• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Diário de guerra (20). Artigo de Riccardo Cristiano

Mais Lidos

  • “O Brasil é uma sociedade onde sentimos muito amor ao Cristo. Mas como continuar juntos, em uma sociedade com muitos contrastes? Como fazer com que seja possível viver algo de modo mais igual?”, questiona o prior de Taizé em primeira visita ao Brasil

    “O profetismo não é denunciar as coisas, mas viver e abrir caminhos de esperança”. Entrevista especial com irmão Matthew, prior de Taizé

    LER MAIS
  • Eichmann em Gaza. Artigo de Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz

    LER MAIS
  • Psicanalista revela florescimento da psicanálise brasileira no regime ditatorial. Para ele, “Ainda Estou Aqui” é exemplar no reparo psíquico e na construção de um regime de sensibilidades mais complexo da ditadura. No divã, mostra que existe uma luta de classe histórica nesta área e critica a atual medicalização do sofrimento

    “Vivemos um novo 'boom' da psicanálise, o anterior foi na ditadura militar”. Entrevista especial com Rafael Alves Lima

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 6º Domingo da Páscoa – Ano C – O Espírito Santo vos recordará tudo o que eu vos tenho dito

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

03 Janeiro 2024

"Neste diário, hoje, escrevo estas palavras: 'parece-me que ao fazer isto, como está a ser feito nesta guerra, as crianças tornam-se propulsoras dos piores sentimentos de conflito entre aqueles que querem envolver todos no embate total!'. Não é por acaso que a palavra 'vingança' foi ouvida diversas vezes nos últimos meses. A vingança – como sabemos – não se importa nem um pouco com o que vem depois . Ele não tem um 'Plano B'", escreve Riccardo Cristiano, jornalista italiano, em artigo publicado por Settimana News, 30-12-2023.

Eis o artigo.

Como é possível entrar na cabeça de um extremista? Acho que basta imaginar um homem olhando com um só olho: ele vê - isso é certo - mas parte do que seria possível ver está fora do seu campo de visão. Todo extremista está convencido de que vê e, portanto, conhece a verdade, e que a verdade também existe, mas o seu campo de visão exclui - a priori - as verdades dos outros.

Neste efeito – exclusivo –, as identidades religiosas funcionam como um reforço. O extremista pode facilmente tornar-se, portanto, o emblema de toda uma comunidade de “crentes”. Embora uma ideologia política baseada em certezas graníticas não possa ser, objetivamente, atribuída a uma vasta comunidade nacional, o extremista vê, no extremismo oposto, o único fato que caracteriza aquele povo-nação de supostamente fiéis, ou melhor, considerados infiéis.

O discurso extremista está tingido de fundamentalismo e conduz ao que Amin Maalouf definiu como “identidades assassinas”, capazes de remeter a qualificação de assassino a outros, para que, desta forma, eles realmente, por vezes, se transformem. A deficiência mortal leva assim também à alteração da linguagem, por isso diz: “Os muçulmanos são só assim”, ou “Os cristãos são só assim”, ou “Os judeus são assim”.

A fé do extremista – fundamentalista – é a fé “verdadeira”: fora dela existem falsas crenças e, portanto, uma grande e falsa humanidade. Isto já não diz respeito apenas à questão de Deus, mas antes a todas as reivindicações que outros podem fazer: qualquer reivindicação.

Contudo, como nem todos os membros das comunidades religiosas são, naturalmente, fundamentalistas, o extremista tende a usar o fundamentalismo de outras pessoas para remover a credibilidade do outro partido. Todo discurso torna-se totalizante, porque, no final, só restam os extremismos opostos: a única convergência objetiva está na oposição extrema.

Desta forma, tento esclarecer, neste meu diário, o que torna o contexto da guerra – e particularmente desta guerra no Oriente Médio – verdadeiramente trágico. Hoje está muito escuro!

***

No Líbano. O Hezbollah está atacando o contingente da ONU, Unifil, para deixar claro que ninguém pode controlar a fronteira com Israel, exceto eles próprios e… a esposa do presidente iraniano Raisi, Sra. Alamolhoda: sim, queridos leitores, vocês leram certo! A senhora Raisi, de fato, não tem cargo público, não desempenha qualquer função, mas está atualmente a preparar uma conferência a convite do Ministério da Cultura libanês, Muhammad Mortada: sobre Gaza. Um site libanês especificou que o tema escolhido é: “As lágrimas de Maria e o drama de Gaza”.

Poderíamos dizer que é um belo título: afinal, o Islã venera Maria porque o Alcorão lhe dedica uma surata inteira. Mas nisto não há, infelizmente, qualquer indício de uma aproximação islâmica-cristã, mas antes vejo a intenção manifesta de submeter também a doce figura de Maria à “cultura” do confronto: entre um nós e um eles. É bastante fácil chegar a esta conclusão, porque a senhora deputada Alamolhoda acaba de iniciar a sua visita a Beirute a partir do cemitério dos mártires da resistência islâmica, ou seja, partiu do "santuário" do Hezbollah.

