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Um vírus que se tornou uma doença social. Artigo de Salvatore Settis

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20 Janeiro 2022

 

"A Covid é uma doença do corpo individual, mas também do corpo social: aumenta as desigualdades e a injustiça social, multiplica as diferenças de classe e renda, espalha ansiedade, frustração e transtornos psíquicos principalmente entre os jovens, marginaliza os mais frágeis, torna incurável as diversidades. Fere o corpo e a alma, o indivíduo e a comunidade. Quando decidiremos entender que esta pandemia e as outras que se seguirão encontram terreno fértil não apenas nas persistentes deficiências da saúde pública, mas também no hábito cego de colocar o indivíduo no centro e não o interesse da coletividade como gostaria a Constituição?", escreve o arqueólogo e historiador da arte italiano Salvatore Settis, ex-diretor da Scuola Normale Superiore di Pisa, em artigo publicado por La Stampa, 19-01-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Mesmo com hesitações e adiamentos que não honram a ninguém, a orientação do governo para uma extensa obrigação vacinal finalmente parece clara. Esta é uma boa notícia, assim como a proposta da CGIL de estender ainda mais a obrigação. Mas não é suficiente. A véspera das eleições para o novo Chefe de Estado muda radicalmente as cartas na mesa. No governo Conte 2 e durante longos meses do governo Draghi, a Itália conseguiu, apesar de tudo, dar um exemplo de coerência e continuidade nas medidas antivírus, mas a iminência das votações e as incógnitas decorrentes (também para a hipótese de uma passagem por Draghi de primeiro-ministro a presidente) tirou lucidez ao debate político.

Para muitos, o problema central não parece mais ser a Covid-19, mas o jogo entre os partidos com os olhos fixos não na saúde da coletividade, mas no cargo mais alto. As resistências estão crescendo, multiplicam-se as nuances, não se vai em busca da solução técnica mais razoável, mas de algum compromisso político à disposição. Assim será até a eleição do presidente e talvez até depois: justamente enquanto a Ômicron se difunde de forma galopante. Isso não é um bom sinal: a pandemia, que exigiria uma abordagem compartilhada, torna-se um terreno de confronto político com um fim completamente diferente em mente. Como se o próximo presidente, seja quem for, pudesse ter o poder taumatúrgico para derrotar o contágio.

Pela segunda vez após o surto inicial de infecções em fevereiro de 2020, a Itália se encontra, apesar de todos os esforços, na desconfortável posição de protagonista de um teste de estresse não tanto e não apenas sobre o vírus, mas sobre as consequências políticas e sociais das relativas medidas de combate. Um prazo político crucial como a eleição do Chefe de Estado é uma peculiaridade italiana do momento, mas a pandemia e suas consequências são um eficaz teste decisivo em todo o mundo que destaca alguns problemas graves que afligem atualmente as nossas sociedades.

O mais evidente talvez seja a cacofonia de vozes, dados, estatísticas, avaliações, previsões contraditórias pelas quais somos bombardeados todos os dias: dentro de cada país multiplicam-se previsões conflitantes, vozes desafinadas que se recusam a ver o perigo mesmo que as esteja matando. Aparecem continuamente normas muitas vezes incoerentes de autoridades nacionais e locais em guerra entre si. Países vizinhos e similares fazem bem pouco para adotar critérios de juízo, não digo idênticos, mas ao menos compatíveis; cresce a cada dia a desconfiança em relação à confiabilidade dos números (infectados, hospitalizados, mortos) distribuídos por alguns países com governos mais ou menos autoritários. A voz das instituições internacionais, desde as europeias até a OMS, não consegue acalmar tanta desordem, aliás corre o risco de ser sufocada por ela.

