• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Brincando com o clima em Bonn. Artigo de Javier Andaluz Prieto

Mais Lidos

  • O oxímoro que articula o título da entrevista está na base das reflexões que o autor traz sobre levarmos a sério o pensamento e os modos de vida dos Outros, não por acaso nossos povos indígenas, cuja literatura e a antropologia são caminhos que levam a novos horizontes

    A saída para as encruzilhadas no Antropoceno está não em nós mesmos, mas em nós-outros. Entrevista especial com Alexandre Nodari

    LER MAIS
  • Seríamos todos uberizáveis? Entrevista com Ludmila Costhek Abílio

    LER MAIS
  • “A resposta a Trump não deve ser voltar ao normal”. Entrevista com Michael Hardt

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    5º domingo de páscoa – Ano C – A comunidade do ressuscitado

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

22 Junho 2024

Embora muitos governos possam acreditar que estão ganhando algo com suas posições, a realidade é que estão presos em uma versão climática do dilema do prisioneiro.

O artigo é de de Javier Andaluz Prieto, publicado por El Salto, 21-06-2024.

Javier Andaluz Prieto é licenciado em Ciências Ambientais, especialista em Direitos Humanos e relações internacionais. Ele é ativista da Ecologistas en Acción Salamanca. Após vários anos de especialização nos movimentos climáticos europeus e internacionais, Javier é coordenador de clima e energia na Ecologistas en Acción desde 2018, representando a organização nas cúpulas internacionais do clima (COPs) e no Conselho Nacional do Clima da Espanha.

Eis o artigo.

A emergência climática não é um jogo e as negociações climáticas não podem responder à teoria dos jogos, ouviu-se em 15 de junho na sessão plenária final da última cúpula do clima realizada em Bonn, um encontro que deveria servir para aproximar posições e preparar o terreno para a XXIX Conferência sobre Mudança Climática (COP29), que ocorrerá em novembro em Baku (Azerbaijão). Os fenômenos meteorológicos extremos que estão se acelerando, como as chuvas torrenciais da tarde anterior em Múrcia e a sucessão de ondas de calor, deveriam ser suficientemente alarmantes para que os governos mundiais percebessem que se trata de colaborar, e não de competir. No entanto, os acordos climáticos internacionais resultam em um campo de jogo geoestratégico no qual parece que a estratégia vencedora é lançar acusações e bloquear avanços.

Embora muitos governos possam acreditar que estão ganhando algo com suas posições, a realidade é que estão presos em uma versão climática do dilema do prisioneiro. Esse dilema apresenta o caso de dois presos entrevistados separadamente a quem se oferece uma redução de pena se delatarem seu companheiro, embora, se não se delatarem mutuamente, seria difícil provar o delito. Nesse caso, o delito de que os governos são acusados é o de não fazer o suficiente diante da emergência climática, e a pena é perder a batalha contra a emergência climática.

Nossos prisioneiros encontram-se presos, justificando recorrentemente que é "o outro" quem tem que agir. Assim, de um lado está o prisioneiro do Norte Global, que tenta que ninguém repare nos séculos que passou extraindo e queimando combustíveis fósseis e quer zerar o marcador para que se esqueçam seus antecedentes históricos. A responsabilidade moral que lhe atribui seu cúmplice do Sul é respondida com um "Mas você já sabia como era!" e as reparações históricas que ele reclama nem sequer são levadas a sério.

"Se algo nos mostra o dilema é que, embora contraintuitiva para as partes envolvidas, a melhor opção é agir com altruísmo cego"

Por outro lado, o prisioneiro do Sul Global tenta repetir os passos errôneos de seu cúmplice do Norte, sob o pretexto de dizer "Eu também tenho direito". Procura que ninguém ponha fim às suas aspirações e oculta sob seu disfarce interesses fósseis que não deveria legitimar. Um desfecho ruim nos espera se continuar nesse caminho, se não aprender com os erros do Norte e seguir sem optar por fazer as coisas muito melhor.

No entanto, se algo nos mostra o dilema é que, embora contraintuitiva para as partes envolvidas, a melhor opção é agir com altruísmo cego: não se delatar, assumir que ambos são cúmplices do mesmo delito e confiar que o outro cumpra com sua parte. A melhor estratégia é que ambos deixem de buscar no comportamento do outro a desculpa para proteger seus benefícios. O que aconteceria se os países assumissem essa realidade?

