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Nicarágua, quando o poder quer silenciar uma Igreja “incômoda”

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09 Janeiro 2024

Desde 2018, foram cometidos 740 ataques, que incluem profanações, agressões, sequestros, prisões arbitrárias e expulsões do país. O Presidente Ortega e a sua esposa vice-presidente declaram-se católicos, mas têm como alvo bispos, sacerdotes e universidades religiosas por criticarem o regime.

A reportagem é de Lucia Capuzzi, publicada por Avvenire, 05-01-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Um “Natal negro” devido à enxurrada de encarceramentos ou desaparecimentos de sacerdotes. O clero tenta favorecer a justiça e o diálogo numa nação governada com mão de ferro.

Nas últimas duas semanas, a cada dezoito horas um agente pastoral foi parar numa cela na Nicarágua, num total de dezenove. A caça no “Natal negro”, como o apelidaram, começou em 20 de dezembro com a prisão do bispo de Siuna, Isidoro del Carmen Mora, capturado juntamente com os dois seminaristas Alester Sáenz e Tony Palacios, pela “culpa” de ter mencionado na homilia do dia anterior o coirmão Rolando Álvarez que cumpre pena de 26 anos por “traição à pátria” na prisão La Modelo de Manágua. Nos dias seguintes coube aos sacerdotes Pablo Villafranca, Carlos Avilés, Hector Treminio, Fernando Calero, Marcos Diaz Prado de Leon, Ismael Serrano, Silvio Fonseca, Miguel Mantica, Mykel Monterrey, Jader Hernández, Ervin López, Jaime Ramos, Gerardo Rodríguez, Raul Zamora. Por fim, Gustavo Sandino e Fernando Tellez.

Uma lista incompleta. Vários fiéis denunciaram a suspensão suspeita das celebrações em algumas paróquias, onde os padres resultariam desaparecidos. Um cenário que provoca “forte preocupação", disse o Papa Francisco no primeiro Angelus de 2024. A escalada não tem precedentes pelas proporções. O “Natal negro”, no entanto, faz parte de uma repressão sistemática da Igreja de parte do presidente Daniel Ortega e de sua vice e esposa Rosario Murillo. Um paradoxo em uma nação onde pelo menos 45 por cento da população se identifica com a religião católica e as suas instituições. E a mesma “dupla” que aperta o cerco, paradoxalmente se professa católica praticante. Isso não a impediu de lançar, nos últimos três anos, um ataque sem precedentes contra sacerdotes, crentes, bispos, ordens religiosas e entidades eclesiais de vários tipos.

A razão da contradição reside na natureza da campanha anticlerical. O que a alimenta não é oposição ao conteúdo religioso em si. Mas sim a rejeição das suas repercussões no contexto público. A Igreja é agredida como último espaço de autonomia na sufocada sociedade nicaraguense. Uma liberdade – de expressão e ação em relação às vítimas da opressão – da qual não pode renunciar para agradar o poder. Não por obstinação ou partidarismo. Trata-se da consequência da fidelidade ao Evangelho que impõe aos católicos que busquem a justiça do Reino. Nisso, o martírio da Igreja de Manágua lembra aquele de sua irmã salvadorenha nas décadas de 1970-80, quando dezenas de sacerdotes, religiosos e religiosas foram massacrados, bem como centenas de catequistas e leigos empenhados.

O caso mais conhecido é sem dúvida o de Óscar Arnulfo Romero arcebispo de San Salvador morto por uma bala enquanto celebrava a missa em 24 de março de 1980. Um assassino contratado abriu fogo pago pela ditadura pró-estadunidense, anticomunista e declaradamente católica que governava o país. Com o tempo, a camisa-de-força da Guerra Fria levou muitos, mesmo dentro da Igreja, a enquadrar “Monseñor”, como os salvadorenhos o chamam, na frente política oposta. Ele foi até mesmo acusado de simpatias marxistas. Foi necessário um longo processo de discernimento para entender a matriz profundamente evangélica da denúncia de Romero. Para dissipar a dúvida, o reconhecimento do seu martírio com o decreto assinado pelo Papa Francisco em 3 de fevereiro de 2015.

Proclamado beato em 23 de maio, foi canonizado em 14 de outubro de 2018. “O martírio de Monsenhor Romero é o cumprimento de uma fé vivida em sua plenitude – explicou o postulador, D. Vincenzo Paglia. Aquela fé que emerge com força nos textos de Concílio Vaticano II. Nesse sentido, podemos dizer que Romero é o primeiro mártir do Concílio, a primeira testemunha de uma Igreja que se mistura com a história do povo com quem viver a esperança do Reino. Uma esperança de justiça, de amor, de paz."

