• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

A improvável aliança entre católicos da guerra cultural e bilionários 'estilo bros' da tecnologia

Mais Lidos

  • Com promessas de identidade e pertencimento, fóruns online arrastam meninos e homens para ideologias machistas, racistas e antidemocráticas

    A manosfera online seduz e radicaliza meninos e homens. Entrevista especial com Elisa García Mingo

    LER MAIS
  • Os Estados Unidos estão caminhando em direção a um estado de tecnovigilância em massa

    LER MAIS
  • Periferias: Nossa Gaza em câmera lenta? Artigo de Ricardo Queiroz Pinheiro

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    Solenidade de Pentecostes – O sopro do Espírito impulsiona para a missão. Comentário de Virma Barion

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

06 Junho 2025

Os bilionários da tecnologia a favor de Trump dizem que estamos enfrentando uma crise de civilização. O catolicismo gostaria de dizer uma palavra.

O artigo é de David E. De Cosse, diretor de Ética Religiosa e Católica e Programas de Ética Universitária no Centro Markkula de Ética Aplicada e Professor Associado Adjunto de Estudos Religiosos na Universidade de Santa Clara, publicada por National Catholic Reporter, 05-06-2025. 

Eis o artigo.

Em seu amplamente comentado "Manifesto Tecno-Otimista" de [2023], o bilionário e investidor de risco do Vale do Silício Marc Andreessen declarou: “Nossa civilização foi construída sobre a tecnologia. Nossa civilização é construída sobre a tecnologia”.

Já em seu livro de [1992], Cultura Excêntrica: Uma Teoria da Civilização Ocidental, o filósofo francês Rémi Brague afirmou: “A civilização da Europa cristã foi construída por pessoas cujo objetivo não era, de forma alguma, construir uma ‘civilização cristã’, mas sim aproveitar ao máximo as consequências de sua fé em Cristo”. Ele acrescentou: “O cristianismo não se interessa por si mesmo. Ele se interessa por Cristo”.

Tenho refletido sobre o abismo entre essas duas perspectivas sobre a origem da civilização — a primeira priorizando o poder da tecnologia, a segunda, a impotência de Cristo — à medida que bilionários da tecnologia colocam sua imensa fortuna a serviço do nacionalismo populista de Donald Trump, e o catolicismo da guerra cultural nos Estados Unidos embarca junto nessa jornada.

Claro, os líderes tecnológicos do Vale do Silício sempre foram politicamente ativos: muitos apoiaram democratas como Barack Obama. Mas, nos últimos anos, figuras como o homem mais rico do mundo, Elon Musk; o fundador do PayPal, Peter Thiel; Andreessen e outros passaram a apoiar o giro em direção a uma política trumpista pós-verdade, que promete o fim da cultura do cancelamento de esquerda, menos regulação sobre a tecnologia e uma democracia à beira do colapso.

Quem são esses caras — "tech bros" é uma descrição às vezes pejorativa de um homem hipermasculino que trabalha na indústria da tecnologia — e o que, em nome de Deus, eles estão pensando?

A resposta pode ser encontrada ao se considerar dois temas centrais, empatia e poder, que revelam o forte contraste entre a visão deles sobre a tecnologia e as exigências da fé cristã.

Ao interpretar os comentários dessas figuras, ajuda entender que uma narrativa está no centro de tudo: a do empreendedor tecnológico heroico e do contra, que desafia os críticos em massa, cria um produto engenhoso e, merecidamente, fatura milhões. Esse conto de fadas moderno coloca convenientemente o empreendedor tecnológico no centro de sua própria jornada do herói.

À primeira vista, essa história é elegante e atraente. Mas, por baixo da superfície, nem tanto. Uma falha recorrente é a forma como os bilionários da tecnologia de hoje endeusam sua condição de “vítimas” de supostas forças comunistas (muitas vezes, aos olhos deles, o próprio governo dos EUA), enquanto agrupam as vítimas reais em categorias amplas marcadas pela indiferença ou desprezo. Com isso, seguem o espírito de uma de suas autoras favoritas — a famosa libertária Ayn Rand (Thiel chamou Rand de “uma cristã até que razoável”) —, que fez das virtudes produtivas do empreendedor o auge da vida moral e desprezava os pobres e necessitados como “zeros econômicos” e a “escória da terra”.