"Quantos conflitos e emissões poderiam ser evitados se, em vez de gastar na indústria da morte, financiássemos a vida?"

Para começar, os países do Norte Global que se negaram a propor um novo objetivo de financiamento climático garantiriam fundos públicos e suficientes. Assim, em vez de ignorar a proposta da África do Sul de 1,3 trilhões de dólares anuais, começariam a criar uma forma de dispor desses fundos. Deixando para trás a desculpa recorrente (que ninguém acredita) de que não há dinheiro, basta ver como, segundo o Transnational Institute, Stop Wapenhandel e Tipping Point, chegamos a gastar até 2,24 trilhões de dólares em despesas militares, ou os 91,4 bilhões que custou manter o armamento nuclear em 2023, como nos lembra a Campanha pela Abolição das Armas Nucleares. Quantos conflitos e emissões poderiam ser evitados se, em vez de gastar na indústria da morte, financiássemos a vida?

Também esse Norte Global deveria deixar sua atitude hipócrita de pedir a outros países financiamento ou recorrer a empresas privadas e filantropias, e tomar medidas fiscais que cumpram a obrigação de "quem polui paga" (e repara, já que estamos). Poderia também deixar de confiar em um sistema de mercado mundial que trouxe as múltiplas crises que enfrentamos e reformar as regras do jogo para que questões como a dívida externa, ilegítima em muitos casos, não continuem sufocando os países mais vulneráveis.

De fato, instituições como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional são diretamente responsáveis pela dependência dos combustíveis fósseis, já que amarraram muitos países a devolver suas dívidas por meio da exportação de petróleo. O consequente calote (se deixassem de exportar petróleo) os submeteria a duras medidas de "disciplina econômica" como a desvalorização de sua moeda ou a falta de acesso a fontes de financiamento internacional. Essa estratégia oculta a perpetuação de um modelo colonial de servidão do Sul ao Norte Global que deve cessar imediatamente com, entre outras medidas, a reforma integral dos bancos multilaterais, a condenação da dívida e um financiamento climático baseado em ajudas ou empréstimos sem juros.

Arábia Saudita, Emirados Árabes ou China parecem ter esquecido em Bonn o acordo de Dubai de "transição para fora" dos fósseis.

E se todas essas ações fossem realizadas pelo Norte, muitos países do Sul Global ficariam sem justificativa para continuar com a extração de combustíveis fósseis. Isso revelaria muitos dos países petrolíferos que, escondidos sob o pretexto da "necessidade de desenvolvimento", tentam conservar os imensos lucros que a extração e o tráfico de combustíveis fósseis lhes proporcionam. Países como Arábia Saudita, Emirados Árabes ou China, que em Bonn parecem ter esquecido o acordo de Dubai de "transicionar para fora" dos fósseis. Esses governos persistem em tentar, de forma desonesta, bloquear um programa de trabalho sobre a redução de emissões que é fundamental, se quisermos estabilizar o aumento da temperatura global em 1,5ºC até o final do século.

A triste realidade é que, por enquanto, quem continua preso e sem futuro são países muito vulneráveis como os pequenos estados insulares, que ano após ano nos lembram que sua sobrevivência não é negociável. Também é prisioneira a sociedade civil, que grita nos corredores que estamos chegando tarde demais e que o atraso acumulado ano após ano é injustificável. A falta de atenção às suas demandas não é apenas resultado da surdez dos governos, mas também de uma estratégia comunicativa que tende a focar a atenção da mídia em fatos superficiais, em vez de abordar profundamente as soluções.

A próxima cúpula em Baku não parece ser muito melhor. Será uma cúpula que repetirá o erro de uma presidência ligada à exportação de combustíveis fósseis e em um país onde os Direitos Humanos não são respeitados. Uma cúpula que não é percebida como de especial importância nos países do Norte Global, já que se concentrará nos temas de financiamento, e será a falta de atenção que tornará ainda mais fácil bloquear um financiamento climático à altura das circunstâncias, especialmente diante da ausência de pressão na opinião pública dos países com maior responsabilidade histórica. Sem fechar um financiamento adequado, não será possível avançar na redução das emissões, aumentará ainda mais a desconfiança entre os países e, se já estamos fazendo muito pouco, faremos ainda menos.

A próxima cúpula do clima em Baku não será um passeio idílico, mas sim uma nova batalha para que os governos façam mais.

A luta pela justiça climática se torna, cúpula após cúpula, mais difícil. Nela, a frustração e a procrastinação colidem com a realidade de viver em um mundo em estado de emergência climática. Este espaço continua sendo a única forma de fazer com que os governos concordem em avançar na redução das emissões, mas também é uma oportunidade para exigir reparações climáticas históricas do Norte para o Sul Global. Este reconhecimento da dívida climática não virá pela bondade dos governos, mas sim pela pressão da sociedade civil que, de todos os lados, exige a mudança sistêmica de que precisamos. A próxima cúpula do clima em Baku não será um passeio idílico, mas sim uma nova batalha para que os governos façam mais. Diante da cegueira da comunidade internacional, as ativistas repetirão incansavelmente: que eles reconheçam que a melhor estratégia é fazer tudo o que for possível sem esperar nada em troca.

Leia mais

  • Países ricos recebem quase todo o financiamento climático existente, diz estudo
  • Prova de fogo para o financiamento climático na COP28
  • As 25 maiores empresas petrolíferas poderiam ter pago a sua parte nos danos climáticos e ainda assim obter lucros
  • A Torre de Babel das mudanças climáticas. Artigo de Carlos Bocuhy
  • Grandes bancos internacionais financiaram a petroleira Shell com 56,8 bilhões de dólares, desde o Acordo de Paris
  • Seca na Amazônia: a outra face dos eventos climáticos extremos
  • Amazônia sob extremos climáticos: temporais no Acre, seca e fogo em Roraima
  • Extremos climáticos: após sofrer com seca, Manaus enfrenta fortes chuvas e inundações
  • Anfitriões da COP28, Emirados Árabes ignoraram emissões de metano por quase uma década
  • Sem clima para transição, América Latina insiste em combustíveis fósseis
  • Petrobras prevê recorde de petróleo e pode frear redução de emissão de gases estufa
  • “As empresas de energia buscam obter mais lucros com o petróleo e o gás, não deter o aquecimento global”. Entrevista com David Tong
  • Produção de petróleo e gás natural emite mais metano do que se estimava
  • “Precisamos de um novo modelo que acabe com o negócio do petróleo e o gás”. Entrevista com Marco Tedesco
  • Quando o mundo chegará ao patamar de 1,5º Celsius? Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Os 9 anos mais quentes e o Planeta se aproximando do limite de 1,5º Celsius. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • A exploração de petróleo na Amazônia e o passaporte para o inferno climático. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Cooperativas de garimpeiros têm sido utilizadas para exploração mineral na Amazônia
  • Narrativa falaciosa de exploração de nióbio na Amazônia pode comprometer os ecossistemas
  • Exploração petrolífera pode extinguir bioma único na Amazônia, diz ONG
  • O fracasso do Acordo de Paris, causas e alternativas
  • Planos de produção de combustíveis fósseis dos governos estão além dos objetivos do Acordo de Paris
  • Organizações lançam minimanual sobre Conferências do Clima e Acordo de Paris
  • Grandes bancos internacionais financiaram a petroleira Shell com 56,8 bilhões de dólares, desde o Acordo de Paris
  • EUA. Bispos precisam deixar a “apatia” sobre investimento em combustível fóssil
  • Limitar a extração de combustível fóssil para manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C

Notícias relacionadas

  • FLM é incentivada a rever investimentos em empresas de combustíveis fósseis

    Bispa Elizabeth A. Eaton, presidente da ELCA, discursando na Assembleia Geral em Nova Orleans (Foto: Reprodução/ELCA) As aç[...]

    LER MAIS
  • A indústria petrolífera e a morte dos recifes de corais em todo o mundo

    LER MAIS
  • Brasil licencia nova termelétrica a carvão

    LER MAIS
  • Igreja Luterana da América adere ao desinvestimento em combustíveis fósseis

    Cerca de 500 instituições em mais de 60 países no mundo todo já aderiram à chamada para o desinvestimento em combustíveis f[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados