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21 Março 2020

“Se acreditamos, como ressalta Zizek, que mudanças ideológicas só se tornam possíveis após um 'grande milagre', então talvez não seja tolice acreditar que o fim do coronavírus (‘o grande milagre’) seja a porta de entrada para uma nova e desconhecida mudança, onde a ideologia deixe de ser uma visão de mundo pensada por poucos e acreditada por muitos”, escreve Ernesto Hadida, jornalista econômico, em artigo publicado por BAE Negocios, 19-03-2020. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

As medidas de resgate da economia que o mundo parece estar coordenando nas últimas horas, diante do impacto negativo da Covid-19, dão esperança aos países emergentes da periferia de sair dessa crise através de um impulso com uma grande combinação de medidas keynesianas. No centro do mundo, as coisas podem não ser tão assim.

As razões são duas. A primeira se refere a práxis dos grandes operadores do mercado, que se corresponde com a incerteza financeira, econômica, social e política desencadeada pela pandemia. De fato, ninguém sabe ao certo quando isso terminará ou qual será seu impacto final na economia, portanto, os estímulos fiscais nos Estados Unidos e na Europa ainda são menores do que aqueles que ocorreram na crise de 2008. O governo Trump propõe um envio massivo de cheques aos cidadãos, nas próximas duas semanas, e promove um pacote de estímulo de 850 bilhões de dólares, enquanto a União Europeia injetará 400 bilhões para evitar o colapso da economia.

A outra razão é ideológica, que é muito mais importante do que a prática, pois é a ideologia que impulsiona a tomada de decisões. E apesar do fato de que, ultimamente, o mundo vive, em razão do coronavírus, uma “mudança de época” intelectual, em que o depreciado Estado de bem-estar social do pós-guerra retornaria pelas mãos desses pacotes de estímulo que governos neoconservadores e neoliberais, como os dos Estados Unidos, França, Alemanha e Itália estão forçados a tomar, por causa da profundidade da crise, de fato, é muito provável que isso não aconteça tão rapidamente.

A razão é muito simples: entre aqueles que tomam decisões importantes no mundo - ou seja, aqueles que afetam milhões de seres humanos -, a ideologia costuma se comportar em diferentes momentos ou fases, assim como uma epidemia.

Sendo assim, para o pensador esloveno, Slavoj Zizek, o primeiro momento da ideologia é o de “convencer-nos da verdade”. Isso é basicamente a aplicação de “um conjunto de doutrinas e conceitos” destinados a nos convencer de sua “verdade” e, no entanto, “a serviço de algum interesse de poder não confessado”. Zizek fala assim da ideologia religiosa da Idade Média e da ideologia capitalista. Essa fase pode ser comparada à da primeira e sutil fase das pandemias, em que as sociedades reagem protegendo apenas seus interesses econômicos e políticos.

Em segundo lugar, a ideologia é materializada através das práticas, mecanismos e instituições que a acomodam. E entram em ação os aparatos ideológicos do Estado, que operam como uma ordem reguladora, através de regras implícitas e explícitas de submissão e de suas instituições (escola, universidade, igreja, os meios de comunicação e agora as redes sociais). O estado de exceção, catástrofe e quarentena obrigatória, corresponde à segunda fase da epidemia, a do reconhecimento. Nesta fase, as pessoas reagem exigindo explicações e aceitando as que o Estado lhes dá, ainda que isso retire seus direitos.

Contudo, o mais complexo talvez seja o terceiro momento, em que a ideologia tenta desaparecer como um fantasma, que apenas se relacionam com a ideologia pela negatividade. Como Zizek aponta, a ideologia tenta se tornar uma não-ideologia quando se transforma em uma “incerta rede de atitudes e pressupostos implícitos, quase ‘espontâneos’, que constituem um momento irredutível da reprodução das práticas ‘não-ideológicas’ (econômicas, legais, políticas)”.

Essa estratégia de ideologia é a terceira etapa, aquela que tenta nos fazer pensar que "todos atiramos para o mesmo lado”, em meio à pandemia, apagando em grande medida o que é a ideologia: um conjunto de emoções, ideias e crenças coletivas, reproduzido por um grupo dominante, especialmente interessado em gerar influência, liderança e controle desse coletivo. Essa fase da epidemia coincide com o pânico generalizado dos cidadãos, pois sem pânico seria impossível esquecer nossas diferenças sociais, políticas, econômicas e, sobretudo, ideológicas.

Nesse contexto, a grande questão permanece sendo onde estamos como nação: se na terceira ou segunda fase. Mas se acreditamos, como ressalta Zizek, que mudanças ideológicas só se tornam possíveis após um “grande milagre”, então talvez não seja tolice acreditar que o fim do coronavírus (“o grande milagre”) seja a porta de entrada para uma nova e desconhecida mudança, onde a ideologia deixe de ser uma visão de mundo pensada por poucos e acreditada por muitos.

 

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