Dilexi te. A Exortação Apostólica foi publicada, mas quais serão as nossas ações como cristãos? Artigo de Orlando Polidoro Junior

Foto: Vatican Media

15 Outubro 2025

"Os pobres; miseráveis, vulneráveis na sociedade estão presentes no contexto mundial, quase que desde os primeiros relatos que conhecemos sobre os Seres Humanos. Ao longo da história sempre ocorreram e continuam ocorrendo propostas e ações de 'todos os lados', com o intuito de poderem minimizar, pelo menos ou pouco o sofrimento desses filhos de Deus – nossos irmãos por meio de Jesus, O Cristo de Deus", escreve Orlando Polidoro Junior, pastoralista e teólogo pela PUCPR.

Eis o artigo.

O título deste artigo já aponta para uma reflexão, e esta é a proposta. Em seu desenvolvimento vamos discorrer sobre as benevolências da Exortação, como também, vamos questionar alguns pontos desse projeto, visto que o número 121, o ultimo do documento, nos coloca uma “atraente interrogação” para que possamos refletir e agir.

Sabemos que todos os documentos da Igreja Católica são propositivos, e é exatamente esse o motivo dos questionamentos serem colocados para reflexão. Sugerimos a leitura completa do Documento, porém, lê-lo e somente acha-lo “religiosamente perfeito” pode até ser louvável e bacana, né? Mas como cristãos e como Igreja é possível ficarmos somente no bacana?

Papa Francisco dando continuidade à sua Exortação Dilexit nos “Ele nos amou” (1Jo 4,10), que contempla o amor humano e divino do Coração de Jesus, nos meses que antecederam sua páscoa – deixando-a como mais uma herança à Igreja e ao povo de Deus – deu início à Exortação Apostólica Dilexi te “Eu te amei” (Ap 3,9), que tem como chave de leitura sobre o amor para com os pobres = o sofrimento dos inocentes. Em 04-10-2025, festa de São Francisco de Assis ela foi assinada pelo Papa Leão, tendo sido publicada dia 9 do mesmo mês e ano, sendo a 1ª Exortação Apostólica de Leão XIV.

Os pobres; miseráveis, vulneráveis na sociedade estão presentes no contexto mundial, quase que desde os primeiros relatos que conhecemos sobre os Seres Humanos. Ao longo da história sempre ocorreram e continuam ocorrendo propostas e ações de “todos os lados”, com o intuito de poderem minimizar, pelo menos ou pouco o sofrimento desses filhos de Deus – nossos irmãos por meio de Jesus, O Cristo de Deus.

A Dilexi te torna-se mais um “grande desafio” para o clericato, como também para o laicato – principalmente os envolvidos em ministérios dentro da igreja universal. Assim como esse, todos os documentos da igreja precisam/necessitam: tem o múnus de saírem do papel para serem transformadas em “verdadeiras ações cristãs”, ações que atinjam diretamente os que a sociedade enxerga como pobres; como sofredores; como excluídos. “A relação com eles não pode ser reduzida a uma atividade ou departamento da Igreja” (104).

A Dilexi te foi elaborada em cinco capítulos, não vamos abordar todo seu conteúdo, mas sim, os que consideramos preponderantes para que a proposta saia da teoria e transforme-se em luz na vida dos pobres [Práxis].

No número 1 da Exortação devemos interpretar Cristo Jesus como figura central da nossa fé – e como sempre – nos revelando Sua Boa-Nova “Eu te amei” [para todos], mas com observância aos comportamentos das classes sociais mais poderosas financeiramente e as mais humildes (Lc 1,52-53). Por todo evangelho do Homem de Nazaré sempre há comparações/contrastes” determinantes entre os ricos e os pobres. E hoje, como cristãos, como comparamos, como interpretamos, mas principalmente como agimos diante das duas classes sociais?

No número 4 os discípulos criticam a mulher que desperdiçou perfume precioso sobre a cabeça de Jesus, crendo que poderiam vendê-lo para dar o dinheiro aos pobres. Jesus disse-lhes: pobres, sempre tereis, mas a mim não (Mt 26, 8-9.11).

Certamente é este Jesus que hoje precisamos ter/seguir; é este Jesus que precisamos estar com Ele transbordando em nossos corações para que possamos, não somente enxergar os pobres de hoje, mas, essencialmente cuidá-los na escuta; no acolhimento, na caridade.

Será que a Igreja e nós temos tempo suficiente para esses cuidados, ou nosso tempo só permite olharmos para os nossos umbigos e, talvez, quem sabe, “um ‘pouquinho’ para os bem mais próximos”?

Os números 9, 10, 11, 12, 13, 14 e 15 abordam diretamente a condição dos podres na história da humanidade e como um grito ressonante aponta diretamente para os sistemas políticos, econômicos e, sobretudo para a Igreja. “No rosto ferido dos pobres encontramos impresso o sofrimento dos inocentes e, portanto, o próprio sofrimento de Cristo”.

Falarmos sobre política e seus políticos, sobre poderes econômicos e seus milionários, sobre a Igreja e seus pastores, ‘sobre os leigos e suas ações’, mas, principalmente sobre os pobres – para sermos mais cristãos, vamos pensar somente do tempo de Jesus para cá, sempre falamos, e muito! E como estão os pobres de hoje, bem melhores, ou ainda piores, com mais necessidades? Pois, com certeza, o mundo está ainda mais cruel, dando-nos a impressão de que Jesus está bem distante.

Parece que sem voz, os pobres sociais/marginalizados, enfraquecidos, tanto moral, com possibilidades de até espiritualmente, não conseguem gritar ao mundo para que possamos percebê-los e acolhê-los. Mas será que precisam mesmo gritar, ou será que o mundo não faz nenhuma questão de enxergá-los e ouvi-los? Vivendo em zonas de risco, em condições sub-humanas de miséria, inclusive de alimentação essencial, podemos nos questionar: Deus-Trino não é misericordioso? Com certeza é sim! Mas agora sua Infinita Misericórdia é manifestada através de seus cocriadores. Somos nós, movidos pelo Espirito do Senhor [Graça], que devemos agir em caridade ao próximo. Estamos conscientes disso?

O capítulo II aborda ‘Deus escolhe os pobres’. Como teólogo essa compreensão sobre a opção preferencial de Deus pelos pobres, expressão que surgiu no contexto do continente latino-americano, não faz muito, ou quase nenhum sentido, pois creio que Deus não faz escolhas entre seus filhos, e se o fizer, deixa de ser o Pai anunciado por Jesus, que sempre andou com os mais humildes, pois esse foi o contexto de sua vida terrena. Não conviveu com os “poderosos” porque assim como hoje, a soberba não permite. Imagine então aceitarem as palavras de Jesus, filho do carpinteiro de Nazaré.

No quesito de escolhas, por experiência vivida na Pastoral Povo da Rua, nunca vi um povo/gente tão sofrida, falar e referenciar tanto a Deus tão constantemente. Tenho a impressão que Deus escolheu seus ricos corações espirituais, visto que, entre os ricos financeiramente, isso não é nada comum. Já percebeu esse “detalhe”?

Por escolhas e escolhas com sabedoria, tenho a impressão de que escolher os mais ricos e transfigurá-los no amor de Cristo daria bons frutos; boas colheitas aos mais empobrecidos. Certamente teríamos mais trabalho, mais partilha, mais dignidade, mais sinais de piedade, mais caridade, mais Misericórdia, mais fraternidade, mais, muito mais sinais da Boa-nova. Quem tem que salvar os pobres no ‘reino terreno’ são os mais abastados. Concorda?

O capítulo III apresenta o tema ‘uma Igreja para os pobres’. É de conhecimento de todos, “inclusive da Igreja”, aqui destacamos o Brasil por sua extensa área, que inúmeras regiões, poucas vezes, ou quase nunca, celebram o Pão Vivo, pois não têm pastores Católicos disponíveis, sendo que em paróquias de grandes centros temos dois, três ou até quatro padres prontos ao serviço. Essas regiões em sua quase maioria são habitadas pelos mais pobres. “Ide por todo mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15). “Tragam de volta os desgarrados, visitem todos os doentes, não descuidem a viúva, o órfão e o pobre, mas sejam sempre solícitos no bem diante de Deus e dos homens” (39). Então, nesse quesito, como o clero deve agir para fortalecer e engrandecer a proposta de uma igreja para os pobres?