Há poucos dias, um amigo eclesiástico disse-me que tinha participado numa reunião de cristãos maronitas de autoridade para se concentrar em iniciativas de solidariedade e paz, mas um dos presentes gritou-lhe: "Abuna (que significa pai), o futuro é a guerra!". Esse senhor, com todas as provas, pensa num futuro – inevitável – de guerra entre cristãos e muçulmanos, de choque de civilizações!

***

Na Faixa. As crianças de Gaza, as mulheres de Gaza, as vítimas inocentes de Gaza, invadem as casas – todos os dias – de todos os habitantes do mundo árabe. Ontem isso aconteceu com imagens terríveis: crianças seminuas, homens e velhos de cueca, mulheres amarradas ao chão, todos cercados por soldados israelenses num estádio. Isto, disse-me um amigo libanês muito preocupado, só pode semear mais ódio, mesmo que o vídeo tenha sido transmitido pela CNN e poucos em Beirute vejam o canal de satélite americano.

O que é mais impressionante é o que vemos. Acrescentou que se sentiu humilhado diante dos rostos e vozes dos palestinos deslocados que viu na televisão nas últimas horas: pessoas pobres perseguindo os caminhões de ajuda humanitária que acabavam de chegar, dizendo que não conseguiam comer há dias e que dormiam na praia sem ter para onde ir e muito mais. Esse comboio de ajuda foi então atingido por fogo israelita!

***

Volto à mulher do Presidente Raisi: pergunto-me e pergunto-me, se aos olhos dos árabes - e não só - não existissem aqueles rostos, aquelas imagens, aquelas crianças, aquelas mulheres, aqueles idosos, aqueles mortos, será que a senhora deputada Alamolhoda teria queria falar sobre Maria? Sem as pessoas deslocadas, você teria escolhido o mesmo tema “religioso” para a sua conferência?

Neste diário, hoje, escrevo estas palavras: “parece-me que ao fazer isto, como está a ser feito nesta guerra, as crianças tornam-se propulsoras dos piores sentimentos de conflito entre aqueles que querem envolver todos no embate total!". Não é por acaso que a palavra “vingança” foi ouvida diversas vezes nos últimos meses. A vingança – como sabemos – não se importa nem um pouco com o que vem depois . Ele não tem um “Plano B”.

Estou vendo tão escuro hoje? Com o meu diário prometi a mim mesma olhar sempre, com os leitores, para o que vem a seguir: um amanhã, para que haja um amanhã. Sabemos o que é necessário, especialmente para os protagonistas desta trágica história: a coragem de usar o segundo olho, aquele que permite ampliar o horizonte, ver outra verdade, ver também um depois, um amanhã.

Isto é o que espero – ainda – dos moderados em todos os domínios: coragem. Aqui já não há uma justiça superior a impor, mas sim uma justiça possível a ser procurada, com paciência, governando as paixões que avassalam. E aguardo também notícias do Cairo, onde o Egito se prepara para ilustrar o seu plano sobre os reféns e o cessar-fogo ao Hamas, no meio de rumores de conflitos em todos os líderes políticos envolvidos. 

Leia mais

  • Diário de guerra. Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (2). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (3). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (4). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (5). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (6). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (7). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (8). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (9). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (10). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (11). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (12). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (13). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (14). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (15). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (16). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (17). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (18). Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de guerra (19). Artigo de Riccardo Cristiano
  • A guerra em Gaza: patologias da vingança
  • “Estamos assistindo a uma guerra genocida de Israel, uma vingança contra civis”. Entrevista com Tahar Jen Belloun
  • Uma voz de Jerusalém: não quero vingança de ninguém. Artigo de Orly Noy
  • Sou um cristão palestino em Gaza. Quero paz – para minha pátria e minha família
  • Os jovens construirão a paz e a Palestina. Entrevista com Emad Abu Kishk
  • "A guerra é um caminho sem destino, a derrota sem vencedores, a loucura sem desculpas". A mensagem do Papa Francisco
  • “A guerra em Gaza promoverá mudanças na ordem internacional”. Entrevista com Jaber Suleiman

Notícias relacionadas

  • 17 de maio de 1915 – Primeira Guerra Mundial faz superior-geral dos jesuítas se mudar para a Suíça

    Quando a Itália entrou na guerra contra a Áustria, ficou insustentável para Ledochowski (foto) permanecer em Roma. Então, e[...]

    LER MAIS
  • Discurso do Papa Francisco sobre gênero nas escolas é considerado ambíguo, desatualizado

    O discurso do Papa Francisco de que as escolas estão ensinando as crianças que elas podem escolher o seu sexo – o que seria um[...]

    LER MAIS
  • Vice-presidente Joe Biden, católico, oficializa casamento homoafetivo

    O vice-presidente Joe Biden, católico, oficializou o casamento homoafetivo esta semana, no mesmo momento em que os debates na pol[...]

    LER MAIS
  • “O fundamentalismo não é ódio, é medo”, diz Terry Eagleton

    Terry Eagleton (Salfold, Reino Unido, 1943) não deixou um minuto em paz tanto conforto pós-moderno. Antes que Zizek ou Badiou s[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados