Migrações: “Mediterrâneo tornou-se o maior cemitério da Europa”, diz o papa Francisco

Foto: Democrats/Martin Leveneur

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

15 Junho 2021

 

Papa recorda tragédia de 2015, que provocou mais de 800 mortes.

A reportagem é publicada por Agência Ecclesia, 13-06-2021.

O Papa disse hoje no Vaticano que o Mediterrâneo se tornou “o maior cemitério da Europa”, pedindo atenção para o drama dos naufrágios e das mortes na travessia deste mar.

Francisco falava, após a recitação da oração do ângelus, a respeito da cerimónia que vai decorrer esta tarde, em Augusta, Sicília, onde os destroços do barco que naufragou a 18 de abril de 2015 se vão transformar num “Jardim da memória”.

“Que este símbolo de tantas tragédias, no Mediterrâneo, continue a interpelar a consciência de todos e favoreça o crescimento de uma humanidade mais solidária, que derrube o muro da indiferença”, desejou.

O naufrágio de abril de 2015, o maior do Mediterrâneo Central em termos de mortes confirmadas, matou mais de 800 pessoas, pelo menos, mas apenas 60 corpos foram recuperados; 28 pessoas sobreviveram.

O pesqueiro, procedente da Líbia, naufragou depois de ter batido contra um navio de carga português, que foi ao seu encontro para ajudar.

A carcaça do barco esteve em exposição na Bienal de Arte de Veneza, em 2019, após ter sido cedida pelo Ministério da Defesa à cidade de Augusta, que a emprestou ao artista Cristoph Buchel.

“Os governos europeus e todos nós, cidadãos, somos responsáveis pelo que acontece no Mar Mediterrâneo e somos chamados a fazer todos os possíveis para evitar tragédias e salvar vidas”, refere à Agência Fides, do Vaticano, o padre Bruno Ciceri, religioso scalabriniano e diretor internacional da organização “Stella maris” (Apostolado do Mar).

 

Leia mais