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As feridas cada vez mais abertas. As acusações da Unicef e da Oxfam

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19 Janeiro 2022

 

A cena dói só de imaginar. É 7 de dezembro e, na capital nigeriana Abuja, as autoridades organizam uma cerimônia sinistra e espetacular: a destruição sob as lagartas das escavadeiras de um milhão de doses da vacina AstraZeneca enviadas pelo Ocidente quando estavam muito próximas do vencimento para serem aplicadas. Um ato demonstrativo e abertamente polêmico: o país, que, com seus 206 milhões de habitantes, é o mais populoso da África, não concorda em ser considerado uma espécie de 'sala das vassouras' do planeta, um grito de raiva do coração de um continente com um bilhão e 200 milhões de habitantes, dos quais menos de um quarto recebeu até agora pelo menos uma dose.

 

O comentário é de Francesco Ognibene, publicado por Avvenire, 18-01-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

 

Projetada em escala global, o número já modesto é ainda mais reduzido: das 100 vacinações aplicadas no planeta, apenas 3,4 ocorreram em solo africano. Um enorme atraso que a Organização Mundial de Saúde tinha pensado em contornar com o lançamento do programa Covax para reequilibrar a difusão de vacinas, baseado no mecanismo virtuoso das doações das quais, no entanto, agora nos é revelada uma face realmente pouco altruísta. Será que a parte mais rica do mundo só pensou em se proteger?

Tínhamos pistas vistosas, porém agora podemos ver que fez isso não apenas deixando o resto da humanidade para trás tanto que o perdeu de vista, mas também se maculando como mesquinha com o cálculo de enviar as sobras (em vencimento) de um almoço já fartamente servido (e no caso dos no-vax inacreditavelmente rejeitado pelos beneficiários).

A denúncia da brutal injustiça de embalar como uma generosa doação medicamentos cuja inutilidade é quase certa não é "tendenciosa", mas vem da ONU através da Unicef, que em um relatório ao Parlamento Europeu falou em 100 milhões de doses destruídas ou até mesmo devolvidas ao remetente por países pobres de todo o mundo por não possuírem o requisito mínimo que adotamos até mesmo na hora de comprar um iogurte: um prazo de validade que deixasse uma margem de tempo suficiente para não ter que eliminar o produto (que, aliás, teria sido melhor entregar com geladeira e seringas).

Que tipo de solidariedade é essa destinada a se autodestruir, não importa se por maldade ou desleixo? Serve para mostrar valores impressionantes – foi no domingo o anúncio de que o Covax ultrapassou o bilhão de doses enviadas até para os cantos mais esquecidos da terra - mas nem sempre atinge seu objetivo. E quando falha corre o risco de comprometer a credibilidade de todo o sistema. É, portanto, do interesse de todos, a começar pelos doadores mais sinceros, exigir que na ajuda aos pobres não haja a menor sombra de iniquidade, cálculo ou aproximação, atitudes que onde a pandemia ainda corre praticamente imperturbada acabam por trair a confiança na humanidade.

As mesmas cenas de Abuja - como Matteo Fraschini Koffi documentou nestas páginas em 15 de janeiro em uma preciosa matéria da capital senegalesa Dakar - se repetiram em outras partes da África, do Sudão do Sul ao Malawi, com taxas de vacinação ainda mais baixas do que na Nigéria, onde as barreiras contra o Covid atingiram apenas 5,86% da população, quando na Itália estamos praticamente em 90. Um desequilíbrio espantoso, ao qual a farsa das doses quase vencidas acrescentou um toque de insuportável vulgaridade.

A impressão de uma expansão da área de desequilíbrio infelizmente encontra confirmação e amplificação no Relatório que a Oxfam – associação global que luta contra o subdesenvolvimento – entregou ontem, como tradição, enquanto o Fórum Econômico Mundial se iniciava em Davos. Dois anos de pandemia mais que dobraram os dez maiores patrimônios do mundo, levando com o mesmo indiferente movimento global 163 milhões de pessoas ao limiar da pobreza, para a ravina da miséria. Como se o vírus tivesse se tornado um negócio inesperado para alguns homens, privando outros – infinitamente mais – até do essencial para sobreviver.

Mesmo os países em que vive a multidão de despossuídos mostram uma duplicação: mas se refere às taxas de mortalidade por Covid em comparação com as nações abastadas, aquelas que doam as vacinas quase vencidas, sofisticadas migalhas da mesa de Epulão. À nossa porta o abandono em que jaz Lázaro continua a nos julgar. Nem mesmo a pandemia, que há dois anos une a humanidade na mesma duríssima prova, consegue, portanto, mostrar que ele é nosso irmão?

 

Leia mais

 

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  • África. Contágios crescem 54% com o risco de um “apartheid sanitário”
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  • Coronavírus, aquele bilhão de doses na geladeira que condenou a África
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