Ainda o capítulo III nos traz algumas louváveis reflexões sobre os pobres, proclamadas pelos padres dos primeiros séculos da Igreja: Santo Inácio de Antioquia, Bispo Policarpo, São Justino, São João Crisóstomo, Agostinho de Hipona. Apresenta também algumas reflexões sobre: cuidar dos enfermos, libertar os cativos, a Igreja e a instrução dos pobres, acompanhar os migrantes, ao lado dos últimos e movimentos populares. Mas exatamente hoje, diante de nossas realidades, nossos olhos, qual é a nossa reflexão para que realmente tudo isso possa concatenar ações plenas?

Capítulo IV (82) “A acelerada transformação tecnológica e social dos últimos dois séculos, cheia de trágicas contradições, não foi apenas sofrida pelos pobres, mas também por eles enfrentada e pensada. Os movimentos de trabalhadores, mulheres e jovens, assim como a luta contra a discriminação racial levaram a uma nova consciência da dignidade daqueles que estão à margem. Também o contributo da Doutrina Social da Igreja tem em si esta raiz popular que não se pode esquecer: seria inimaginável a releitura da Revelação cristã nas modernas circunstâncias sociais, laborais, econômicas e culturais sem leigos cristãos envolvidos com os desafios do seu tempo. Ao seu lado, atuaram religiosas e religiosos, testemunhas de uma Igreja em saída dos caminhos já percorridos. A mudança de época que enfrentamos hoje torna ainda mais necessária a interação contínua entre batizados e Magistério, entre cidadãos e peritos, entre povo e instituições. Em particular, é preciso reconhecer novamente que a realidade se vê melhor a partir das periferias e que os pobres são sujeitos de uma inteligência específica, indispensável à Igreja e à humanidade.”

83 “O Magistério dos últimos cento e cinquenta anos oferece um verdadeiro tesouro de ensinamentos sobre os pobres. Deste modo, os Bispos de Roma fizeram-se voz de novas consciências, passadas pelo crivo do discernimento eclesial. Por exemplo, na Carta Encíclica Rerum novarum (1891), Leão XIII abordou a questão do trabalho, expondo a situação intolerável de muitos operários da indústria e propondo o estabelecimento de uma ordem social justa. Nesta linha se manifestaram também outros Pontífices. Com a Encíclica Mater et Magistra (1961), São João XXIII fez-se promotor de uma justiça de dimensões mundiais: os países ricos não podiam permanecer indiferentes face aos países oprimidos pela fome e pela miséria, mas eram chamados a socorrê-los generosamente com todos os seus bens.”

84 “O Concílio Vaticano II representa uma etapa fundamental no discernimento eclesial sobre os pobres, à luz da Revelação. Embora nos documentos preparatórios esse tema fosse secundário, São João XXIII chamou a atenção para o mesmo na Radio mensagem de 11 de setembro de 1962, a um mês da abertura do Concílio, com palavras inesquecíveis: A Igreja apresenta-se como é e como quer ser, como Igreja de todos e particularmente Igreja dos pobres. Houve, então, o grande trabalho de Bispos, teólogos e peritos preocupados com a renovação da Igreja – com o apoio do próprio São João XXIII – que reorientou o Concílio. É fundamental a natureza cristocêntrica, isto é, doutrinal e não apenas social, de tal reflexão. Efetivamente, numerosos Padres conciliares favoreceram a consolidação da consciência, bem expressa pelo cardeal Lercaro na sua intervenção memorável de 6 de dezembro de 1962, de que o mistério de Cristo na Igreja sempre foi e continua a ser – e hoje de modo especial – o mistério de Cristo presente nos pobres, e de que não se trata de um tema qualquer, mas, em certo sentido, é o único tema de todo o Vaticano II.

