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03 Julho 2023

"Mesmo diante da agressão de um país (Rússia) contra outro (Ucrânia) não se cansou de proclamar a necessidade de iniciar negociações, estabelecer tréguas, buscar um terreno de encontro, pelo menos humanitário. Realizou um gesto de humildade sem precedentes ao ir até o embaixador russo em vez de convocá-lo ao Vaticano, mostrando com isso que a causa da paz merece sacrifícios. Enviou para a Ucrânia e depois para a Rússia um seu mensageiro, o card. Zuppi, com o intuito de favorecer pelo menos o início de um diálogo sem o qual nenhuma paz jamais poderá existir", escreve Salvatore Settis, ex-diretor da Scuola Normale Superiore di Pisa, em artigo publicado por La Stampa, 01-07-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Talvez ninguém no mundo esteja tão exposto à atenção pública quanto o Papa Francisco, em especial enquanto sobre a Europa sopram os ventos da guerra. No entanto, talvez a novidade e o alcance de sua mensagem ainda não nos estejam completamente claros. Seus apelos pela paz são facilmente mal interpretados, como se repetissem o vão apelo de Bento XV (1917) contra a "matança inútil" da Primeira Guerra Mundial. Sem contar aqueles que buscam nas palavras do papa argentino a intenção de ficar do lado da Rússia, ou de não apoiar o suficiente a Ucrânia.

Banalizações tão grosseiras são reveladoras à sua própria maneira. Mesmo para aqueles que são de boa-fé é difícil apreender o essencial: com o Papa Bergoglio chegou a plena maturação o processo de transição da instituição-papado de hierocracia entrincheirada dentro de uma soberania regional (a Igreja de Pio IX) para o livre exercício da diplomacia global. O pensamento de Francisco pressupõe uma nova concepção de sua missão pastoral, que com plena consciência fala principalmente aos católicos (de longe a mais numerosa das confissões cristãs), mas dentro de um cenário que se propõe alcançar os recantos mais remotos do mundo.

Em um livro rico e penetrante de Daniele Menozzi (Il papato di Francesco in prospettiva storica, Morcelliana) encontramos a principal chave de leitura: para este Papa “não se trata de ler a história através dos esquemas culturais do passado”, mas “tirar um melhor e diferente entendimento do Evangelho do incessante devir dos acontecimentos humanos". Disso a insistência de Francisco nos "sinais dos tempos": em vez de se sentir assediada por eles, a Igreja deve saber percebê-los, deixar que a orientar numa releitura do Evangelho que também emerja da realidade histórica atual. "Não é o Evangelho que muda, somos nós que com o tempo passamos a entender melhor o seu significado". João XXIII já havia articulado um pensamento desse tipo, do qual não pode escapar uma importante implicação: todas as interpretações da Escritura são historicamente determinadas.

Entre os "sinais dos tempos" que marcam a pregação de Francisco, recordamos aqui apenas dois: a emergência ecológica e a guerra. Segundo um dos textos fundadores do pensamento ecológico, a famosa conferência de Lynn White Jr. sobre as Raízes culturais de nossa crise ecológica (1966), a devastação do mundo pelo homem resulta da convergência de um pensamento próprio do cristianismo ocidental (o homem é senhor da natureza) e da cega “fé baconiana que identifica conhecimento científico e domínio tecnológico da natureza”. White, portanto, imputava em grande parte à religião a crise na relação entre o homem e a natureza, mas indicava a única possível solução desse antigo conflito em uma nova religiosidade, aquela de São Francisco de Assis, “o maior radical da história cristã depois do próprio Jesus”. Bastante fácil encontrar consonâncias com a encíclica Laudato si' (2015), onde outros temas do nosso tempo encontram eco sonoro: o crescimento das megalópoles, a privatização dos espaços, a segregação das classes sociais e a formação de guetos urbanos. Inspirada pelo Evangelho, a encíclica está em plena sintonia com os “sinais dos tempos”, com o relógio dos movimentos ecológicos. Assinala que “uma verdadeira abordagem ecológica se torna sempre uma abordagem social”, e que “o grito da terra” se confunde com “o grito dos pobres”. É orientada em um eixo religioso, mas ao mesmo tempo segundo coordenadas ético-políticas. Não fala só aos católicos, mas a todos os seres humanos.

O mesmo deve ser dito da atitude de Francisco em relação à guerra, que a dramática invasão da Ucrânia pela Rússia tornou-o extremamente atual. O Papa rejeitou como linha de princípio qualquer ideia de "guerra justa", que uma parte das igrejas ortodoxas continuou a desfraldar. Ele levantou o espectro de “uma terceira guerra mundial em pedaços". Retomou o ensinamento de João XXIII, segundo o qual a ameaça das armas atômicas obriga a humanidade a repensar qualquer forma de guerra, colocando como único objetivo a paz. Superou as hesitações ou ambiguidades de seus predecessores (e do próprio Concílio Vaticano II) e na encíclica Fratelli tutti, rejeitou toda forma de guerra "santa" ou "justa". Mesmo diante da agressão de um país (Rússia) contra outro (Ucrânia) não se cansou de proclamar a necessidade de iniciar negociações, estabelecer tréguas, buscar um terreno de encontro, pelo menos humanitário. Realizou um gesto de humildade sem precedentes ao ir até o embaixador russo em vez de convocá-lo ao Vaticano, mostrando com isso que a causa da paz merece sacrifícios. Enviou para a Ucrânia e depois para a Rússia um seu mensageiro, o card. Zuppi, com o intuito de favorecer pelo menos o início de um diálogo sem o qual nenhuma paz jamais poderá existir. Ele relançou e esclareceu “a instância evangélica da não-violência ativa” (conforme Menozzi). Leu à luz do Evangelho “os sinais dos tempos”, a espada de Dâmocles de uma catástrofe nuclear longe de impossível, também pelas fraturas e conflitos que, como se viu na tentativa de Prigozhin, se abrem dentro da própria Rússia, tangendo perigosamente os arsenais nucleares.

Mas há outro "sinal dos tempos" que somos chamados a ler, com plena responsabilidade de cidadãos. Se o Papa convidar de todas as formas as partes em conflito ao diálogo e à negociação, em nome do Evangelho, mas também de uma concepção leiga da diplomacia, por que essas suas calorosas invocações às vezes são confundidas com posições pró-russas, ou até mesmo ignoradas ou marginalizadas pelas mídias? Alguma vez já foi vista uma guerra terminar sem algum acordo entre as partes em conflito? Por que em um país, a Itália, cuja Constituição em termos inequívocos "repudia a guerra como meio de solução das controvérsias internacionais" (art. 11), os apelos sinceros do Papa pela paz são tomados como sinais de fraqueza? Por que a ameaça das armas atômicas, que tanto angustia este pontífice que veio de longe, não assusta igualmente a todos nós? As palavras de Cesare Pavese (1950) aplicam-se a todas as guerras (também a esta): “Toda guerra é uma guerra civil. Cada caído se parece com quem fica, e lhe pede explicação”.

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