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23 Mai 2024

"Mas ainda, todos os dias, as crianças respiram os gases venenosos que permitem às companhias petrolíferas aumentar seus lucros com a extração de petróleo. Um outro mundo é possível? O desafio de Hussein Julood é daqueles que – se tiverem sucesso – fazem história", escreve Riccardo Cristiano, jornalista italiano, em artigo publicado por Settimana News, 20-05-2024.

Eis o artigo.

O homem do ano no Oriente Médio é, na minha opinião, o iraquiano Hussein Julood. Depois de gastar tudo o que tinha para cuidar e depois enterrar seu filho Alì, de vinte e um anos, Hussein decidiu processar a BP, considerando-a responsável pela morte do filho devido à leucemia: doença contraída, segundo os médicos, devido à prática - absurda até do ponto de vista energético - do "gas flaring" que polui o ar de quem vive perto das instalações, como os Julood vivem.

Essa técnica consiste em queimar ao ar livre os gases liberados pela extração de petróleo. Os produtos da combustão são, além do habitual dióxido de carbono, monóxido de carbono, carbono (fuligem), metano não queimado, benzeno (cancerígeno) e outros mais. O cheiro que se espalha no ar das tochas de "gas flaring" é o típico de pneus queimados.

A BP administra, junto com a companhia iraquiana Basra Oil Company, o maior campo petrolífero do Iraque, o de Rumaila, a 50 quilômetros da fronteira com o Kuwait, capaz de produzir até um milhão e meio de barris por dia. O "gas flaring" é evitável, mas é mais fácil e, evidentemente, conveniente fazer isso, em vez de trabalhar e comercializar os gases excedentes ou recuperar sua energia: à custa da contenção dos gases de efeito estufa!

***

Ciente dos danos à saúde humana, a lei prevê que a queima desses gases não pode ocorrer a menos de dez quilômetros de distância dos centros habitados. A aldeia onde vive a família Julood fica a menos de cinco quilômetros dos poços, de onde enormes colunas de fogo e fumaça se erguem para o céu 24 horas por dia.

O pequeno Alì jogou futebol por muito tempo, como muitos de seus amigos, a poucos passos das colunas de fumaça negra. Aos quinze anos, ele ficou doente. O pai, para tratá-lo - seis anos de quimioterapia! - vendeu tudo o que tinha. Ele ficou na miséria. Mas para seu filho não havia nada a fazer. A morte de Alì não surpreende, considerando que, na região, o câncer causado pelas inalações é tão comum quanto a gripe.

Hussein Julood gastou seu dinheiro para garantir ao filho um funeral digno, com um enterro adequado. Depois, decidiu procurar um escritório de advocacia e processou a BP. Nenhuma quantia em dinheiro lhe trará de volta o filho, mas agora ele quer que outros pais não vivam o drama que ele viveu. Depois de reunir a documentação necessária, ele notificou a companhia com uma carta em 22 de abril passado: mas não obteve resposta. Assim, Hussein Julood decidiu seguir pelos meios legais.

***

O muro erguido pela BP, no entanto, não se mostrou impenetrável. Embora nem mesmo a Agência France Presse tenha conseguido obter respostas da empresa petrolífera, a BBC - britânica como a British Petroleum - conseguiu.

O gigante petrolífero teve que explicar à BBC que não administra diretamente o campo petrolífero de Rumaila, mas sim recebe uma taxa pela assistência técnica prestada aos seus parceiros locais, principalmente a companhia iraquiana Basra Oil Company. A BP se define como "contratante principal" do campo.

Hussein Julood destacou, em uma carta enviada ao jornal The Guardian, que, apenas em 2020, os lucros registrados pela BP para Rumaila somam 358 milhões de dólares.

Os executivos da empresa estão, naturalmente, cientes dos perigos decorrentes da prática do "gas flaring" e afirmaram estar trabalhando com os parceiros para modificar a situação, observando que já reduziram a queima ao ar livre em 65% nos últimos sete anos, e que estão trabalhando com determinação para reduzi-la ainda mais. Mas hoje, no Iraque, os gases queimados ao ar livre pelos equipamentos de extração alcançam 18 bilhões de metros cúbicos: só na Rússia se queima mais.

***

Sobre o tema, interveio o próprio primeiro-ministro iraquiano, al-Soudani, que prometeu zerar a queima de gases excedentes dentro de três anos, no máximo cinco. Pouco depois, o ministro da saúde anunciou que concordou com a Basra Oil Company em construir um centro de tratamento de câncer, precisamente no sul do país, onde vivia Alì.

O pai pede que as companhias petrolíferas "forneçam assistência médica gratuita para quem adoece e ajudem a população carente que não pode viver em outro lugar".

Mas ainda, todos os dias, as crianças respiram os gases venenosos que permitem às companhias petrolíferas aumentar seus lucros com a extração de petróleo. Um outro mundo é possível? O desafio de Hussein Julood é daqueles que – se tiverem sucesso – fazem história.

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