O ruído de fundo dessa confusão entre demasiados discursos de pouco efeito supera qualquer tentativa de olhar para o recente passado para identificar possíveis causas sociopolíticas da situação atual ou qualquer projeto de maior alcance para o futuro. Por exemplo, a necessária vacinação global de todas as populações do planeta permanece, afinal, à margem da discussão pública e, enquanto em países opulentos como a Itália, discute-se interminavelmente sobre o Green Pass, pelo menos três bilhões de pessoas não tem acesso a qualquer vacina ou tratamento.

Consolamo-nos, ao que parece, com as estatísticas segundo as quais nos países mais pobres da África a taxa de infectados é baixa: mas se for isso (assumindo que os dados sejam confiáveis) é apenas porque naqueles países a idade média é bastante baixa (17 anos em Moçambique), e o vírus atinge menos os mais jovens. Há realmente bem pouco para rir. Para generalizar o uso de vacinas (mesmo aquelas ainda em estudo, que serão ainda mais eficazes) seria necessário liberalizar ao máximo a produção de medicamentos, suspendendo as patentes e incentivando a disseminação do conhecimento e a comparação entre as diversas linhas de pesquisa, como já acontece há anos com as vacinas contra a gripe (Ugo Pagano escreveu muito bem sobre isso no L'Espresso em 27 de julho passado). Esse objetivo tem fortes razões éticas e políticas, mas também sanitárias: todos seríamos postos em segurança pela difusão universal das vacinas.

Ainda menos presente no debate público é o nexo indubitável entre a rápida mutação deste e de outros vírus e as criações intensivas, onde bilhões de animais são empilhados uns sobre os outros em espaços muito restritos: aumenta assim o lucro dos criadores, mas também a sofrimento dos animais e a taxa de mutação dos agentes infecciosos.

Mas por que se fala tão pouco sobre isso, e por que aqueles que negam o contágio e desvalorizam as vacinas não levam em conta esses dados? Por que, aliás, surgem novas fazendas intensivas como se nada estivesse acontecendo? Se um dado certo como este é removido, é também porque, como escreveu Piero Bevilacqua no Manifesto (6 de janeiro), há quem pratique sem remorsos uma arrogância antropocêntrica, um "mundo sem natureza" onde (suas) teorias prevalecem sobre a evidência dos fatos. Uma atitude bem descrita por Telmo Pievani em seu recente Serendipità (editora Cortina): "Se os fatos contradizem nossas convicções, pior para os fatos".

As estranhas convergências paralelas entre populismos de direita e intelectualidade de "esquerda" na Itália (La Stampa, 18 de agosto de 2021) também se refletem em outros países prósperos, onde, como entre os italianos, o debate tende a se afastar do turbulento terreno da saúde coletiva a escorregar para as falsas certezas de uma liberdade individual alinhada de fato com instâncias e mitos neoliberais. Ignora-se assim a crescente necessidade de considerar o conhecimento científico um bem comum a ser usado em favor da humanidade como um todo, e não desta ou daquela empresa farmacêutica.

Nada como a inovação biomédica deveria ser considerada um bem público, e isso é demonstrado perfeitamente por um estudo de Massimo Florio apresentado ao Parlamento Europeu em sintonia com as recomendações do Fdd (Fórum desigualdades e diversidades). A proposta, ousada e simples ao mesmo tempo, é criar, segundo o modelo do CERN, uma infraestrutura pública europeia para a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos para o tratamento de doenças infecciosas (Micromega, 5 de janeiro).

ACovid é uma doença do corpo individual, mas também do corpo social: aumenta as desigualdades e a injustiça social, multiplica as diferenças de classe e renda, espalha ansiedade, frustração e transtornos psíquicos principalmente entre os jovens, marginaliza os mais frágeis, torna incurável as diversidades. Fere o corpo e a alma, o indivíduo e a comunidade. Quando decidiremos entender que esta pandemia e as outras que se seguirão encontram terreno fértil não apenas nas persistentes deficiências da saúde pública, mas também no hábito cego de colocar o indivíduo no centro e não o interesse da coletividade como gostaria a Constituição?

 

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