Massacres, linchamentos, guerras fratricidas, perseguições religiosas e políticas. Os tempos sombrios previstos por Hannah Arendt não conhecem fronteiras, e expõem a fratura entre o potente avanço tecnocientífico que experimentamos enquanto humanidade e a face periclitante de uma ética que surge apenas em tempos de conveniência. O alvorecer da modernidade não teria feito desaparecer a intolerância que parecia ser uma prerrogativa de outras eras? Os fatos aos quais assistimos não apenas no Brasil, mas no mundo todo, nos mostram que fomos otimistas demais. Para refletir sobre tais questões a IHU On-Line ouviu inúmeros pesquisadores e pesquisadoras.
O futuro que advém “O universo inteiro está em evolução” afirma John Haught. Segundo ele, “Teilhard de Chardin foi um dos primeiros cientistas no século passado a reconhecer que todo o cosmos, e não apenas as fases da vida e da existência humana, é uma história importante. Sobre a evolução da Terra já trouxe a esfera da matéria (geosfera) e da vida (a biosfera). Agora se está criando a esfera da mente/espírito (a noosfera)”.
Nazismo: a legitimação da irracionalidade e da barbárie Antes e depois do Holocausto. Assim podemos dividir o mundo tomando em consideração um dos eventos mais traumáticos que se tem notícia na humanidade. Os crimes de guerra marcaram a humanidade para sempre. Para analisar os motivos que guindaram, há 75 anos, Adolf Hitler ao poder, um líder político desconhecido até o início da década de 1920, cuja retórica era mais convincente do que coerente, ao cume do poder numa pátria que gerou gênios em inúmeros campos do conhecimento, a IHU On-Line ouviu especialistas de diferentes áreas.