O Arcebispo de Bolonha, preparando o texto desta intervenção, anotava: Esta é a hora dos pobres, dos milhões de pobres que estão em toda a terra, esta é a hora do mistério da Igreja mãe dos pobres, esta é a hora do mistério de Cristo, sobretudo no pobre. Desse modo, apresentava-se a necessidade de uma nova forma eclesial, mais simples e sóbria, que envolvesse todo o povo de Deus e a sua figura histórica. Uma Igreja mais parecida com o seu Senhor do que com os poderes mundanos, propensa a estimular em toda a humanidade um compromisso concreto para a solução do grande problema da pobreza no mundo.” Os números 85, 86, 87 e 88 apresentam reflexões, no 89 “O Papa Francisco reconheceu como, nas últimas décadas, além do magistério dos Bispos de Roma, também se tornaram cada vez mais frequentes as tomadas de posição por parte das Conferências Episcopais nacionais e regionais sobre este tema.” Excelente! Mas as propostas “saíram do papel”, o que a Igreja tema para nos apresentar como resultados efetivos em ajuda/benefícios reais para os pobres?

O número 90 aponta para as estruturas de pecado que criam pobreza e desigualdades extremas. A Igreja, para variar – como sempre, sempre entra no tema do pecado, aqui, social, e mais uma vez coloca os fiéis em estado de alerta para a salvação eterna. (93) “Na Encíclica Dilexit nos, o Papa Francisco recordou que o pecado social assume a forma de uma “estrutura de pecado” na sociedade, fazendo frequentemente parte de uma mentalidade dominante que considera normal ou racional o que não passa de egoísmo e indiferença.” Mas e os pecados sociais da Igreja, podem e devem ser mensurados pelas ações, nem sempre boas de seus membros? Ou somente os leigos os cometem?

O número 91 trata sobre a caridade. Reconheço a caridade como ações de amor pleno ao próximo (1Cor 13,4-7). E não como certas ações assistencialistas que possamos realizar no dia a dia.

94 “Devemos empenhar-nos cada vez mais em resolver as causas estruturais da pobreza. É uma urgência que não pode esperar; e não apenas por uma exigência pragmática de obter resultados e ordenar a sociedade, mas também para a cura de uma mazela que a torna frágil e indigna e que só poderá levá-la a novas crises. Os planos de assistência, que acorrem a determinadas emergências, deveriam considerar-se apenas como respostas provisórias. A falta de equidade “é a raiz dos males sociais”. Com efeito, “muitas vezes constata-se que, realmente, os direitos humanos não são iguais para todos.” Direitos Humanos?

O capítulo V entra no cerne da questão: ‘Um permanente desafio’. Como a proposta vem do Magistério, cabe a ele o mais expressivo compromisso. Como a igreja universal, junto com as particulares e a imensidão das domésticas irá agir com “propostas na mesa” para que possamos, pelo menos um pouco, com ações e dados mensuráveis, diminuir os sofrimentos dos pobres de modo geral? Caso básico: no Brasil as cidades estão cada vez mais lotadas de moradores de rua, inclusive frente às Igrejas.

Como dizemos, o papel aceita tudo, e conforme o escritor podemos contemplar belíssimas palavras e reflexões. Diretamente isso cabe como “cobrança à Igreja”, e como citada acima, precisamos de propostas na mesa, propostas/ações concretas que cumpram o que mais esse Documento e sua causa social se propõem. Vamos ficar atentos e cobrar?

Novamente o bom samaritano (105) “A cultura dominante do início deste milênio impele-nos a abandonar os pobres ao seu próprio destino, a não os considerar dignos de atenção e muito menos de apreço. Na Encíclica Fratelli tutti, o Papa Francisco convida-nos a refletir sobre a parábola do bom samaritano (Lc 10, 25-37), precisamente para aprofundar este ponto. Na parábola, vemos que, diante daquele homem ferido e abandonado à beira do caminho, os que passam têm atitudes diferentes. Apenas o bom samaritano cuida dele. Então, volta a pergunta que interpela cada um de nós: Com quem te identificas? É uma pergunta sem rodeios, direta e determinante: a qual deles te assemelhas? Precisamos reconhecer a tentação que nos cerca de se desinteressar pelos outros, especialmente dos mais frágeis. Digamos que crescemos em muitos aspectos, mas somos analfabetos no acompanhar, cuidar e sustentar os mais frágeis e vulneráveis das nossas sociedades desenvolvidas. Habituamo-nos a olhar para o outro lado, passar à margem, ignorar as situações até elas nos caírem diretamente em cima.” O que fez o bom samaritano, foi sinal, foi luz, foi instrumento da Boa-nova? E a Igreja “representa bem” o bom Samaritano? Lembra que o sacerdote passou pelo homem caído fazendo de conta que não o viu?

Um desafio inadiável para a Igreja de hoje. 108 “Numa época particularmente difícil para a Igreja de Roma, quando as instituições imperiais estavam a ruir sob a pressão dos bárbaros, o Papa São Gregório Magno advertiu assim os seus fiéis: Todos os dias podemos encontrar Lázaro, se o procuramos, e todos os dias nos deparamos com ele, mesmo sem o procurar. Eis que os pobres que se apresentam de forma insistente, a fazer-nos pedidos, poderão um dia interceder por nós. […] Não desperdiceis, portanto, as oportunidades de agir com misericórdia e não negligencieis os remédios que recebestes.” Somos misericordiosos para com o próximo, ou só ficamos “cobrando” de Deus Sua Misericórdia para nós?

110 Creio que para nós cristãos a questão dos pobres não pode e nem deve ser considerada como a essência da nossa fé, sendo que o Documento cita como ser. Nossa essência cristã deve ir/caminhar, buscar e alcançar do alto, valores mais perenes como Seres Humanos – repletos de amor ao próximo – seja ele quem for. Devemos sempre caminhar como bons filhos de Deus; como filhos da Graça, como cocriadores “proprietários” da Infinita Misericórdia de Deus-Trino. Estas referências devem sim ser essenciais para nós cristãos, pois somente “empoderados” delas conseguiremos enxergar os vulneráveis/marginalizados para acolhê-los e representá-los com imenso respeito e dignidade. Concorda?

111 “O coração da Igreja, por sua própria natureza, é solidário com os pobres, excluídos e marginalizados, com todos aqueles que são considerados “descartáveis pela sociedade”. Os pobres ocupam um lugar central na Igreja, porque deriva da nossa fé em Cristo, que se fez pobre e sempre se aproximou dos pobres e marginalizados”. Não se trata de julgamento, mas sim de questionamento: sempre presenciamos os pobres vulneráveis ocupando lugares centrais na Igreja, ou essa referência é somente um texto figurativo?

Doar ainda hoje. 115 O termo esmola parece pejorativo, mas, “Convém dizer uma última palavra sobre a esmola, que hoje não goza de boa fama, frequentemente nem mesmo entre os cristãos. Não só é raramente praticada, como às vezes é até desprezada. Por um lado, reafirmo que o auxílio mais importante para uma pessoa pobre é ajudá-la a ter um bom trabalho, para que possa ter uma vida mais condizente com a sua dignidade, desenvolvendo as suas capacidades e oferecendo o seu esforço pessoal.”

A Igreja Católica é a maior Instituição de “caridade” do mundo. Isso já está comprovado em números diante de suas incansáveis ações sociais. Por mais que a Igreja não tenha fins lucrativos, ela arrecada muito mundialmente, pois sempre pede o dízimo, como também sempre pede a participação/contribuição dos fiéis em todas as suas ações que exigem capital financeiro, todas! Os custos operacionais da Igreja são enormes, mas sabendo de sua riqueza presente no Banco do Vaticano, inclusive formalmente conhecido como Instituto para as obras de Religião (IOR). Você tem conhecimento de alguma ação social representativa que ela tenha disponibilizado suas próprias finanças? Desconheço, mas se houveram são pouco divulgadas. Cabe aqui A expressão popular “fazer cortesia com o chapéu alheio”. Mas ainda bem que o povo de Deus tem um coração bondoso!

121 “Quer através do vosso trabalho, quer através do vosso empenho em mudar as estruturas sociais injustas, quer através daquele gesto de ajuda simples, muito pessoal ao próximo, será possível que aquele pobre sinta serem para ele as palavras de Jesus: “Eu te amei” (Ap 3, 9).

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