O Seminário ObservaSinos: processos de formação e intervenção nas realidades do Vale do Sinos tem como propósito promover a aproximação e o conhecimento dos processos de formação e trabalho do ObservaSinos assim como de seus parceiros e parceiras, sendo estes entidades da sociedade civil, acadêmicos e/ou pesquisadores ou redes de estudo e ação. Desta forma, serão apresentadas dados e experiências de formação por meio de parceiros e parceiras do observatório.
Objetivo
Tornar públicos os processos de formação e trabalho do Observasinos para a comunidade local e acadêmica, em vista da qualificação do seu impacto nas realidades locais e regional do Vale do Sinos.
Programação
Data: 26 de agosto (Sexta-Feira)
Tema: Seminário ObservaSinos: in/formação e articulação
Ministrante: Profa. Dra. Marilene Maia - Unisinos
Horário: 19h30min às 22h
Local: Sala Ignácio Ellacuría – IHU (B07 119)
34,31% dos trabalhadores do mercado formal do Vale do Sinos possuem de 15 a 29 anos. No entanto, a participação destes trabalhadores tem caído na região; ainda assim, em subsetores como o comércio varejista e madeira e mobiliário, os trabalhadores jovens são quase maioria.
O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, acessou os dados da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, ambos do Ministério do Trabalho, para verificar a situação dos jovens no mercado formal de trabalho do Vale do Sinos. O Estatuto da Juventude, regido pela Lei n° 12.852 de 05 de agosto de 2013, determina que a faixa etária dos jovens é de 15 a 29 anos.
A tabela 01 apresenta o percentual de jovens no mercado de trabalho formal do Vale do Sinos. Na região, 34,31% dos trabalhadores do mercado formal possuem de 15 a 29 anos.
O município com maior percentual de jovens entre os trabalhadores é Araricá, com 38,30%. Os municípios vizinhos, como Campo Bom, Nova Hartz e Sapiranga também estão entre os que possuem maior percentual de jovens entre os trabalhadores. Em Campo Bom, 36,25% dos trabalhadores formais são jovens.
Em Dois Irmãos, há a segunda maior participação de jovens no mercado formal de trabalho, sendo que estes representam 37,70% dos trabalhadores. Esse município também se localiza próximo a Araricá na região do Sinos.
A tabela 02 apresenta o percentual de jovens no mercado de trabalho formal do Vale do Sinos de 2002 a 2014. Este percentual foi reduzido no período, podendo ser explicado por diversos fatores, como a diminuição percentual da população de 15 a 29 anos na região, assim como a inserção mais tardia dos jovens no mercado de trabalho.
De 2002 a 2014, o percentual de trabalhadores jovens diminuiu em todos os 14 municípios do Vale do Sinos. Em Dois Irmãos, em 2002, o percentual de jovens entre os trabalhadores chegou a ser 52,57% frente a 37,70% em 2014. Segundo pesquisadores, um dos motivos para a baixa inserção de jovens deve-se à baixa remuneração nesta faixa etária.
Mesmo municípios como Canoas e Nova Santa Rita, que já possuíam participações menores em 2002, diminuíram a participação no período. No primeiro, o percentual de trabalhadores jovens passou de 37,24% para 33,31%. Em Nova Santa Rita, a participação passou de 36,12% para 31,46%.
A tabela 03 apresenta a movimentação dos jovens, de 15 a 29 anos, no mercado formal de trabalho no Vale do Sinos em 2016 e nos últimos 12 meses. No ano, já há saldo acumulado de 3.632 postos de emprego, sendo 750 em Novo Hamburgo, 743 em Canoas e 502 em São Leopoldo.
Os trabalhadores jovens obtiveram aumento de postos de emprego em 2016, nos seis primeiros meses, com saldo positivo de 3.632. Destaca-se que esta faixa etária engloba muitos daqueles que adentram pela primeira vez no mercado formal de trabalho.
A tabela 04 apresenta o número absoluto e percentual de jovens trabalhadores no Vale do Sinos nos subsetores econômicos em 2014. Alguns subsetores, como os comércios varejista e atacadista e madeira e mobiliário destacam-se por possuírem mais trabalhadores jovens do que os outros subsetores.
Em 2014, 47,92% dos trabalhadores do subsetor do comércio varejista eram jovens. É o único subsetor em que tal proporção chega a atingir quase metade dos trabalhadores. Dos 25 subsetores econômicos, oito possuem mais trabalhadores jovens do que a média da região.
O subsetor que mais se destaca pela baixa participação de jovens é a administração pública. Apenas 15,11% dos trabalhadores são jovens. Outra realidade deste subsetor é que o número de jovens nos cargos políticos também é pequeno, visto que no máximo 18% dos vereadores eleitos em 2012 eram jovens.
Apesar da redução de postos de emprego percentual dos jovens ao longo do tempo no Vale do Sinos, é possível que esta participação aumente na região, visto a necessidade de muitos jovens em contribuir com a renda familiar, já que houve desvalorização do salário mínimo nos últimos meses e queda do nível de emprego na região.
Por Marilene Maia e Matheus Nienow
A juventude brasileira tem reagido ao momento que vivemos, mas segundo Jessy Daiane, da Coordenação Nacional do Levante Popular da Juventude “a juventude não tem uma referência organizativa e não se reconhece em um projeto político”. A partir disso, o Levante Popular da Juventude tem organizado o 3º Acampamento Nacional com o desafio de unificar os jovens em torno de uma mesma bandeira. Durante o acampamento, o movimento pretende reunir sete mil jovens em Belo Horizonte.
Para apresentar o movimento e o Acampamento Nacional, no sábado, dia 13-08-2016, ocorreu o lançamento do 3º Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude no município de São Leopoldo. A proposta do evento foi firmar o compromisso da juventude com a transformação social, como também apresentar os caminhos para a construção do 3º Acampamento.
O evento ocorreu no Sindicato dos Empregados no Comércio de São Leopoldo durante a manhã com a participação de jovens, entidades, sociedade civil organizada e movimentos sociais, o Sindicato dos Professores Municipais Leopoldenses - Ceprol, o Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA e o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente - PROAME.
Por Carolina Lima e Marilene Maia
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Houve a redução de 4.130 postos de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA em maio de 2016, o que representa redução percentual de 0,36% sobre o estoque de empregos do mês anterior, ou seja, o mercado de trabalho encolheu 0,36% apenas no mês de maio de 2016 na RMPA. O Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, publica, abaixo, a “Carta do Mercado de Trabalho”, elaborada pelo Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas, tendo como referência os dados do mês de maio de 2016.
Eis a carta.
A carta do mercado de trabalho produzida pelo Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas, apresenta os dados do mês de maio de 2016 divulgados no dia 27 junho de 2016, do mercado de trabalho formal no Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre e no município de Canoas, e tem como fonte os registros administrativos do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED) disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os setores econômicos são aqueles definidos pelo IBGE. O conceito de admitidos engloba o início de vínculo empregatício por motivo de primeiro emprego, reemprego início de contrato por prazo determinado, reintegração ou transferência. A noção de desligados indica o fim do vínculo empregatício por motivo de dispensa com justa causa, dispensa sem justa causa, dispensa espontânea, fim de contrato por prazo determinado, término de contrato, aposentadoria, morte, ou transferência. A diferença entre os admitidos e desligados é o saldo, que sendo positivo indica a criação de novos postos de trabalho e quando negativo indica a extinção de postos de trabalho. Estas definições e conceitos são definidos pelo MTE e são aplicadas as tabelas 01, 02, 03 e 04.
Verifica-se na tabela 01 que o mercado de trabalho formal brasileiro registrou, entre admissões e demissões, saldo negativo no mês de maio de 2016, com 72.615 postos de trabalho com carteira assinada o que representa uma queda de 0,18% sobre o estoque de empregos do mês anterior. O setor da Agropecuária (43.117) foi o setor que mais abriu postos de trabalho enquanto o setor o Serviços (36.960) foi o setor que mais fechou postos de trabalho. No ano foram fechados 448.101 postos de trabalho com carteira assinada.
Observa-se na tabela 02 que o mercado de trabalho formal rio-grandense no mês de maio de 2016 registrou saldo negativo, resultado entre as admissões e demissões, de 15.829 postos de trabalho o que representa uma queda de 0,61% sobre o estoque de empregos do mês anterior. O setor da Administração Pública (67) foi o único que abriu postos de trabalho e a Indústria de Transformação (5.494) foi o setor que mais fechou vagas no mercado formal de trabalho. No estado este ano foram fechadas 4.030 vagas com carteira assinada.
Percebe-se na tabela 03 que o mercado de trabalho formal na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) no mês de maio de 2016 apresentou um decréscimo de 4.130 postos de trabalho com carteira assinada, uma redução de 0,36% sobre o estoque de empregos do mês anterior. O setor da Agropecuária (31) foi o que mais ampliou os postos de trabalho ao mesmo tempo em que a Indústria de Transformação (1.820) no mês foi o setor que mais fechou postos de trabalho com carteira assinada. No ano foram fechadas 7.350 vagas de trabalho com carteira assinada.
Nota-se na tabela 04 que o mercado de trabalho formal no município de Canoas registrou saldo líquido negativo, entre admissões e demissões, no mês de maio de 2016, com a redução de 154 postos de trabalho com carteira assinada. O setor Extrativa Mineral (1) foi o único que abriu postos de trabalho e a Construção Civil ( 267) foi o que mais fechou vagas. No ano o município reduziu 30 vagas de trabalho com carteira assinada.
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