Ataques à flotilha não irão nos intimidar. Seguimos em frente, porque Gaza pede socorro. Artigo de Gabi Tolotti

Foto: Tan Safi | Coalizão da Flotilha da Liberdade

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16 Setembro 2025

Estamos aqui porque os governos têm se mostrado incapazes de agir diante de décadas de repetidas violações de direitos humanos.

O artigo é de Gabi Tolotti, integrante da Flotilha Global Sumud e presidente do PSOL-RS, publicado por Sul21, 15-09-2025.

Eis o artigo.

Em menos de 48 horas, a Flotilha Global Sumud foi alvo de dois ataques enquanto estava atracada nos arredores da Tunísia. Na noite de 8 de setembro, o Family Boat, uma das principais embarcações, foi atingido por um artefato incendiário que provocou um incêndio a bordo, rapidamente controlado pela tripulação. No dia seguinte, o mesmo ocorreu com o barco Alma, em circunstâncias semelhantes.

Investigadores independentes apontam que as munições podem ter sido lançadas de um drone e imagens mostram um artefato explosivo caindo em cima de cada um dos barcos. Felizmente não houve feridos, mas os ataques precisam ser encarados com gravidade, afinal foram cometidos contra um movimento pacífico, que não cometeu ilegalidades e que busca romper o cerco ilegal a Gaza e levar solidariedade ao povo palestino.

Esses episódios acontecem justamente no momento em que a Flotilha empreende sua maior ação já organizada – maior, inclusive, que todas as iniciativas anteriores somadas –, navegando rumo a Gaza com dezenas de barcos, com delegações compostas por centenas de ativistas de diversas partes do mundo. Enquanto isso, Israel intensifica sua ofensiva contra a população palestina, com bombardeios incessantes, demolições de casas e ataques à infraestrutura básica, além de usar a fome massivamente como arma de guerra.

É nesse contexto que reafirmamos a importância da nossa jornada. Estamos aqui porque os governos têm se mostrado incapazes de agir diante de décadas de repetidas violações de direitos humanos e, mais recentemente, diante de um genocídio em curso. Os ataques contra a flotilha precisam ser encarados com seriedade e investigados, mas eles não irão nos parar. Seguimos certos do caminho que escolhemos. Afinal, são mais de 700 dias de ataques diários a Gaza, com mais de 65 mil mortos. A Flotilha Global Sumud não carrega apenas ajuda humanitária: carrega também a esperança de que a pressão internacional finalmente se levante contra este absurdo.

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