Um espírito semelhante move a Igreja da Nicarágua. O ponto de virada, nesse caso, é o dia 18 de abril 2018. Naquele dia, o protesto causado pela reforma do sistema previdenciário se transformou em uma revolta desarmada contra o governo. Por mais de dois meses, milhares e milhares de pessoas saíram às ruas com o objetivo de pedir a demissão do homem que, em 1979, havia estado entre os protagonistas da derrubada da brutal ditadura do clã Somoza. Havia sido o sandinismo a derrotar o regime, movimento nacionalista e de viés socialista que, na década seguinte – marcada pela guerrilha antisandinista dos contras, financiada pelos EUA -, liderou o Estado sob a presidência de Ortega até a derrota de 1990.

O líder levou dezesseis anos para retornar ao topo. Quando, no final, conseguiu, graças a uma aliança anômala com o ex-chefe dos contras, Jaime Moreles Carrazo, fez de tudo para não corre o risco de perder o poder uma segunda vez. Em 2013, portanto, alterou a Constituição de modo a garantir a possibilidade de reeleição indefinidamente. Ao mesmo tempo, cooptou as instituições, os setores empresariais e as camadas mais pobres, construindo juntos um sistema ultraliberal e populista, caracterizado pela concessão de subsídios clientelistas e pela concessão de total liberdade para as empresas e significativos benefícios fiscais. Tudo foi apoiado durante muito tempo pelo petróleo de seu aliado venezuelano. Com a crise em curso em Caracas, o Orteguismo começou a ranger. A “revolta de abril” foi a consequência.

Correndo o risco de serem depostos, Ortega e Murillo responderam com mão de ferro. Em julho Em 2018, polícia e grupos paramilitares – as chamadas “turbas” – deram início à “Operación limpieza”, a feroz repressão dos manifestantes. 325 foram mortos enquanto várias centenas de pessoas foram presas. Figuras históricas do sandinismo também acabaram na mira, como Carlos Chamorro, o premiado escritor Sergio Ramírez, a poetisa Gioconda Belli, a ex-guerrilheira Dora Téllez. Desde então, o dissenso foi eliminado: organizações sociais e civis, ONG e mídias independentes foram fechados, os sete candidatos que "ousaram" apresentar-se contra Ortega na eleição de 7 de novembro de 2021 acabaram imediatamente na prisão.

A Igreja, única realidade independente sobrevivente, tentou proteger os perseguidos em nome do Evangelho e construir canais de diálogo em meio ao conflito. Uma escolha que o regime inscreveu na lista dos inimigos. E começou a atingi-la com brutalidade sistemática. Desde abril de 2018, segundo o último estudo da pesquisadora Martha Molina, foram registrados 740 ataques: de profanações a insultos e agressões, sequestros, encarceramentos arbitrários. Depois de uma estreia branda, a repressão tornou-se flagrante. A escalada começou com a expulsão do núncio Waldemar Stanislaw Sommertag, em 12 de março de 2022. Naquele ano, ocorreram 171 episódios violentos. Número superado em 2023, quando foram 275.

Até o momento, a dupla Ortega e Murillo privou da nacionalidade sob a acusação de "traição à pátria" 14 presbíteros, um diácono, dois seminaristas e dois bispos, Silvio Báez e Rolando Álvarez, este último ainda na prisão. Oitenta e três religiosas de diferentes ordens e congregações e 70 sacerdotes foram enviados para o exílio. Os últimos doze, detidos sob diversas acusações, foram expulsos em 19 de outubro e enviados ao Vaticano, que concordou em acolhê-los. As contas da Igreja foram congeladas, quatro universidades e dois institutos foram confiscados, 15 emissoras e 11 projetos sociais foram encerrados.

No último dia 18 de maio, Manágua “congelou” as relações diplomáticas com a Santa Sé. Um dos atos mais clamorosos antes do “Natal negro” foi, em agosto, a revogação da certificação jurídica à Companhia de Jesus e a expropriação da Universidade Jesuíta José Simeón Cañas (UCA, sucursal nicaraguense da universidade salvadorenha onde, em 16 de novembro de 1989, ocorreu um dos capítulos mais sangrentos da guerra civil: o massacre de seis jesuítas. A UCA – diziam os militares - "era um covil de terroristas". A mesma frase proferida posteriormente por Daniel Ortega antes de retirá-la da Companhia. Trinta e quatro anos depois, a liberdade do Evangelho continua a assustar os autocratas latino-americanos.

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