30 Julho 2019
A irmã do jesuíta romano que desapareceu na Síria em 2013: "As últimas notícias? Não temos nenhuma confirmação: nem se está vivo nem morto"
A reportagem é publicada por TGCOM24, 29-07-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.
"Não sabemos nada há seis anos, é verdade que ele foi sequestrado em uma área de zona de guerra, mas algumas zonas já foram libertadas desde novembro de 2017", afirma Francesca Dall'Oglio, irmã do padre Paolo Dall'Oglio, o jesuíta romano que foi sequestrado na Síria há seis anos. “As últimas notícias? Nós não temos nenhuma confirmação, nem se está vivo nem morto. Muito mais poderia ter sido feito, e nós também gostaríamos de entender o mistério de sua mala encontrada com sua carteira".
O aniversário do desaparecimento – A irmã Francesca falou em uma coletiva de imprensa organizada em Roma, na sede dos Amigos do Padre Paolo Dall'Oglio, justamente para recordar o sexto aniversário do desaparecimento do jesuíta, que ocorreu em Raqqa, 29 de julho de 2013.
A família do padre Dall'Oglio havia lançado um apelo no ano passado, quando Raqqa foi libertada, para que se pudesse investigar melhor exatamente no local onde o sequestro aconteceu. "Em 2013, o ISIS ainda não havia nascido, talvez fosse possível ir a Raqqa para saber alguma coisa. Agora a cidade está ocupada por nossos aliados da Otan, mas recebemos apenas garantias verbais de que estão trabalhando para chegar a uma verdade”, disse a irmã Francesca.
Segundo o relato de Francesca Dall'Oglio, a família teria tomado posse dos bens pessoais de Paolo, incluindo uma pequena mala que havia permanecido em Raqqa, só em 2018 enquanto, de fato, ela revelou, "estava na posse dos investigadores na Itália desde julho de 2014. Descobrimos isso sozinhos, teria sido suficiente que nos dissessem que algo de Paolo estava na Itália. O que havia dentro: sua boina, sua carteira, algo que sua mãe e seus irmãos puderam ver".
Francesca então lembrou que Paolo era um cidadão italiano. Respondendo à pergunta ela acredita que exista uma conexão entre a carta do Papa Francisco ao presidente sírio Assad sobre a situação humanitária em Idlib (na qual também há uma referência à questão dos presos políticos) e o episódio de seu irmão, concluiu: “Não sabemos, a carta do Papa para nós é um ponto de apoio, uma esperança".
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Sequestro do padre DallʼOglio, a família: “Não foi investigado o suficiente” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU