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Morre Papa Francisco e não a esperança. Artigo de Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves

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23 Abril 2025

"Francisco nos deixou uma lição viva de que a fé não se impõe, mas se propõe com mansidão; que a autoridade verdadeira nasce do serviço; e que a Igreja só será fiel a Jesus se andar com os pobres, escutar os últimos e defender a dignidade de todos", escreve Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves, teólogo, filósofo e professor. Robson é formado em História, Filosofia e Teologia, áreas nas quais trabalha como professor em Juiz de Fora (MG).

Eis o artigo.

Jorge Mario Bergoglio foi eleito em 2013, tornando-se o primeiro papa latino-americano da história e o primeiro jesuíta a assumir o trono de Pedro. Desde o início, recusou os signos de poder: escolheu morar na Casa Santa Marta em vez dos aposentos papais, vestiu-se de maneira simples, dispensou os protocolos rígidos e se apresentou ao mundo apenas como “Bispo de Roma”. Seu carisma não estava na grandeza de suas vestes, mas na grandeza de seu coração.

O Papa Francisco soube encarnar o Evangelho em sua forma mais desarmada: aproximou-se dos pobres, acolheu os imigrantes, lavou os pés de prisioneiros e pediu, com humildade, que orássemos por ele. Sua liderança não era de imposição, mas de escuta, não de condenação, mas de acolhimento. Um papa que sorria com os olhos, mesmo em meio a críticas e tensões internas.

“Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e pela comodidade de se agarrar às próprias seguranças” (Papa Francisco).

Um dos legados mais profundos de Francisco é seu sonho de uma Igreja sinodal — ou seja, uma Igreja que caminha junto com o povo. Para ele, todos têm voz: leigos, mulheres, jovens, pessoas LGBTQIA+, idosos, religiosos e religiosas. A escuta tornou-se método, e o diálogo, caminho. A sinodalidade rompe com a lógica clericalista e abre as portas para uma Igreja mais horizontal, comunitária e inclusiva.

Nas palavras do papa, “o verdadeiro protagonista da sinodalidade é o Espírito Santo”, e isso exige discernimento, paciência, abertura e coragem. Ele quis uma Igreja “em saída”, que vá às periferias existenciais e geográficas, uma Igreja que serve e não que se serve.

O Papa Francisco também ampliou o papel da Igreja no cenário mundial. Em documentos como Evangelii gaudium, Laudato si’ e Fratelli tutti, ele fez um apelo apaixonado por uma ecologia integral e por uma fraternidade universal. Denunciou o sistema econômico excludente, a indiferença global diante dos migrantes, o culto ao dinheiro e a cultura do descarte. Foi um incansável defensor da paz, do diálogo inter-religioso e da dignidade humana.

Seu magistério foi um sopro de profecia em tempos de muros e guerras. Ensinou que “tudo está interligado”, que não há futuro fora do cuidado mútuo e do planeta. Incentivou o Pacto Educativo Global, chamando educadores, instituições e jovens a renovar a cultura com base na solidariedade.

Francisco resgatou com força o espírito do Vaticano II, promovendo uma Igreja mais dialogal — com o mundo, com as outras religiões, com as diferentes culturas e, sobretudo, com o seu próprio povo. Assumiu o diálogo como método pastoral e diplomático. Procurou pontes com o Islã, com o judaísmo, com as igrejas ortodoxas e evangélicas. Pediu perdão pelos erros do passado e insistiu que a fé não deve ser instrumento de guerra ou dominação, mas caminho de paz.

Seu estilo dialogal também se manifestou em sua constante abertura ao debate interno, mesmo diante de divergências. Ele nos mostrou que a santidade é possível no cotidiano, na ternura, na firmeza que não fere, no cuidado que transforma. Jamais temeu o confronto de ideias, pois sabia que a comunhão não se faz na uniformidade, mas no respeito à diversidade, sustentada pela caridade e pela escuta do Espírito.

Francisco nos deixou uma lição viva de que a fé não se impõe, mas se propõe com mansidão; que a autoridade verdadeira nasce do serviço; e que a Igreja só será fiel a Jesus se andar com os pobres, escutar os últimos e defender a dignidade de todos.

Com sua partida, o mundo perde um líder, mas a Igreja e a humanidade ganham uma missão: não deixar morrer a esperança que ele cultivou com gestos, palavras e silêncios. A ternura que Francisco pregou não se pode apagar. Sua luta por uma Igreja mais próxima do povo, por uma sociedade mais justa, por um mundo mais humano, precisa continuar nas nossas mãos.

Francisco nos ensinou que não há tempo para esperar, que o amor é urgente e que a esperança é mais forte que a morte. Sua ausência física não anula sua presença espiritual. Seu legado não cabe em uma lápide, porque floresce nas comunidades vivas, nos corações abertos e nas mãos que não se cansam de construir pontes.

Portanto, cabe a cada um dar continuidade a esse sonho de uma Igreja mais evangélica, samaritana e aberta. Morre Papa Francisco e não a esperança porque sua vida foi, acima de tudo, uma proclamação viva da esperança cristã: a certeza de que o amor tem a última palavra. Cabe a cada um de nós, independente de sua crença ou religião, transformar sua memória em compromisso, seu exemplo em ação e sua fé em força para continuar caminhando.

Ao falarmos da partida de Francisco, o coração se aperta. Porque se a sua presença física cessa, sua esperança permanece. Francisco não foi apenas um papa, foi uma revolução da ternura. Ele ficará para sempre na história da humanidade e em nossos corações como o Papa do fim do mundo que sempre se propôs a viver simples, humilde, em diálogo e Peregrino da Esperança.

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