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“Apesar da policrise, a história não está fechada”: uma análise de Maristella Svampa

Foto: Thomas Kinto | Unsplash

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28 Agosto 2025

“A noção de policrise refere-se a uma crise multidimensional, que não é apenas a soma de várias crises, mas, sim, um entrelaçamento delas. Por exemplo, a aceleração da crise climática, a crise energética e o aumento das desigualdades, o avanço descontrolado da inteligência artificial e a ascensão da extrema-direita – e, consequentemente, a erosão da democracia – são fatores diversos dessas crises entrelaçadas. Todos esses elementos podem se agravar e nos levar a um cenário de colapso”.

Assim se manifestou a socióloga, escritora e pesquisadora Maristella Svampa, em entrevista ao Canal Abierto acerca de seu último livro, Policrisis: Cómo enfrentar el vaciamiento de las izquierdas y la expansión de las derechas autoritarias. “Sempre digo que a crise não é só ambiental, mas também política. O livro aborda algumas dimensões dessa crise, já que é impossível abordar todas. Em primeiro lugar, aborda a dimensão mais socioecológica, por meio da crise climática e dos debates sobre a transição energética. Em segundo lugar, faz uma análise e diagnóstico da extrema-direita em nível geral, analisando também o caso argentino. Por fim, analisa a crise dos discursos ou narrativas. Da crise das promessas emancipatórias do progressismo às resistências que, a partir de baixo, geram novas narrativas, práticas e formas de habitar o território”, ponderou.

A reportagem é publicada por Canal Abierto, 22-08-2025. A tradução é do Cepat.

Eis alguns pontos da sua intervenção.

Colapso e demanda por energia

“Neste novo livro, destaca-se o aumento da frequência de eventos extremos, que eu caracterizo como colapsos climáticos localizados. Um grande incêndio, uma inundação, uma onda de calor ou de frio ou um tornado podem transformar uma região em uma zona de desastre da noite para o dia. Diante disso, devemos estar preparados e nos auto-organizarmos, mas também exigir do Estado as ferramentas para nos adaptarmos”.

Descarbonização e falsas transições verdes

“Outra dimensão desta crise global é a descarbonização. A transição energética busca passar da matriz baseada em combustíveis fósseis a uma baseada em energias limpas e renováveis. No entanto, não é tão simples assim. A questão é: para quê e para quem? Quem pagará pela transição energética? No Pacto Ecossocial e Intercultural do Sul, denunciamos as assimetrias geopolíticas desse processo. As grandes potências buscam ter acesso a minerais críticos para a transição energética e digital, sacrificando os territórios do Sul Global e as regiões mais pobres do Norte Global”.

“Este novo extrativismo, promovido em nome da “transição verde”, é abertamente neocolonial e não busca uma transformação do sistema energético, mas seguir alimentando o poder das grandes corporações. É uma transição corporativa e insustentável, pois não limita o crescimento, nem muda o modelo de transporte, mas se baseia na ideia de um crescimento infinito”.

Diplomacia dos metais e o papel da China

“Ouvi a expressão ‘diplomacia dos metais’ na França, onde pessoas do Ministério da Energia diziam que tinham se esquecido da América Latina, mas que agora voltava a ser relevante por possuir esses metais e minerais. Isto acelera o extrativismo, com maiores investimentos e uma financeirização da situação”.

“A China é a grande fábrica do mundo e um hegemon. Seu crescimento e urbanização acelerada, especialmente com a demanda por commodities, a partir do ano 2000, impulsionaram o auge das matérias-primas na América Latina. O comércio com a China é assimétrico, já que fornecemos matérias-primas, como a soja, para alimentar seus porcos. Além disso, a China faz grandes investimentos em extrativismo, incluindo as duas megabarragens no sul da Argentina”.

O capitalismo da energia e o fracasso do progressismo

“Essas sociedades complexas exigem cada vez mais energia, mas a energia fóssil não é mais abundante, nem barata. Isto nos levou aos limites biofísicos do planeta. Precisamos tomar a decisão de reduzir a extração de combustíveis fósseis, o que é um grande dilema, pois o fim da energia barata pode gerar um colapso em diversos subsistemas”.

“Na América Latina, o progressismo governamental (a chamada “maré rosa” entre 2000 e 2015) foi um período de hegemonia. Embora tenham ocorrido diferentes processos de democratização, como o da Bolívia, em geral, os governos progressistas não efetivaram reformas estruturais. Ao contrário, aproveitaram a expansão do extrativismo para fazer uma maior ou menor redistribuição. Quando este ciclo entrou em crise, não houve reformas tributárias para captar uma maior renda dos ricos, ao contrário, eles ficaram ainda mais ricos”.

A ascensão da extrema-direita

“Um elemento comum destas direitas é a polarização assimétrica, que é diferente da polarização que conhecemos no passado. Nesta, um lado deslegitima e desumaniza o outro, rompendo as regras do jogo que antes eram respeitadas. O ciclo progressista, embora polarizado, mantinha certas regras e argumentos. A polarização assimétrica, ao contrário, normaliza a invalidação, o insulto e a desqualificação, instaurando um regime em que o “anormal” se torna normal”.

O negacionismo também está intimamente associado a essa ascensão. Não se trata apenas de discutir números, mas de incutir a dúvida hiperbólica para rejeitar a realidade, como o negacionismo sobre os 30 mil desaparecidos ou a crise climática. Na Europa, o negacionismo climático da extrema-direita está ligado à rejeição aos imigrantes. Algumas correntes inclusive redefiniram a questão ambiental, promovendo o “ecofascismo”, que reconhece a emergência climática, mas propõe fechar as fronteiras para “proteger” os bens nacionais, utilizando um discurso de “sangue e terra”. É importante ressaltar que isto não é novo e que existem elementos ecofascistas que estigmatizam os imigrantes, culpando-os pela crise climática, o que é aberrante”.

O caso argentino e o governo de Milei

“O governo de Milei, na Argentina, se caracteriza pela polarização assimétrica como uma estratégia de construção política. Esta estratégia se apoia no uso das redes e “exércitos de trolls” que ultrapassam os limites do possível, normalizando o insulto e a desumanização. Além disso, há uma tentativa de estabelecer um novo regime afetivo, baseado na rejeição, na indiferença e na falta de empatia para com os outros, tanto humanos quanto não humanos”.

“O sinal que vem do poder é que esse comportamento desumanizador está habilitado. As emoções e os afetos, como o ressentimento, a raiva e a frustração social, circulam em alta velocidade. Tudo isto irrompeu na proposta de mudança de Milei. O governo não busca apenas a estabilidade econômica, mas também uma mudança nas subjetividades”.

Capitalismo de fragmentação e zonas liberadas

“Capitalismo de fragmentação ou a criação de zonas liberadas para o livre mercado. Esta é uma proposta de Peter Thiel, cofundador do PayPal e “super-rico”, que promoveu a criação de zonas francas, também chamadas “Cidades da Liberdade”. Essas zonas, que podem ser pequenos bairros ou cidades, estão livres de impostos e de qualquer regulamentação, incluindo os direitos trabalhistas. Seu objetivo é favorecer a liberdade do capital”.

“Este modelo me serviu de base para comparar com o que acontece na Argentina. Eu diria que o governo de Milei é um experimento, não um modelo consolidado, no qual se oferece ao capital transnacional não uma cidade, mas um país inteiro liberado de regulamentações. É uma escala completamente diferente. Chamo isto de síntese da narrativa capitalista do fim, onde o capital avança sobre todos os bens, territórios e direitos, destruindo tudo”.

Visões positivas e alternativas

“Felizmente, existem algumas visões mais positivas. No último capítulo do livro, analiso algumas experiências emblemáticas que ilustram outros regimes de afetividade, baseados na cooperação, na interdependência e em outras linguagens de valorização, onde o humano e o não humano se entendem em chave de justiça social, de gênero e ambiental”.

“No Pacto Ecossocial e Intercultural do Sul e na equipe Transições, acreditamos que é necessário pensar em outros horizontes de justiça social e ambiental, a partir de uma perspectiva multiescalar”.

“A história não está fechada. Os movimentos sociais e as sociedades têm a capacidade de imaginar outros horizontes e transformar a realidade”.

Leia mais

  • “O mais importante teórico antidemocrático dos Estados Unidos é Peter Thiel, o bilionário fundador do PayPal.” Entrevista com Vincent Bevins
  • O lítio e o imaginário neocolonial. Artigo de Maristella Svampa
  • “O abandono do petróleo não basta para a transição energética”. Entrevista com Maristella Svampa e Pablo Bertinat
  • “O colapso ecológico já chegou”. Entrevista com Maristella Svampa
  • “Estamos em uma crise em que o horizonte civilizatório está em disputa”. Entrevista com Maristella Svampa
  • É um mito dizer que adolescentes são saudáveis. Policrise afeta saúde mental das juventudes
  • Crises, policrises e um mundo em colapso. Artigo de Rodolfo Gasparini Morbiolo
  • A elite de Davos à deriva diante da “policrise” do capitalismo global
  • “Sem justiça social não haverá justiça ecológica”. Entrevista especial com Alberto Acosta
  • O discurso e o poder do extrativismo, ou como a pilhagem é legitimada em nome do “desenvolvimento”. Artigo de Paloma Elvira
  • O papel devastador do extrativismo. Artigo de Raúl Zibechi
  • Como proteger os territórios do neoextrativismo, do “capitalismo parlamentar” e do “Estado de intimidação”? Entrevista com Henri Acselrad e Juliana Neves Barros
  • “A viabilidade ecológica da espécie humana não pode depender da alternância política”. Entrevista com Xan López
  • A amizade ecológica como contraponto ao antropocentrismo. Entrevista especial com Jelson Oliveira
  • “O grande sinal dos tempos é a consciência da catástrofe ecológica e ambiental”. Entrevista especial com Jorge Costadoat
  • O crescimento da pegada ecológica global e o colapso climático e ambiental. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Capitalismo e abismo ecológico
  • Piroceno pode ameaçar a espécie humana. Artigo de Leonardo Boff
  • "Um milhão de espécies estarão ameaçadas de extinção até o fim do século. Será que o homo sapiens é uma dessas espécies ameaçadas?" Entrevista especial com Carlos Alfredo Joly
  • Um novo conceito ecológico: “humanicídio”. Artigo de Michael Löwy
  • Transição energética baseada em “minerais verdes” é um paradoxo ecológico – uma solução que se autodestrói. Entrevista especial com Robert Muggah
  • Um mundo ao avesso. Mudanças climáticas e o complexo industrial fronteiriço na era Trump
  • Sem demarcação, não há clima: povos indígenas cobram protagonismo em decisões ambientais

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