.889 eleitores de 2015. Contudo, dos 11.463 eleitores passíveis de cancelamento, apenas 441 se dirigiram ao Cartório Eleitoral para regularizar a situação. Desse modo, 10.941 eleitores acabaram tendo o título de eleitor cancelado. Além dessas conclusões, a tabela 3 mostra que os municípios de Araricá, Campo Bom e Nova Santa Rita não apresentaram nenhum caso de eleitor passível de cancelamento. O que não pode ser visto em Novo Hamburgo e São Leopoldo.

Eleitores e escolaridade

Os dados de julho de 2016 do TSE mostram que 35,40% dos eleitores (355.944) do Vale do Sinos não possuem ensino fundamental completo, 10,58% têm ensino fundamental completo e 1,64% são analfabetos. Enquanto isso, 48.841 ou 4,86% dos eleitores concluíram o ensino superior.

A Constituição Federal determina que a União deverá aplicar, anualmente, em educação, nunca menos de 18% do conjunto de impostos arrecadados. Os Estados da federação, o Distrito Federal e os municípios devem aplicar no mínimo 25% da receita tributária total.

Segundo os dados do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul - TCERS, a média de recursos aplicados em educação pelos municípios do Vale do Sinos é de 26,90% do conjunto de impostos arrecadados no ano de 2014. As informações revelam que no ano de 2014, Ivoti foi o município do Vale que mais investiu nesta área ao aplicar 36,41%. Estância Velha aplicou 25,02% da receita tributária, garantindo com isso apenas a conformidade da determinação constitucional.

Tendo em vista que no ano de 2016 ocorrerão novas eleições para prefeitos e vereadores, os dados sistematizados, principalmente na tabela 4, constituem-se num importante instrumento de controle e avaliação dos órgãos executivos e legislativos.

João Conceição e Marilene Maia

O Levante Popular da Juventude prepara o 3º Acampamento Nacional que acontecerá de 5 a 9 de setembro. Com o lema “A nossa rebeldia é o povo no poder”, o movimento pretende reunir 7 mil jovens em Belo Horizonte.

Presenciamos em 2013 a juventude sendo protagonista e indo às ruas. No primeiro momento contra o aumento da tarifa de ônibus, em segundo por diversas pautas que incluíam mais saúde, educação, segurança. Também houve a juventude que foi às ruas contra a Copa, em 2014. Os jovens que ocuparam as escolas em 2015 e seguiram em 2016. As mulheres jovens que pediram #ForaCunha e todos os jovens que gritaram nas ruas #ForaTemer.

Foto: Levante Popular da Juventude | Coletivo de Comunicação

“Mas, ao mesmo tempo em que foi protagonista de diversas lutas, a juventude não tem uma referência organizativa e não se reconhece em um projeto político”, defendeu Jessy Dayane, da Coordenação Nacional do Levante Popular da Juventude. “Esse é o desafio do Levante: se apresentar como alternativa organizativa com um projeto para a juventude”, afirma a estudante de Serviço Social.

Seminário Maria Carolina de Jesus

O tema foi debatido durante o 2º Seminário Carolina Maria de Jesus, que ocorreu em Belo Horizonte durante os dias 21 a 24 de julho. O evento teve como objetivo reunir as coordenações estaduais do Levante Popular da Juventude para a preparação do 3º Acampamento Nacional que também vai acontecer em BH, de 4 a 9 de setembro.

O Seminário Carolina Maria de Jesus adotou esse nome em homenagem à catadora, escritora, mulher e negra que escrevia sua história nos papéis que achava no lixo. Além dela, outras e outros artistas brasileiros e latino-americanos foram homenageados. Cora Coralina, Chico Science, Augusto Boal, Eduardo Galeano, Violeta Parra, Mercedes Sosa, Pagu e Victor Jara foram lembrados durante o evento que aconteceu em paralelo com o Festival Nacional de Artes e Cultura da Reforma Agrária.

Desafios da Juventude

Durante o seminário ocorreram debates de diversos temas com o intuito de provocar reflexões coletivas para construir um projeto que aponte saídas para a juventude em relação ao momento de crise que estamos vivendo. Para Frederico Santana, da Consulta Popular, a juventude se mobilizou em 2013 impulsionada pelo paradoxo dos governos petistas. “Não podemos achar que junho foi um acontecimento ao acaso. A juventude foi para as ruas provocadas pelas contradições apresentadas pelo projeto neodesenvolvimentista”, aponta.

