O Papa desafia os metodistas a aprofundarem a “plena comunhão” no aniversário de Niceia

Ilustração do Primeiro Concílio de Niceia | Foto: Wikimedia Commons

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17 Dezembro 2024

  • Durante muito tempo, entre metodistas e católicos, fomos estranhos e até desconfiados. Hoje, podemos agradecer a Deus porque avançamos juntos no conhecimento, na compreensão e no amor mútuo.
  • No próximo ano, os cristãos celebrarão 1.700 anos desde o primeiro Concílio Ecumênico de Niceia. Este aniversário nos lembra que professamos a mesma fé e temos a mesma responsabilidade de oferecer sinais de esperança que testemunhem a presença de Deus no mundo.

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 16-12-2024.

Não era a primeira vez que ele dizia isso, meio em tom de brincadeira, meio a sério, mas o Papa voltou a usar a anedota que lhe contou o bispo ortodoxo Zizoulas para defender a "plena comunhão" entre os cristãos durante o encontro anual que manteve nesta manhã com o Conselho Metodista Mundial: "Ele já sabia a data da união, sabia a data da unidade: seria o dia depois do juízo final!", brincou diante da bispa Debra Wallace-Padgett e do reverendo Reynaldo Ferreira Leão-Neto, novos presidente e secretário-geral do Conselho Metodista Mundial.

"Mas, enquanto isso, devemos caminhar juntos, como irmãos, orar juntos, praticar a caridade juntos e avançar juntos no diálogo. Esse Zizioulas foi genial!", comentou Bergoglio, relembrando os avanços ocorridos ao longo dos anos. "Durante muito tempo, entre metodistas e católicos, éramos estranhos e até desconfiados. Hoje, porém, podemos dar graças a Deus porque, há quase sessenta anos, avançamos juntos no conhecimento, na compreensão e, sobretudo, no amor mútuo".

"Isso nos ajuda a aprofundar a comunhão entre nós", destacou o Bispo de Roma, que insistiu que "a pacificação é uma tarefa do coração", mais do que da mente. "É um caminho que leva tempo, mas devemos continuar por este caminho, sempre orientados ao Coração de Cristo, porque é a partir desse Coração que aprendemos a nos relacionar bem uns com os outros e a servir ao Reino de Deus", ressaltou, citando sua última encíclica, Dilexit nos.

E lançou um desafio com os olhos voltados para o Jubileu que está prestes a começar: "No próximo ano, os cristãos de todo o mundo celebrarão 1.700  anos desde o primeiro Concílio Ecumênico, Niceia. Este aniversário nos lembra que professamos a mesma fé e, portanto, temos a mesma responsabilidade de oferecer sinais de esperança que testemunhem a presença de Deus no mundo".

Um convite a "todas as igrejas e comunidades eclesiais a seguir o caminho em direção à unidade visível, a não se cansarem de buscar formas adequadas para responder plenamente à oração de Jesus: 'Para que todos sejam um só'". Será que seremos capazes?

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