Israel reduz em 94% o fornecimento de água para Gaza e aplica um castigo coletivo de sede e doenças

Foto: UN News

Mais Lidos

  • “A América Latina é a região que está promovendo a agenda de gênero da maneira mais sofisticada”. Entrevista com Bibiana Aído, diretora-geral da ONU Mulheres

    LER MAIS
  • A COP30 confirmou o que já sabíamos: só os pobres querem e podem salvar o planeta. Artigo de Jelson Oliveira

    LER MAIS
  • A formação seminarística forma bons padres? Artigo de Elcio A. Cordeiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

20 Julho 2024

O governo de Netanyahu está usando a água como arma de guerra, segundo um relatório da Oxfam, agravando uma crise humanitária que afeta mais de dois milhões de pessoas.

A reportagem é publicada por El Salto, 18-07-2024.

Não é a primeira nem será a última vez: o Estado de Israel tem usado no ataque contra Gaza iniciado em 07-10-2023 o fornecimento de água como arma de guerra. Os ataques causaram uma destruição generalizada das infraestruturas de dessalinização e saneamento, enquanto as restrições significativas no fornecimento de água através da empresa pública israelense Mekorot deixaram mais de dois milhões de pessoas à beira da sobrevivência. Em Gaza, oito em cada dez poços de água e todas as usinas dessalinizadoras foram destruídas, deixando a cidade quase sem acesso à água potável.

O relatório Water War Crimes, divulgado em 18 de julho pela Oxfam Intermón, confirma que os ataques e as restrições deixaram cada habitante de Gaza com um fornecimento de 4,74 litros por pessoa por dia, pouco mais que o volume de uma descarga de um tanque de banheiro, menos de um terço do mínimo recomendado em situações de emergência.

Os ataques israelenses, segundo o relatório, têm destruído cinco instalações de água e saneamento em Gaza a cada três dias desde o início do massacre. Além das consequências da destruição das instalações, há uma redução de 78% no fornecimento da empresa nacional de águas de Israel (Mekorot).

A destruição de 70% das estações de bombeamento de águas residuais e todas as plantas de tratamento de águas servidas, assim como todos os laboratórios de análise da qualidade da água na Faixa, aumentam o risco de contrair doenças infecciosas, de acordo com a Oxfam.

A ordem emitida pelo Tribunal Internacional de Justiça de Haia exigindo melhorias imediatas no acesso à água e ajuda humanitária foi ignorada, conforme declarou Lama Abdul Samad, especialista em Água e Saneamento da Oxfam, para quem não é surpresa que Israel aplique castigos coletivos e use a fome e a sede como armas de guerra. Uma situação que já está causando vítimas fatais.

Leia mais