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Jacques Loew, primeiro ateu, depois padre operário, depois… Artigo de Francesco Strazzari

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07 Outubro 2023

"Para Jacques Loew, o sonho e a expectativa do encontro com o Senhor da sua conversão, do testemunho no porto, do louvor e do silêncio", escreve Francesco Strazzari, professor de Relações Internacionais na Scuola Universitaria Superiore Sant’Anna, em Pisa, na Itália. O artigo foi publicado por Settimana News, 04-10-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Para falar de Deus, da Igreja, da sua conversão no outono de 1932 e depois da sua experiência como padre operário, como missionário, como poeta, como homem sempre em busca, tomei o caminho da abadia de Échourgnac, nas colinas do Périgord, em dezembro de 1995.

Aqui Jacques Loew tinha vindo para terminar os seus dias. Caminhamos sob as grandes árvores e o vi encantar-se parado diante de uma flor e escutar as vozes da criação.

E se Deus existisse?

Ele tinha 87 anos. Constituição poderosa, olhos penetrantes, sorriso de bondade e coragem. No seu pequeno quarto da Abadia de Nossa Senhora da Esperança, na Dordonha, terra que se estende de Bordéus a Périgueux, Jacques Loew contou-me a sua história. Viveu tempos de guerra, conheceu filósofos e escritores, ateus e crentes, criticou a Igreja, amando-a apaixonadamente, fez amizade com mulheres de rua e sentiu uma profunda simpatia por Madeleine Delbrêl, a ateia dos altares.

Nasceu em 1908 em Clermont Ferrand, em Auvergne, de uma família abastada. Ele era completamente ateu, fascinado por Anatole France, escritor popular na época, que lhe ensinou um “ceticismo elegante e sensual”. Batizado na Igreja Católica, Jacques recebeu a primeira comunhão na Igreja Protestante. Ele cresceu na indiferença religiosa.

Aos 24 anos, advogado em Nice, contraiu tuberculose. Enquanto estava na casa de recuperação se perguntou: “Será que Deus existe? Ele é uma lenda? A negação da sua existência não depende, por acaso, da nossa ignorância”?

Continuou o relato: “Havia levado comigo para o sanatório o Novo Testamento, que me foi dado pelo pastor protestante no final da escola dominical. Pedi aos monges cartuxos próximos ao sanatório que me acolhessem por alguns dias. Eram os dias da Semana Santa. Participei dos ritos litúrgicos, não entendia quase nada, mas fiquei impressionado. Na Quinta-feira Santa todas as pessoas iam à comunhão e eu fiquei parado no meu lugar. Uma pergunta inquietante: mas toda essa gente que vai se comungar é maluca? Existe algo que não vejo na hóstia que consomem"?

"Estava nevando. A neve estava caindo e peguei um floco de neve. Admirei sua perfeição, sua beleza. Tive uma espécie de intuição de que havia alguém por trás do menor floco de neve. O floco não pode ser fruto do caos. Deve haver uma inteligência, um artista supremo por trás dos flocos de neve. Senti que estava tomando conta de mim a certeza de uma Beleza e uma Inteligência criativa sem limites. Foi a primeira intuição da possibilidade da existência de Deus."

Ele começou a orar, embora não estivesse totalmente certo da existência de Deus. O Deus feito homem tornou-se uma ideia fixa. “Meu coração, meu ser profundo, eu mesmo, o ateu do passado, foi ficando impregnado de gestos, de frases, do destino de Jesus, que se tornou meu ser, o meu agir, a minha oração, a minha ação. Reconhecia-me na parábola do tesouro escondido num campo. Cavei e encontrei a fé, o tesouro da fé.”

Em 1934, Jacques ingressou no noviciado dos dominicanos e, cinco anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal. Aprofundou-se na Bíblia e teve a sorte de viver ao lado do Padre Lagrange, o estudioso afastado de Roma por heresia: “Nunca uma palavra de rancor para com Roma. Ele me ensinou a superar as dificuldades que mais tarde cairiam sobre mim."

