• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Piroceno pode ameaçar a espécie humana. Artigo de Leonardo Boff

Mais Lidos

  • Israel condena Gaza à fome: "Comemos folhas de árvores ou capim"

    LER MAIS
  • Antes de Deus. Artigo de Raniero La Valle

    LER MAIS
  • Desigualdades multidimensionais são uma chave poderosa para explicar a vida política e a polarização brasileira, afirma o pesquisador. Segundo ele, “por trás da polarização estão os movimentos de perdas e ganhos materiais e subjetivos dos diferentes grupos”

    Órfãos do neoliberalismo progressista e descontentes: o Brasil polarizado e a necessidade imperiosa de criar horizontes de transformação social. Entrevista especial com Sérgio Costa

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 6º Domingo da Páscoa – Ano C – O Espírito Santo vos recordará tudo o que eu vos tenho dito

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

26 Setembro 2024

"Essa guerra movida pelo processo produtivo (produzir, consumir, descartar) contra Gaia representa uma batalha perdida", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor.

Leonardo Boff escreveu Cuidar da Terra: proteger a vida (Record, 2010), Cuidar da casa comum (Vozes, 2023) e Habitar a terra (Vozes, 2021), entre outros.

Eis o artigo.

Especialmente a partir de 2023-2024 a Terra foi tomada de grandes ondas de calor. Provocaram megaincêndios em muitas partes do mundo. Em 2024, as mais devastadores ocorreram no Brasil, na parte da Amazônia, no Pantanal, no Cerrado em vários municípios do Sudeste. A fumaça tornou o ar em São Paulo e em Brasília quase irrespirável. A fumaça se espalhou por quase todo o sul do país.

Os cientistas têm chamado esta difusão de fogo por quase todo o planeta, de a era do fogo, o Piroceno (piros em grego é fogo). Desde tempos imemoriais os seres humanos assumiram o controle direto desta força da natureza. Aprenderam a dominar o fogo. Agora é o fogo que nos domina. Muitas são as causas, como o El Niño, o acúmulo de CO2, metano e dióxido nitroso na atmosfera, as grandes estiagens, as gramíneas altamente inflamáveis, material orgânico no e sub o solo. Só em 2023 foram emitidos na atmosfera 37,5 bilhões de toneladas de CO2 que permanecem por lá, cerca de cem anos.

Desde a era pré-industrial (1850-1900) são lançadas na atmosfera bilhões de toneladas de gases de efeito estufa, atingindo ao todo mais de dois trilhões de toneladas acumuladas.

O fogo possui uma longa história. Pensando na biografia da Terra de há 4,5 bilhões de anos, sabe-se que por 800 milhões de anos a Terra permaneceu como uma incomensurável bolha de fogo, derretida como uma sopa grossa borbulhando de calor. Era um imenso mar de lava em fusão e extremamente quente. Vapores e gases formavam nuvens imensas. Estas por milhões de anos provocavam chuvas torrenciais sem parar, o que ajudou a Terra se resfriar juntamente com os imensos meteoros de gelo que por séculos torpedearam o planeta. Eles aumentaram consideravelmente o volume de água a ponto de a Terra ser constituída por 70% deste elemento.

A lava endureceu e fez surgir o primeiro solo com todo tipo de montanhas. O fogo original foi aninhar-se no coração da Terra em forma fluida que se mostra pelas erupções vulcânicas e pelos tremores de terra. Mas continuou como uma energia fundamental na superfície.

O atual aquecimento global, que ultrapassou o projetado 1,5 graus Celsius para 2030, se antecipou, chegando em alguns lugares a 2 e até 3 graus Celsius. ”Estou apavorado”, disse nosso melhor cientista em clima Carlos Nobre. A causa deste aquecimento constitui a forma como nos últimos séculos o processo produtivista-industrialista tratou a Terra. Era considerada sem nenhum propósito, mero baú de recursos à disposição dos seres humanos. Podemos dizer que se moveu uma verdadeira guerra contra a Terra arrancando dela tudo o que se podia.

Ocorre que a partir dos anos 1970 com as pesquisas das ciências da Terra e da vida, Lovelock e Margulis aventaram a hipótese de ser a Terra um grande ente vivo que articula sistemicamente todos os elementos essenciais à vida de tal forma que sempre se mantém viva e produz inumeráveis formas de vida: a biodiversidade. Denominaram-na Gaia, um dos nomes gregos para a Terra, hoje vastamente acolhida pela comunidade científica.

Pesquisas sobre o estado da Terra a partir de 1968 (Clube de Roma) considerando o impacto da atividade humana sobre o meio ambiente e do tipo de desenvolvimento que se havia imposto por quase todo o planeta, concluíram que a Terra estava doente. Impunham-se limites ao crescimento tido como ilimitado sem haver a consciência dos limites do planeta, incapaz de suportar um crescimento ilimitado. Mostra-o a Sobrecarga da Terra (Earth Overshoot), revelada anualmente pela ONU.

Entretanto, o sistema produtivista, seja na ordem capitalista, seja na antiga socialista, estava e ainda está de tal maneira azeitado que não se permite parar. As consequências se fizeram sentir cedo mas especialmente a partir dos anos de 1970 até os dias atuais: emissão incontrolada de gases de efeito estufa, degradação dos ecossistemas, erosão da biodiversidade, desertificação crescente, desmatamento de grandes florestas, contaminação dos solos e da água com agentes tóxicos.

