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O nome às coisas. Artigo de Raniero La Valle

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07 Abril 2025

Nos Estados Unidos, a questão se complica porque, de um governo para o outro, os Estados Unidos parecem realizar até mesmo as ações mais hediondas, ostentando uma presunção de inocência.

O artigo é de Raniero La Valle, jornalista, ex-senador italiano, publicado por “Prima Loro”, 01-04-2025. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Segundo ele, "seria necessário dar aos Estados Unidos outro nome que corresponda à mesma consciência que eles e outros Estados semelhantes a eles, têm de si mesmos. Essa consciência é aquela de estar acima do bem e do mal, de desfrutar de uma espécie de supremacismo branco, anglo-saxão ou messiânico e religioso, de se comportar na presunção de que tudo lhes é concedido e tudo lhes é devido (e por que não a Groenlândia, o Panamá, as terras raras, a Palestina, Gaza?)".

"Então talvez - conclui - se devesse dar a eles um novo nome: não democracias e não autocracias, mas autolatrias. Ou melhor, já que eles fazem de si mesmos um ídolo e o adoram por própria conta, autoidolatrias".

Eis o artigo.

Caros amigos, tudo começou quando o homem, no jardim, deu nome às coisas. Dar nome às coisas é o primeiro passo para conhecê-las, dominá-las e, se necessário, combatê-las. É por isso que há tanta discussão sobre definir ou não Meloni como fascista, e se insiste na ladainha de agressor-agredido. Mas, na divisão maniqueísta do mundo, tão cara ao Ocidente, entre as chamadas “democracias” e as chamadas “autocracias”, onde colocar os Estados Unidos de Trump, que é eleito pelo voto popular, mas subverte as regras do poder, maltrata os juízes, governa por decretos executivos e quer conquistar a Groenlândia e o Canadá? E que nome dar a Israel, onde também se vota, mas que se define como estado étnico, exclusivo e confessional?

Para encontrar o nome apropriado, é preciso observar as pistas. Para os Estados Unidos, por exemplo, pode-se tomar uma componente identificadora do regime trumpiano, que é a deportação de migrantes no país e que, por várias razões, são considerados ilegítimos ou delinquentes, basicamente indesejáveis. Para fazer isso, Trump tirou do baú a Alien Enemies Act, que data de 1798, talvez nunca aplicada, exceto na Segunda Guerra Mundial, para internar e isolar os japoneses residentes nos Estados Unidos.

Os primeiros a sofrer as consequências foram os venezuelanos, 350.000 dos quais desfrutam do status de proteção temporária nos EUA, onde chegaram para escapar do regime de Chávez. Centenas deles, definidos como “estupradores, assassinos e gângsteres” pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, embarcados em três aviões, foram deportados para El Salvador, que recebeu 5 mil dólares por indivíduo e os aprisionou em um campo de detenção. Um juiz tentou parar os aviões em voo e levá-los de volta, mas a ordem não foi cumprida sob o pretexto de que eles não estavam mais no espaço aéreo dos EUA, e Trump definiu aquele magistrado como “um juiz lunático, esquerdista radical, agitador e provocador”.

Mas, como escreveu uma jornalista que trabalha para uma organização pelos direitos dos imigrantes, Sonali Kolhatkar, em um artigo divulgado na Itália pela respeitada agência Other News, de Roberto Savio, não se trata apenas de venezuelanos: qualquer um pode sumir a qualquer momento. O governo está focando em cidadãos estadunidenses negros. Está focando em acadêmicos de cor que trabalham ou estudam no país com documentos válidos, especialmente aqueles que são muçulmanos ou que buscam justiça para a Palestina. Todos correm o risco de serem mal vistos pelo poder. Relembrando o poema “First They Came” (Primeiro Eles Vieram) de Martin Niemöller, pode-se dizer que “hoje o governo está perseguindo venezuelanos e palestinos, amanhã poderia ser qualquer um de nós. Tolerar a crueldade anti-imigrante abre a porta para que todos nós sejamos vítimas de tal ferocidade. Ninguém está imune”.

Outra notícia, mais do que uma pista, é que há uma estreita relação de colaboração entre o exército israelense e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em Boston, inclusive no apoio à guerra de Gaza. Conforme revelado por um relatório “Science for Genocide” (Ciência para Genocídio), publicado por um grupo pró-palestino dentro da universidade, os laboratórios do MIT têm recebido, desde 2015, 3,7 milhões de dólares em financiamentos do Ministério da Defesa de Israel, destinados a projetos que visam desenvolver algoritmos para ajudar os enxames de drones a rastrear melhor os alvos em fuga, melhorar a tecnologia de vigilância subaquática e dar apoio a aeronaves militares na evasão de mísseis.

Desde 7 de outubro de 2023, dois desses projetos foram renovados, enquanto um expirou em dezembro de 2024. Além disso, o MIT mantém parcerias institucionais com empresas que vendem grandes quantidades de armas para Israel. Entre elas estão a Elbit Systems, a maior empreiteira militar de Israel, bem como a Maersk, a Lockheed Martin e a Caterpillar, parcerias que garantem enormes lucros aos cúmplices do genocídio e um acesso privilegiado ao talento e às competências do MIT. O exército de Israel, afirma o relatório, “é o único exército estrangeiro a financiar a pesquisa do MIT”. Como dizem os estudantes, o próprio regulamento do MIT exigiria que ele rompesse as parcerias com essas empresas caso existam “provas confiável de que suas atividades contribuem para a supressão dos direitos humanos”. Em resposta à publicação dos dados, o MIT bloqueou o acesso ao seu sistema interno de gestão dos financiamentos.

Tudo isso mostra o envolvimento estrutural dos EUA nas guerras de Israel, como até agora na guerra na Ucrânia, onde, como revelou o New York Times, da base dos EUA de Wiesbaden, Alemanha, os generais Mykhaylo Zabrodskyi e Christopher Donahue dirigiam as ações militares ucranianas no âmbito de uma operação chamada “Task Force Dragon”.

Muitas outras coisas poderiam ser citadas para questionar com base em qual direito, nacional e internacional, os Estados Unidos fazem tudo isso, e se isso os qualifica a serem contados entre as democracias ou as autocracias: uma atribuição aliás difícil também para outros países, a começar por Israel, com sua identidade de estado judeu, de um só povo, sem constituição e com uma capital eterna, e a alegação de ser em sua conduta militar “legibus solutus”. E tudo isso enquanto a condenação de Le Pen na França acende um clamor no mundo inteiro sobre as regras da democracia.

Nos Estados Unidos, a questão se complica porque, de um governo para o outro, os Estados Unidos parecem realizar até mesmo as ações mais hediondas, ostentando uma presunção de inocência.

Portanto, resulta difícil, mas não apenas com Trump, colocá-los simplesmente entre as “autocracias” ou as “democracias”, a distinção mágica que torna o Ocidente tão orgulhoso de pertencer a estas últimas. Para fins de clareza, seria necessário dar aos Estados Unidos outro nome que corresponda à mesma consciência que eles e outros Estados semelhantes a eles, têm de si mesmos. Essa consciência é aquela de estar acima do bem e do mal, de desfrutar de uma espécie de supremacismo branco, anglo-saxão ou messiânico e religioso, de se comportar na presunção de que tudo lhes é concedido e tudo lhes é devido (e por que não a Groenlândia, o Panamá, as terras raras, a Palestina, Gaza?) Então talvez se devesse dar a eles um novo nome: não democracias e não autocracias, mas autolatrias. Ou melhor, já que eles fazem de si mesmos um ídolo e o adoram por própria conta, autoidolatrias. 

Leia mais

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