Para Antônio David, formado em Filosofia na USP, a juventude vive um momento de contradição. “O ascenso social proporcionado nos últimos anos cria uma expectativa de ter uma vida melhor que os pais tiveram”, considera o filósofo. Para ele o neodesenvolvimentismo promete mais do que pode cumprir. “A principal contradição da juventude hoje é sua experiência de expectativa e frustração da expectativa”, apresenta.

Segundo Jessy Dayane, a palavra presente durante os períodos de crise é oportunidade. “Oportunidade de disputa de projeto de poder”, afirmou a estudante. Para Federico Santana também há uma grande responsabilidade e a ocasião para reformular as formas de fazer luta. “Oportunidade de refundar a esquerda sob novos parâmetros, novos valores, novas práticas políticas. Ter outro horizonte estratégico de transformação que leve o povo ao poder”, enfatiza.

O principal desafio apontado por Jessy é fazer a juventude se identificar com uma só bandeira. “Temos a necessidade de criar uma identidade comum na juventude, de se identificar em um sonho comum de transformar o nosso Brasil e o mundo”, pontua. A juventude contribui para expor as contradições da sociedade, a partir da sua rebeldia naturalmente exposta. Mas, para Jessy a teimosia dos jovens do Levante tem algo a defender. “Nossa rebeldia tem lado, tem classe, tem mística. A nossa rebeldia é o povo no poder e carrega lutadores e lutadoras, carrega a necessidade de seres humanos coletivos”, enfatiza. Para Antônio David é preciso criar um programa como práxis. “O que está no papel é só uma manifestação daquilo que nós somos”, aponta.

Erivan Hilário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, diz que o Levante se propõe a uma ousadia histórica. “Construindo um programa pensado pela juventude para a juventude, ouvir a juventude é ver que caminhos ela está fazendo”, apontou. Além disso, o militante do MST apontou a necessidade de entender a diversidade dos sujeitos. “Precisamos alargar nossa compreensão sobre a ideia de classe trabalhadora e construir fontes de diálogo sem rebaixar nossos princípios”, desafia Erivan.

Acampamento Nacional

“A nossa rebeldia é o povo no poder” é o lema do 3º Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude que ocorrerá em setembro de 2016, com o intuito de reunir 7 mil jovens. O acampamento é uma oportunidade para o Levante se apresentar para a juventude. Segundo Frederico, o modo de não repetir os erros e as práticas políticas viciadas é investir no coletivo. “A alternativa para não cair nos vícios é construir coletivamente tendo em vista que só a organização da rebeldia garante nossas conquistas”, afirmou.

Durante o encontro foram realizados momentos com intervenções artísticas e culturais, utilizando as ferramentas da arte para enfatizar e sensibilizar os participantes para o lema do 3º Acampamento. “Jogaram nosso povo no quarto de despejo. Reuniremos 7 mil jovens em Belo Horizonte para dizer que essa casa é nossa!”, declarou Rosa Amorim, militante do Levante Popular da Juventude de Pernambuco, durante o encerramento do seminário.

Por Carolina Lima e Marilene Maia

O Ciclo de estudos: saúde e segurança no trabalho no Vale do Rio dos Sinos tem o propósito de realizar um processo de formação em saúde e segurança no trabalho, em vista da sua melhoria na vida dos(as) trabalhadores(as), no ambiente das empresas e no contexto da região do Vale do Rio do Sinos. É uma atividade do Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, em parceria com a Confederação Nacional dos Metalúrgicos – CNM, o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e o Centro de Referência da Saúde do Trabalhador da Região do Vale do Rio dos Sinos e Canoas – CEREST.  O evento tem reedição do Ciclo realizado em 2015.

 

Objetivos

Promover um espaço e processo de formação em saúde e segurança no trabalho, em vista da melhoria da saúde e de segurança nas empresas e na vida dos(as) trabalhadores(as) no contexto da região do Vale do Sinos. 

 

Inscrições

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Palestra 

O mundo do trabalho, os modos de vida dos trabalhadores e a saúde Profa. Dra. Cleide Moretto - UPF (15/09/2016)

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Informações adicionais

  • Data do Evento de 08 de agosto à 23 de setembro de 2016

A participação dos setores da indústria de transformação e da construção civil cresceu nos últimos meses com o aumento de postos de emprego nesses setores. Em junho de 2016, os dois setores apresentaram juntos aumento de 416 postos de emprego formais no Vale do Sinos frente à redução de 355 postos nos outros 6 setores. Nesses dois setores, ocorre a maior parte dos acidentes de trabalho da região.

O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, acessou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED do Ministério do Trabalho e Previdência Social – MTPS, para verificar a movimentação no mercado de trabalho formal no Vale do Sinos em junho de 2016.

A tabela 01 apresenta a movimentação no mercado de trabalho formal do Vale do Sinos em junho de 2016. Houve movimentação positiva, com saldo de 59 postos de emprego.

Depois da redução de postos de emprego nos meses de abril e maio, houve aumento em junho, com elevação em 59 postos, sendo que os municípios de Campo Bom, Canoas e Sapiranga foram os que mais contribuíram para tal aumento.

Em Campo Bom, os subsetores econômicos que mais apresentaram aumento de postos de emprego foram indústria de calçados (+93), construção civil (+35) e indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria (+33). Dos 25 subsetores econômicos por definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 11 apresentaram aumento de postos de emprego, e outros 10, redução. Outros 4 apresentaram saldo zero.

No município de Canoas, a construção civil contribuiu com o aumento de postos com saldo positivo de 216 postos. A indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico teve aumento de 40 postos, enquanto a indústria mecânica apresentou recuo de 60 postos.

Nos 6 municípios nos quais o saldo de postos foi negativo, a indústria mecânica também contribuiu com a redução. Mas subsetores como os comércios varejista e atacadista também foram afetados com redução crescente de postos de emprego. O subsetor de serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação e afins obteve redução de 173 postos na região, sendo 74 em Novo Hamburgo.

Em São Leopoldo, município com o maior saldo negativo, redução de 134 postos, 18 subsetores obtiveram redução de postos de emprego e apenas 6 obtiveram aumento. O subsetor com maior redução foi o comércio varejista, com 57 desligamentos a mais que as admissões no mês.

Se comparado com o mesmo mês do ano anterior, junho de 2016 apresentou uma forte melhora no mercado de trabalho formal. De qualquer forma, nos últimos 12 meses, o saldo negativo já é de 13.995 postos de emprego, apesar de o acumulado de 2016 estar positivo, com aumento de 981 postos, sendo a maior parte da Indústria de calçados, que obteve sucessivos aumentos de postos de emprego.

tabela 02 apresenta a movimentação no mercado de trabalho formal do Vale do Sinos em junho de 2016 por setor econômico. Destacam-se os setores da construção civil e indústria de transformação como geradores de postos de emprego na região no mês.

Como já citado, a construção civil obteve aumento de postos na região muito em vista do aumento em Campo Bom, Canoas e Nova Santa Rita. O setor da indústria de transformação, que engloba todos os subsetores industriais, como a indústria de calçados e a indústria mecânica, obteve aumento de 216 postos, sendo que vários subsetores contribuíram para tal, com aumento de 142 postos na indústria de calçados, 97 na indústria têxtil do vestuário e 88 na indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria.

A tabela 03 apresenta a intensidade na movimentação no mercado de trabalho formal do Vale do Sinos nos últimos 12 meses. Destaca-se que o período de maior número de admitidos foram os meses de fevereiro a abril de 2016, enquanto o de maior número de desligamentos foram os meses de julho e agosto de 2015.


A intensidade na movimentação apresenta a rotatividade que há no mercado de emprego formal da região, mas também se há um aquecimento ou desaquecimento do mercado. Desta forma, verifica-se que o número de admitidos tem voltado a cair nos últimos meses, apesar de ter apresentado o nível mais baixo em dezembro de 2015, com apenas 7.660 novos admitidos frente a 13.612 desligamentos, maior número desde setembro de 2015.

O mercado de trabalho formal está associado ao nível de atividade econômica do país e da região, mas também determina o nível de renda da economia, que subsequentemente é um determinante do nível de atividade econômica futuro. Além disso, a formalidade do trabalho permite maior saúde e segurança ao trabalhador, ampliando direitos sociais.

Outro fator observado nos últimos meses refere-se à baixa inserção dos jovens no mercado de trabalho formal e sua vulnerabilidade. Em países europeus, a faixa etária com mais desempregados é a dos jovens. No Brasil, e na região sul, o nível de ocupação, da faixa etária de 18 a 24 anos, é reduzido mais rapidamente do que nas outras faixas etárias, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD do IBGE.

