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"Arquitetura de morte contra Gaza: aqui estão os mapas que a comprovam". Entrevista com Eyal Weizman

Foto: Anadolu Agency

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09 Setembro 2025

O arquiteto israelense Eyal Weizman é o fundador da Forensic Architecture, um laboratório multidisciplinar que ganhou reconhecimento nos últimos anos por investigar crimes de guerra na Síria e na Ucrânia. Em setembro de 2022, a equipe demonstrou que o exército israelense matou intencionalmente a jornalista da Al Jazeera Shireen Abu Akleh enquanto realizava uma reportagem em Jenin, na Cisjordânia. Após 7 de outubro, o laboratório começou a trabalhar sobre a guerra em Gaza e a montar uma "cartografia do genocídio" em curso.

Em julho, uma de suas matérias demonstrou como Israel planejou a fome na Faixa de Gaza. Eyal Weizman explicou ao Mediapart por que sua organização, sediada na Goldsmiths University de Londres e que conta com uma dúzia de escritórios em todo o mundo, decidiu apoiar a denúncia por genocídio movida contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça em Haia.

A entrevista é de Lucie Delaporte, publicada por il Fatto Quotidiano, 08-09-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Como vocês estão procedendo em Gaza?

Primeiro, coletamos informações sobre dezenas de milhares de casos isolados e, em seguida, verificamos se é possível estabelecer correlações entre eles. No caso de crimes de guerra, tentamos determinar se os ataques israelenses são proporcionais à ameaça e se civis acabaram sendo mortos além de milicianos. No caso de genocídio, tentamos entender se há um projeto. A intencionalidade está no cerne do conceito de genocídio, de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio.

Como vocês atuam concretamente?

Seja qual for o caso que investigamos – por exemplo, o bombardeio de um centro de distribuição de alimentos ou a destruição de terras agrícolas – salvamos os vídeos e as imagens que recebemos, os autenticamos e analisamos o "incidente" como um todo. Temos vários modelos matemáticos que nos permitem identificar os elementos que criam conexões entre os diferentes eventos, de modo a estabelecer se existe um plano para destruir o povo palestino, no todo ou em parte.

Se constatamos que Israel destrói sistematicamente as terras agrícolas, impede a entrada de ajuda alimentar em Gaza e ataca centros de distribuição de alimentos, então um plano existe, que é matar a população de fome. O Artigo II, parágrafo c, da Convenção das Nações Unidas vincula a "sujeição intencional" de uma população a "condições de vida tais a provocar sua destruição física, total ou parcial".

Ou seja, as pessoas não são mortas diretamente, mas indiretamente, destruindo as infraestruturas, os hospitais, as escolas, as casas e impedindo-lhes o acesso a alimentos. Eu chamo isso de "violência arquitetônica": aos poucos, as condições de vida vão sendo destruídas e a morte chega lentamente.

No último relatório, que abrange o período de 18 de março a 1º de agosto, vocês mostram como a carestia corresponde a um objetivo de aniquilação perseguido metodicamente.

Gaza é uma longa e estreita faixa de terra com dois tipos de solo: arenoso a oeste e argiloso a leste. Quase toda a agricultura de Gaza está localizada a leste da estrada Salah al-Din, a principal artéria da Faixa de Gaza. E é precisamente essa área que foi escolhida como alvo para empurrar a população para as terras mais difíceis de cultivar.

Desde o início do genocídio, assistimos a uma campanha sistemática para destruir a soberania alimentar dos palestinos. Campos, pomares e equipamentos de pesca, especialmente todos os barcos, foram destruídos. Os palestinos não têm mais condições de se alimentar. Dependem inteiramente da ajuda humanitária que passa pelos postos de controle controlados por Israel. É toda a sociedade palestina que se quer apagar.

Os palestinos não têm mais condições de se alimentar. Dependem inteiramente da ajuda humanitária que passa pelos postos de controle controlados por Israel - Eyal Weizman

Gaza deve ser pensada como uma zona de demolição e construção: tratores israelenses destroem prédios palestinos, mas com os escombros constroem outras coisas. Por exemplo, centros de distribuição de alimentos em áreas restritas que se transformam em "armadilhas mortais", segundo aquela que chamo de "uma arquitetura de morte". Os escombros das casas são usados também para construir píeres no mar e pequenas colinas que permitem ao exército vigiar Gaza.

E esse trabalho é a base da sua contribuição para a denúncia apresentada pela África do Sul contra Israel perante o Tribunal Internacional...

Exatamente. Esse trabalho nos permitiu produzir um relatório de 825 páginas. Fornecemos aos advogados sul-africanos provas da destruição dos hospitais, da educação, da agricultura, provas do planejamento da carestia. O caso da África do Sul, um país que sofreu o apartheid e sabe o que é o colonialismo dos colonos, um país do Sul, contra Israel, defendido por todos os países ocidentais, é uma oportunidade para os direitos humanos e o direito internacional.