Conheceu o Padre Lebret, ex-oficial da Marinha que se tornou dominicano, que lhe confiou a tarefa de estudar a situação de Marselha, especialmente do porto, e chegou à conclusão: “Para conhecer realmente os homens é preciso tornar-se um estivador, um trabalhador no cais.

Trabalhador portuário

Em 1º de janeiro de 1941, começou a trabalhar no porto, planejando ficar lá durante o tempo de uma investigação sociológica, cinco ou seis semanas, talvez alguns meses. Ele permaneceu lá doze anos e vários meses. “Eu vinha de um ambiente burguês, tinha uma cultura clássica e jurídica, tinha feito a escolha de ser dominicano, um homem de estudos e, em vez disso, aqui estava eu ​​entre espanhóis, italianos, armênios, malteses e justamente eles me fizeram entender o que o homem".

“Eu tinha dúvidas. Sonhava com o mar, a clama, os livros. Mas lembrava-me dos momentos da minha conversão, daquelas frases evangélicas que tinham revirado a minha vida a ponto de a entregar totalmente a Deus e ao mundo inteiro. Compreendi então que não bastava partilhar o esforço do trabalho, mas que era preciso viver em comunidade de vida e de destino com os mais humildes e deserdados. Como Jesus no evangelho."

Um golpe no coração. Em 1954, a Santa Sé proibiu aos padres operários de continuar o seu trabalho. Sofreu muito, aceitou e explicou aos seus companheiros do porto porque, ao contrário de muitos outros, obedecia a Roma. Não desanimou e voltou a pensar num seu antigo projeto: a fundação de um instituto missionário que compartilhasse o caminho dos bairros, como fazia o apóstolo Paulo e os padres ganhassem o pão trabalhando.

Ele fundou a Missão operária dos Santos Pedro e Paulo com um programa extremamente pobre. Compartilhar a vida de Deus e dos homens e unir os homens entre si e com Deus em Jesus Cristo. O instituto foi aprovado pela autoridade eclesiástica e se difundiu em vários países. Em Friburgo, Suíça, fundou a Escola da fé.

Em 1970, Paulo VI, sempre atento aos assuntos dos padres operários, chamou-o ao Vaticano para pregar os exercícios espirituais à Cúria Romana.

O fascínio do silêncio

Em 1981, Loew sentiu mais uma vez o fascínio de uma abadia. Retirou-se primeiro para Citeaux, na Borgonha, a abadia fundada em 1098 e que se tornou, com São Bernardo em 1104, o centro da ordem cisterciense.

Em 1986 entrou na Abadia Notre-Dame de Tamié, na Alta Sabóia. Depois escolheu a abadia de Échourgnac: “Combino o meu silêncio com aquele das monjas trapistas de estrita observância, um silêncio que me lembra as sirenes dos navios, o crepitar das cordas e até as blasfêmias dos meus companheiros de trabalho”.

Como se sente agora? “No final da minha vida, sabe quem eu sou? Um pobre homem que procura por Deus. Ainda não terminei de procurar por Deus”.

Como explica a sua simpatia por Madeleine Delbrêl? “Porque vejo na sua vida, na sua experiência, a minha vida, a minha experiência. Ambos ateus, ambos contra a Igreja e os padres, ambos à procura de algo, de Alguém."

Estava frio naquele dia de 1995 quando nos encontramos. A abadia estava no silêncio do inverno. As monjas haviam cantado as vésperas. Uma refeição frugal e depois as completas, a oração que encerra o dia.

Depois, o descanso. Para Jacques Loew, o sonho e a expectativa do encontro com o Senhor da sua conversão, do testemunho no porto, do louvor e do silêncio. Mas também do encontro e o abraço com Michèle, a prostituta, que escreveu a sua experiência no livro Da calçada para a liberdade.

Atingida por um tumor, ela morreu em 25 de novembro de 1986. Havia se tornado uma mística. E o encontro com Madeleine Delbrêl, a ateia, a convertida, a mística. “Eu creio… na ressurreição da carne, na vida eterna. Deixe-me dizer que mal posso esperar para revê-las."

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