Por Marilene Maia e Matheus Nienow

O consumo geral de energia elétrica no Vale do Sinos aumentou 17,49% nos últimos 10 anos. Já o consumo residencial aumentou 45,16%. Apesar de o consumo industrial representar 40,63% do consumo da região, ele tem caído nos últimos anos em termos absolutos e percentuais. Esta realidade impõe possibilidades e limites para o desenvolvimento local e regional. Analisar e apontar perspectivas se constitui ação indispensável aos cidadãos, lideranças governamentais, empresariais e da sociedade civil.

O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, acessou os dados disponibilizados pela Fundação de Economia e Estatística - FEE acerca do consumo de energia elétrica, em MegaWatt hora (MWh), no Vale do Sinos, conforme dados das distribuidoras de energia elétrica do Rio Grande do Sul.

Estes dados revelam a variação no consumo de energia elétrica na região, subdividida nos territórios e por grupos de consumo. No entanto, não há a disponibilidade dos dados acerca das fontes de energia pelas quais os municípios da região são abastecidos, nem se os processos energéticos são sustentáveis.

Destaca-se que dos 14 municípios da região, 13 são abastecidos pela distribuidora de energia elétrica AES Sul e apenas Nova Hartz é abastecida pela Rio Grande Energia - RGE.

O termo MegaWatt hora (MWh) é correspondente a 1.000.000 Watts-hora, que é uma unidade de potência elétrica. Segundo o Instituto Nacional de Metrologia, qualidade e tecnologia – INMETRO, a maior parte dos chuveiros elétricos consome em torno de 5.000 Watts hora, em modo quente. Desta forma, 200 chuveiros elétricos, ligados durante 1 hora, consomem, em média, 1MWh.

A tabela 01 apresenta o consumo de energia elétrica nos municípios do Vale do Sinos ao longo dos últimos 10 anos. Houve aumento do consumo em 12 dos 14 municípios no período.

De 2006 a 2015, o consumo de energia elétrica na região aumentou 17,49% ao longo dos 10 anos, com destaque para Nova Santa Rita, município no qual houve impulso de 171% no consumo, sendo maior parte de 2011 para 2012. No estado, o aumento foi de 24,61%.

Em dois períodos, houve redução do consumo de energia; um de 2008 a 2009, com redução de 4,41% e outro de 2014 a 2015, com recuo de 7,69%. Em 2009 e em 2015, o produto interno bruto do estado recuou em relação ao ano anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

A tabela 02 apresenta o consumo de energia elétrica nos municípios do Vale do Sinos em 2006 por tipo de consumo, ou seja, comercial, industrial ou residencial. Neste ano, 49,52% do consumo dava-se na indústria.

O consumo industrial percentual da região ultrapassa o do estado, visto que o estadual é de 32,27%. Além dos três tipos de consumo apresentados, há também os consumos do setor público e da zona rural, este último muito mais representativo no estado do que na região do Sinos.

Apenas em Canoas, o consumo industrial não foi maior que o consumo residencial. No município, 36,08% do consumo deu-se nas residências frente a 27,87% na indústria.

O maior consumo comercial ocorreu em Novo Hamburgo, município no qual 22,49% do consumo foi no comércio, frente a 50,85% na indústria e 32,18% nos domicílios.

A tabela 03 apresenta o consumo de energia elétrica nos municípios do Vale do Sinos em 2015 por tipo de consumo. Destaca-se a diminuição do consumo industrial, que passou de 49,52%, em 2006, para 40,63%, em 2015.

Ao longo deste período, 2006 a 2015, o consumo de Megawatts por hora diminuiu, em termos absolutos, no meio industrial com redução de aproximadamente 56.000 MWh. Esta redução contrabalanceou o aumento dos grupos comercial e residencial.

Além de aumento na participação, o consumo residencial que fora de 850.980 MWh em 2006 passou para 1.235.268 MWh em 2015, ou seja, aumento percentual de 45,16% nos últimos 10 anos.

De 2006 a 2015, o consumo industrial em MWh caiu em metade dos 14 municípios da região. Os consumos residencial e comercial aumentaram em todos os municípios. Ainda assim, o consumo comercial, em percentagem, da região é menor que o do estado.

Exemplos de consumo de cada produto doméstico podem ser conferidos aqui.

Por Marilene Maia e Matheus Nienow