O clima em que vocês trabalham em Gaza é particularmente difícil...

Vindo de uma família judia sobrevivente de Auschwitz, é muito doloroso para mim ser chamado de antissemita. Na Alemanha, nosso escritório teve que fechar porque o Estado retirou os financiamentos. Minha universidade em Londres está sendo investigada por antissemitismo, e sei que isso se deve, em parte, ao trabalho da Forensic Architecture.

Quero deixar bem claro: o antissemitismo existe, também na França, e é mortal. A segurança dos judeus no lugar onde vivem deve ser garantida. Mas Israel, ao querer impor a defesa dos direitos humanos e do direito internacional como antissemitismo, alimenta ainda mais antissemitismo.

Em seu livro, que em breve será publicado, fala sobre o que chama de "genocídio colonial". O que significa?

Quando pensamos em genocídio, pensamos no Holocausto. Um crime perpetrado em um curto período de tempo. Mas o genocídio pode assumir diferentes formas, e o genocídio dos palestinos não começou em 7 de outubro. Tem uma longa história. Trabalhando com os mapas, é possível reconstituir a história da criação da Faixa de Gaza, a expulsão dos palestinos do sul da Palestina e a forma como as aldeias palestinas foram literalmente apagadas dos mapas geográficos. Precisamos entender como os assentamentos israelenses estão localizados no território, especialmente os kibutzim, construídos sobre as ruínas de aldeias palestinas.

Grande parte dos habitantes de Gaza eram beduínos, não nômades, mas agricultores que viviam ao longo do rio Waadi Gaza. Lá, eles desenvolveram técnicas agrícolas bastante sofisticadas. Estou trabalhando em particular na aldeia de Al-Ma'in, lar do historiador Salman Abu Sitta e do renomado médico palestino Ghassan Abu Sitta. Estamos tentando reconstruir exatamente como a colonização transformou a paisagem e o meio ambiente. Isso nos permite situar o genocídio pós-7 de outubro dentro de um processo muito mais longo de colonização dos assentamentos, que é uma forma de genocídio. Depois de 7 de outubro, Israel transformou Gaza em um deserto.

A afirmação de Israel de ter "feito florescer o deserto" é bem conhecida.

Mas Gaza nunca foi um deserto. Beduínos palestinos cultivavam cevada para os britânicos, que a utilizavam para fabricar cerveja. Até 1948, era uma terra exuberante.

Vocês também estão trabalhando sobre o cancelamento dos rastros...

Quando Israel destruía as aldeias palestinas, não se limitava a demolir os prédios, mas também os cemitérios e as estradas, e descompactava a terra. Se havia um campo que havia sido arado em uma direção, eles o aravam na outra. E isso visava cancelar todos os rastros de vida que havia existido até aquele momento. Eu chamo isso de "desenraizamento" de Gaza.

É por isso que decidiram se concentrar no solo?

Sim, porque o planejamento da desertificação em Gaza é político. Construir represas para desviar água para Israel significa usar o meio ambiente para expulsar os palestinos de suas terras. A criação do deserto é uma característica constante do genocídio. Mesmo nos casos do genocídio armênio e do genocídio na Namíbia pelos alemães, o deserto foi um "instrumento" de destruição.

O planejamento da desertificação em Gaza é político - Eyal Weizman

As bombas israelenses, que explodem a trinta metros de profundidade, oficialmente para destruir os túneis do Hamas, contêm enormes quantidades de substâncias químicas que contaminam o solo por décadas. Acredito que o "colonialismo de assentamento", como disse o antropólogo Patrick Wolfe, tem uma lógica de eliminação. Claro, há os massacres, mas a maioria das pessoas não morre de modo violento, mas sim por causas secundárias. O genocídio colonial é como um genocídio que se consome ao longo do tempo.

Leia mais

  • Arquitetura como instrumento de controle. “Gaza é uma área de concentração: Israel pratica violência humanitária, só quer destruir e dominar”. Entrevista com Eyal Weizman
  • Estudiosos acusam Israel de cometer genocídio em Gaza
  • Contra o genocídio palestino, o sumud como força inabalável de resistência. Entrevista especial com Ashjan Sadique Adi
  • Como nasceu o termo genocídio. Não havia palavras
  • "O genocídio israelense em Gaza não vai parar porque é lucrativo; há pessoas ganhando dinheiro com isso". Entrevista com Francesca Albanese
  • O debate sem fim sobre o termo genocídio e a capacidade de reconhecer o mal. Artigo de Rosario Aitala
  • Quando negar o genocídio é a norma. Artigo de Martin Shaw
  • "É genocídio, parte meu coração, mas agora preciso dizer". Entrevista com David Grossman
  • Ameaça de Netanyahu: "Estamos prontos para anexar partes da Cisjordânia"
  • A ONU alerta que o plano de Israel de ocupar toda Gaza terá consequências catastróficas
  • Great Trust: O plano de Trump para transformar Gaza em um "resort brilhante"

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