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Diário de guerra (53). A profecia de Francisco. Artigo de Riccardo Cristiano

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17 Mai 2024

 "Francisco me fez entender uma coisa de enorme importância: qualquer narrativa em preto e branco se torna parcial, até mesmo diante do ISIS. Não que o ISIS tivesse razão: certamente não. O papa o chama de 'agressor injusto'. Mas o risco de combater os terroristas para se apoderar dos povos estava e está presente", escreve Riccardo Cristiano, jornalista italiano, em artigo publicado por Settimana News, 16-05-2024.

Eis o artigo.

Muitos de nós dizemos que a história é mestra da vida, mas muitas vezes nos esquecemos disso no momento certo. Refletindo sobre os acontecimentos destes dias, destas semanas, destes meses, fui buscar as declarações do papa após a viagem à Coreia, realizada de 13 a 18 de agosto de 2015. Queria reler com precisão o que ele disse naquela ocasião.

Ao retornar daquela viagem, Francisco, como sempre faz, respondeu a algumas perguntas dos jornalistas que o acompanhavam no avião. Um colega perguntou se ele concordava com as ações militares que estavam sendo delineadas para libertar os territórios iraquianos e sírios do ISIS, incluindo Mosul, uma cidade com presença significativa de cristãos, que os homens do autoproclamado Califado haviam conquistado. Bergoglio, àquela pergunta, respondeu assim:

"Obrigado pela pergunta tão clara. Nestes casos, onde há uma agressão injusta, posso apenas dizer que é lícito deter o agressor injusto. Eu sublinho o verbo: deter. Não digo bombardear, fazer guerra, mas deter. Os meios pelos quais se poderá deter devem ser avaliados. Deter o agressor injusto é lícito. Mas também devemos ter memória! Quantas vezes, sob o pretexto de deter o agressor injusto, as potências se apoderaram dos povos e travaram uma verdadeira guerra de conquista! Uma única nação não pode julgar como deter um agressor injusto. Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu a ideia das Nações Unidas: lá se deve discutir e dizer: É um agressor injusto? Parece que sim. Como o deteremos? Apenas isso, nada mais".

Francisco me fez entender uma coisa de enorme importância: qualquer narrativa em preto e branco se torna parcial, até mesmo diante do ISIS. Não que o ISIS tivesse razão: certamente não. O papa o chama de "agressor injusto". Mas o risco de combater os terroristas para se apoderar dos povos estava e está presente. Quero me ater a esse fato, porque foi exatamente assim que aconteceu. Além disso, aquela tragédia, não fácil de enfrentar, marcou, em minha opinião, o início de uma nova era: a do declínio americano.

Não sou, por princípio, um apologista do papa. Daquele momento, por exemplo, não concordei com o dia de oração que ele quis realizar para evitar a intervenção americana que estava se delineando, após o uso de armas químicas contra a população síria pelo regime de Assad: a intenção americana parecia ser bombardear as pistas aéreas usadas para atacar os civis.

Penso que aquela intervenção, então, não ocorreu, não porque as armas proibidas não tivessem sido efetivamente utilizadas, mas porque se temia que elas caíssem em mãos consideradas ainda piores do que as de Assad. Mas a guerra então aconteceu, conduzida pelos russos, que nunca combateram o Isis, contra o qual agiu a coalizão internacional e os curdos: Moscou, para além de suas mentiras, interveio apenas para manter sob seu domínio o regime de Assad.

Acredito que Francisco convocou aquele dia de oração justamente por esse seu temor fundamentado: "Quantas vezes, sob o pretexto de deter o agressor injusto, as potências se apoderaram dos povos e travaram uma verdadeira guerra de conquista!". Agora entendo isso melhor. Não estou dizendo que ele previu, mas ele entendeu.

Obama, por outro lado, parou - embora a famosa linha vermelha tivesse sido ultrapassada - por razões internas ao seu país e para evitar que o arsenal químico, ilegal, caísse em mãos que não eram "piores do que as de Assad", mas apenas, digamos, menos controláveis e de fato os russos obrigaram o amigo Assad a destruí-los (não totalmente) em troca do consentimento americano para sua sobrevivência política - e talvez não só: o silêncio substancial de Washington e a presença silenciosa das Nações Unidas diante do extermínio dos sírios que se opunham ao regime parecem inegáveis.

