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09 Novembro 2023

"A negociação de paz necessária é entre as opiniões públicas árabes, que acreditam e afirmam essa visão, e um regime que se definindo como 'exportador da revolução' teocrática de Khomeini propõe exatamente o contrário. A primeira negociação deveria ser esta: a árabe-iraniana".

O comentário é do jornalista italiano Riccardo Cristiano, publicado por Settimana News, 08-11-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

No domingo passado, enquanto eu ainda estava empenhado escrevendo mais uma página do diário de guerra, aconteceu o verdadeiro ato diplomático para superar o conflito: aquele realizado pelo Papa Francisco que quis falar ao telefone com o presidente iraniano Raisi. Um ato de evidente coragem, dada a desagradável história pessoal de Raisi. Uma coragem que não é nova para ele, que soube falar com outros semelhantes.

É uma pena que o gesto de Francisco não tenha sido considerado em toda a sua relevância internacional. Na verdade, não é possível tentar pôr fim a um conflito – talvez com um acordo de paz – se não se fala com quem está do outro lado.

E, uma vez que os palestinos são os intermediários do conflito entre o Irã e Israel, a escolha do papa é crucial. Vou tentar situá-la no desenvolvimento histórico árabe-iraniano e imaginar os seus desdobramentos.

A primeira fase do longo conflito árabe-israelense, para os árabes, foi marcada pelo slogan nasseriano: “que nenhuma voz se eleve acima da voz da batalha”. O caráter absoluto daquele conflito com Israel silenciou as sociedades: primeiro e acima de tudo estava a batalha.

Após o conflito de 1973, o sucessor de Gamal Abdel Nasser, Anwar Sadat, pôs fim a essa fase ao assinar a Paz de Camp David, que hoje deveria ser relida com atenção. Os fundamentalistas o mataram em 1981 e uma grande avenida de Teerã recebeu o nome do assassino, Khaled Istanbuli. A frente armada contra a paz com Israel passou por Teerã que, num certo sentido, assumiu o slogan do seu mais ferrenho inimigo, Nasser.

Os desdobramentos bélicos da década de 1990 levaram à derrota da frente de recusa árabe, aquela que não estava com o Irã, mas rejeitou a paz e não travou a guerra, utilizando a questão palestina apenas para justificar as leis especiais que permitiam todo tipo de repressão interna. Essa frente, liderada por generais sírios e iraquianos, desmoronou quando chegaram os acordos de paz assinados por israelenses e palestinos. Foram os homens-bomba organizados e financiados pelo Irã que inviabilizaram esses acordos, com o massacre de civis. Desde então, a questão palestina desapareceu da agenda que realmente importa, sendo substituída por uma guerra aberta entre iranianos e árabes.

Se a guerra de Bush pai em 1990 tinha de fato criado as condições para iniciar o processo de paz israelense-palestino, a guerra de Bush filho, depois do 11 de setembro de 2001, criou as condições para a afirmação iraniana, primeiro com a conquista do Iraque pelas milícias khomeinistas e depois da Síria, graças à derrota do movimento da Primavera Árabe, ignorada por todos.

O círculo iraniano cercou assim os petromonarcas, também alvo do sul, do Iêmen. Os emires do Golfo tentaram remediar o desastre árabe com os Acordos de Abraão, concebido – compreensivelmente – numa chave anti-iraniana.

Mas, quando a paz contra o Irã estava prestes a terminar com o tratado entre Israel e a Arábia Saudita, Teerã confiou o torpedeamento do acordo ao Hamas, o executor da agressão - planejada em conjunto - de 7 de outubro. Considerando que não sabemos, com precisão, o que os Acordos teriam previsto para os palestinos, a impressão é que, mais uma vez, os árabes teriam fechado com Israel sem sequer considerá-los, facilitando assim a linha do inimigo iraniano.

Aqui está o resultado: a "assinatura" iraniana na operação de 7 de outubro está no uso da decapitação de parte dos terroristas. A droga sintética – que permitiu agir com tanta desumanidade – é o produto do homem de Teerã que permaneceu na Síria, Bashar al-Assad: é ele quem a comercializa no mundo, incluindo Gaza, evidentemente, através do Hezbollah.