Recentemente, Musk revelou essa dinâmica de reivindicar a vitimização às custas das vítimas reais quando afirmou, no podcast de Joe Rogan, que “a fraqueza fundamental da civilização ocidental é a empatia… o abuso da empatia”.

As declarações de Musk ocorreram em meio a críticas mais amplas e recentes à empatia, vista ora como compaixão sem reflexão, ora como um esforço problemático de se identificar com o outro de uma forma que enfraquece as exigências da verdade bíblica sobre a ética sexual tradicional.

Mas Musk foi movido por algo mais visceral: a perspectiva de que as sociedades ocidentais seriam destruídas ao admitirem migrantes pobres, supostamente incapazes de se assimilar e prontos para explorar a empatia que permitiu sua entrada.

Claro, a empatia pode ser explorada: Santo Agostinho já dizia isso. Mas, certamente, vista por uma lente católica, o desafio civilizacional é o oposto do que Musk afirma: o fato é que hoje vastos sistemas tecnológicos de riqueza e poder dependem, para sua manutenção, da negação da empatia e da criação de inimigos. A plataforma de mídia social X, de Musk, é uma das principais infratoras.

Além disso, ser feito à imagem divina significa que a empatia não é uma virtude acessória, mas reflete a natureza empática e trinitária de Deus, à cuja imagem todos foram criados.

Para Santo Agostinho, nada era mais devastador para a sustentação da sociedade do que o que ele chamava de desejo de dominação, ou libido dominandi (luxúria de dominar). Em A Cidade de Deus, ele narra como esse desejo pode começar no orgulho que vem com a prosperidade; é incubado no meio da cobiça, da sensualidade e da ambição; e depois se manifesta em alguém que força a dependência dos outros como consequência de ele próprio rejeitar, orgulhosamente, a dependência de Deus.

O relato de Agostinho sobre a luxúria de dominar capta as energias políticas sombrias escondidas por trás da eficiência reluzente dos tech bros de alto escalão que apoiam Trump.

A investida de Musk com a DOGE contra o governo federal em nome da eficiência transbordava desprezo pelos funcionários públicos que ele pretendia demitir. O influente teórico político do Vale do Silício Curtis Yarvin, com provocação irresponsável, afirma que Washington, D.C., "precisa de uma reinicialização completa — tão completa quanto a desnazificação da Alemanha em [1945], embora sem a mesma vingança". Thiel, por sua vez, descarta levianamente a responsabilidade política e afirma que a "grande tarefa dos libertários é encontrar uma fuga da política em todas as suas formas".

As mesmas energias sombrias da libido dominandi vieram à tona quando o presidente católico da Heritage Foundation, Kevin Roberts, disse em julho de [2024], sobre as mudanças que esperava de um segundo governo Trump: “Estamos no processo da segunda Revolução Americana, que permanecerá sem derramamento de sangue se a esquerda permitir”. No outono passado, Roberts apareceu na Conferência Reboot [2024], em San Francisco, em um evento que um jornalista de tecnologia chamou de “uma festa de debutantes” para a aliança entre os tech bros inspirados por Peter Thiel em San Francisco e a ultradireitista Heritage Foundation.

Acontece que a compreensão de Andreessen da tecnologia como um “ataque violento às forças do desconhecido, para forçá-las a se curvarem diante do homem” não é tão diferente da antiga ânsia católica de usar o poder do Estado para impor obediência.

Na Laudato Si', o Papa Francisco criticou o “paradigma tecnocrático”. Com isso, ele quis dizer a forma tóxica pela qual a tecnologia, o libertarianismo e a eficiência tornam-se uma lei incontestada e inexorável de poder, disrupção e progresso — não importando as exigências mais fundamentais da justiça e do amor, que têm seu fundamento no amor a Deus.

Em seu extenso estudo sobre o cristianismo e a queda do Império Romano, Santo Agostinho argumentou que não há lei da história senão uma: o drama inescapável da escolha entre as forças privatizantes e dominadoras do amor-próprio e o amor autossacrificial de Deus. Nenhuma afirmação empolada sobre o “explorar da empatia”, a necessidade de “desnazificar” o governo federal ou o apelo para escapar da política pode esconder as pretensões dos magnatas da tecnologia dentro desse drama inevitável.