Lembro-me de tudo isso porque - no voo que o trouxe de Seul a Roma - Francisco abriu meus olhos para o futuro, que se tornou nosso presente.

Claro: governar um mundo imprevisível - e até impensável - é difícil ou impossível. Devemos nos acostumar ou nos resignar, pois não há poder capaz de garantir uma ordem mundial. Os Estados Unidos, com sua retirada desastrada do Oriente Médio, mostraram que - goste-se ou não de sua ordem - não são mais capazes de garantir (ou impor) globalmente, mas não surgiu um novo sujeito dominante. A ordem americana foi criada escolhendo o inimigo perfeito: a União Soviética, em Yalta. Agora essa ordem desapareceu por muitas razões, mas não surge outra e o imprevisível faz parte de nossa realidade e está destinado a permanecer, presumivelmente, por muito tempo.

O que continua a me surpreender é que apenas Bergoglio, diante do impensável do futuro - naquele caso, a conquista de cidades inteiras pelo ISIS - percebeu o que estava acontecendo, ou seja, o surgimento dentro de nós, desorientados e de diferentes maneiras assustados, da necessidade de novos e opostos maniqueísmos.

Recordo que ele mesmo foi o único líder mundial - gosto de defini-lo assim porque o considero assim, um líder moral global - que, depois de pedir aos americanos que não bombardeassem a Síria de Assad, escreveu pessoalmente ao mesmo Assad para implorar que respeitasse os direitos humanos da população civil durante o cerco de Aleppo - uma cidade que tinha muito mais de um milhão de habitantes - e portanto, para deter a agressão, enquanto no lado islâmico da cidade, os hospitais foram bombardeados. Alguém falou, na época, em "libertação do Isis", em uma cidade onde o Isis não estava.

Qual foi o resultado desses eventos? Abrimos os olhos e vemos verdadeiras bombas humanas atômicas, prontas para explodir e explodir novamente: dezenas de milhões de refugiados, vítimas de perseguição de guerra tratadas como "sobras", a perfeita definição cunhada por Francisco para os produtos do sistema.

Claro - com o benefício da retrospectiva - a guerra na Síria contribuiu para construir um mundo melhor ou para o pior dos desastres futuros, que já estão bem diante de nós?

Rússia e Irã venceram essa guerra, também graças a uma narrativa em preto e branco que, no fundo, envolveu muitos, também no ocidente: se de um lado havia terroristas, do outro deveria haver o inimigo jurado.

Assim, a esquerda antagonista e a direita islamofóbica puderam transformar essa guerra colonialista (Rússia) e imperialista (Irã) em "guerra de libertação". Mas a América se contentou em deixar acontecer, balbuciando algo. A Europa pagou à Turquia para não ver os refugiados em seu território. É só isso.

Não há comparações a fazer, cada história é única, mas é preciso entender. Se cedemos às narrativas em preto e branco, vemos apenas uma parte da realidade, aquela com a qual nos identificamos. Essa consciência é muito difícil, mas importante.

O patriarca de Jerusalém, o cardeal Pizzaballa, proferiu dias atrás, referindo-se ao que acontece em Gaza, palavras conectadas e muito importantes, aqui em Roma, relatadas pela Adista:

"Tomar posição, como frequentemente nos é pedido, não pode significar tornar-se parte de um confronto, mas sempre deve se traduzir em palavras e ações a favor dos que sofrem e gemem e não em invectivas e condenações contra alguém. Pode ser fácil e conveniente, às vezes, juntar-se ao coro de críticas e recriminações e isso poderia nos render talvez até aplausos e consentimento, mas poderia ser uma tentação mundana".

Percebo nessas palavras - e fico feliz com isso - o eco da palavra alternativa de Francisco. Em um mundo que parece se transformar em um grande estádio de torcedores de um ou outro time, essa palavra, quase esquecida, nos leva a ver todas as vítimas, sem fechar os olhos para um lado ou para o outro. Na minha opinião, Francisco, em 2015, nos alertou para a transformação progressiva do mundo em um grande estádio, cheio de duas torcidas opostas, que certamente não ajudam a paz.

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