Pode-se, portanto, dizer que a guerra que começou em 7 de outubro é uma guerra do Irã contra Israel e contra os árabes prontos para a paz com Israel contra o Irã.

Se for essa a situação, só há uma saída para o erro de entregar aos terroristas do Hamas o status de beligerantes e não de criminosos, como são: são criminosos - sim - mas usados por Teerã. Ora, caso se queira a paz, deve ser feita com o mandante, ou seja, com o regime iraniano. Mas a negociação com os iranianos – ao contrário do que Obama tentou desajeitadamente – não pode ser circunscrita à energia nuclear, mas sim estendida à terra.

Que papel o Irã pretende ter na região? Considera que pode reconstruir pela força o império persa do qual se sente herdeiro? Acredita que pode se vingar de Alexandre, o Grande, que fixou as fronteiras da Pérsia, aliás Irã, no extremo oriental da antiga Mesopotâmia e não mais no Mediterrâneo?

Se Teerã imagina que pode impor um salto para trás no tempo de cerca de três mil anos, que o diga. Teerã deve dizer como imagina o mundo se desejar, justamente, um lugar no mundo, como o telefonema de Raisi ao Papa parece confirmar. Ninguém pode acreditar que Raisi pretendesse realmente gabar-se pelo pedido de cessar-fogo, mas sim deixar claro que o cessar-fogo passa por Teerã.

A resposta árabe, popular, foi dada em 2011 pela Primavera: “o povo quer a queda do regime”. Esse slogan define a linha dos tunisianos, egípcios, iemenitas, libaneses, sírios, iraquianos, todos os cidadãos de países aliados do mundo, mas que o mundo não quis ouvir. Essa resposta rejeita a teocracia iraniana, afirmando claramente que o povo é soberano: consequentemente, não quer regimes teocráticos, mas sim parlamentos nacionais, expressão dos “cidadãos” – de todas as religiões.

Portanto, a negociação de paz necessária é entre as opiniões públicas árabes, que acreditam e afirmam essa visão, e um regime que se definindo como “exportador da revolução” teocrática de Khomeini propõe exatamente o contrário. A primeira negociação deveria ser esta: a árabe-iraniana.

Claramente não seria uma negociação fácil. Acima de tudo, a opinião pública árabe não seria representada por ninguém, pois nenhum regime árabe – cleptocrático e tirânico – poderia ser considerado uma expressão de tal vontade.

Aqui reside a fraqueza, mas também a audácia e o sonho visionário de Francisco, que poderia valer-se dos árabes cristãos. Poderiam ser eles a primeira peça de uma frente árabe capaz de negociar realmente, talvez se unindo na eleição de um presidente libanês aguardado já há um ano. O presidente do Líbano deve ser um cristão, se sabe. Mas ainda existem os cristãos libaneses?

Aliado da grande diplomacia vaticana, esse presidente do Líbano – hoje pedestal do Hezbollah e ponto – poderia valer ainda mais que o cinismo do Catar ou da inescrupulosidade saudita. Os cristãos do Líbano adormeceram na letargia da proteção que preferiam, a do Hezbollah ou a dos sauditas. Mas está na hora que saiam dos fascismos opostos em que afundaram, para salvarem a si próprios e, com eles, o mundo árabe.

Talvez seja pedir-lhes demais, dado o nível que contribuíram a reduzir o seu país. Mas se o fizessem, teriam ainda um papel, dada a importância geopolítica do Líbano para o Irã: essa negociação poderia então conduzir a uma negociação israelense-palestina com um sujeito realmente representativo do povo palestino, e não padrinhos ou patrões estrangeiros.

Não estou dizendo que a diplomacia do Vaticano esteja pensando num percurso desse tipo, mas penso que poderia ser um caminho que poderia levar a algum lugar.

Mas se pode negociar com Teerã? Talvez - quem sabe - os próprios iranianos estão pensando nisso: há algumas semanas, pela primeira vez na história khomeinista, Khamenei autorizou impensáveis "negociações diretas" com Washington, "o Grande Satanás". Mas lidar realmente com Teerã exige partir desta pergunta: “vocês nos reconhecem?” É esse o ponto de chegada a que pensam no Vaticano?

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