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O que está por trás do desdobramento norte-americano na Venezuela? Artigo de Manuel Sutherland

Foto: The White House | Wikimedia Commons

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23 Outubro 2025

Independentemente do desfecho, o risco de guerra impõe reflexão sobre seus custos humanos. O autor recorda que condena todas as invasões militares, sejam russas, sejam norte-americanas ou de qualquer natureza. A paz, contudo, não pode significar retorno ao status quo. Ela exige justiça, libertação dos presos políticos, reconhecimento dos resultados eleitorais de 2024 e restauração dos direitos civis e políticos.

O artigo é de Manuel Sutherland, economista e diretor do Centro de Pesquisa e Formação de Trabalhadores (CIFO), em Caracas, publicado por Nueva Sociedad, 23-1-2025. 

Eis o artigo. 

O segundo mandato de Donald Trump ativou uma estratégia militar contra o regime de Nicolás Maduro. Um desdobramento naval sem precedentes, justificado pela chamada “guerra contra o narcotráfico”, configura um cenário de alta tensão no Caribe, em que uma invasão em grande escala parece improvável, mas operações militares pontuais, com forte carga simbólica e eleitoral, são cada vez mais possíveis.

Nas últimas semanas, uma enxurrada de notícias circulou na mídia e nas redes sociais, alimentando a ideia de que a América Latina poderia estar à beira de um conflito armado. Desde a invasão do Panamá em 1989, não se via um movimento naval norte-americano dessa magnitude no mar do Caribe. O atual desdobramento, impulsionado pelo governo de Donald Trump, reacende uma estratégia pré-bélica que a Casa Branca começou a construir há pelo menos sete anos contra o governo de Nicolás Maduro.

Durante seu primeiro mandato, Trump acumulou argumentos políticos, legais e de segurança para justificar uma ação militar contra o regime venezuelano. A derrota eleitoral de 2020 interrompeu esse processo, mas seu retorno à Casa Branca reativou a animosidade, que agora ameaça se resolver pela via das armas. Caso se concretize, representaria um retrocesso para o continente, de volta a formas de resolução de disputas que pareciam superadas.

Diferentemente do fracassado episódio de 2019, em torno da “presidência interina” de Juan Guaidó, a Casa Branca não apresenta a possível operação como um intento de “mudança de regime” ou de democratização. O enfoque atual está enquadrado na luta contra o narcotráfico — especialmente o tráfico de fentanil e cocaína — e contra o terrorismo, entendido em chave interna: violência urbana e crimes violentos contra cidadãos norte-americanos em seu próprio território. O objetivo declarado é neutralizar o Tren de Aragua e o Cartel de los Soles, organizações que, segundo Washington, são dirigidas pela cúpula do regime venezuelano e representam uma ameaça direta à segurança nacional.

Esse giro retoma uma linha ideológica que remonta a 2015, quando Barack Obama qualificou a Venezuela como uma “ameaça incomum e extraordinária”. E ganhou novos apoios: em 11-09-2025, o Parlamento Europeu declarou o Cartel de los Soles uma organização terrorista, passo que acrescentou pressão internacional por uma resposta “contundente”.

Mas será realmente provável que os Estados Unidos desenvolvam ações de guerra contra Nicolás Maduro, ou trata-se apenas de um blefe de Trump, sem chance de execução real?

A escala do desdobramento militar norte-americano é inédita para uma operação oficialmente apresentada como parte da luta antidrogas. Três navios de assalto anfíbio, três destróieres lança-mísseis, um cruzador de mísseis guiados, dois submarinos nucleares e mais de 8 mil efetivos estão operando na região. A eles se somam aviões de vigilância P-8, caças F-35 e milhares de soldados treinando em Porto Rico com equipamento de assalto anfíbio. Trata-se de um poder de fogo muito superior ao necessário para a simples interdição de drogas, o que sugere objetivos mais amplos.

Embora Washington insista que se trata de uma patrulha antinarcóticos, as forças destacadas não têm relação operacional com o trabalho habitual da Guarda Costeira. Isso ficou evidente em 2 de setembro, quando uma operação terminou com a explosão de uma lancha que supostamente transportava drogas e na qual viajavam 11 tripulantes.

Nos procedimentos normais, a Guarda Costeira emite advertências e, se não atendidas, atira nos motores das embarcações para desativá-las antes do embarque. No caso de setembro, porém, a lancha foi destruída sem aviso, sem provas apresentadas e sem controle judicial, o que equivale a uma execução sumária em alto-mar.

“O maior e melhor uso das nossas forças armadas é matar membros de cartéis que envenenam nossos cidadãos”, declarou o vice-presidente J.D. Vance, resumindo a nova doutrina: o narcotráfico é equiparado ao terrorismo, e responde-se com lógica de “estado de guerra”.

O secretário de Estado Marco Rubio foi ainda mais direto: “Em vez de interceptá-los, por ordem do presidente, os fizemos explodir. E voltaremos a fazê-lo.” Até o momento, o governo de Trump não apresentou provas que sustentem sua versão. Segundo dados oficiais, de 238 venezuelanos enviados à megaprison CECOT, em El Salvador, apenas 17 tinham vínculos com o Tren de Aragua. Os ataques, portanto, têm caráter mais político e simbólico do que jurídico.

Setembro de 2025 marcou o auge da beligerância norte-americana contra a cúpula chavista desde 2019. Pesquisadores de VisualPolitik identificam quatro razões centrais que podem estar impulsionando Trump: uma é eleitoral, relacionada às eleições de meio de mandato de 2026, que exigem resultados rápidos; outra está ligada ao discurso xenófobo do movimento MAGA, que associa imigrantes à criminalidade; uma terceira é geopolítica, visando reafirmar a influência dos EUA na América Latina; e a última é simbólica e pessoal, ligada à busca de Trump por um legado de força e liderança hemisférica.

Apesar da retórica agressiva, uma invasão em grande escala parece improvável. Os 7 mil soldados atualmente destacados estão longe dos 150 mil necessários para ocupar um território do tamanho da Venezuela. A sociedade norte-americana sofre de “fadiga de guerra”, marcada pelos fracassos no Iraque e no Afeganistão. Assim, analistas apontam que o objetivo real seria interromper rotas do narcotráfico, conter a influência russa e chinesa e reafirmar a hegemonia regional — sem uma ocupação prolongada.

Operações pontuais, como ataques aéreos ou sabotagens, são mais prováveis. O ex-oficial Stephen Donehoo observou: “Nunca vi um desdobramento tão grande no Comando Sul... mas isso não é força de invasão. Pode haver missões muito mais precisas, talvez drones armados sobrevoando o espaço aéreo venezuelano.”

O ataque de 2 de setembro foi interpretado como provocação direta. Ainda assim, o governo venezuelano optou por conter sua resposta, alegando absurdamente que o vídeo do ataque era “fabricado com inteligência artificial”. Posteriormente, Maduro acusou Marco Rubio e a “máfia de Miami” de manipular Trump. Ao mesmo tempo, mobilizou sua milícia civil, que afirma contar com 12,7 milhões de reservistas — número amplamente questionado.

Especialistas como Geoff Ramsey consideram que o movimento naval pode ser “mais barulho do que ação”, com alguns ataques seletivos e posterior retirada. Circula inclusive a expressão irônica TACO (Trump Always Chickens Out — Trump sempre recua). No entanto, Trump autorizou em 15 de outubro de 2025 operações encobertas da CIA contra a Venezuela, incluindo neutralização de alvos militares e civis. Bombardeiros B-52 chegaram a sobrevoar o Caribe próximos das águas venezuelanas, em clara provocação. Uma retirada abrupta, após tamanha mobilização, seria vista como fraqueza e humilhação estratégica.

Independentemente do desfecho, o risco de guerra impõe reflexão sobre seus custos humanos. O autor recorda que condena todas as invasões militares — sejam russas, norte-americanas ou de qualquer natureza. A paz, contudo, não pode significar retorno ao status quo. Ela exige justiça, libertação dos presos políticos, reconhecimento dos resultados eleitorais de 2024 e restauração dos direitos civis e políticos.

O Prêmio Nobel da Paz de 2025, concedido a María Corina Machado, e o Prêmio Hillary Rodham Clinton, a Sairam Rivas, representam pressões internacionais pela redemocratização. O futuro imediato da Venezuela dependerá da disposição de Washington em transformar gestos em políticas, da capacidade de Maduro de não reagir impulsivamente e da força da sociedade venezuelana e internacional em exigir uma paz com justiça e direitos humanos — e não a submissão silenciosa ao medo e à guerra.

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