• Ao expressar o seu desejo ao Patriarca Ortodoxo, o Papa abre a porta a uma nova viagem apostólica à Turquia. A primeira foi em 2014, quando o pontífice já manifestava o seu firme desejo de promover a unidade com os cristãos
• “A memória deste importante acontecimento certamente fortalecerá os laços existentes e encorajará todas as Igrejas a dar um testemunho renovado no mundo de hoje”, diz Francisco.

A reportagem é publicada por RD/Efe e reproduzida por Religión Digital, 30-11-2024.

O Papa Francisco transmitiu este sábado ao Patriarca Ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu I, o seu desejo de celebrar juntos o 1.700º aniversário do Concílio Cristão de Nicéia, abrindo as portas para uma nova viagem apostólica à Turquia.

O pontífice, chefe da igreja romana, declarou isto num telegrama enviado ao patriarca ecuménico da Igreja Ortodoxa e arcebispo de Constantinopla por ocasião da festa de Santo André, seu padroeiro, divulgado este sábado pela Santa Sé.

Na carta ele reconhece o desejo de comemorarmos juntos o 1700º aniversário do importante Concílio de Nicéia, convocado no ano 325 naquela cidade romana da Ásia Menor (atual Turquia) pelo imperador Constantino I para aproximar posições entre os cristãos.

“A memória deste importante acontecimento certamente fortalecerá os laços existentes e encorajará todas as Igrejas a dar um testemunho renovado no mundo de hoje”.

Francisco, que completará 88 anos no dia 17 de dezembro, ainda não especificou se isso se traduzirá numa nova viagem apostólica à Turquia.

No entanto, na véspera já tinha revelado a sua intenção de voar para a Turquia em 2025 , precisamente Ano Santo: “Acho que irei para lá”, confessou em audiência com os participantes na sessão plenária da Comissão Teológica Internacional.

Seria a segunda viagem do seu pontificado à Turquia desde que visitou Ancara e Istambul em novembro de 2014, já expressando o seu firme desejo de promover a unidade com os cristãos, também com os ortodoxos, quase um milênio depois do Grande Cisma entre o Cristianismo do Ocidente. e o Oriente.

Francisco mantém boas relações com o Patriarca Bartolomeu e em 2014, num encontro em Jerusalém, renovaram a intenção de continuar a fortalecer os laços, cinquenta anos depois do abraço histórico com que os seus antecessores, Paulo VI e Atenágoras I, puseram fim à animosidade entre eles. Católicos e Ortodoxos.

Outro exemplo do interesse de Bergoglio pelo mundo ortodoxo foi o encontro que manteve em Havana em 2016 com o Patriarca russo Cirilo, a primeira vez desde o Grande Cisma.

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