1.497 postos de emprego formais a menos em maio de 2016. Recuo ocorreu em 13 dos 14 municípios da região. Desta forma, o acumulado nos últimos 12 meses já chega a 16.006 postos a menos, ou seja, é como se retirassem os vínculos de Araricá por 10 vezes da região do Vale do Sinos, visto que o município possuía, em 2016, 1.619 postos.
O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, acessou a base de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED do Ministério do Trabalho e Previdência Social – MTPS para verificar a movimentação no mercado formal de trabalho na região do Vale do Sinos.
A tabela 01 apresenta a movimentação no mercado de trabalho formal do Vale do Sinos em maio de 2016. Houve redução de 1.497 postos de emprego, gerando redução acumulada de 16.006 postos nos últimos 12 meses.
Apesar das reduções, o saldo em 2016 ainda é positivo, com acumulado de 922 postos. Metade dos municípios apresentou saldo positivo neste período, com destaque para Campo Bom e Novo Hamburgo, com aumento de 462 e 454 postos, respectivamente.
Em maio de 2016, a redução de 1.497 postos foi maior em Novo Hamburgo, São Leopoldo e Sapiranga: 375, 241 e 205, respectivamente.
A tabela 02 apresenta a movimentação no mercado de trabalho formal no Vale do Sinos em maio de 2016 por setor econômico. Desta forma, destaca-se a redução acentuada no setor da indústria de transformação, que até então vinha contribuindo positivamente com o aumento de postos de emprego.
Dos oito setores econômicos, conforme definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, cinco apresentaram redução de postos de emprego, estando entre estes aqueles com maior representatividade: construção civil, comércio e serviços, além da indústria de transformação. O setor da construção civil apontou redução de 438 postos, sendo 267 apenas em Canoas; 11 municípios da região obtiveram redução dos postos neste setor.
Em relação à Administração pública, houve aumento de postos de emprego na região, mas muito devido ao município de São Leopoldo, onde houve ampliação de 15 postos.
Em suma, já há, desde o fim de 2014, uma redução acentuada de postos de emprego formais no Vale do Sinos. Além de aumentar a taxa de desemprego, este cenário aumenta a informalidade.