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O legado de Niceia. Artigo de Aldo Badini

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24 Mai 2025

"Mas Niceia marcou um precedente e um ponto sem retorno, porque a defesa da ortodoxia foi exercida por iniciativa do poder civil, que assim inaugurou a longa mistura do cesaropapismo: isto é, a inversão do lema evangélico 'dai a César o que é de César e dai a Deus o que é de Deus'", escreve Aldo Badini, em artigo publicado por Nota-m, n. 600, 19-05-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Devido à diferença nos calendários litúrgicos, é raro que as igrejas do oriente e do ocidente celebrem a Páscoa no mesmo dia. Isso aconteceu este ano, em singular coincidência com o 1.700º aniversário do primeiro concílio ecumênico realizado em Niceia em 325, por decisão do imperador Constantino. A natureza excepcional do evento não foi suficiente, no entanto, para unificar de uma vez por todas pelo menos a data da maior festa cristã, como muitos desejariam; aliás, contrariamente à esperança ut unum sint, as divisões confessionais, em vez de diminuírem, tendem a crescer e se acentuar. Trata-se de uma dinâmica bem conhecida na história do cristianismo, que desde suas origens mais antigas recebeu a memória do fundador por meio de múltiplos testemunhos e explicitou seus ensinamentos em uma pluralidade de propostas e maneiras. Riqueza e risco, porque quando os caminhos se bifurcam aumentam as direções, as distâncias se ampliam e os particularismos e mal-entendidos se multiplicam.

Estava bem ciente disso, trezentos anos após a pregação de Jesus, Constantino, o Grande, o imperador romano que havia legitimado o culto tendo identificado Cristo como o deus emergente no antigo panteão do mundo mediterrâneo. Emergente e vitorioso, a ponto de, em 312, ter assumido a cruz como emblema de seu exército no confronto com Maxêncio, seu colega e concorrente ao mais alto cargo imperial. Mas o triunfo de Constantino produziu uma consequência inesperada, que direcionaria a afirmação e o desenvolvimento do cristianismo nos 17 séculos seguintes.

Era prática comum para os sucessores de Augusto, como regentes supremos do império, incluir entre seus ofícios e funções também o papel de pontifex maximus, com a delicada tarefa de impetrar a proteção dos deuses para a salus Rei publicae. Assim, numa era em que não havia uma distinção clara entre a esfera pública e a interioridade privada, o novo herdeiro dos Césares exerceu sua tutela tradicional sobre a nova religião, que, como em todas as sociedades antigas, devia ser orientada tanto para o bem-estar coletivo quanto para o individual.

Em coerência com esse objetivo, era inaceitável que um culto fosse divisivo, e muito menos que um dissenso interno a ele inflamasse os ânimos, como aconteceu durante uma acirrada polêmica sobre a natureza divina de Cristo, originada pelo presbítero Ário de Alexandria, do Egito.

Poderia parecer uma questão doutrinária sutil, mas a pregação hábil e cativante do teólogo alexandrino diminuía a divindade de Jesus, desgastando um dos pilares da nova religião. No século IV, as convicções dos fiéis eram férreas e a intransigência mútua entre discípulos e opositores de Ário degenerou de insultos para tumultos. A cisão entre os seguidores da ortodoxia e os arianos, que se espalhara nas regiões orientais do império, misturava-se a ressentimentos de outro tipo e atuava como detonador de particularismos e descontentamentos locais, que ameaçavam seriamente a unidade da Res publica. Foi então que Constantino, embora nem sequer batizado, exerceu sua autoridade como "bispo das coisas externas" – pois era assim que se considerava – e convocou as principais autoridades cristãs do império para sua sede de verão em Niceia (não distante do Bósforo) para discutir e resolver a disputa.

Dos 1.800 bispos, apenas uma minoria participou dos trabalhos, talvez 250 ou 318 no máximo, quase todos das regiões orientais. Os ocidentais, praticamente imunes à heresia ariana, eram muito poucos, e entre eles dois presbíteros delegados pelo bispo de Roma, Silvestre, ao qual já na época era reconhecida, em certa medida, uma primazia sobre seus colegas. Em pouco mais de um mês, entre junho e julho de 325, os padres elaboraram um texto comum, normativo para toda a cristandade, no qual resumiam os principais artigos de fé e condenavam as teses arianas. A síntese começava com um solene "Cremos..." e continha aquelas afirmações que, com poucas variantes introduzidas no subsequente Concílio de Constantinopla de 381, ainda hoje são recitadas nas liturgias de todas as confissões cristãs.

Não há espaço nestas notas para nem sequer mencionar as proposições de fé discutidas na ocasião, nem para relatar as demais disposições disciplinares e litúrgicas decididas em Niceia. No entanto, é necessário destacar dois pontos que marcaram a excepcionalidade daquele primeiro concílio: um pela especificidade do discurso religioso e outro pelas consequências civis e políticas que dele decorreram.

Na esfera religiosa, os Padres Conciliares deduziram das narrativas dos Evangelhos e do grego judaizante dos demais escritos neotestamentários uma complexa construção teológica que, com rigoroso léxico filosófico de matriz helenística, aventurava-se numa empreitada talvez necessária, mas extremamente arriscada: falar de Deus numa tríplice articulação de Pai, Filho e Espírito; definir suas relações intratrinitárias, aquelas com o espaço criado, o tempo eterno e a humanidade; e, além disso, limitar conscientemente qualquer investigação posterior, tornando normativo para todo o cristianismo o que ali era definido.

A segunda excepcionalidade de Niceia, prenhe de consequências para os 1.700 anos que se seguiram, foi o papel de Constantino perante a Igreja. Dele foi a decisão de convocar o concílio e dele – ou melhor, da burocracia imperial – foi a organização, desde o serviço postal até a recepção na corte dos bispos, que foram honrados, bajulados e intimidados. E ameaçados: em virtude dos poderes dos quais se considerava investido, o imperador não hesitou em propor severas sanções aos dissidentes. Efetivamente, apenas dois padres se dissociaram das deliberações e foram punidos com o exílio, mas não sabemos quantos, menos corajosos, se curvaram à vontade do autocrata, certo de perseguir com suas pressões o bem da Res publica e da própria Igreja. É difícil dizer se de fato o alcançou.

Sabemos com certeza que o centralismo imperial moldou à sua imagem uma Igreja monolítica gravitando em torno de Roma e Constantinopla, marginalizando outras, mesmo de origem apostólica, da Ásia e da África.

Apesar de tudo isso, as disputas teológicas e o dissenso religiosos não cessaram e atravessaram a história do cristianismo em um difícil diálogo entre a salvaguarda da unidade e da fé e a abertura à pesquisa e à pluralidade das respostas. Mas Niceia marcou um precedente e um ponto sem retorno, porque a defesa da ortodoxia foi exercida por iniciativa do poder civil, que assim inaugurou a longa mistura do cesaropapismo: isto é, a inversão do lema evangélico "dai a César o que é de César e dai a Deus o que é de Deus".

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