Essa guerra movida pelo processo produtivo (produzir, consumir, descartar) contra Gaia representa uma batalha perdida. O sistema-vida, dada a degradação geral, o aumento de CO2 e metano na atmosfera, o aquecimento tido por irreversível com seus eventos extremos, a perversa desigualdade social despertaram a consciência em muitos: ou mudamos nosso estilo de vida e nossa relação para com a natureza ou podemos não sermos mais queridos pela Mãe Terra.

Geralmente, quando num ecossistema, uma espécie se desenvolve de forma desregulada a ponto de ameaçar as demais, a própria Terra se organiza de tal forma que o limita ou o elimina. Destarte as demais espécies podem subsistir e continuar a coevoluir no processo global da geogênese. Talvez seja esta a atual situação da espécie humana, na era do Antropoceno, apesar de a grande maioria ser ainda inconsciente e negacionista.

A expressão criada por cientistas, o Antropoceno, designaria o ser humano qual meteoro rasante é o que mais ameaça a biosfera. Ao invés de assumir-se como seu cuidador, fez-se seu anjo exterminador. O Piroceno seria a forma mais perigosa e destrutiva do Antropoceno. O aquecimento global crescente, favorecendo a difusão incontrolada do fogo e as megaqueimadas, pode tornar o planeta inabitável. A escassez aguda de água potável, a frustração da produção de alimentos, o clima superaquecido levaria lentamente a espécie humana à sua extinção. Como tudo o que começa na evolução, se desenvolve, chega ao seu clímax e desaparece. Assim é com as galáxias, as estrelas e os seres vivos. Por que seria diferente com a espécie humana? Irrompemos na Terra quando 99,98% estava já constituído. A Terra não precisou de nossa presença para gestar sua imensa biodiversidade. Sem nós, a vida dos quatrilhões de quatrilhões micro-organismos que trabalham no subsolo da Terra, levariam avante o projeto da vida. A Terra continuaria a girar ao redor do sol, sob sua luz benfazeja, mas sem nós.

Aqueles que ousam dar o salto da fé, diriam que apenas a etapa terrestre do ser humano foi irresponsavelmente concluída. Uma nova iniciaria num outro nível. Depois do tempo vem a eternidade. Nela continuaria a viver numa forma que para nós continua inefável. Mas a vida se perpetuaria.

Leia mais

  • A nossa responsabilidade face à era do piroceno. Artigo de Leonardo Boff
  • Ecpirose. Nenhuma política pode renunciar ao dom do fogo e o mundo arde. Artigo de Franco “Bifo” Berardi
  • Gaia Vive! Artigo de Eros Moreira de Carvalho
  • Efeitos do Antropoceno: Emergência climática exige mudanças imediatas em todas as relações sociais
  • Projetar no antropoceno exige um novo modo de pensar nossa existência na Terra
  • As várias faces dos incêndios no Brasil. Artigo de Marcos Buckeridge
  • Sob riscos graves, povos tradicionais nos mostram o caminho. Artigo de Gilvander Moreira
  • “Brasil respira fumaça porque não cuida da casa comum”, constata cardeal brasileiro
  • O Piroceno veio para ficar no Chile e no planeta
  • Incêndios devastam destinos turísticos no país
  • A Terra seria como uma “Placa de Petri”, sinal de nossa extinção? Artigo de Leonardo Boff
  • O princípio de autodestruição. Artigo de Leonardo Boff
  • Do caos planetário atual é possível uma nova ordem? Artigo de Leonardo Boff
  • O caos atual destrutivo e o caos generativo como saída salvadora. Artigo de Leonardo Boff
  • Do caos mundial, uma nova ordem? Artigo de Leonardo Boff
  • Desencanto face ao futuro e o esperançar. Artigo de Leonardo Boff
  • Os direitos da natureza e da Terra. Artigo de Leonardo Boff
  • O consumismo põe em risco a vida na Terra. Artigo de Leonardo Boff
  • Rumo à terceira extinção em massa? Artigo de Leonardo Boff
  • Laudato si’ e o novo documento do Papa Francisco sobre ecologia. Artigo de Daniel Horan
  • A busca do bem-estar nacional e planetário. Artigo de Leonardo Boff
  • A Mãe Terra possui surpresas desagradáveis. Artigo de Leonardo Boff
  • Para onde estamos indo? Artigo de Leonardo Boff
  • A urgência de um humanismo mínimo. Artigo de Leonardo Boff
  • A ameaça mais sensível: a mudança climática. Artigo de Leonardo Boff
  • Só nos resta a esperança: uma árvore que se dobra mas não se quebra. Artigo de Leonardo Boff
  • Leonardo Boff, a caminho da ecolibertação. Carta de Juan José Tamayo
  • Por um novo humanismo planetário. Artigo de Edgar Morin

Notícias relacionadas

  • Incêndios na Amazônia ameaçam dizimar indígenas isolados

    LER MAIS
  • O ‘primo pobre’ pede socorro com urgência

    LER MAIS
  • Incêndio na TI Arariboia aumenta e se aproxima de região dos Awá-Guajá isolados; Ibama se reúne com os Guajajara

    LER MAIS
  • Em 2050, serão necessários quase 3 planetas para manter atual estilo de vida da humanidade

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados