19 Junho 2024
- Pela terceira sessão consecutiva, o pontífice convida as mulheres a darem suas opiniões sobre o assunto aos cardeais que o orientam na reforma da Cúria.
- Esta semana, a irmã Linda Pocher e Valentina Rotondi falaram sobre esse contexto.
- O Papa e seus assessores abordaram o andamento da comissão para a tutela dos menores no trabalho de prevenção, liderada por O'Malley, bem como o trabalho das diferentes conferências episcopais.
A reportagem é de Hernán Reyes Alcaide, publicada por Religión Digital, 18-06-2024.
Pela terceira sessão consecutiva, Francisco voltou a colocar a questão do papel das mulheres na Igreja no centro das reuniões com seu Conselho de Cardeais, conhecido como C9, enquanto prepara as atividades para o verão e começa a delinear os detalhes de sua extensa viagem em setembro a três países asiáticos e Papua Nova Guiné.
No fim de 48 horas de reuniões com membros do C9 na terça-feira, o Vaticano informou que o pontífice voltou a colocar a "reflexão sobre o papel das mulheres na Igreja" no centro do debate.
Ontem, no primeiro dia de trabalho, a irmã Linda Pocher, Valentina Roton, professora de Direito Canônico no Estudo Teológico de Piacenza, e Donata Horak falaramsobre esse contexto.
Imagem: Praising © Mary Southard www.ministryofthearts.org/ Used with permission | Arte: IHU
Em seu sua apresentação, Rotondi destacou uma visão da economia como cura e boa gestão no contexto de uma profunda relação intergeracional, enquanto Donata Horak destacou várias antinomias, como justiça e misericórdia, poder consultivo e deliberativo, poder hierárquico e eclesiologia da comunhão, democratização e modelo monárquico, como parte de uma reflexão mais ampla sobre o Direito Canônico.
Em abril, o papa e seus assessores concentraram a sessão de trabalho em rezar pelos "cenários de guerra e conflito que estão sendo vividos em muitas partes do mundo, particularmente no Oriente Médio e na Ucrânia", enquanto continuavam os debates sobre o papel das mulheres na Igreja que começaram nos encontros do ano passado.
O Conselho de Cardeais, após a renovação pelo Papa em 07-03-2023, é composto pelos cardeais Pietro Parolin, secretário de Estado; Fernando Vérgez Alzaga, presidente da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano e do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano; Fridolin Ambongo Besungu, arcebispo de Kinshasa; Oswald Gracias, arcebispo de Bombaim; Seán Patrick O'Malley, arcebispo de Boston; Juan José Omella Omella, arcebispo de Barcelona; Gérald Lacroix, arcebispo de Québec; Jean-Claude Hollerich, arcebispo de Luxemburgo; Sérgio da Rocha, arcebispo de São Salvador da Bahia. O secretário é Marco Mellino, bispo titular de Cresima.
Na sessão desta semana, o Papa e os seus conselheiros abordaram ainda o andamento da Comissão para a Tutela dos Menores no trabalho de prevenção, a cargo de O'Malley, bem como o trabalho das diferentes conferências episcopais, tema que teve Gracias como orador principal.
O Conselho instituído por Francisco com o quirógrafo de 28-09-2013 voltará a se reunir em dezembro, informou o Vaticano. A missão do C9 é auxiliar o Papa no governo da Igreja universal e estudar um projeto de revisão da Cúria Romana, esta última realizada com a nova Constituição Apostólica Praedicate Evangelium publicada em 19-03-2022. A primeira reunião do C9 ocorreu em 01-10-2013.
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