Em seu manifesto, Andreessen afirma que o inimigo de nosso tempo é representado pelo Último Homem de Nietzsche: a pessoa que recusa o risco e a responsabilidade, e valoriza acima de tudo o conforto, a conformidade e a segurança. Sua solução: entre em cena o heroico empreendedor tecnológico que desafia tal apatia civilizatória! Mas isso está completamente errado (não há espaço na visão de Andreessen para a conformidade em massa com as mentiras de Trump) e representa uma cosmovisão que elevou a tecnologia a um lugar singular, às custas dos valores fundamentais que nos mantêm unidos.

Em vez disso, precisamos recuperar a ação heroica do amor que deu origem ao nosso mundo e aponta para um futuro de esperança: derramar água numa bacia e lavar os pés do nosso próximo.

Leia mais

  • A lei tributária de Trump, criticada por Musk, ameaça deixar 10,9 milhões de pessoas sem cobertura de saúde
  • EUA: tribunal declara que as tarifas de Trump são ilegais
  • Tarifas, fentanil e geopolítica. Artigo de Raimundo Viejo Viñas
  • É por isso que Trump mirou na China. E o que pode mudar agora?
  • Trump anuncia 'pausa' de 90 dias em seu tarifaço, mas sobe para 125% os impostos de produtos chineses
  • Por que Trump cedeu aos mercados com sua trégua tarifária
  • Trump eleva a 104% tarifas sobre importações da China
  • Risco de recessão global ganha força com tarifaço americano
  • Mercados despencam em meio a pânico após tarifaço de Trump
  • Trump ameaça China com mais tarifas caso mantenha retaliação
  • O principal alvo das tarifas dos EUA: China
  • Trump e América Latina e Caribe: Um laboratório de controle? Artigo de Carlos A. Romero, Carlos Luján, Guadalupe González, Juan Gabriel Tokatlian, Mônica Hirst
  • Mundo se prepara para guerra comercial após tarifas de Trump
  • "A fórmula tarifária de Trump receberia nota baixa em um curso básico de economia". Entrevista com Ben Golub
  • As tarifas de Trump. "Elas são uma escolha louca, entraremos em recessão e correremos o risco de outra guerra", afirma Francis Fukuyama
  • Casa Branca comemora após tarifas: “Estamos mais fortes agora.” Mas EUA está se dividindo
  • Como o Brasil quer se defender do "tarifaço" de Trump
  • Brasil sofrerá impactos moderados com taxação dos EUA; China e União Europeia serão os maiores prejudicados, avaliam especialistas
  • Lula diz que Brasil não ficará 'quieto' diante das tarifas de Trump; Alemanha exige 'reação firme'
  • Trump anuncia tarifas de 25% sobre "todos" os carros não fabricados nos EUA
  • Guerra comercial: por que Trump vai perder
  • Como Trump pode embaralhar o comércio global
  • Projeto 2025: como Donald Trump ameaça o mundo. Artigo de Mel Gurtov
  • Qual será o custo da guerra comercial de Donald Trump contra a União Europeia?
  • Com controle do Congresso e Suprema Corte, Trump não terá dificuldades para impor reformas conservadoras
  • Trump, a intensificação da estratégia contra a China. Artigo de Eduardo Garcia Granado
  • Quem é o 'Capitão Canadá' que enfureceu Trump ao aumentar tarifas elétricas nos EUA
  • Como a eleição dos EUA impacta a América Latina?
  • Eleições nos EUA refletem riscos no Brasil, alertam políticos em carta
  • Trump e o bezerro de ouro. Artigo de Paolo Naso
  • A Guerra de Trump
  • “Trump quer que todos se curvem à sua vontade imperial”. Entrevista com Larry Diamond, sociólogo

Notícias relacionadas

  • Evolução e fé cristã: semânticas em diálogo

    Quais as implicações da evolução científica para as semânticas da fé cristã? É possível conciliar ciência e fé, a part[...]

    LER MAIS
  • Interpretação teológica fundamental do Concílio Vaticano II. Artigo de Karl Rahner

    LER MAIS
  • "Nossas cidades são insustentáveis". Entrevista especial com Luciana Ferrara

    LER MAIS
  • ''A fé pode dar à razão a coragem de pensar''

    O desafio para a filosofia atual é ter mais audácia. É preciso não se deter na superfície. É preciso colocar os problemas fu[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados