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17 Outubro 2023

"O mal está onde existe algo que é capaz de sofrer. É no fazer as pessoas sofrerem violência: mesmo aquela que é obscenamente definida como 'justa' porque proclamada como reparação, olho por olho, vingança da memória, ajudar o teu deus a tornar-se história". 

O artigo é de Domenico Quirico, jornalista italiano, em artigo publicado por La Stampa, 11-10-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Os povos podem morrer? Quero dizer, ser espalhados pelo vento, afundar no silêncio até se tornar apenas nomes escritos nos livros de história, ou achados etnográficos e artísticos num museu. A resposta é sim. Basta caminhar na Terra dos Dois Rios e na Palestina e verão quantos nomes vão encontrar em seu caminho: Cananeus, Filisteus, Hurritas, Assírios, Frígios... alguns eram impérios poderosos, outros eram pacatos agricultores e criadores de animais, construíram cidades poderosas que viraram cinzas e serviram para construir, camada após camada, aquelas dos seus vencedores. Alguns deixaram memórias, outros são apenas nomes que ressoam no vazio, no silêncio.

E mesmo em tempos mais recentes quantos, usando a modernidade, tentaram levar a termo o mesmo projeto: os armênios, os judeus, os tutsis... O planejador de um massacre coletivo talvez mais explícito e orgulhoso de si, o cambojano Pol Pot decidiu que o novo homem só poderia desabrochar se todos os homens adultos, com seus hábitos de impureza e pecados, fossem mortos. Um por um. Mas ele ordenou que as crianças fossem salvas: não por pena, mas porque eram inocentes, poderia se trabalhar em suas almas, molda-las.

Inocentes: prestem atenção a essa palavra enquanto os céus de Gaza e Israel se iluminam de selvagens ocasos de mísseis e bombas. Os soldados Tzahal que ontem retomaram o controle do kibutz de Kfar Aza, depois de eliminar os jihadistas que o detiveram durante dois dias, anunciaram ter descoberto, entre outros, os cadáveres de quarenta crianças, entre os quais alguns recém-nascidos. Massacrados. Alguns, parece decapitados.

Aqui está: os inocentes. Que palavra! A palavra mais misteriosa e fascinante do mundo. Eu me recuso a chafurdar na matemática das mortes de uns e dos outros, a iniciar a dupla lista das respectivas perdas, que na infinita tragédia do Oriente Médio estrangula a razão e todo projeto de convivência. Vou me deter diante daquelas quarenta crianças, um vórtice que chama sem voz, um abismo de onde sobe a vertigem. Deles, só deles, sou obrigado a falar. É um dever. Não posso ir além. Devo isso ao tempo medido de uma criança que cresce e que um dia sorri ao te reconhecer. E isso foi interrompido para sempre. Ouviram as mães gritando, começaram a chorar principalmente porque elas estavam chorando. Talvez até tenham entendido, os maiores, que se tratava disto, de morrer. A morte foi uma cunha feroz de verdade na doce inconsciência da infância. Arrancou a ingenuidade como uma venda dos olhos. Diante das crianças assassinadas, sem adjetivos judeus palestinos curdos ucranianos sírios... vocês conseguem aindadizer: vamos enterrar os mortos e devorar a vida? ...o tempo está se esgotando? Conseguem evocar a costumeira pilha de quinquilharias: as bandeiras desbotadas dos direitos humanos... os crimes de guerra... os povos lentamente empurrados ao matadouro, como sempre? E, é claro: sobreviver é tudo o que importa, uma hora finalmente chegarão os mocinhos. É preciso ficar seguros até lá. Sim: mas, e essas quarenta crianças? E os seus assassinos que evocam, mas não são os únicos, evocam Deus?

Matar crianças é o ato simbólico da vontade de aniquilamento dos povos, faz com que o homem se sinta estranho à criação. É a vitória absoluta da morte. Sobre Israel paira a imensa sombra de Auschwitz. Eu sei. Mas em Kfar Aza a história é una e indivisível.

Nunca acreditei que existisse um Mal metafísico e abstrato. O mal está onde existe algo que é capaz de sofrer. É no fazer as pessoas sofrerem violência: mesmo aquela que é obscenamente definida como “justa” porque proclamada como reparação, olho por olho, vingança da memória, ajudar o teu deus a tornar-se história.

É isto: para mim Kfar Aza é a mais recente manifestação do Mal, é a ilusão do poder absoluto que oferece dar a morte, fazer sofrer principalmente quem é inocente. Esses 40 corpos de crianças levados em macas são o resumo do Mal.

Há um tremendo mistério nesta oferta sangrenta de puros. Neste caso, ao contrário do que fizeram mesmo nos capítulos mais sangrentos de sua incursão em Israel, os jihadistas não filmaram para mostrar. Diante do massacre dos inocentes, desligaram as câmeras de sua comunicação. Não ousaram. As crianças de Kfar Aza eram e continuarão inocentes para sempre.

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