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O Dia dos Finados e o mito neoliberal de uma “vida sem morte”. Artigo de Jung Mo Sung

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02 Novembro 2024

"Por que, exceto em situações de velório e enterro, o tema da morte desapareceu nas conversas das pessoas, mesmo nos grupos religiosos? É claro que o tema da morte é desagradável para todos nós, mas nas sociedades antigas se falavam mais da morte pois se aceitava que ela faz parte da condição humana", escreve Jung Mo Sung, teólogo e cientista da religião.

Eis o artigo. 

O dia dos finados, 2 de novembro, é um dos poucos símbolos que publicamente lidamos com a morte e com os mortos. Com a cultura moderna, o tema morte se tornou quase ausente na vida pública.

Nas cidades de cultura pré-moderna, o seu centro era formado por três espaço-institucionais: a igreja, onde Deus está e os seres humanos vão para orar e participar de ritos que lhes davam sentido e direção das suas vidas; a praça, onde as pessoas se relacionavam entre si, e nas noites de sábado e domingo os jovens paqueravam; e o cemitério, lugar onde os vivos se relacionavam com os falecidos ou com os espíritos deles, os que foram para Deus.

Com a cultura moderna, a primeira transformação urbana significativa foi o deslocamento do cemitério para um lugar geograficamente mais distante e culturalmente menos importante. Depois, a igreja e o Deus das religiões tradicionais foram perdendo o seu espaço na vida pública e política; e, por fim, a praça pública, gratuita, deixou de ser o lugar de relacionamento pessoal e foi substituído pelos espaços pagos, como bares ou shoppings.

Uma característica da cultura capitalista é exatamente o quase total desaparecimento de espaços gratuitos de relacionamentos pessoais, a tal ponto que até nas igrejas, lugar onde o ser humano busca se relacionar com Deus, a noção de gratuidade foi sendo trocada pela de retribuição ou, de forma clara, de relação compra e venda. Tudo poder ser calculado por dinheiro ou pela noção de eficiência e mérito medidos pelo valor do dinheiro.

Mas, há coisas na vida que não se pode comprar ou vender, ou medir por dinheiro. Não estou falando da felicidade, porque na cultura atual a maioria das pessoas creem que a felicidade é também algo que se conquista com dinheiro ou com o prestígio que se consegue com dinheiro. Sem entrar na discussão se essa felicidade “comprada” é verdadeira ou não, o ponto fundamental que o mundo moderno quer esquecer é a morte. Queremos esquecer que somos seres mortais.

Por que, exceto em situações de velório e enterro, o tema da morte desapareceu nas conversas das pessoas, mesmo nos grupos religiosos? É claro que o tema da morte é desagradável para todos nós, mas nas sociedades antigas se falavam mais da morte pois se aceitava que ela faz parte da condição humana. No o mundo moderno, em especial na cultura capitalista, a morte é mais do que algo desagradável. É um tema tabu.

Ao mesmo tempo, a lógica cultural neoliberal está baseada na busca da acumulação da riqueza sem fim. Os multibilionários que manipulam tudo o que podem para acumular ainda mais a sua riqueza, e os milionários que os imitam e sonham ser como eles, pensam que são imortais. Pois se eles calculassem a riqueza que têm e o tempo de vida que têm, veriam que tudo isso não faz menor sentido.

Como todo mundo, há momentos em que até mesmo os bilionários e governantes autoritários do mundo se veem, em um espelho ou em pesadelos, que são mortais. Frente a isso, eles assumem a fé nos mitos, que são vendidos pelos profetas da inteligência artificial, de que um transcendente IA irá derrotar todas as doenças e o próprio envelhecimento. E para criar essa super IA e derrotar a morte, aumentam ainda mais a concentração de riqueza –o que significa sacrificar ainda mais vidas dos pobres.

Para criticar a ilusão do mito neoliberal e do transumanismo – de que a acumulação da riqueza gerará uma tecnologia da IA que vencerá o envelhecimento/morte – precisamos recuperar a noção de mortalidade humana. Somos seres humanos, com condições limitadas, mortais, e porque somos assim é que somos seres livres, capazes de assumir responsabilidades éticas para com a vida de outras pessoas.

Infelizmente, muitos setores das religiões também caíram na ilusão ou medo do mundo moderno e escondem ou não lidam seriamente com mortes e sofrimentos que isso significa para as pessoas em sua volta. Muitos padres e pastores banalizam a morte e, com isso, a vida concreta das pessoas.

Todos mitos, seculares ou religiosos tradicionais, que prometem “a vida sem morte” por meio de ações ou tecnologias religiosas ou seculares (como IA), são nada mais do que ideologias que justificam opressão e sacrifícios de vidas humanas, ou escondem por medo a nossa condição humana.

A esperança cristã da ressurreição corporal dos seres humanos, que é esperança baseada na fé, só é verdadeira na medida em que levamos a sério a morte das pessoas. Aproveitando o dia dos finados ou dos momentos em que a morte de alguém bate às nossas portas, devemos meditar sobre a nossa condição humana e sobre a ilusão idolátrica do neoliberalismo e do transumanismo.

Falar da morte com sensibilidade e compaixão dos que perderam seus amados é um ato de fé cristã e, ao mesmo tempo, uma crítica a essa cultura neoliberal-transumanista desumana.

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