Padre Dall'Oglio, o corpo talvez esteja em uma vala comum em Raqqa. A irmã: "Não acredito"

Foto: Reprodução You Tube

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04 Junho 2025

O jesuíta romano desapareceu em 29-07-2013 no norte da Síria, então ocupada pelo Estado Islâmico.

A informação é de Federica Angeli, publicada por La Repubblica, 03-06-2025

O corpo do homem em trajes religiosos encontrado em uma vala comum perto de Raqqa, na Síria, pode ser o do Padre Paolo Dall'Oglio, embora a irmã do padre desaparecido em 2013 não acredite que isso seja verdade. Até mesmo o bispo de Aleppo afirma que não há certeza. A notícia da possível descoberta foi relatada a Oggi pelo bispo de Qamishlie, no norte do país, e confirmada pelo núncio apostólico em Damasco, Cardeal Mario Zenari: "Fui informado ontem à noite", declarou o embaixador da Santa Sé, "que as indicações sobre o local da descoberta e a identificação do Padre Paolo ainda não são precisas. Entramos em contato com os jesuítas presentes na região, mas ainda não conseguimos obter a confirmação". A vala comum foi aparentemente encontrada por um grupo de escavadores que fazem parte das FDS (Forças Democráticas Sírias), especificaram fontes da Farnesina, explicando que ainda não têm a confirmação definitiva de que se trata dele. A Embaixada da Itália em Damasco está em contato com o bispo e outras autoridades para atualizações sobre o caso.

Paolo Dall’Oglio | Foto: Jesuítas Brasil

A família

"Nos últimos anos, muitas notícias falsas surgiram, mas para mim isso não é notícia real." Foi o que Francesca Dall'Oglio, irmã do Padre Dall'Oglio, disse à Rainews 24, a respeito da suposta descoberta do corpo de seu irmão em uma vala comum em Raqqa, na Síria. "Eles estão falando de um corpo com vestes religiosas, mas meu irmão estava usando roupas civis", acrescentou Francesca. O bispo latino e vigário apostólico de Aleppo, Hanna Jallouf, também declarou que "não há certeza" de que os restos mortais encontrados em Raqqa sejam do Padre Dall'Oglio. Após a notícia da descoberta circular na mídia síria, Jallouf imediatamente buscou confirmação junto às autoridades religiosas do país. "Falei com o núncio apostólico de Damasco, Zenari, e ele também não foi informado, ninguém o havia notificado", explica o religioso. "Também falei com os jesuítas, com os frades de Homs e Damasco, mas eles também não têm notícias sobre o assunto". Jallouf expressa decepção porque "não houve cuidado na divulgação da notícia, nem para a família nem para a ordem dos jesuítas. Não sabemos quem divulgou essa informação".

A acusação

O Ministério Público de Roma delegou aos Carabinieri da ROS a busca por quaisquer provas relacionadas à descoberta do corpo do Padre Paolo Dall'Oglio. Os investigadores estão extremamente cautelosos em relação à notícia de que o corpo do homem com vestes religiosas encontrado em uma vala comum perto de Raqqa é o do padre. Ao longo dos anos, os Carabinieri responsáveis ​​pela investigação fizeram inúmeras aquisições, mas nunca surgiu nenhuma prova de que o Padre Dall'Oglio estivesse vivo, levando, em vez disso, a uma morte logo após os eventos. Há alguns anos, apesar da oposição da família, o Ministério Público decidiu arquivar o caso.

A libertação dos reféns

Doze anos atrás, o jesuíta romano – era 29-07-2013 – desapareceu no norte da Síria, então ocupada pelo Estado Islâmico, para onde tinha ido negociar a libertação de alguns reféns. Em 2020, a irmã do Padre Paolo, Immacolata, participou do documentário Ayouni, que narra a dor das famílias dos muitos desaparecidos na Síria. "Paolo nasceu nove anos após o fim da Segunda Guerra Mundial", disse a mulher no filme. "Ele era um jovem entre as décadas de 1960 e 1970, e é filho do Concílio Vaticano II, que acreditava no diálogo religioso como partilha da profundidade da experiência da fé".

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